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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

Enviado: Ter Ago 04, 2015 7:38 am
por Grifon
França e Rússia entram na disputa por Alcântara

PARIS e GENEBRA - A França e a Rússia propuseram ao governo brasileiro parcerias para o lançamento de foguetes na Base de Alcântara, no Maranhão.
O Brasil rompeu no mês passado um acordo com a Ucrânia, mas negou que tenha havido pressão russa para a quebra do contrato.

Moscou quer criar um complexo de lançamento de foguetes para substituir o acordo que existia entre Brasília e Kiev desde 2004.
Fontes do alto escalão da diplomacia russa revelaram ao Estado que a proposta é de que seja instalado no Brasil o lança-foguetes Angara.

Elaborado no Centro Khrunichev de Pesquisas Espaciais, o Angara é considerado parte fundamental do projeto espacial russo para a
próxima década e foi construído para competir com o francês Ariane. O primeiro lançamento tripulado estaria previsto para o ano de
2021 da Base de Vostochny.

Para isso, os modelos Angara, nome tirado de um rio no leste da Sibéria, vão passar por uma ampla modificação, em uma renovação que
custaria US$ 160 milhões. O objetivo russo é também o de fechar um acordo com o Brasil justamente para ter uma de suas bases em uma
região perto da Linha do Equador. Isso reduziria de forma substancial os custos de lançamento para colocar satélites em órbita.

Airbus. Com o apoio do governo francês, a Airbus também quer construir lançadores de satélites em Alcântara. O projeto prevê um
programa francobrasileiro de pequeno porte, com fins não apenas militares, mas também comerciais.

A ideia da joint venture fora apresentada às autoridades brasileiras em 2009, mas até aqui o governo não demonstrava interesse. Em
visita a Paris, em maio, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, prometeu analisar a proposta.

Wagner teve reuniões com executivos do governo e de empresas de defesa como a Airbus, a Thales e a DNCS. No encontro com
executivos da Airbus, o projeto de parceria na exploração de Alcântara foi então reapresentado e dessa vez foi bem visto pelo ministro da
Defesa. A França já tem um foguete bemsucedido, a série Ariane hoje em versão 5 , e uma base de lançamentos de satélites
geoestacionários de grande porte, situada em Kourou, na Guiana Francesa.

Esse centro de lançamento seria, em tese, concorrente de Alcântara, mas a proposta da Airbus é de segmentar as duas bases. Kourou
seria voltada aos satélites de grande porte, de entre 6 e 9,5 toneladas e com órbita a 36 mil km de altitude, e Alcântara aos de pequeno,
para equipamentos de até 600 quilos e órbitas de 700 km de altitude.

Pela proposta, mais uma vez o governo brasileiro entraria com a estrutura, a Base de Alcântara, mas agora a tecnologia também seria
desenvolvida no Brasil, pela Airbus em parceria com uma ou mais empresas brasileiras. Na reunião, foi aventado o nome da Embraer.

http://ciencia.estadao.com.br/noticias/ ... ra,1737497

Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

Enviado: Ter Ago 04, 2015 9:05 am
por LeandroGCard
Grifon escreveu:
França e Rússia entram na disputa por Alcântara

PARIS e GENEBRA - A França e a Rússia propuseram ao governo brasileiro parcerias para o lançamento de foguetes na Base de Alcântara, no Maranhão.
O Brasil rompeu no mês passado um acordo com a Ucrânia, mas negou que tenha havido pressão russa para a quebra do contrato.

Moscou quer criar um complexo de lançamento de foguetes para substituir o acordo que existia entre Brasília e Kiev desde 2004.
Fontes do alto escalão da diplomacia russa revelaram ao Estado que a proposta é de que seja instalado no Brasil o lança-foguetes Angara.
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Pela proposta, mais uma vez o governo brasileiro entraria com a estrutura, a Base de Alcântara, mas agora a tecnologia também seria
desenvolvida no Brasil, pela Airbus em parceria com uma ou mais empresas brasileiras. Na reunião, foi aventado o nome da Embraer.

http://ciencia.estadao.com.br/noticias/ ... ra,1737497
Se o Brasil fosse um país sério fecharia com ambos, a Rússia e a França.

Com a Rússia aproveitaríamos boa parte dos investimentos já efetuados para a implantação da estrutura de lançamento do Cyclone-4 para lançar versões menores do Angara, que tem capacidade de lançamento entre 2.0 e 3.8 ton em órbita baixa (suficiente para muitos satélites científicos, de observação da terra, de navegação, etc...). E com a França poderíamos desenvolver um foguete para substituir o VLS, cujos programa poderia ser abandonado (ele já não serve mais para nada, ainda que venha a ser concluído e lançado mesmo algum dia). Um foguete com combustível líquido (LOx + RP, como o próprio Angara) com capacidade de até 1 ton em órbita baixa já seria um excelente complemento para o VLM, que deveria este sim ser concluído e colocado em produção seriada.

Pena que isso é Brasil. Seguindo nossa tradição no setor espacial, o mais provável que é até se assinem mesmo acordos com ambos os países, e depois não se faça nada a sério com nenhum deles... :roll: .


Leandro G. Card