MIG 29/35 news

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Luís Henrique
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Re: MIG 29/35 news

#316 Mensagem por Luís Henrique » Qui Jul 27, 2017 11:13 am

Sakuray escreveu:
Luís Henrique escreveu:
1) em nenhum momento disse que as aeronaves russas são melhores e mais letais.
Acredito que sejam TÃO BOAS QUANTO.
Qualquer produto possuirá vantagens e desvantagens.
Mas sim, no custo/benefícios acredito que sejam as melhores mesmo.

2) governantes de países não compram equipamentos militares baseados apenas na relação custo/benefício.
Existem alianças, parcerias, países aliados e outros considerados hostis.
A OTAN eh formada por DEZENAS de países. Eh claro que nenhum deles adquirem caças russos.

3) mesmo com dezenas de países alinhados com os Estados Unidos e com toda a PROPAGANDA IDEOLÓGICA, a Rússia vendeu dos anos 2000 para cá, MAIS DE 1.300 AERONAVES MILITARES.

Os equipamentos militares russos podem ter pequena penetração no mercado brasileiro, mas no mundo todo VENDEM QUE NEM ÁGUA.
Mas no caso do Brasil a compra dos equipamentos foram baseados apenas na relação custo/benefício, mesmo porque o Governo da ocasião não tinha nenhum alinhamento ideológico com os Estados Unidos, muito pelo contrário.
Tenho MUITA dúvida quanto ao processo executado pela FAB na avaliação dos caças.

Qualquer pessoa com um pouco de interesse em se informar, SABE que os EUA são muito restritos a transferir tecnologias militares.
Até o Reino Unido, aliado número 1 dos americanos RECLAMARAM disso no projeto do F-35. Isso porque investiram BILHÕES para serem 'sócios' do programa.

O projeto FX2 tinha um grande apelo de TRANSFERÊNCIAS DE TECNOLOGIAS, participação das indústrias brasileiras, etc.
Selecionar o Super Hornet da Boeing e deixar de fora os caças russos e o caça europeu Typhoon é, NO MÍNIMO, muito estranho.

Dentre os 3 finalistas, acredito que ficamos com a melhor opção em termos de custo/benefício. Ainda que tenha sido o de maior risco, de menor porte e de pior prazo de entrega.
Porém foi o de melhor custo de aquisição, melhor custo de operação e melhor oferta de transferências de tecnologias e participação das indústrias brasileiras.

MiG-29, Su-35 e Eurofighter foram eliminados SEM UMA ANÁLISE PROFUNDA.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: MIG 29/35 news

#317 Mensagem por Penguin » Qui Jul 27, 2017 11:43 am

Luís Henrique escreveu:
Sakuray escreveu: Mas no caso do Brasil a compra dos equipamentos foram baseados apenas na relação custo/benefício, mesmo porque o Governo da ocasião não tinha nenhum alinhamento ideológico com os Estados Unidos, muito pelo contrário.
Tenho MUITA dúvida quanto ao processo executado pela FAB na avaliação dos caças.

Qualquer pessoa com um pouco de interesse em se informar, SABE que os EUA são muito restritos a transferir tecnologias militares.
Até o Reino Unido, aliado número 1 dos americanos RECLAMARAM disso no projeto do F-35. Isso porque investiram BILHÕES para serem 'sócios' do programa.

O projeto FX2 tinha um grande apelo de TRANSFERÊNCIAS DE TECNOLOGIAS, participação das indústrias brasileiras, etc.
Selecionar o Super Hornet da Boeing e deixar de fora os caças russos e o caça europeu Typhoon é, NO MÍNIMO, muito estranho.

Dentre os 3 finalistas, acredito que ficamos com a melhor opção em termos de custo/benefício. Ainda que tenha sido o de maior risco, de menor porte e de pior prazo de entrega.
Porém foi o de melhor custo de aquisição, melhor custo de operação e melhor oferta de transferências de tecnologias e participação das indústrias brasileiras.

MiG-29, Su-35 e Eurofighter foram eliminados SEM UMA ANÁLISE PROFUNDA.
+/-

Acho que vc está menosprezando o RFI. Foram 100 folhas de questionamentos.
Na época boa parte das empresas elogiaram a profundidade dos questionamentos que a FAB fez.
Com base nas respostas e depois de análise, a FAB eliminou 3 concorrentes que não atendiam ao que ela queria: F-16Br, Typhoon e Su-35.


Nota da FAB:
"Os estudos tiveram por base as informações fornecidas pelas empresas em resposta aos pedidos de informações (do inglês Request For Information - RFI), emitidos em Junho de 2008. Os dados provenientes das empresas participantes foram avaliados de forma sistêmica, considerando aspectos referentes às áreas":

:arrow: Operacional

:arrow: Logística

:arrow: Técnica

:arrow: Compensação Comercial (offset)

:arrow: Transferência de tecnologia para a indústria nacional de defesa.
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?mostra=3753 (link não funciona mais)

---------
Os seis fabricantes receberam em junho o RFI sobre custo, performance, armamentos, manutenção e pacotes tecnológicos e de compensação comercial. Os questionários foram entregues à Aeronáutica no início de agosto. Nessa fase, a Lockheed-Martin, que oferecera o caça invisível ao radar F-35 Lightning, o avião preferido do comandante Juniti Saito, foi obrigada pelo Departamento de Estado a oferecer um produto menos sofisticado, o F-16Br.
---------

Detalhes do RFI via entrevista com a Boeing no ALIDE:
Desta vez, o cronograma do F-X2 está muito agressivo, nós retiramos o documento de solicitação de informações (RFI) no dia 12 de junho e a data para sua apresentação era apenas 45 dias depois, no dia 30 de julho. O RFI do F-X2, com cerca de 100 páginas impressas, foi muito bem escrito e organizado. Não foi muito difícil para nós responder ao RFI, uma vez que a maioria do que nos foi solicitado já estava apurado para a participação em outras concorrências.
viewtopic.php?f=1&t=13152&hilit=wad&start=5805

Segundo o representante da Boeing, o prazo para responder ao RFI era de apenas 45 dias quando o processo se iniciou. Ou seja, havia data para recebimento do questionário e data para entrega do questionário a FAB.

Pelo que se sabe, todos as empresas responderam ao RFI no prazo que era o mesmo para todos.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: MIG 29/35 news

#318 Mensagem por Luís Henrique » Sáb Jul 29, 2017 11:02 am

Penguin escreveu:
Luís Henrique escreveu: Tenho MUITA dúvida quanto ao processo executado pela FAB na avaliação dos caças.

Qualquer pessoa com um pouco de interesse em se informar, SABE que os EUA são muito restritos a transferir tecnologias militares.
Até o Reino Unido, aliado número 1 dos americanos RECLAMARAM disso no projeto do F-35. Isso porque investiram BILHÕES para serem 'sócios' do programa.

O projeto FX2 tinha um grande apelo de TRANSFERÊNCIAS DE TECNOLOGIAS, participação das indústrias brasileiras, etc.
Selecionar o Super Hornet da Boeing e deixar de fora os caças russos e o caça europeu Typhoon é, NO MÍNIMO, muito estranho.

Dentre os 3 finalistas, acredito que ficamos com a melhor opção em termos de custo/benefício. Ainda que tenha sido o de maior risco, de menor porte e de pior prazo de entrega.
Porém foi o de melhor custo de aquisição, melhor custo de operação e melhor oferta de transferências de tecnologias e participação das indústrias brasileiras.

MiG-29, Su-35 e Eurofighter foram eliminados SEM UMA ANÁLISE PROFUNDA.
+/-

Acho que vc está menosprezando o RFI. Foram 100 folhas de questionamentos.
Na época boa parte das empresas elogiaram a profundidade dos questionamentos que a FAB fez.
Com base nas respostas e depois de análise, a FAB eliminou 3 concorrentes que não atendiam ao que ela queria: F-16Br, Typhoon e Su-35.


Nota da FAB:
"Os estudos tiveram por base as informações fornecidas pelas empresas em resposta aos pedidos de informações (do inglês Request For Information - RFI), emitidos em Junho de 2008. Os dados provenientes das empresas participantes foram avaliados de forma sistêmica, considerando aspectos referentes às áreas":

:arrow: Operacional

:arrow: Logística

:arrow: Técnica

:arrow: Compensação Comercial (offset)

:arrow: Transferência de tecnologia para a indústria nacional de defesa.
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?mostra=3753 (link não funciona mais)

---------
Os seis fabricantes receberam em junho o RFI sobre custo, performance, armamentos, manutenção e pacotes tecnológicos e de compensação comercial. Os questionários foram entregues à Aeronáutica no início de agosto. Nessa fase, a Lockheed-Martin, que oferecera o caça invisível ao radar F-35 Lightning, o avião preferido do comandante Juniti Saito, foi obrigada pelo Departamento de Estado a oferecer um produto menos sofisticado, o F-16Br.
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Detalhes do RFI via entrevista com a Boeing no ALIDE:
Desta vez, o cronograma do F-X2 está muito agressivo, nós retiramos o documento de solicitação de informações (RFI) no dia 12 de junho e a data para sua apresentação era apenas 45 dias depois, no dia 30 de julho. O RFI do F-X2, com cerca de 100 páginas impressas, foi muito bem escrito e organizado. Não foi muito difícil para nós responder ao RFI, uma vez que a maioria do que nos foi solicitado já estava apurado para a participação em outras concorrências.
http://www.defesabrasil.com/forum/viewt ... start=5805

Segundo o representante da Boeing, o prazo para responder ao RFI era de apenas 45 dias quando o processo se iniciou. Ou seja, havia data para recebimento do questionário e data para entrega do questionário a FAB.

Pelo que se sabe, todos as empresas responderam ao RFI no prazo que era o mesmo para todos.
Sim. Estou menosprezando o RFI.
Eh uma análise muito SUPERFICIAL.

A FAB só avaliou os 3 finalistas.
E percebemos o nível BÁSICO da avaliação dos 3 eliminados ou a ideologia pelas respostas oficiais sobre a desclassificação, veja:

Na avaliação da Aeronáutica, o Sukhoi foi descrito como um "pesadelo logístico": a autonomia de vôo decepcionou, o peso do caça carregado com armamentos chega a 30 toneladas (contra, por exemplo, 24,5 toneladas do Rafale) e a troca de turbinas requer muito mais horas de trabalho do que a do F-18 americano.

Os argumentos são uma PIADA.
Comprovam uma análise bem superficial, bem meia boca.
Ou um preconceito e respostas para enganar o público leigo.

Outro ponto que comprova que a análise foi muito superficial:

Quanto à performance dos caças pré-selecionados, a FAB avaliará, em especial, duas características: superioridade aérea (missões de combate e escolta, que demanda mísseis) e interdição (missões ataque em solo, que privilegiam bombas).

Veja bem o texto: AVALIARÁ.
NÃO tinha avaliado AINDA.
Só avaliou os 3 finalistas.

Vou te falar minha impressão dos acontecimentos:
Uma parte CONSERVADORA da FAB, com poder decisório, decidiu fazer um shortlist em tempo Recorde e ANTES do RFP e SEM voar os caças e avaliar de forma PROFUNDA.

A Índia no MMRCA emitiu RFP para TODOS os participantes. Voou em TODAS as aeronaves.
Avaliou capacidades de combate em TODAS.
Aos desclassificados deu uma desculpa muito mais baseada e profissional.

O Mangabeira Unger era Ministro de Assuntos Estratégicos. Apesar de morar nos EUA e ser professor em Harvard, ele SABE que os EUA não transferem tecnologias, etc.
Ele estava costurando uma parceria estratégica com a Rússia, onde o Brasil iria adquirir o Su-35 e entrar como PARCEIRO no desenvolvimento do PAK-FA.

Essa parte da FAB conservadora deu o seu jeito para tirar o Su-35 da concorrência com medo da esfera política (PT DE ESQUERDA, COMUNISTA) decidissem pelo caça RUSSO. O caça do país malvado, do lado negro da força.




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Re: MIG 29/35 news

#319 Mensagem por Justin Case » Sáb Jul 29, 2017 12:15 pm

Concordo, Luís Henrique.

Fazer "short list" baseado em respostas ao RFI foi procedimento heterodoxo, que resultou em danos ao processo seguinte (RFP). As ofertas iniciais foram ruins, pois os três concorrentes selecionados sabiam que iriam ter oportunidade de revisá-las.
O short list, quando inserido no RFP, obriga a todos se esforçarem para não serem eliminados na primeira avaliação.
Provavelmente os gestores tentaram aproveitar uma janela de oportunidade para dar andamento célere ao projeto, tomando um atalho. Atalhos sempre têm riscos e vulnerabilidades.
Abraço,

Justin




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Re: MIG 29/35 news

#320 Mensagem por Penguin » Sáb Jul 29, 2017 3:42 pm

Luís Henrique escreveu:
Penguin escreveu: +/-

Acho que vc está menosprezando o RFI. Foram 100 folhas de questionamentos.
Na época boa parte das empresas elogiaram a profundidade dos questionamentos que a FAB fez.
Com base nas respostas e depois de análise, a FAB eliminou 3 concorrentes que não atendiam ao que ela queria: F-16Br, Typhoon e Su-35.


Nota da FAB: http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?mostra=3753 (link não funciona mais)

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Detalhes do RFI via entrevista com a Boeing no ALIDE:
http://www.defesabrasil.com/forum/viewt ... start=5805

Segundo o representante da Boeing, o prazo para responder ao RFI era de apenas 45 dias quando o processo se iniciou. Ou seja, havia data para recebimento do questionário e data para entrega do questionário a FAB.

Pelo que se sabe, todos as empresas responderam ao RFI no prazo que era o mesmo para todos.
Sim. Estou menosprezando o RFI.
Eh uma análise muito SUPERFICIAL.

A FAB só avaliou os 3 finalistas.
E percebemos o nível BÁSICO da avaliação dos 3 eliminados ou a ideologia pelas respostas oficiais sobre a desclassificação, veja:

Na avaliação da Aeronáutica, o Sukhoi foi descrito como um "pesadelo logístico": a autonomia de vôo decepcionou, o peso do caça carregado com armamentos chega a 30 toneladas (contra, por exemplo, 24,5 toneladas do Rafale) e a troca de turbinas requer muito mais horas de trabalho do que a do F-18 americano.

Os argumentos são uma PIADA.
Comprovam uma análise bem superficial, bem meia boca.
Ou um preconceito e respostas para enganar o público leigo.

Outro ponto que comprova que a análise foi muito superficial:

Quanto à performance dos caças pré-selecionados, a FAB avaliará, em especial, duas características: superioridade aérea (missões de combate e escolta, que demanda mísseis) e interdição (missões ataque em solo, que privilegiam bombas).

Veja bem o texto: AVALIARÁ.
NÃO tinha avaliado AINDA.
Só avaliou os 3 finalistas.

Vou te falar minha impressão dos acontecimentos:
Uma parte CONSERVADORA da FAB, com poder decisório, decidiu fazer um shortlist em tempo Recorde e ANTES do RFP e SEM voar os caças e avaliar de forma PROFUNDA.

A Índia no MMRCA emitiu RFP para TODOS os participantes. Voou em TODAS as aeronaves.
Avaliou capacidades de combate em TODAS.
Aos desclassificados deu uma desculpa muito mais baseada e profissional.

O Mangabeira Unger era Ministro de Assuntos Estratégicos. Apesar de morar nos EUA e ser professor em Harvard, ele SABE que os EUA não transferem tecnologias, etc.
Ele estava costurando uma parceria estratégica com a Rússia, onde o Brasil iria adquirir o Su-35 e entrar como PARCEIRO no desenvolvimento do PAK-FA.

Essa parte da FAB conservadora deu o seu jeito para tirar o Su-35 da concorrência com medo da esfera política (PT DE ESQUERDA, COMUNISTA) decidissem pelo caça RUSSO. O caça do país malvado, do lado negro da força.
Luis, esse "choro" todo por causa do Su-35?!
Por que ninguém chora pelo Typhoon ou pelo F-16?! Foram também exclusões ideológicas?!

O FX2 nunca foi um programa focado apenas em desempenho, embora isso fosse considerado como tinha que ser.
Havia outras áreas que eram tb importantes. Se isso não for levado em conta nas análises, não se está analisando o FX2, mas gosto pessoal.

O que vc cita como resposta oficial não o é.
As respostas oficiais foram dadas aos fabricantes desclassificados e não foram tornadas públicas porque esses mesmos fabricantes não permitem.
Apenas algumas vagas informações vieram a público e nenhuma surpresa. Os próprios russos da Sukhoi se queixaram logo depois do anuncio do SL na Aviation Week que eles não poderiam atender aos offsets comerciais e tecnologicos. Confirmando isso, diversos jornais leigos publicaram declarações de Jobim e Saito principalmente de que os russos falharam em apresentar informações nessa área. Depois surgiram declarações de outros problemas nas respostas ao RFI, como a área logística (manutenção).

Se entre as 5 áreas avaliadas (abaixo) durante o RFI alguns fabricantes responderam insatisfatoriamente ou pior do que os outros, para que gastar tempo com mais análises? Eles já deixaram de atender satisfatoriamente a requisitos nessa fase.
Por razões diversas (que não foram tornadas públicas), o Typhoon, o F-16 e o pivot do choro eterno, o Su-35 foram desclassificados. A fila andou e o processo se concentrou nos 3 mais adequados para a FAB e o Brasil.

1-Operacional
2-Logística
3-Técnica
4-Compensação Comercial (offset)
5-Transferência de tecnologia para a indústria nacional de defesa.

ou seja, informações sobre custo, performance, armamentos, manutenção e pacotes tecnológicos e de compensação comercial.


A partir dai o processo se concentrou nas 3 melhores opções para o Brasil na visão de quem tinha a competência legal e técnica para fazer isso: a FAB através de seus órgãos. E a escolha final foi tomada pelo chefe do executivo embasada nessas informações (Lula até tentou tomar a decisão sem embasamento técnico, mas voltou atrás para a sorte dele. Caso contrário poderia estar preso por isso hoje).




Editado pela última vez por Penguin em Sáb Jul 29, 2017 4:59 pm, em um total de 4 vezes.
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Re: MIG 29/35 news

#321 Mensagem por Penguin » Sáb Jul 29, 2017 4:04 pm

Por falar em Mangabeira Unger em uma declaração mais recente...
Valor, 28 de Maio, 2015 - 10:55 ( Brasília )
Defesa

END - Restrição fiscal impõe limites a programas do setor, diz ministro

Principal articulador da Estratégia Nacional de Defesa (END), que está sendo revisada, o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Roberto Mangabeira Unger, disse que a restrição fiscal inclui limitações ao ritmo do avanço dos programas de desenvolvimento na indústria de defesa, mais nos aspectos que tem a ver com equipamentos do que com aqueles relacionados à capacitação científica e tecnológica.

Ele defendeu, porém, que o Estado invista na formação de quadros científicos e tecnológicos e priorize a inovação desenvolvida internamente ao invés da opção pela compra de plataformas acabadas.

Ele cita o desenvolvimento do caça supersônico Gripen NG, em parceria com a empresa sueca Saab, e a construção do submarino de propulsão nuclear como os grandes focos do setor aeroespacial, porque são potencialmente catalizadores de toda uma cadeia produtiva.

A resolução do projeto F-X2 em favor do Gripen é o exemplo mais notável dessa estratégia, afirma. "A objeção que se fazia ao Gripen é que ele não existia porque ainda teria que ser construído. Mas essa objeção, na verdade, descrevia e descreve a maior virtude do projeto", lembra. O Brasil, segundo o ministro, não poderia aprender a fazer um caça de última geração simplesmente comprando o avião. A única maneira de aprender a produzir uma tecnologia avançada de defesa como essa, argumenta, é fazer junto com o parceiro.

O ministro reconhece que o Brasil ainda possui um complexo industrial de defesa incipiente e rarefeito e do ponto de vista econômico a escala aparece como elemento crucial para o seu desenvolvimento. "Queremos transformar o Brasil em uma plataforma de exportação de alguns produtos de defesa e é isso que nós vamos procurar fazer em relação ao Gripen", afirmou.

Outro elemento essencial, segundo Unger, é organizar o regime de financiamento, como está ocorrendo agora com as ações da Finep e do BNDES no complexo industrial da defesa. "Mesmo no ambiente do ajuste fiscal existe hoje um esforço grande dessas instituições de organizar o regime de financiamento das empresas médias vanguardistas", comentou.

O ministro acredita que a maior restrição das pequenas e médias empresas de defesa não seja a falta de financiamento. "O problema está no desenho institucional que assegure o casamento entre acesso a crédito, acesso a tecnologias avançadas, acesso a práticas avançadas e por fim, escala". E na área de defesa, o ministro lembra que só é possível assegurar a escala quando o mercado é no mundo todo e não apenas no Brasil.

Para Unger, muitos dos aspectos da construção do complexo industrial de defesa são normativos e não implicam, necessariamente, em gastos. Ele cita como exemplo a elaboração de um regime jurídico e tributário para as empresas privadas de defesa, como já ocorre nos grandes países do mundo. "Por seu caráter estratégico, essas empresas devem ser eximidas das regras gerais de licitações públicas, mas em troca elas devem admitir um poder estratégico do Estado nelas, como já acontece na Embraer, por meio da golden share (ação especial que confere à União Federal o poder de vento em algumas decisões de interesse estratégico)", disse.

No setor espacial, diz o ministro, há uma preocupação estratégica do governo em relação à dependência do Brasil ao GPS americano (sistema de posicionamento global). Por não ter um sistema nacional próprio, ele considera a dependência grave para o sistema de defesa e autonomia nacional. "Se os americanos interrompessem ou baixassem o GPS, ficaríamos literalmente às escuras. Teríamos, por exemplo, que conduzir nossos navios de guerra por navegação astronômica".

O fim da parceria espacial com Ucrânia, afirma, deixou mais clara a necessidade de se construir outro caminho para desenvolver o potencial aeroespacial do país. "Estamos determinados a desenvolver o nosso potencial em lançamento de satélites", disse.




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Re: MIG 29/35 news

#322 Mensagem por Luís Henrique » Dom Jul 30, 2017 1:00 pm

Justin Case escreveu:Concordo, Luís Henrique.

Fazer "short list" baseado em respostas ao RFI foi procedimento heterodoxo, que resultou em danos ao processo seguinte (RFP). As ofertas iniciais foram ruins, pois os três concorrentes selecionados sabiam que iriam ter oportunidade de revisá-las.
O short list, quando inserido no RFP, obriga a todos se esforçarem para não serem eliminados na primeira avaliação.
Provavelmente os gestores tentaram aproveitar uma janela de oportunidade para dar andamento célere ao projeto, tomando um atalho. Atalhos sempre têm riscos e vulnerabilidades.
Abraço,

Justin

[009] [009] [009]

Sim. As respostas dadas pela desclassificação do Su-35 sugerem que a análise foi MUITO SUPERFICIAL ou cheia de preconceitos.

A FAB perdeu a chance de CONHECER os demais competidores. Ainda que tivessem feito a mesma shortlist, mas pelo menos, teriam conhecido MELHOR os outros competidores.




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Re: MIG 29/35 news

#323 Mensagem por Luís Henrique » Dom Jul 30, 2017 1:12 pm

Penguin escreveu:
Luís Henrique escreveu:
Sim. Estou menosprezando o RFI.
Eh uma análise muito SUPERFICIAL.

A FAB só avaliou os 3 finalistas.
E percebemos o nível BÁSICO da avaliação dos 3 eliminados ou a ideologia pelas respostas oficiais sobre a desclassificação, veja:

Na avaliação da Aeronáutica, o Sukhoi foi descrito como um "pesadelo logístico": a autonomia de vôo decepcionou, o peso do caça carregado com armamentos chega a 30 toneladas (contra, por exemplo, 24,5 toneladas do Rafale) e a troca de turbinas requer muito mais horas de trabalho do que a do F-18 americano.

Os argumentos são uma PIADA.
Comprovam uma análise bem superficial, bem meia boca.
Ou um preconceito e respostas para enganar o público leigo.

Outro ponto que comprova que a análise foi muito superficial:

Quanto à performance dos caças pré-selecionados, a FAB avaliará, em especial, duas características: superioridade aérea (missões de combate e escolta, que demanda mísseis) e interdição (missões ataque em solo, que privilegiam bombas).

Veja bem o texto: AVALIARÁ.
NÃO tinha avaliado AINDA.
Só avaliou os 3 finalistas.

Vou te falar minha impressão dos acontecimentos:
Uma parte CONSERVADORA da FAB, com poder decisório, decidiu fazer um shortlist em tempo Recorde e ANTES do RFP e SEM voar os caças e avaliar de forma PROFUNDA.

A Índia no MMRCA emitiu RFP para TODOS os participantes. Voou em TODAS as aeronaves.
Avaliou capacidades de combate em TODAS.
Aos desclassificados deu uma desculpa muito mais baseada e profissional.

O Mangabeira Unger era Ministro de Assuntos Estratégicos. Apesar de morar nos EUA e ser professor em Harvard, ele SABE que os EUA não transferem tecnologias, etc.
Ele estava costurando uma parceria estratégica com a Rússia, onde o Brasil iria adquirir o Su-35 e entrar como PARCEIRO no desenvolvimento do PAK-FA.

Essa parte da FAB conservadora deu o seu jeito para tirar o Su-35 da concorrência com medo da esfera política (PT DE ESQUERDA, COMUNISTA) decidissem pelo caça RUSSO. O caça do país malvado, do lado negro da força.
Luis, esse "choro" todo por causa do Su-35?!
Por que ninguém chora pelo Typhoon ou pelo F-16?! Foram também exclusões ideológicas?!

O FX2 nunca foi um programa focado apenas em desempenho, embora isso fosse considerado como tinha que ser.
Havia outras áreas que eram tb importantes. Se isso não for levado em conta nas análises, não se está analisando o FX2, mas gosto pessoal.

O que vc cita como resposta oficial não o é.
As respostas oficiais foram dadas aos fabricantes desclassificados e não foram tornadas públicas porque esses mesmos fabricantes não permitem.
Apenas algumas vagas informações vieram a público e nenhuma surpresa. Os próprios russos da Sukhoi se queixaram logo depois do anuncio do SL na Aviation Week que eles não poderiam atender aos offsets comerciais e tecnologicos. Confirmando isso, diversos jornais leigos publicaram declarações de Jobim e Saito principalmente de que os russos falharam em apresentar informações nessa área. Depois surgiram declarações de outros problemas nas respostas ao RFI, como a área logística (manutenção).

Se entre as 5 áreas avaliadas (abaixo) durante o RFI alguns fabricantes responderam insatisfatoriamente ou pior do que os outros, para que gastar tempo com mais análises? Eles já deixaram de atender satisfatoriamente a requisitos nessa fase.
Por razões diversas (que não foram tornadas públicas), o Typhoon, o F-16 e o pivot do choro eterno, o Su-35 foram desclassificados. A fila andou e o processo se concentrou nos 3 mais adequados para a FAB e o Brasil.

1-Operacional
2-Logística
3-Técnica
4-Compensação Comercial (offset)
5-Transferência de tecnologia para a indústria nacional de defesa.

ou seja, informações sobre custo, performance, armamentos, manutenção e pacotes tecnológicos e de compensação comercial.


A partir dai o processo se concentrou nas 3 melhores opções para o Brasil na visão de quem tinha a competência legal e técnica para fazer isso: a FAB através de seus órgãos. E a escolha final foi tomada pelo chefe do executivo embasada nessas informações (Lula até tentou tomar a decisão sem embasamento técnico, mas voltou atrás para a sorte dele. Caso contrário poderia estar preso por isso hoje).

Santiago, não tem nada de choro.

Deixe um pouco de lado sua visão de suporte total à FAB. Imagine que a FAB é composta por seres humanos NORMAIS que também cometem erros.
Imagine que são sujeitos à hierarquia e que os que estavam no topo da hierarquia em 2008, nasceram na época da II Guerra Mundial e viveram a maior parte de suas vidas DURANTE A GUERRA FRIA.
Não coloque a mão no fogo por eles. Faça uma análise ISENTA.

Você, como bom conhecedor, bom pesquisador, acha que realizar um SHORTLIST na fase de RFI, com MÍSEROS 2 MESES DE ANÁLISE, SEM VOAR AS AERONAVES, SEM VISITAR A INDÚSTRIA, SEM VISITAR AS OFICINAS DE MANUTENÇÃO, SEM VISITAR OS ESQUADRÕES OPERACIONAIS, SEM AVALIAR DE FORMA PROFUNDA.

EM MÍSEROS 2 MESES.

Você mesmo colocou a data.
A Boeing entregou o RFI no dia 30 de JULHO de 2008.
No dia 1º de OUTUBRO DE 2008 foram anunciados os 3 FINALISTAS.

Estudaram as respostas do RFI nos meses de Agosto e Setembro.
Em 1º de OUTUBRO eliminaram F-16, Eurofighter e Su-35.

APENAS EM 30 de MARÇO DE 2009, que INICIARAM os vôos das aeronaves FINALISTAS, as visitas às indústrias, visitas às oficinas de manutenção, visitas aos esquadrões operacionais, e as análises de capacidade militar em Superioridade Aérea e Interdição.

É um processo MUITO ERRADO.

A visita do presidente da Rússia ao Brasil estava marcada para 26 de Novembro de 2008.
Nesta data o Brasil assinou com a Rússia acordos de COOPERAÇÃO NOS SETORES AEROESPACIAL, NUCLEAR E DE DEFESA.


Este processo ATROPELADO de fazer shortlist durante RFI.
De analisar o RFI em tempo recorde de 2 meses.
E de anunciar rapidamente os 3 finalistas.
Excluindo o Su-35 que era tido como Favorito de 10 entre 10 analistas, é MUITO ESTRANHA.

Ninguém tira isso da minha cabeça.
E tenho certeza que não é teoria da conspiração minha.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Penguin
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Re: MIG 29/35 news

#324 Mensagem por Penguin » Dom Jul 30, 2017 8:28 pm

Luís Henrique escreveu:
Penguin escreveu: Luis, esse "choro" todo por causa do Su-35?!
Por que ninguém chora pelo Typhoon ou pelo F-16?! Foram também exclusões ideológicas?!

O FX2 nunca foi um programa focado apenas em desempenho, embora isso fosse considerado como tinha que ser.
Havia outras áreas que eram tb importantes. Se isso não for levado em conta nas análises, não se está analisando o FX2, mas gosto pessoal.

O que vc cita como resposta oficial não o é.
As respostas oficiais foram dadas aos fabricantes desclassificados e não foram tornadas públicas porque esses mesmos fabricantes não permitem.
Apenas algumas vagas informações vieram a público e nenhuma surpresa. Os próprios russos da Sukhoi se queixaram logo depois do anuncio do SL na Aviation Week que eles não poderiam atender aos offsets comerciais e tecnologicos. Confirmando isso, diversos jornais leigos publicaram declarações de Jobim e Saito principalmente de que os russos falharam em apresentar informações nessa área. Depois surgiram declarações de outros problemas nas respostas ao RFI, como a área logística (manutenção).

Se entre as 5 áreas avaliadas (abaixo) durante o RFI alguns fabricantes responderam insatisfatoriamente ou pior do que os outros, para que gastar tempo com mais análises? Eles já deixaram de atender satisfatoriamente a requisitos nessa fase.
Por razões diversas (que não foram tornadas públicas), o Typhoon, o F-16 e o pivot do choro eterno, o Su-35 foram desclassificados. A fila andou e o processo se concentrou nos 3 mais adequados para a FAB e o Brasil.

1-Operacional
2-Logística
3-Técnica
4-Compensação Comercial (offset)
5-Transferência de tecnologia para a indústria nacional de defesa.

ou seja, informações sobre custo, performance, armamentos, manutenção e pacotes tecnológicos e de compensação comercial.


A partir dai o processo se concentrou nas 3 melhores opções para o Brasil na visão de quem tinha a competência legal e técnica para fazer isso: a FAB através de seus órgãos. E a escolha final foi tomada pelo chefe do executivo embasada nessas informações (Lula até tentou tomar a decisão sem embasamento técnico, mas voltou atrás para a sorte dele. Caso contrário poderia estar preso por isso hoje).

Santiago, não tem nada de choro.

Deixe um pouco de lado sua visão de suporte total à FAB. Imagine que a FAB é composta por seres humanos NORMAIS que também cometem erros.
Imagine que são sujeitos à hierarquia e que os que estavam no topo da hierarquia em 2008, nasceram na época da II Guerra Mundial e viveram a maior parte de suas vidas DURANTE A GUERRA FRIA.
Não coloque a mão no fogo por eles. Faça uma análise ISENTA.

Você, como bom conhecedor, bom pesquisador, acha que realizar um SHORTLIST na fase de RFI, com MÍSEROS 2 MESES DE ANÁLISE, SEM VOAR AS AERONAVES, SEM VISITAR A INDÚSTRIA, SEM VISITAR AS OFICINAS DE MANUTENÇÃO, SEM VISITAR OS ESQUADRÕES OPERACIONAIS, SEM AVALIAR DE FORMA PROFUNDA.

EM MÍSEROS 2 MESES.

Você mesmo colocou a data.
A Boeing entregou o RFI no dia 30 de JULHO de 2008.
No dia 1º de OUTUBRO DE 2008 foram anunciados os 3 FINALISTAS.

Estudaram as respostas do RFI nos meses de Agosto e Setembro.
Em 1º de OUTUBRO eliminaram F-16, Eurofighter e Su-35.

APENAS EM 30 de MARÇO DE 2009, que INICIARAM os vôos das aeronaves FINALISTAS, as visitas às indústrias, visitas às oficinas de manutenção, visitas aos esquadrões operacionais, e as análises de capacidade militar em Superioridade Aérea e Interdição.

É um processo MUITO ERRADO.

A visita do presidente da Rússia ao Brasil estava marcada para 26 de Novembro de 2008.
Nesta data o Brasil assinou com a Rússia acordos de COOPERAÇÃO NOS SETORES AEROESPACIAL, NUCLEAR E DE DEFESA.


Este processo ATROPELADO de fazer shortlist durante RFI.
De analisar o RFI em tempo recorde de 2 meses.
E de anunciar rapidamente os 3 finalistas.
Excluindo o Su-35 que era tido como Favorito de 10 entre 10 analistas, é MUITO ESTRANHA.

Ninguém tira isso da minha cabeça.
E tenho certeza que não é teoria da conspiração minha.
Vc está equivocado.
Todos os 6 concorrentes sabiam como o processo iria funcionar e do seu cronograma quando foi iniciado.
Se havia um momento para reclamar, era antes do recebimento do RFI ou logo após o seu recebimento.
Todos os 6 concorrentes responderam ao RFI até o dia 30 de julho de 2008. Todos, inclusive os russos da Sukhoi.
Todos sabiam que haveria um short list e que alguns seriam eliminados por não atender aos requisitos do FX2.

Aqui cabe um parênteses.
Antes de se enviar respostas ao RFI, todos os fabricantes e países firmaram acordos de confidencialidade ("Non-Disclosure Agreements"). As informações que são utilizadas para responder ao RFI são protegidas e sigilosas legalmente. Isso independe de qualquer outro acordo. Até hoje a FAB não pode divulgar mais informações sobre o processo.

Lembre-se que os mesmo russos participaram alguns anos antes do FX1 e fizeram proposta sem nenhum tipo de problema.

Apenas nas fases mais avançadas das negociações, após a definição do short list é que o processo para a implementação de ToT precisaria ser garantido. Vide o caso da carta do governo dos EUA garantindo as ToT. Isso aconteceria apenas depois que o SL foi definido em etapas seguintes.

Os Suecos, por exemplo firmaram um acordo governo-governo apenas depois que eles foram escolhidos como o vencedores do FX2.

Além do mais, o Brasil tem firmado acordos estratégicos e tecnológicos com a Rússia desde 1997 ( http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/ficha ... -da-russia ):

1997 – Criação da Comissão de Alto Nível de Cooperação (CAN), cujo mecanismo operacional é a Comissão Intergovernamental de Cooperação (CIC)
2002 – Visita oficial à Rússia do Presidente Fernando Henrique Cardoso, quando foi celebrada a "Parceria Estratégica" entre os dois países
2004 – Visita do Presidente Vladimir Putin ao Brasil, a primeira de um Chefe de Estado da Federação da Rússia, ocasião em que foi celebrada a "Aliança Tecnológica" entre os dois países


Logo, essa desculpa de que os russos não terem respondido bem ao RFI porque dependiam de um acordo, disseminada por um jornalista, não tem amparo nos fatos e nem na lógica.

O processo foi rápido porque nessa fase não houve necessidade de realizar os testes com as aeronaves.
O processo foi rápido porque a FAB queria decidir logo, pois sabia dos riscos se desse muito espaço para interferências políticas ou crises econômicas.
Infelizmente o processo sofreu interferência política, sobretudo depois do SL definido e atrasou muito. Aconteceu o que ela tentou evitar.

O Su-35 era favorito em fóruns, por entusiastas ou por jornalistas que não tinham ideia do que a FAB queria ou o que seria analisado e considerado no processo:

1-Operacional
2-Logística
3-Técnica
4-Compensação Comercial (offset)
5-Transferência de tecnologia para a indústria nacional de defesa.

ou seja, informações sobre custo, performance, armamentos, manutenção e pacotes tecnológicos e de compensação comercial.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: MIG 29/35 news

#325 Mensagem por juarez castro » Dom Jul 30, 2017 9:59 pm

é impressionante, como de maneira até infantil se distorcer os fatos, como se a FAB não tivesse exaustivamente ouvido todas as propostas, e dado todas as oportunidades a todos os fabricantes.
LH, de uma vez por todas, vou desmistificar algumas teses criadas na forunslãndia encantada por seres inimados;
Sukhoi, não atendeu o quesito TOT( eu odeio estas história de TOTs, mas foi o Mangabeira que criou esta bost.....a). Os russos foram categóricos: Não transferem a tecnologia embarcada nos seus SU 35, tanto é que os chineses compraram agora duas dúzias para copiar.
Rafale, atendeu todas as exigências(principalmente as etíico pouco republicanas), mas em função do custo de aquisição foi descartado.
FA18 SH Atendeu todas as exigências e foi descartado pela mesma razão do Rafale.
Venceu o Gripen NG porque atendeu todas as exigências e o menor preço de aquisição(que eu tenho lá minhas dúvidas se será mesmo).

G abraço




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Re: MIG 29/35 news

#326 Mensagem por Justin Case » Dom Jul 30, 2017 10:16 pm

Olá.

Custo a acreditar que os americanos tenham oferecido bom nível de TOT, devido às restrições legais que têm que atender.
Algum outro fator deve ter sido considerado para que fosse incluído no short-list um candidato americano e descartado o russo.
Abraços,

Justin




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Re: MIG 29/35 news

#327 Mensagem por juarez castro » Dom Jul 30, 2017 10:34 pm

Justin Case escreveu:Olá.

Custo a acreditar que os americanos tenham oferecido bom nível de TOT, devido às restrições legais que têm que atender.
Algum outro fator deve ter sido considerado para que fosse incluído no short-list um candidato americano e descartado o russo.
Abraços,

Justin
Cel., se eles não tivesse concordado não estariam no short list, eu sei que o senhor sabe disto melhor do que eu.
O Rafale idem, e observe que o Santiago postou n vezes aqui uma quantidade de itens americanos que compõe a célula do Rafale e dependeria da sinal verde da Casa Branca e o Rafale estava também no short list, porque seguramente a Dassault conseguiu o ok.
Cel, eu acho que em especial o senhor, eu e outros que foram da "casa" mesmo que nossos "queridos e preferidos" não foram escolhidos temos que botar um ponto final neste quadro de lamúrias e bola para frente. Tenho sérias dúvidas do bom andamento do NG e tenho ainda mais dúvidas sobre os custos finais, torço para que dê tudo certo, porque se não estaremos fud.... e mal pagos.

G abraço




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Re: MIG 29/35 news

#328 Mensagem por Justin Case » Dom Jul 30, 2017 11:25 pm

Olá, Juarez.

Independentemente das nossas preferências pré-decisão do F-X, creio que todos aqui agora torcem para o sucesso do Gripen NG na FAB.
Isso não invalida a opcão que temos de discutir métodos e processos. Não há projetos perfeitos. Analisar procedimentos passados é importante para aperfeiçoar as metodologias que usaremos em projetos futuros. Isso inclui as complexas circunstâncias de offset e transferência de tecnologia.
Abraço,

Justin




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Re: MIG 29/35 news

#329 Mensagem por henriquejr » Seg Jul 31, 2017 12:23 am

Não sei se vocês assistiram o depoimento da Dilma Rousseff em audiência à Justiça Federal de Brasília, mas um dos assuntos abordados foi justamente o projeto FX. na ocasião, no que diz respeito ao SH, ela afirmou que o governo americano deu garantias de que faria transferência de tecnologias, mas que a decisão dependia também do Congresso americano, e que no governo brasileiro havia uma certa insegurança de que o Congresso podia não permitir as transferências....




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Re: MIG 29/35 news

#330 Mensagem por Túlio » Dom Ago 27, 2017 1:51 pm

Da minha mailbox:

PERÚ EVALUÓ ALTAMENTE LAS CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Y DE VUELO DEL AVIÓN CAZA MODERNIZADO MIG-29M/M2

Moscú, 26 de Agosto de 2017 – En el territorio del holding internacional de aviación “S.A. Ramport Aero” en la ciudad Zhukóvskiy, ubicada en las cercanías de Moscú, se celebró en 24 de agosto la reunión de la delegación de las Fuerzas Aéreas de la República de Perú con los jefes de la Corporación MiG (Russian Aircraft Corporation MiG).

«América Latina es uno de los mercados claves para la Corporación MiG. En particular, desde 1997 los aviones caza MiG-29 sirven a las fuerzas aéreas de la República de Perú. Quiero destacar que durante estos años la Corporación MiG obtuvo una experiencia grande de la modernización de tales máquinas, lo que forma una base para la colaboración continua de nuestros países, incluso para la posibilidad de suministro de los caza más modernos multipropósito de la familia MiG en los intereses de las fuerzas aéreas peruana», confirmó Iliá Tarasénko, director general de la Corporación MiG.

En el marco del desarrollo de colaboración, se celebró un vuelo en conjunto de conocimiento en el avión MiG-29M2 del teniente-general de la Republica de Perú, Rodolfo García Esquerre (Inspector General de las Fuerzas Aéreas de la República de Perú), con Mijaíl Beliáev, el piloto de pruebas de la Corporación MiG. El representante de Perú evaluó altamente las capacidades del avión caza modernizado profundamente, así como sus características técnicas y de vuelo.

El hecho de que Perú tiene una base del mantenimiento técnico de los aviones MiG-29, así como de tripulación de vuelo y técnico bien preparado, asegura unas premisas para la promoción de los productos nuevos de la Corporación MiG para este país.

Por eso se han conversado con los representantes de la jefatura de las Fuerzas Armadas de Perú las posibilidades de la promoción del avión caza modernizado profundamente MiG-29M/M2, lo que permitirá aumentar considerablemente las capacidades de las Fuerzas Armadas peruanas con los gastos mínimos en la instalación de la base necesaria del mantenimiento material y técnico y preparación de los técnicos.

Es muy importante el hecho de que la parte rusa bajo la demanda de Perú está preparando un programa óptima offset que permitirá garantizar el grado alto de la localización del mantenimiento técnico de los aviones MiG-29M/M2 y la producción de varios nudos y agregados justamente en el territorio de Perú, lo que contribuirá en el desarrollo de la industria de aviación del país y la transferencia de las tecnologías modernas.

En el período entre 2008 y 2014, la Corporación MiG modernizó 8 aviones caza MiG-29 hasta el nivel «SM» - que es distinto a la modificación MiG-29M/M2. Para 2020 prácticamente todos los aviones de combate de las fuerzas aéreas de la República de Perú tendrán más de 30 años de edad de funcionamiento.



DOWNLOAD DE FOTOS, VIDEOS, CITAS DE EJECUTIVOS (CON TRADUCCIÓN AL ESPAÑOL) Y INFORMACIÓN ADICIONAL PARA LA PRENSA:



>> (VIDEO) | DECLARACIÓN DEL TENIENTE-GENERAL RODOLFO GARCÍA ESQUERRE, INSPECTOR GENERAL DE LAS FUERZAS AÉREAS DE LA REPÚBLICA DE PERÚ

https://wetransfer.com/downloads/d65d20 ... 911/e02c78

(Disponible para download hasta 30 de Agosto de 2017)



>> (VIDEO) | DECLARACIÓN DE ILIÁ TARASÉNKO, DIRECTOR GENERAL DE LA CORPORACIÓN MIG

https://wetransfer.com/downloads/eef351 ... 842/6a9c48

LINK DE LA TRADUCCIÓN DE LAS DECLARACIONES PARA ESPAÑOL: https://we.tl/w01KaQ2Tgd

(Disponible para download hasta 30 de Agosto de 2017)



>> (VIDEO) | DECLARACIÓN DE MIJAÍL BELIÁEV, PILOTO DE PRUEBAS DE LA CORPORACIÓN MIG

https://wetransfer.com/downloads/cbcb29 ... 428/e63ef1

LINK DE LA TRADUCCIÓN DE LAS DECLARACIONES PARA ESPAÑOL: https://we.tl/w01KaQ2Tgd

(Disponible para download hasta 30 de Agosto de 2017)



>> FOTOS DEL MiG-29M2

LINK: https://we.tl/rUoKSeOUTW

Copyright: RAC MiG

(Disponible para download hasta 2 de Septiembre de 2017)



>> DATOS, CARACTERÍSTICAS Y PERFORMANCE DEL MiG-29M2 (EN INGLÉS)

http://www.migavia.ru/index.php/en/prod ... m-mig-29m2




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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