O que eu penso para nosso futuro CC:
Blindagem: o Armata simplesmente mudou tudo que poderiamos pensar sobre carros de combate e como se proteger, principalmente usando 3 camadas de blindagem:
1) sistema ADS, para abater alvos com munição explosiva (HEAT ou qualquer outra que seja) ou desestabilizar munições APFSDS.
2) se essa não funcionar, uma camada de blindagem ERA deverá servir, sendo o Malachit, servindo para munições HEAT quanto para munições KE.
3) essa última sendo um composto (de seja lá o quê, mas pelo peso, tem Nanocomposite ali) como garantia de proteção.
Como sou a favor do 2A4 modernizado pra Revo ou 2A7, dando sobrevida até 2045, teríamos muito tempo para absorver o conceito e desenvolver novas tecnologias. Vejo que a blindagem de nosso CC nacional também poderia ser de 4 camadas, sendo elas ativa, reativa, passiva e visual:
1) ativa: não há muito o que falar sobre, pois as únicas melhorias nesse tipo de blindagem é o tempo de resposta e qual projétil se usa (ou Hz se for de energia direta).
Hard-kill:poderia ser uma versão bem melhorada da AMAP-ADS que já estaria operacional aqui em nossos MBT's.
Soft-Kill:além de contar com sensores para detectar de onde partiu os disparos, não seria nada mal Jammers para impedir ou atrasar o inimigo, possibilitando a deteção antes dos disparos.
Caso disparado, iniciar contramedidas como o sistema similar ao ROSE, para dificultar ou impedir que seja travado por sistemas de misseis IR ou mesmo a Laser (wire-guided nem será possível, pois terá de adivinhar onde é que está o danado do MBT), além de jammers para atacar especialmente mísseis (não irá fazer nada contra munições cinéticas.
2) reativa: apesar de eu ser fã da simplificade e efetividade das blindagens ERA, elas ainda sim há novas tecnologias que podem ser mais efetivas sem precisar trocar a blindagem quando atingida e ela se chama ElRA ou Eletric Reative Armour. Recentemente a Elbit desenvolveu uma para oferecer como pacote de blindagem no programa FRES. Basicamente cria uma corrente elétrica que faz detonar e dirigir a energia da explosão para o lado oposto. Houve testes com RPG-7 e nem chegou a arranhar a blindagem, uma pena não haver muito material sobre isso.
Aparentemente os Europeus também apostaram para quebrar ou enfraquecer munições APFSDS, já cheguei a ver estudos do tipo em que uma carga muito alta pode criar uma fissura dentro da munição, causando quebra quando a mesma se chocar com a blindagem passiva.
3) passiva: basicamente Nanocompostos, sendo derivados de Nanoceramicas e CNT-MMC's. Quem me conhece sabe que falei muito sobre Nanotubos de Carbono de paredes multiplas, recentemente fiz uma viagem e cheguei a acompanhar um teste com uma proposta de colete feito desse material. Vi, com meus próprios olhos, uma "placa" (bem diferente do Kevlar, é extremamente maleável, semelhante a uma jaqueta de couro e muito confortável) simplesmente "rindo" de disparos de .44 feitos há 1,5 metro, sendo os projéteis ricocheteando e foram todos do revólver, só sendo penetrato por tiros de SVD há 2 metros, suportando os 2 primeiros e sendo penetrado pelo segundo.
Nanotubos de Múltiplas Camadas
Claro, há uma camada antes da "placa" chamada de Soft Armor, que é como se fosse um gel que segura os fragmentos do projétil, evitando qualquer ricochete.
Isso, apenas NTCPM, pesando uns 200 gramas!! Uma placa de Kevlar, que foi perfurada no PRIMEIRO tiro, pesava majs de 1 kg. Agora quando usando Nanoceramicas e CNT-MMC's, que são ligas de Nanotubos com Metais, no caso da AMAP é com ATA (liga de alumínio-titânio chamado de Mat 7720, além de Aço Nanométrico e Nanocerâmicas (possivelmente Nanofibra de Aramida).
Outro caso é no Type 10, que usa composto baseado em Nanocristais.
Outro material interessante de ser usado é o Nióbio, com pesquisas em algumas universidades daqui mesmo e chamou a atenção de Militares há algum tempo, usado como reforço em algumas ligas, como ATA reforçado com Nióbio apresentou melhora considerável na sua dureza e residência, além de aumentar a resistência do material a altas temperaturas.
Um deles que não estudamos é o NZC Alloy, que é uma liga de Nióbio-Zircônio-Carbono, extremamente forte. Há materiais disponíveis na internet, também chamados de PWC-33 ou PWC-34 Alloy.
São todos materiais já aplicados e alguns em estudos, imagina daqui pra 2040?
Todos esses materiais possuem estudo em Universidades Federais e no próprio IME, onde tem muuuita coisa boa lá mas não sai do papel por falta de vontade/verba, incluindo blindagem ERA, blindagem convexa de Kevlar bem mais leve que blindagem comum e que pode segurar sisparos de .50 (tem até versão pra infantaria que segura 7.62 mm)... enfim, não precisariamos importar nenhum conhecimento, só desenvolver o que já temos aqui.
Nanocerâmica
Ou seja, nosso composto seria basicamente de: NTCMP reforçados com liga de NbZrC, ATA reforçado com Nb ou mesmo Nb2O5, com camadas de Nanocerâmica ou alguma liga de Nanocerâmica com metais. Não vejo necessidade de Aço Nanométrico com o uso de ligas de Nióbico, á testar...
4) visual: além da proteção balística, Nanotubos de Carbono também oferecem proteção contra equipamentos de detecção térmica (FLIR), como também efeitos para camuflagem ativa, literalmente uma "capa de invisibilidade", sem utilizar monitores e câmeras para espelhar o que estar atrás de você para sua frente:
Ainda há outras questões, como armamento e capacidade de reconhecimento (como disparar pelo seu tubo Vant similar ao Oto-Horus UAV ou mesmo um quadrirotor instalado acima da torre, elétrico, que tenha uma boa autonomia, alguns com alcance bem considerável) que podemos seguir debatendo.