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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

Enviado: Qui Dez 19, 2024 9:46 am
por FCarvalho
cabeça de martelo escreveu: Qui Dez 19, 2024 9:12 am
gogogas escreveu: Qui Dez 19, 2024 7:27 am Os Tugas nunca vai aceitar produto brazuka kkkkkk
Mas eles não pararam pra observar nos ganhos tecnológicos , ganhos em manutenção de outros países da aliança , além do emprego de mão de obra portuguesa ! Isto dinheiro não paga
Se visses a polémica que está a ser a aquisição aos Turcos dos novos 2 navios reabastecedores... ainda por cima há uma boa hipótese de eles também ganharem o concurso para a modernização das Fragatas da classe Vasco da Gama. Um factor importante, quem ganhar o concurso irá equipar os 6 NPO 3S que começaram a ser construídos em breve os NPC.
:arrow: https://www.ordemengenheiros.pt/fotos/e ... asilva.pdf
:arrow: https://www.ordemengenheiros.pt/fotos/e ... sneves.pdf
Na Europa, via de regra geral, comprar qualquer coisa que não seja europeia em matéria de defesa sempre foi e é motivo para polêmica. Venha de onde vier. E olha que os turcos tem um naco do velho continente há muito tempo, mas nem por isso lhes proporcionou tratamento menos despudorado e controverso de parte da UE e\ou OTAN. Ao contrário, continuam sendo percebidos ainda como o velho inimigo otomano de sempre, e um invasor nada bem vindo e muito menos aceito. Afinal, nunca foram e não são "europeus de verdade".

Se estivéssemos exportando melancias, ouro ou mulatas para Portugal ninguém sentiria qualquer necessidade de polemizar nada, e estaria tudo dentro do "normal".

Quem sabe um dia a gente aprende, ou toma vergonha na cara, que não somos e nunca seremos parte da "grande família" em tempo algum. E nem tratados como tais. Com ou sem passaporte europeu. E que vender algo diferente dos perdulicários rurais de sempre para as velhas metrópoles é muito mais do que poderíamos esperar de uma país periférico, rural e dependente de exportação de commodities desde 1500. E isto merece ser muito comemorado. E refletido por aqui.

Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

Enviado: Qui Dez 19, 2024 2:14 pm
por P44
Fica aqui uma explicação sólida e bem eloquente do que foi este mau negócio. Escrito por quem sabe, no FD.
dc escreveu: Compras ao Brasil não são compras à CPLP. Nesta interacção, apenas o Brasil fica mais rico, Portugal fica mais pobre e com um meio que não faz sentido adquirir, e os restantes membros da CPLP ficam na mesma. As coisas que beneficiam a CPLP, são programas conjuntos, com participação de todos, não o "lobbismo" de uma empresa.
Não é a África Portuguesa de que se fala. É do Sahel. Bem, mal, assim-assim ou mais ou menos parece que identificaram que Portugal pode ter alguma experiência na zona e muito menos anticorpos que os franceses. E Portugal aceitou o "desafio". É a minha interpretação. Podiam ter sido escolhidos outros meios? Podiam. Mas partindo do pressuposto onde a ajuda no aumento da influência da UE no Sahel é um dado adquirido então o ST não é uma má escolha.
Isso é tudo uma grande falácia. Para as missões em África não só existem N tipos de meios que nos fazem falta e que podem fazer mais diferença que o ST, como para termos uma presença em África notória, o nível de investimento precisa de ser muito maior. 200M em STs com o pretexto de uma "grande influência em África" é treta, e todos sabemos disso.

Queres realmente focar-te nas missões em África? Porreiro. Prepara-te para ter que investir 2000M ou mais para ter FA capazes de cumprir a missão. Tens que ser capaz de criar uma FND com mais de 1000 elementos, tens de garantir que esta força tem protecção, tens de garantir que, se a ameaça escalar, consegues dissuadir o adversário, garantir um grau de superioridade aérea (com aviões a sério, e não avionetas COIN), capacidade de sustentar logisticamente a força, investir num aeródromo/base aérea/aeroporto local para poderes operar os teus meios aéreos em segurança. Precisas inclusive de ter uma Marinha logisticamente capaz, e consequentemente uma Marinha militarmente capaz para proteger os navios logísticos, e ainda precisas de aeronaves de transporte aéreo estratégico.

"África é a prioridade" e continuar com FNDs low-cost não dá com nada.
Os brasileiros fazem publicidade de graça, nós gastamos o dinheiro, mas os aviões terão uma considerável taxa de incorporação portuguesa e as vendas poderão atingir um sexto do valor de vendas de carros da Autoeuropa.
Os ST não terão virtualmente nenhuma incorporação portuguesa relevante. O mercado Europeu/NATO, não tem propriamente um monte de países interessados neste tipo de aeronave, logo a "participação portuguesa" não é relevante. Resta o mercado africano, sul americano e asiático, e nestes mercados, não interessa aos países ter a "versão NATO", logo qualquer venda é inconsequente para nós.

Conclusão, o volume de vendas nunca será nem de perto o que as estimativas da Embraer apontam, muito menos no que respeita ao retorno para Portugal.
Gostemos ou não, a Embraer, é a única coisa com pés para andar, cabeça, tronco e membros, e que seja parecido com uma industria aeronáutica.
Não há nem Pilatus PC-9, nem Texan's T-6 que pudessem, nem de perto nem de longe, contribuir para a criação e consolidação de uma industria aéronáutica em Portugal.

A Embraer investiu em Portugal para produzir este avião e espera atingir volumes de vendas de 600 milhões de Euros.
Os ganhos de experiência em termos técnicos, a formação de pessoal especializado, não têm igual em praticamente mais nenhum setor de atividade (quase, porque há excepções).
Começando pelo fim, com um volume de vendas de 600M, que são meramente hipotéticos, continua a ser um défice a rondar os 400M face ao que nós gastámos com a Embraer na compra dos seus produtos, e este valor é ainda maior quando consideramos o investimento que fizemos no programa do KC, durante o seu desenvolvimento.

O Pilatus PC-9 e o T-6 Texan II não seriam sequer concorrentes para aeronaves de treino avançado. Seriam sim o PC-21, M-346, T-50, entre outros modelos a jacto.
Destes, destaco a opção barata e em baixa quantidade (6) apenas para treino, PC-21.
Destaco também outra alternativa, que seria o TA-50 (sul coreano), que, se devidamente negociado, poderia ver a sua montagem final em Portugal, sendo esta uma aeronave com potencial de mercado no Ocidente, 10 a 20 vezes superior ao Super Tucano.

Se é para falar em "volumes de vendas" estritamente hipotéticos/inventados, temos que o fazer para todas as opções que deveriam ter sido consideradas, através de uma prospecção de mercado. E o que eu vejo, são vários países que têm que substituir os seus aviões de treino a jacto, e também países que procuram substituir os seus caças soviéticos antigos, por algo barato mas minimamente capaz de cumprir. A maioria destes países, terá preferência por um avião a jacto, e não avionetas COIN.

Se tivéssemos conseguido um negócio de TA-50 que envolvesse a montagem final em Portugal (ou até produção de partes da aeronave), o potencial para o futuro seria enorme. E além das exportações, este tipo de aeronave é muito mais adequado para a criação de uma escola internacional, onde os países que querem entrar neste tipo de escolas, querem ter acesso a aeronaves a jacto.

A Embraer é "a única com pés e cabeça" em Portugal, porque é a única empresa com quem procuramos negócios que envolvam a indústria nacional, por questões políticas. Nem sequer damos oportunidades a outras empresas de fazerem propostas, algo que aconteceria inevitavelmente com concursos.


A escolha do ST foi simplesmente errada em todos os níveis. Para treino avançado, em termos do "retorno para a economia", para as missões em África, tudo.

Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

Enviado: Qui Dez 19, 2024 2:16 pm
por cabeça de martelo
É mesmo uma coisa portuguesa, os C-295M não que são Espanhóis, os OHP não porque são velhos, os A400M não porque são caros, os KC-390 não porque não há experiência com os mesmos, os U209 não porque os franceses aceitam que os submarinos sejam feitos em Portugal, os SCAR não porque não foram adotados pela US SF etc.

"Nunca é bom, nunca é a escolha certa, nunca se fez um negócio com inteligência"... é assim desde que sou gente.

Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

Enviado: Qui Dez 19, 2024 2:16 pm
por cabeça de martelo
108 militares pagaram para sair da Força Aérea este ano

Só em 2024, 108 militares pagaram para sair da Força Aérea este ano. De acordo com o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea em entrevista ao jornal Público, 35 dos militares que rescindiram são pilotos, sendo que há ainda engenheiros, controladores aéreos e médicos. Para além destes, também técnicos de manutenção, de electrónica, técnicos de manutenção aeronáutica pediram saída antecipada.

O general Cartaxo Alves lamenta o aumento do número de efetivos que pedem para sair antes de terminar o período de contrato, mas ressalva que também aumentou a capacidade de recrutamento. "Quando tomei posse, falei em menos 1500 pessoas. Obviamente, a situação agravou-se. Neste momento, terá perto de 2000 pessoas a menos do que aquilo de que necessitaria. No total, este ano atingiremos, ainda assim, um valor que há muitos anos não atingimos desde 2014. Estamos com 6700 pessoas, sendo que 700 são civis. É o valor mais alto dos últimos anos. Tivemos uma recruta na semana passada em que entraram 356 jovens, muito mais do que tem sido habitual. É a terceira recruta deste ano e as anteriores cifraram-se em cerca de 200 pessoas cada. É pessoal contratado, esperamos que muitos deles façam a sua transição para os quadros permanentes. Temos tido também um aumento consistente na Academia desde o ano passado", afirmou.

https://cnnportugal.iol.pt/cartaxo-alve ... b82908c815

Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

Enviado: Qui Dez 19, 2024 7:49 pm
por LM
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A Força Aérea, em conjunto com a Marinha Portuguesa, testou os sistemas de Guerra Eletrónica das aeronaves KC-390 e EH-101 Merlin, das Esquadras 506 – “Rinocerontes” e 751 – “Pumas”, em operações que decorreram nos dias 17 e 18 de dezembro.

No caso em particular do avião KC-390, tratou-se do passo inicial na validação das capacidades daqueles sistemas.

Os testes incluíram a largada de contramedidas, denominadas de Chaffs e Flares, em contexto de exercício, bem como os processos de interoperabilidade entre as forças presentes, permitindo treinar as tripulações nesta capacidade, recriando cenários exigentes e complexos.

O exercício contou com o apoio da Marinha através da fragata NRP D. Francisco de Almeida, onde seguiram embarcados elementos da Força Aérea. Durante o exercício foi possível ainda treinar procedimentos de uma operação de busca e salvamento, com militares a serem resgatados da fragata da Marinha pela tripulação do helicóptero EH-101 Merlin.

Além da participação da Esquadra 506 e da Esquadra 751, o Centro de Guerra Eletrónica da Força Aérea também esteve envolvido no apoio direto às atividades, tanto em voo como a bordo da fragata NRP D. Francisco de Almeida.
https://www.emfa.pt/noticia-4877-Guerra ... em%20teste


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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

Enviado: Sex Dez 20, 2024 5:51 am
por hotm
O melhor comprador do KC390 :)

Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

Enviado: Sex Dez 20, 2024 9:12 am
por cabeça de martelo
Li agora no FD de um individuo que mostra-se sempre muito bem informado que os A-29N substituirão os Epsilons na Esquadra 101, enquanto que os Chipmunks serão substituídos por Cirrus TRAC22/22T. Ou seja, a curto prazo a FAP será totalmente reequipada nos seus meios de formação dos PILAV (excepto os planadores).

Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

Enviado: Sex Dez 20, 2024 10:42 am
por FCarvalho
Bem ou mal, o tema Defesa na Europa tende a encurtar as distâncias entre o que se fala e o que se faz de fato quanto ao reequipamento das ffaa's. E isto é uma pressão natural que já existe hoje, mas que ainda encontra muita oposição de parte da sociedade junto ao poder político, posto ninguém quer arriscar o status quo conseguido durante décadas. Qualquer um em sã consciência agiria assim, dado que o leste europeu nunca gerou muitas simpatias entre os ocidentais.
Mas, em algum momento a realidade baterá à porta de tal forma que as decisões procrastinadas até então terão de encontrar termo.
Se nas melhores condições ou não, veremos.
O tempo está correndo.

Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

Enviado: Sex Dez 20, 2024 11:47 am
por cabeça de martelo
Em 2024, houve 108 militares que pagaram para sair da Força Aérea, 35 dos quais pilotos, apontou esta quarta-feira o general Cartaxo Alves, que está prestes a terminar o seu mandato como chefe do Estado-Maior da Força Aérea, em entrevista ao jornal ‘Público’. O responsável militar deixou igualmente o apelo para o Governo avançar para a compra dos novos F-35.

“Os nossos F-16 têm 30 anos de operação. Temos mantido a sua operacionalidade com constantes upgrades tecnológicos ao nível dos seus equipamentos, no âmbito do grupo europeu, também formado pela Noruega, Dinamarca, Países Baixos, Bélgica, que tinha a mesma configuração da aeronave”, indicou o general, salientando que há “obviamente, a necessidade urgente na substituição da aeronave”. “Se hoje fizéssemos um contrato, a primeira aeronave só iria ser recebida daqui a oito anos porque a cadeia de produção vai demorar o seu tempo. Os nossos aviões vão voar 40 anos. Agora, daí para a frente, já não dá.” No entanto, o general Cartaxo Alves confessou-se “muito tranquilo”. “Existe um entendimento [com o Governo] sobre o assunto. Essa decisão será tomada na altura certa”, apontou, garantindo que serão necessários 27 F-35 e que deverão ser adquiridos em 2025.


No entanto, a falta de efetivos nas Forças Armadas é um problema de difícil resolução. “Neste momento, terá perto de 2 mil pessoas a menos do que aquilo de que necessitaria. A Força Aérea não tem grandes problemas de recrutamento, temos é problemas de retenção dos nossos quadros. Este anos tivemos já muitas saídas não planeadas”, indicou o general Cartaxo Alves.“Em 2021, tivemos 17; em 2022, 35. No ano passado, 80 e este ano vamos ter 108 militares que pediram o abate ao quadro”, apontou, salientando tratar-se de elementos “de quatro áreas: pilotos (foram 35), engenheiros, controladores aéreos e médicos. E depois técnicos de manutenção, de eletrónica, técnicos de manutenção aeronáutica”.

https://executivedigest.sapo.pt/noticia ... ado-maior/

Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

Enviado: Sáb Dez 21, 2024 7:59 am
por FIGHTERCOM
P44 escreveu: Qui Dez 19, 2024 2:14 pm Fica aqui uma explicação sólida e bem eloquente do que foi este mau negócio. Escrito por quem sabe, no FD.
dc escreveu: Compras ao Brasil não são compras à CPLP. Nesta interacção, apenas o Brasil fica mais rico, Portugal fica mais pobre e com um meio que não faz sentido adquirir, e os restantes membros da CPLP ficam na mesma. As coisas que beneficiam a CPLP, são programas conjuntos, com participação de todos, não o "lobbismo" de uma empresa.



Isso é tudo uma grande falácia. Para as missões em África não só existem N tipos de meios que nos fazem falta e que podem fazer mais diferença que o ST, como para termos uma presença em África notória, o nível de investimento precisa de ser muito maior. 200M em STs com o pretexto de uma "grande influência em África" é treta, e todos sabemos disso.

Queres realmente focar-te nas missões em África? Porreiro. Prepara-te para ter que investir 2000M ou mais para ter FA capazes de cumprir a missão. Tens que ser capaz de criar uma FND com mais de 1000 elementos, tens de garantir que esta força tem protecção, tens de garantir que, se a ameaça escalar, consegues dissuadir o adversário, garantir um grau de superioridade aérea (com aviões a sério, e não avionetas COIN), capacidade de sustentar logisticamente a força, investir num aeródromo/base aérea/aeroporto local para poderes operar os teus meios aéreos em segurança. Precisas inclusive de ter uma Marinha logisticamente capaz, e consequentemente uma Marinha militarmente capaz para proteger os navios logísticos, e ainda precisas de aeronaves de transporte aéreo estratégico.

"África é a prioridade" e continuar com FNDs low-cost não dá com nada.



Os ST não terão virtualmente nenhuma incorporação portuguesa relevante. O mercado Europeu/NATO, não tem propriamente um monte de países interessados neste tipo de aeronave, logo a "participação portuguesa" não é relevante. Resta o mercado africano, sul americano e asiático, e nestes mercados, não interessa aos países ter a "versão NATO", logo qualquer venda é inconsequente para nós.

Conclusão, o volume de vendas nunca será nem de perto o que as estimativas da Embraer apontam, muito menos no que respeita ao retorno para Portugal.



Começando pelo fim, com um volume de vendas de 600M, que são meramente hipotéticos, continua a ser um défice a rondar os 400M face ao que nós gastámos com a Embraer na compra dos seus produtos, e este valor é ainda maior quando consideramos o investimento que fizemos no programa do KC, durante o seu desenvolvimento.

O Pilatus PC-9 e o T-6 Texan II não seriam sequer concorrentes para aeronaves de treino avançado. Seriam sim o PC-21, M-346, T-50, entre outros modelos a jacto.
Destes, destaco a opção barata e em baixa quantidade (6) apenas para treino, PC-21.
Destaco também outra alternativa, que seria o TA-50 (sul coreano), que, se devidamente negociado, poderia ver a sua montagem final em Portugal, sendo esta uma aeronave com potencial de mercado no Ocidente, 10 a 20 vezes superior ao Super Tucano.

Se é para falar em "volumes de vendas" estritamente hipotéticos/inventados, temos que o fazer para todas as opções que deveriam ter sido consideradas, através de uma prospecção de mercado. E o que eu vejo, são vários países que têm que substituir os seus aviões de treino a jacto, e também países que procuram substituir os seus caças soviéticos antigos, por algo barato mas minimamente capaz de cumprir. A maioria destes países, terá preferência por um avião a jacto, e não avionetas COIN.

Se tivéssemos conseguido um negócio de TA-50 que envolvesse a montagem final em Portugal (ou até produção de partes da aeronave), o potencial para o futuro seria enorme. E além das exportações, este tipo de aeronave é muito mais adequado para a criação de uma escola internacional, onde os países que querem entrar neste tipo de escolas, querem ter acesso a aeronaves a jacto.

A Embraer é "a única com pés e cabeça" em Portugal, porque é a única empresa com quem procuramos negócios que envolvam a indústria nacional, por questões políticas. Nem sequer damos oportunidades a outras empresas de fazerem propostas, algo que aconteceria inevitavelmente com concursos.


A escolha do ST foi simplesmente errada em todos os níveis. Para treino avançado, em termos do "retorno para a economia", para as missões em África, tudo.
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Resumindo: aceita que dói menos. [003]


Abraços,

Wesley

Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

Enviado: Sáb Dez 21, 2024 4:17 pm
por P44
cabeça de martelo escreveu: Qui Dez 19, 2024 2:16 pm É mesmo uma coisa portuguesa, os C-295M não que são Espanhóis, os OHP não porque são velhos, os A400M não porque são caros, os KC-390 não porque não há experiência com os mesmos, os U209 não porque os franceses aceitam que os submarinos sejam feitos em Portugal, os SCAR não porque não foram adotados pela US SF etc.

"Nunca é bom, nunca é a escolha certa, nunca se fez um negócio com inteligência"... é assim desde que sou gente.
Daqui a pouco estás como o outro a dizer que os STs vão fazer CAS na Lituânia

Se achas bem desperdiçar 200M para satisfazer meia dúzia de chicos espertos enquanto os F16 não possuem verba para modernização ok, está toda a gente errada , só tu e o gajo da Embraer que por lá anda é que estão certos

Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

Enviado: Sáb Dez 21, 2024 4:17 pm
por P44
FIGHTERCOM escreveu: Sáb Dez 21, 2024 7:59 am
P44 escreveu: Qui Dez 19, 2024 2:14 pm Fica aqui uma explicação sólida e bem eloquente do que foi este mau negócio. Escrito por quem sabe, no FD.

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Resumindo: aceita que dói menos. [003]


Abraços,

Wesley
Infelizmente já estou habituado a ser governado por corruptos

Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

Enviado: Qui Dez 26, 2024 2:32 pm
por cabeça de martelo

Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

Enviado: Qui Jan 02, 2025 10:00 am
por cabeça de martelo
2024: Um ano de 366 dias de repletas missões

Durante o ano de 2024, a Força Aérea apoiou diretamente 881 pessoas, entre transportes médicos aéreos, resgates e missões de busca e salvamento, valor mais elevado quando comparado com as 799 pessoas apoiadas em 2023, refletindo um aumento de 10%.

Nos 366 dias do ano, a Força Aérea manteve o dispositivo em alerta permanente, 24 horas por dia, em todo o país, transportando por via aérea 840 pessoas a necessitar de cuidados médicos essenciais à sobrevivência, valor superior em mais de 100 doentes em relação ao ano transato, maioritariamente entre ilhas de cada Arquipélago mas também dos Arquipélagos para o Continente. Destes transportes, destaque para o nascimento de um bebé em pleno Oceano Atlântico, a bordo de um avião C-295M da Esquadra 502 –“Elefantes”, no dia 15 de abril. ( https://www.emfa.pt/noticia-4571- ). Aliás, a Força Aérea passou a transição entre o velho e o novo ano a realizar uma complexa missão de transporte médico entre o Arquipélago da Madeira e o Arquipélago dos Açores, que envolveu o empenhamento de um avião C-295M e um helicóptero EH-101 Merlin, numa noite em que os ventos foram factor de dificuldade extrema.

O ano de 2024 representou ainda missões de busca e salvamento que resultaram em 41 pessoas resgatadas, tanto em terra como no mar, com destaque para a complexa operação de resgate de duas pessoas em distintas embarcações, durante a madrugada de dia 29 de abril ( https://www.emfa.pt/noticia-4591- ).
Aproveitando a velocidade dos meios aéreos da Força Aérea, ao longo do ano realizaram-se 37 transportes de órgãos para transplante, um deles com recurso a um helicóptero AW119 Koala ( https://www.emfa.pt/noticia-4620- ), e com o último transporte deste âmbito a ocorrer no último dia do ano numa missão concretizada através do avião Falcon 50.

Em resposta aos conflitos internacionais que se agravaram em 2024, fomos a ponte aérea entre países em guerra e Portugal, com destaque para duas missões de repatriamento de cidadãos, a primeira com um avião Falcon 50 a realizar diversos voos entre o Líbano e o Chipre, resgatando 28 cidadãos que regressaram depois a Portugal num avião KC-390 juntamente com outros 16 repatriados ( https://www.emfa.pt/noticia4763- ). Mais tarde, um avião C-130H regressou ao Líbano para, entre o cair de bombas, resgatar mais 44 cidadãos.



Nas missões dedicadas à soberania do espaço aéreo, realizámos mais de mil horas de voo, cobrindo todo o país. Neste âmbito, fomos também responsáveis por garantir durante quatro meses a segurança do espaço aéreo nos Bálticos, numa missão ao abrigo da NATO, e que resultou em 565 horas de voo e 20 aeronaves intercetadas.



O mar foi amplamente vigiado em 2024, tendo a Força Aérea realizado diversas missões de patrulhamento marítimo que se revelaram fundamentais para o esforço conjunto de diversas autoridades no combate à migração ilegal e ao narcotráfico. Missões que se realizaram não só em Portugal mas também além fronteiras, com destaque para a permanente vigilância do Mediterrâneo, ao serviço da Agência Frontex e NATO, e a operar a partir de Itália ou Espanha.



A Zona Económica Exclusiva Portuguesa foi igualmente alvo de sobrevoos constantes por parte da Força Aérea, que resultaram na fiscalização e monitorização de navios em trânsito pelo espaço marítimo sob jurisdição nacional. Com o objetivo de fiscalizar as atividades de pesca e garantir a proteção da integridade do espaço marítimo nacional, entre navios não NATO, foram observados 44 navios russos, três chineses e um indiano a cruzar águas territoriais nacionais.

Em missões de apoio à proteção civil, mantivemos o nosso compromisso em contribuir para um país mais seguro, tendo sido realizadas 280 missões de apoio ao combate aos incêndios rurais que totalizaram perto de mil horas de voo.



Neste âmbito, realizámos ainda transporte de operacionais para apoiar no combate aos incêndios que deflagraram na Ilha da Madeira, com o envio de duas equipas da Força Operacional Conjunta.


Com a introdução do avião KC-390, aumentámos de forma extremamente significativa as missões de transporte de militares e carga, em território nacional ou no apoio às forças nacionais destacadas no estrangeiro, alcançando perto de 2200 horas de voo. Ao longo do ano de 2024, a Força Aérea garantiu igualmente a presença de militares em missões internacionais, algumas delas em teatros de operações sensíveis como é o caso da República Centro-Africana e Moçambique por forma a apoiar o esforço conjunto em garantir estabilidade e paz naqueles países.

Este ano que agora finda representou também novos meios aéreos, tendo a Força Aérea recebido o segundo de cinco aviões KC-390 ( https://www.emfa.pt/noticia-4670- ), o terceiro de nove helicópteros UH-60 Black Hawk ( https://www.emfa.pt/noticia-4853- ) e quatro de seis aviões P-3C oriundos do governo alemão, para além da entrega do primeiro C-130H depois de uma modernização extremamente significativa. Em 2024
foram ainda assinados contratos de aquisição de novos meios aéreos para a futura missão de combate aos incêndios rurais através da contratualização de aquisição de dois aviões bombardeiros pesados DHC-515 Firefighter, conhecidos como Canadair ( https://www.emfa.pt/noticia-4699- ), e mais três helicópteros UH-60 Black Hawk ( https://www.emfa.pt/noticia-4746- ). O ano terminou com a assinatura de aquisição de
12 aviões A-29N Super Tucano, que criará a capacidade na formação avançada de pilotagem, inexistente na Força Aérea à data ( https://www.emfa.pt/noticia-4866- ).

Em 2024, novos passos foram dados rumo ao futuro e ao espaço, com o acolhimento de um telescópio que contribuirá para a segurança nacional ( https://www.emfa.pt/noticia-4741- ), desenvolvemos parcerias para o desenvolvimento do CTI Aeroespacial ( https://www.emfa.pt/noticia-4758- ), criámos a pós-graduação em “O Espaço na Defesa e Segurança Nacional” ( https://www.emfa.pt/noticia-4748 -) e inaugurámos o Centro de
Operações Espaciais. Foi um verdadeiro lançamento para o Espaço, com a Força Aérea em processo de transformação rumo à conquista da 5.ª Dimensão e da 5.ª Geração, num ano em que, em simultâneo, celebrámos os 30 anos de operação do F-16M ao serviço dePortugal e dos portugueses



Em 2024, a Força Aérea não só cumpriu a sua missão de proteção do espaço aéreo, como também iniciou uma jornada de transformação, voltada para a modernização e inovação tecnológica. Num cenário global cada vez mais desafiante, estamos focados nas novas tecnologias e na evolução constante dos nossos sistemas, procurando garantir a segurança do país a todos os níveis, utilizando todas as plataformas ao dispor, por forma a nos mantermos em prontidão máxima para enfrentar os desafios num mundo em constante mudança, sempre sob o mote “a voar, protegemos”.

No seguinte link remetemos um vídeo que faz a retrospetiva do ano de
2024: https://we.tl/t-ncMIHFBk3j
A Força Aérea deseja a todos um ano de 2025 de sucesso!

Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

Enviado: Qui Jan 02, 2025 11:40 am
por FCarvalho
2.200 horas de voo com apenas 2 aeronaves em 1 ano de operação.
Nada mal para quem preferia permanecer com Hércules tunados de segunda mão. :mrgreen: