Viktor Reznov escreveu: Seg Jul 25, 2022 7:26 pm
knigh7 escreveu: Seg Jul 25, 2022 7:13 pm
Falando na Força Aérea Sueca, vi anteontem um belíssimo estudo conceitual de como seria um sucessor do Draken se fôsse desenvolvido com geometria stealth.
JAS-41 Draken II
Sinceramente eu iria preferir algo assim:
Bem pé no chão. Nada de super radares e motores novos. Reutilizar os motores, trens de pouso e sistemas do Gripen E no 5ª Geração. Algo bem próximo do que DEVERIA ter sido o X-35/F-35, igual os russos fizeram no PAK FA reutilizando a engenharia pré-existente. Seria um caça de ataque leve. Com capacidade de operar pequenas munições inteligentes de médio alcance (100-200km), com capacidade pra levar 2 mísseis de médio alcance e 2 de curto alcance e podendo operar em pistas de dispersão (o que é indispensável pra Suécia). O mais importante é cuidar da gestão de projetos. Nada de ficar mudando requisitos toda hora, pois isso custará muito tempo e dinheiro de reengenharia aeronáutica e atrasaria mais ainda o programa. Nada de criar tecnologias embrionárias que nem existem e tentar colocar no avião.
Eu penso que essa palhaçada toda foi culpa da administração do projeto no Pentagono e da Lockheed Martin.
O F-35B não tem razão para existir. Quando os Marines pediram para incluir a versão deles, era para terem ouvido um sonoro “não” e pronto. Teria poupado muito tempo e dinheiro;
1° O financiamento do projeto deve ter seguir o que foi feito com sucesso nos “Teen fighters” nos anos 1970 nos EUA. O dinheiro entrará na conta do fabricante aos se atingir as metas. Nada de recompensa sem esforço. Funcionou tão bem que a Grumman quase faliu devido aos problemas com o F-14. Mas esses foram consertados. Com o F-35 é: paieee (Pentagono), dei mole e errei, me dá mais dinheiro pra consertá.
2° O tal do “Concurrency” é uma jogada de marketing para mudar o nome de um fracassado processo dos anos 1950, o plano “Cook–Craigie”. Este gerou uma sucessão de projetos problemáticos (como o F-100 e F-102) que custaram a vida de muitos pilotos, e precisou de caminhões de dinheiro para corrigir parcialmente os problemas. Foi por causa disso que se mudou para o plano de meta e recompensa nos anos 1970, e este funcionou muito bem. Tivesse o F-35 seguido a tradicional forma de construir uma dezena de protótipos antes da produção seriada, a dor de cabeça já estaria praticamente resolvida;
3° Não era para tentar incluir todo tipo de penduricalho eletrônico logo nas primeiras versões, como o capacete chique e de viado que parece um corno e as câmeras IR ao redor da aeronave. Isso ajudaria a dirigir os esforços de engenharia para o projeto básico da aeronave e o que fosse supérfluo poderia vir depois num pod externo adicionado pra EW, Lasers e etc, isso tudo apenas SE e QUANDO não apenas funcionasse mas estivesse operacional.
4° Não era para a USN ter permissão de mudar tão profundamente os requerimentos depois dos protótipos voarem. Pedir para dobrar o peso da carga interna de armas (de duas Mk.83 para duas Mk.84) e ainda diminuir a velocidade de pouso já definida. Isso é palhaçada e gerou muito custo de reengenharia enorme para atender as novas metas. O programa começou a descarrilhar a partir daí.
Meu concept art ideal seria algo assim. Bem pé no chão e baratex.
Se não for suficiente, ai se faz um bimotor razoável com maior capacidade de armamento.
Se os suecos ficarem de cu doce e quiserem um delta canard, aqui estaria o ideal:
![Imagem](https://i.imgur.com/a3zTFM9.png)