Crise Econômica Mundial

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PRick

Re: Crise Econômica Mundial

#3031 Mensagem por PRick » Seg Jul 25, 2011 9:38 am

Bourne escreveu:
PRick escreveu:Esse tratamento você deve realizar, além de outro sobre leitura de textos, em momento algum eu disse o que você falou, existem preocupações com câmbio e todos os outros fatores que você falou, porém, o problema não é inumerar uma realidade, mas saber o grau de intensidade de cada uma e como está sendo controlada ou não. Do mesmo modo não gosto de aumento de juros para segurar o crescimento e a inflação, é remédio conservador, porém, historicamente os juros não estão altos hoje, isso é a realidade, o resto é opinião, a menor taxa de juros que tivemos foi de 8,5%. Essa é nossa realidade histórica. Então quando se afirma que os juros estão altos, é preciso completar, alto em comparação com o que?

O governo FHC deixou a moeda ficar até 0,80 por Dólar, porque não fazia reservas, esse foi o grande erro, porque tinham uma atitude neocon, quer dizer dogmas sobre a economia. Isso não existe no governo atual, ele toma medidas de políticas fiscais e monetárias conforme a necessidade, por isso colocou uma taxação sobre os capitais e compra divisas em ritmo acelerado toda vez que precisa. E não só são as reservas, hoje, o BACEN deve ter mais de 30 bilhões de papeis em swap cambiais reversos.

Medidas de controle de capitais seletivas podem ser burladas, ainda mais diante de nosso mercado financeiro. Para isso ser eficaz o câmbio teria que ser centralizado por exemplo. Isso pode ser feito em caso de necessidade, mas nunca como medida preventiva. Medidas extraordinárias só podem ser adotadas diante de fatos reais, não sobre previsões, ainda mais quando elas são feitas no intuito do benefício próprio.

Será que não aprendemos? Servimos de cobaias para todo tipo de plano de economista, os caras das cabeças de planilhas, será que ninguém entendeu esse ironia do Livro do Nassif. Tem que ser mais explicito? Ficamos a mercer por duas décadas de planos dos cabeças de máquinas de cálcular, que viviam fazendo cálculos matemáticos enquanto afundavam o país.

[] ´s
A ironia está que a sua argumentação é a personificação da política do primeiro governo FHC. É uma defesa cega e repetição de uma mantra. Medida e posições que são ultrapassadas. Coisa de NOECON!!! Coisas das cartilhas do FMI da década de 1990 como não pode regular movimentação de capitais por que é ruim em si. Não é verdade por que é normal países adorem controles de capitais. Do Chile a China. Eles fazem e estão tendo sucesso em reduzir riscos externos. Ainda é uma das posições apoiadas pelo governo Dilma e outros na reforma do sistema financeiro internacional. Como falei antes, isso é imaginação sua, o controle de capitais pode ser adotado se existir um agravamento da crise internacional, mas no quadro atual ainda acho desnecessário, a questão aqui é sobre se ele é necessário agora ou não. Não se trata de mantra mas de visões diferentes da realidade, por hora ainda não estou vendo necessidade, porém, se os EUA não tiverem sua dívida rolada, aí pode ser um bom motivo para adotar tais medidas.

A taxa de juros se mede pela comparação com outro países em termos reais. Se o país como o Brasil tem com risco baixo e liberdade na movimentação de capitais, qualquer 0,25% a mais ou a menos faz uma diferença brutal para atrair capitais e distorcer o câmbio. No Brasil é pior. É muito mais que 0,25%. O que cria distorções terríveis patrocinadas pelo Banco central como forma de permitir a entrada de produtos estrangeiros e segurar a inflação. Parece suicida para a industria nacional ao forçar um ajuste produtivo provocado por uma distorções monetários. Realmente é. Porém para eles não importar baseado na argumentação "novas indústrias substituem as velhas". Além de vincular o controle da inflação interno a produtos estrangeiros. Se o dólar começar a valorizar vai exigir aumento de juros para controlar a inflação e derruba o sistema. Por isso que o pessoal do BNDES, Ministério do Planejamento Fazenda e MDIC quase tem um infarto quando criticam o Banco Central. A política monetária de hoje é como um tsunami. Quando vem (cambio valorizado) destrói quase tudo e, quando vai (desvalorização cambial), destrói o que sobrou.Isso é opinião sua, não existe parâmetro para tal, porém, o mais real é comparar com a nossa realidade, porque afinal, nenhum país é igual ao outro. O Brasil sempre teve uma das taxas de juros mais altas do mundo, durante a maior parte do Governo FHC ela foi a mais alta, e nem por isso os capitais ficaram no Brasil, a atração de capitais se devem a uma série de motivos.

No primeiro governo FHC as reservas passaram de US$ 70 bilhões. Uma montanha de dinheiro para a época. Feitas em cima de juros altos para atrair capitais especulativo e investimento estrangeiro especialmente em serviços, privatização e compra de empresas nacionais. A entrada de capitais era tão alucinada que foi fácil montar as reservas e financiar o déficit com o exterior devido a maior importação, utilizada como forma de conter a inflação. A posição dominante era não faça nada que a economia está crescendo, gerando emprego e inflação está controlada. O resto é resto. Tudo vai dar certo. Não deu e outro grupo estava certo de que se nada fosse feito na primeira instabilidade iria estourar e levaria junto o setor produtivo. As reservas estavam nesse patamar, mas o BACEN tinha um monte de papeis cambiais na praça, e a dívida externa era muito maior, quer dizer, existia uma posição patrimonial negativa!!! Além disso o vencimento dos papeís da dívida externa estavam concentrados no curto prazo, e hoje estão em mais de 5 ou 10 anos, aí seu castelo de cartas desmonta, junto com os cálculos da tal economista, porque você só vê uma parte da questão, quer dizer temos um total de 370 bilhões de dólares em reservas líquidas e quase nada para pagar nesse moeda.

Taxa de câmbio se mede em termos reais que se referem a produtividade. O câmbio nominal que se fala dia a dia é influenciado pelo mercado financeiro e pode estar bem descolado da capacidade produtiva da economia seja para cima ou baixo. Não raramente por longos períodos de tempo devido ao sistema financeiro, especulação ou políticas propositais de Estados (controle de capitais, taxas de juros base, política industrial, etc...). Além de mudarem ao longo do tempo devido ao diferencial inflacionário entre países diferentes. Portanto, se quer comparar o 0,8 reais pelo 1,60 de hoje tem que considerar a inflação só para ter ideia dos câmbio nominais. Os estudos oficiais dizem que as preocupações estão tão preocupantes quanto. O ideal em termos nominais deveria situar em torno de 2,5 a 3 reais por dólar. Menos que isso arranjos produtivos se tornam inviáveis, mesmo que em termos normais seriam competitivos, mas sofrem devido a distorção cambial provocada por especulação e políticas malucas do banco central. Novamente, está usando uma realidade parcial, a taxa de câmbio não deriva somente de uma realidade interna, mas depende também de uma realidade externa, se olharmos ela, veremos que o EURO por exemplo está há mais de 2 reais. Então o problema maior é a desvalorização do dólar, que vem ocorrendo frente a todas as moedas do mundo. Portanto, sua posição é parcial e ideológica.

E qualquer conta ou argumentação ou comparação baseada em câmbio nominal começa distorcida e pode dar resultados bem complicados. Por isso que comprar PIBs ou salários em dólares é difícil. Por que tem um fator chamado câmbio que varia muito de ano para ano e distorce o que foi medida em moeda nacional. Quando pega a tabela dos maiores PIBS do mundo em dólares. O único medido corretamente é o PIB dos Estados Unidos. os outros podem ser maiores ou menores, mas nunca iguais aqueles mostrados. Por exemplo, se medir a variação do PIB brasileiro em dólares nos últimos 20 anos vai ter saltos e quedas de mais de 30%, mas que em reais foi muito menor. Ou seja, perder 10% do PIB em termos reais medidos em moeda nacionais é um desastre, se for 10% medidos em moeda estrangeira pode e provavelmente é insignificante.Oras, aulas de jardim de infância, isso é dispensável por aqui.

Na gestão Dilma o banco central não muda cotação e nunca tentou mudar comprando e vendendo dólares seja da modalidade que for. Primeiro por que quem está lá não acredita nisso e, segundo, não dá. Nenhum país teve sucesso em controlar câmbio com reservas cambiais, sem fazer uso de outros controles. A taxa de juros muito maior que o resto do mundo conjugada com a liberdade de capitais distorce tudo. Sozinho é inútil. Nesse ponto que justifica e apoia o argumento de controle de capitais. O objetivo é suavizar a trajetória. Nesse cenário 30 bilhões em swap reveso é nada. No máximo serve para suavizar a trajetória. O BACEN tem atuação conservadora, no entanto, ele está comprando muito mais doláres que antes.

Não sei quem o Prick defende, mas não é governo Dilma. A argumentação não representa e NUNCA representou o governo Dilma. É sim um monte de aberrações que parecem palavras dos mais conservadores do Banco Central ou esquecidos do governo FHC. Depois que o Palocci cai ainda mais. O objetivo é desmontar esse monstro criado na década de 1990 e sobreviveu ao governo Lula. É uma questão de tempo para começar a dar problema de novo. É óbvio.Não estou falando em governos, mas em perceber a realidade, e saber distinguir entre o que é real, e o que sensacionalismo barato para vender jornais. Se ocorrer o pior nos EUA, o principal prejudicado serão eles próprios, porém, os efeitos no resto do mundo são de difícil previsão. Não dá para prever o que o investidor fará em uma crise de credibilidade no centro do sistema. Em 1998 a crise vinha daqui, hoje ela não é daqui. Essa diferença fundamental deixam incertezas enormes em qualquer previsão. No entanto, o Governo Dilma está jogando na defensiva quando segura gastos.

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Bourne
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Re: Crise Econômica Mundial

#3032 Mensagem por Bourne » Seg Jul 25, 2011 10:34 am

PRick escreveu:Como falei antes, isso é imaginação sua, o controle de capitais pode ser adotado se existir um agravamento da crise internacional, mas no quadro atual ainda acho desnecessário, a questão aqui é sobre se ele é necessário agora ou não. Não se trata de mantra mas de visões diferentes da realidade, por hora ainda não estou vendo necessidade, porém, se os EUA não tiverem sua dívida rolada, aí pode ser um bom motivo para adotar tais medidas.

Não é a minha imaginação, mas de maio mundo que está arquitetando a reforma do sistema financeiro mundial. É uma das formas de reduzir as instabilidades financeiras provocadas pela especulação. Assim, reduzir riscos e vulnerabilidades externas. É uma medida prudencial. A questão dos Estados Unidos é pontual. Não vai acontecer nada. Porém as variações na liquidez mundial e ondas especulativas são comuns e vão continuar acontecendo com frequência enquanto não reformar o sistema.

Isso é opinião sua, não existe parâmetro para tal, porém, o mais real é comparar com a nossa realidade, porque afinal, nenhum país é igual ao outro. O Brasil sempre teve uma das taxas de juros mais altas do mundo, durante a maior parte do Governo FHC ela foi a mais alta, e nem por isso os capitais ficaram no Brasil, a atração de capitais se devem a uma série de motivos.

Minha e de meio mundo. O Brasil tem a taxa de câmbio distorcida por que um dos motivos é a elevada taxa de juros em comparação com o resto do mundo. O que capitais especulativos adoram incentivado pela movimentação de capitais e baixo risco.

As reservas estavam nesse patamar, mas o BACEN tinha um monte de papeis cambiais na praça, e a dívida externa era muito maior, quer dizer, existia uma posição patrimonial negativa!!! Além disso o vencimento dos papeís da dívida externa estavam concentrados no curto prazo, e hoje estão em mais de 5 ou 10 anos, aí seu castelo de cartas desmonta, junto com os cálculos da tal economista, porque você só vê uma parte da questão, quer dizer temos um total de 370 bilhões de dólares em reservas líquidas e quase nada para pagar nesse moeda.

Não importa. Se destroi a economia real e vira uma economia de serviços exportadora de matérias-primas fica propensa a vulnerabilidade externas. E, considerando a estrutura atual da política monetária, em dificuldade as reservas viram pó e ficam inúteis. Quando começar a valorizar o câmbio a taxa de juros vai a estratosfera para reduzir a inflação e atacar a alta de preços dos produtos importados prejudicando a economia real e governo. Esse é um dos motivos que a estrutura atual está sendo atacada e começa a ser mudada.

Novamente, está usando uma realidade parcial, a taxa de câmbio não deriva somente de uma realidade interna, mas depende também de uma realidade externa, se olharmos ela, veremos que o EURO por exemplo está há mais de 2 reais. Então o problema maior é a desvalorização do dólar, que vem ocorrendo frente a todas as moedas do mundo. Portanto, sua posição é parcial e ideológica.

Não. Em um mundo de liberdade na movimentação de capitais, especulação e câmbio flexível. As taxas de câmbio vão ficar distorcidas. Os países que sabem aproveitar a onda se dão bem e ajudam a economia real. Os que não estão cometendo suicídio por que um fator monetário está provando um ajuste real que não faz sentido. Ideológico é acreditar que é tudo fator externo. Mesmo que fosse, o problema persiste e precisa ser atacado.

Oras, aulas de jardim de infância, isso é dispensável por aqui.

Não parece. Suas argumentações para pregar a decadência norte-americana utilizam variação do câmbio nominal para mostrar que os EUA perderão participação no PIB mundial. Quando tudo está distorcido por ser medido em moeda estrangeira.

O BACEN tem atuação conservadora, no entanto, ele está comprando muito mais doláres que antes.

Está suavizando a trajetória. Porém não adianta para mudar a cotação. É como secar um oceano com um balde. Sem frear a entrada de capitais de todos os tipos e mexer na política monetária, o real vai continuar valorizando e prejudicando o setor real.

Não estou falando em governos, mas em perceber a realidade, e saber distinguir entre o que é real, e o que sensacionalismo barato para vender jornais. Se ocorrer o pior nos EUA, o principal prejudicado serão eles próprios, porém, os efeitos no resto do mundo são de difícil previsão. Não dá para prever o que o investidor fará em uma crise de credibilidade no centro do sistema. Em 1998 a crise vinha daqui, hoje ela não é daqui. Essa diferença fundamental deixam incertezas enormes em qualquer previsão. No entanto, o Governo Dilma está jogando na defensiva quando segura gastos.

O que a PIG tem a ver com isso? A discussão está na alta cúpula do governo e estado brasileiro e de outros países. São problemas reais de câmbio valorizado, fragilidade externa, desindustrialização, novas formas de controle da inflação, nova arquitetura do sistema financeiro mundial que precisam ser atacados e se discute como. No mundo a discussão avança. No Brasil também.




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Re: Crise Econômica Mundial

#3033 Mensagem por marcelo l. » Seg Jul 25, 2011 11:21 am

concordo com o Bourne.




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Re: Crise Econômica Mundial

#3034 Mensagem por PRick » Seg Jul 25, 2011 1:29 pm

Bourne escreveu:
PRick escreveu:Como falei antes, isso é imaginação sua, o controle de capitais pode ser adotado se existir um agravamento da crise internacional, mas no quadro atual ainda acho desnecessário, a questão aqui é sobre se ele é necessário agora ou não. Não se trata de mantra mas de visões diferentes da realidade, por hora ainda não estou vendo necessidade, porém, se os EUA não tiverem sua dívida rolada, aí pode ser um bom motivo para adotar tais medidas.

Não é a minha imaginação, mas de maio mundo que está arquitetando a reforma do sistema financeiro mundial. É uma das formas de reduzir as instabilidades financeiras provocadas pela especulação. Assim, reduzir riscos e vulnerabilidades externas. É uma medida prudencial. A questão dos Estados Unidos é pontual. Não vai acontecer nada. Porém as variações na liquidez mundial e ondas especulativas são comuns e vão continuar acontecendo com frequência enquanto não reformar o sistema. Isso é opinião sua ideológica, o centro da crise são os países desenvolvidos, EXATAMENTE, porque se beneficiavam da desregulamentação e dos fluxos de capitais internacionais, no entanto, eles abusaram, combinaram descontrole de contas públicas com descontrole do mercado financeiro, essa é a raiz da crise atual. Agora, eles falam em por ordem na casa, mas como fazer isso se não conseguem por ordem seus próprios países. O resto é conversa.

Isso é opinião sua, não existe parâmetro para tal, porém, o mais real é comparar com a nossa realidade, porque afinal, nenhum país é igual ao outro. O Brasil sempre teve uma das taxas de juros mais altas do mundo, durante a maior parte do Governo FHC ela foi a mais alta, e nem por isso os capitais ficaram no Brasil, a atração de capitais se devem a uma série de motivos.

Minha e de meio mundo. O Brasil tem a taxa de câmbio distorcida por que um dos motivos é a elevada taxa de juros em comparação com o resto do mundo. O que capitais especulativos adoram incentivado pela movimentação de capitais e baixo risco.Como já falei antes isso é abobrinha, você não disse nada, o debate real é porque antes nós tínhamos uma taxa de juros muito maior que atual e mesmo assim não éramos atrativos para os capitais? Resposta, não é possível dizer que a atração de capital se deva somente a taxa de juros, somos atrativos de capitais porque existe uma percepção no mundo que o Brasil é um dos melhores lugares para investir, porque tem bom retorno, liquidez e é seguro. Então não dá para fazer leitura tão simplória e mecânica da realidade. Ninguém aqui está dizendo que a taxa de juros está baixa, porém, não posso afirmar que esteja muito elevada em comparação com nossa realidade.

As reservas estavam nesse patamar, mas o BACEN tinha um monte de papeis cambiais na praça, e a dívida externa era muito maior, quer dizer, existia uma posição patrimonial negativa!!! Além disso o vencimento dos papeís da dívida externa estavam concentrados no curto prazo, e hoje estão em mais de 5 ou 10 anos, aí seu castelo de cartas desmonta, junto com os cálculos da tal economista, porque você só vê uma parte da questão, quer dizer temos um total de 370 bilhões de dólares em reservas líquidas e quase nada para pagar nesse moeda.

Não importa. Se destroi a economia real e vira uma economia de serviços exportadora de matérias-primas fica propensa a vulnerabilidade externas. E, considerando a estrutura atual da política monetária, em dificuldade as reservas viram pó e ficam inúteis. Quando começar a valorizar o câmbio a taxa de juros vai a estratosfera para reduzir a inflação e atacar a alta de preços dos produtos importados prejudicando a economia real e governo. Esse é um dos motivos que a estrutura atual está sendo atacada e começa a ser mudada. :shock: :shock: Não importa para você, quando mostrei que as realidades são diferentes, porque o íncio do debate foi a respeito da possível fuga de capitais. Isso não tem condições de ocorrer hoje, antes nós tínhamos situação de patrimonio negativa, balança comercial negativa e um câmbio absurdo, tudo sustentado por uma taxa de juros altíssima.

Novamente, está usando uma realidade parcial, a taxa de câmbio não deriva somente de uma realidade interna, mas depende também de uma realidade externa, se olharmos ela, veremos que o EURO por exemplo está há mais de 2 reais. Então o problema maior é a desvalorização do dólar, que vem ocorrendo frente a todas as moedas do mundo. Portanto, sua posição é parcial e ideológica.

Não. Em um mundo de liberdade na movimentação de capitais, especulação e câmbio flexível. As taxas de câmbio vão ficar distorcidas. Os países que sabem aproveitar a onda se dão bem e ajudam a economia real. Os que não estão cometendo suicídio por que um fator monetário está provando um ajuste real que não faz sentido. Ideológico é acreditar que é tudo fator externo. Mesmo que fosse, o problema persiste e precisa ser atacado. Essa sua afirmação nada tem haver com o que falei antes. Não existe câmbio sem "distorção", porque todo mundo usa instrumentos de política cambial, nenhum país do mundo deixa de intervir no câmbio, existem uns que controlam mais e outros menos. Em momento algum falei que o fatos são somente externos, vou repetir NÃO É POSSÍVEL ATRIBUIR SOMENTE A UM FATOR A VALORIZAÇÃO DO CAMBIO!!! É isso, existe toda uma conjuntura, e a principal é de origem externa, quer dizer a crise nos EUA.

Oras, aulas de jardim de infância, isso é dispensável por aqui.

Não parece. Suas argumentações para pregar a decadência norte-americana utilizam variação do câmbio nominal para mostrar que os EUA perderão participação no PIB mundial. Quando tudo está distorcido por ser medido em moeda estrangeira.

Acho que você anda bebendo antes de ler os textos que escrevo. A desvalorização do Dólar é apenas uma dos sintomas da crise nos EUA, somente isso sintoma de uma decadência muito mais antiga, um processo que começa na década de 1960, com o marco inicial palpável na Guerra do Vietnã, e isso não é opinião minha, mas de TODOS os históriadores e pensadores sérios, que estudaram o tema. Se você não lê, e não consegue perceber isso, é problema seu. E olha não se trata de apenas historiadores, David Arcand fez o filme "O Declínio do Império Americano em 1980". Um filme que acerta TODAS as previsões que faz. TODAS!!!!! Inclusive a ascenção da China, isso em 1980!!! Não é necessário ter diploma, apenas ler, ter cultura, mente aberta e gostar de observar as coisas.

Está suavizando a trajetória. Porém não adianta para mudar a cotação. É como secar um oceano com um balde. Sem frear a entrada de capitais de todos os tipos e mexer na política monetária, o real vai continuar valorizando e prejudicando o setor real. Sim, ele pode passar para um política mais agressiva ainda, porém, sua atuação é conservadora. Em último caso, pode voltar a centralizar o câmbio, porém, o debate é saber se uma política mais agressiva é necessária ou não. Por hora, se as intervenções fossem mais fortes já daria para minorar a situação que deve ser conjuntural, esse é o grande debate, saber o que é conjuntural e o que é estrutural na valorização do câmbio. O que estamos percebendo é que desde o ínicio do Governo Lula em 2003, os juros caíram de 25% para 12,5% hoje, e o Real estava em 3,5 por Dólar e hoje está a 1,55. Então como fazer a ligação entre aumento da taxa de juros, com valorização do Real? Isso nção bate com análise dos números históricos.

Não estou falando em governos, mas em perceber a realidade, e saber distinguir entre o que é real, e o que sensacionalismo barato para vender jornais. Se ocorrer o pior nos EUA, o principal prejudicado serão eles próprios, porém, os efeitos no resto do mundo são de difícil previsão. Não dá para prever o que o investidor fará em uma crise de credibilidade no centro do sistema. Em 1998 a crise vinha daqui, hoje ela não é daqui. Essa diferença fundamental deixam incertezas enormes em qualquer previsão. No entanto, o Governo Dilma está jogando na defensiva quando segura gastos.

O que a PIG tem a ver com isso? A discussão está na alta cúpula do governo e estado brasileiro e de outros países. São problemas reais de câmbio valorizado, fragilidade externa, desindustrialização, novas formas de controle da inflação, nova arquitetura do sistema financeiro mundial que precisam ser atacados e se discute como. No mundo a discussão avança. No Brasil também. Oras e você me faz ainda essa pergunta? O que uma mídia leviana, mentirosa reacionária e oposicionista tem haver com contratar gente para distorcer a realidade, inventar cálculos que não são explicitados como na dita matéria que começou esse debate, ou você já esqueceu como se iniciou o atual debate? Gente sem memória, com memória curta e distorcida não deveria começar a falar coisas que 05 anos atrás eram completamente diversas. Toda vez que alguém fala que os juros de 12,5% são muito altas, está dizendo um absurdo histórico, isso NÃO É VERDADE DENTRO DA REALIDADE BRASILEIRA. E não existe o que falar aqui. Ou vou ter que postar a média da taxa de juros anuais de 1994 para cá? Se colocar isso aqui veremos que o Brasil praticou juros de 39% ao ano!! Com inflação de 5%!!! Temos hoje uma taxa de juros reais de 6%, uma das mais baixas de nossa história. Então não vamos inventar uma realidade paralela. Isso nada tem haver com o que eu gosto, para mim os juros estariam abaixo de 10%. Mas é muito fácil falar quando não se tem nenhuma responsabilidade
Agora vamos aos dados da chamada vulnerabilidade externa de FHC.

Dívida externa 1997 era de 179 e em 1998 211 bilhões, enquanto as reservas eram de 60 e depois baixaram para 44 bilhões, quer dizer tínhamos um passivo externo superior a 150 bilhões.

Mas não era só isso, além da dívida ser em grande parte no curto prazo, o resultado da Balança comercial foi negativo desde 1995, passando de 3,5 bilhões para 6,5 em 1998 ao ano.

Além disso, não existia superavit primário interno, quer dizer a relação dívida PIB crescia ao contrário de agora.

Então como comparar essa realidade com a atual? Em que a saldo comercial aumenta, a relação dívida PIB está com pequena queda, e as reservas continuam crescendo em relação a dívida externa, aumentando nossa saldo em patrimônio líquido, isso não é ideológico? Isso não é tentativa demagógica de fazer marola e sensacionalismo barato? Ou só consideramos os números que nos interessa, e ignoramos todos os outros? Dizer que existem problemas, que a taxa de juros não é o remédio ideal é uma coisa, agora falar os absurdos que andamos lendo em alguns jornais é outra coisa! O interessante seria postar aqui as matérias e as manchetes quando o Brasil quase quebrado, as vésperas da maxidesvalorização de janeiro de 1999, a mídia brasileira parecia que estávamos na Noruega(se bem que agora não seja uma boa lembrança 8-] 8-] ).

Então vamos começar a fazer análises coerentes, em que tudo é pesado e todos os números são relativizados e tomados em seu conjunto. O mundo não vai acabar em 02 de agosto, mas é preocupante que o centro do sistema esteja dando tão mal exemplo e sua elite esteja falhando num momento crucial. 8-] 8-]

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Re: Crise Econômica Mundial

#3035 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Jul 26, 2011 7:55 am

Germany's Choice

:arrow: http://www.stratfor.com/weekly/20110725 ... ice-part-2


Vejam o artigo que não vão arrepender-se.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Crise Econômica Mundial

#3036 Mensagem por marcelo l. » Ter Jul 26, 2011 12:12 pm

PRick escreveu: Agora vamos aos dados da chamada vulnerabilidade externa de FHC.

Dívida externa 1997 era de 179 e em 1998 211 bilhões, enquanto as reservas eram de 60 e depois baixaram para 44 bilhões, quer dizer tínhamos um passivo externo superior a 150 bilhões.

Mas não era só isso, além da dívida ser em grande parte no curto prazo, o resultado da Balança comercial foi negativo desde 1995, passando de 3,5 bilhões para 6,5 em 1998 ao ano.

Além disso, não existia superavit primário interno, quer dizer a relação dívida PIB crescia ao contrário de agora.

Então como comparar essa realidade com a atual? Em que a saldo comercial aumenta, a relação dívida PIB está com pequena queda, e as reservas continuam crescendo em relação a dívida externa, aumentando nossa saldo em patrimônio líquido, isso não é ideológico? Isso não é tentativa demagógica de fazer marola e sensacionalismo barato? Ou só consideramos os números que nos interessa, e ignoramos todos os outros? Dizer que existem problemas, que a taxa de juros não é o remédio ideal é uma coisa, agora falar os absurdos que andamos lendo em alguns jornais é outra coisa! O interessante seria postar aqui as matérias e as manchetes quando o Brasil quase quebrado, as vésperas da maxidesvalorização de janeiro de 1999, a mídia brasileira parecia que estávamos na Noruega(se bem que agora não seja uma boa lembrança 8-] 8-] ).

Então vamos começar a fazer análises coerentes, em que tudo é pesado e todos os números são relativizados e tomados em seu conjunto. O mundo não vai acabar em 02 de agosto, mas é preocupante que o centro do sistema esteja dando tão mal exemplo e sua elite esteja falhando num momento crucial. 8-] 8-]

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Prick, a DIlma pegou o país em outra situação história que o governo Lula, nda haver com o FHC o que o Bourne colocou, a questão é outra agora, o dólar baixo há nitidamente uma desindustrialização forçada, e boa parte dos itens da nossa pauta comercial são produtos primários com cadeias produtivas de baixo valor agregado.

A máxima de 1999 veio de uma série de erros internos e conjunturas externas, mas tem a mesma raiz dos problemas atuais, um governo alienado que não faz nada para melhorar a indústria nacional ou outro setores afetados pelo real supervalorizado. No fundo é o FHC2 dorme nos louros em um plano que não é seu, se o FHC herdou do Itamar, A DIlma do Lula, dormir e discurso não faz as contas reais melhorem muito pelo contrário.




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Re: Crise Econômica Mundial

#3037 Mensagem por Bourne » Ter Jul 26, 2011 12:15 pm

PRick escreveu:Isso é opinião sua ideológica, o centro da crise são os países desenvolvidos, EXATAMENTE, porque se beneficiavam da desregulamentação e dos fluxos de capitais internacionais, no entanto, eles abusaram, combinaram descontrole de contas públicas com descontrole do mercado financeiro, essa é a raiz da crise atual. Agora, eles falam em por ordem na casa, mas como fazer isso se não conseguem por ordem seus próprios países. O resto é conversa.

A sua pregação é ideológica. Isso foi derrubado por fatos a duas décadas. Até queimaram as cartilhas do FMI que falavam ao contrário. Crise nos países desenvolvidos é a coisa mais comum do mundo. Nos anos 1970 nos Estados Unidos, nos 1980 Europa, no fim e começo de 2000, ontem EUA, agora Europa. Só a PIG fala o contrário.

Como já falei antes isso é abobrinha, você não disse nada, o debate real é porque antes nós tínhamos uma taxa de juros muito maior que atual e mesmo assim não éramos atrativos para os capitais? Resposta, não é possível dizer que a atração de capital se deva somente a taxa de juros, somos atrativos de capitais porque existe uma percepção no mundo que o Brasil é um dos melhores lugares para investir, porque tem bom retorno, liquidez e é seguro. Então não dá para fazer leitura tão simplória e mecânica da realidade. Ninguém aqui está dizendo que a taxa de juros está baixa, porém, não posso afirmar que esteja muito elevada em comparação com nossa realidade.

Não. A taxa de juros é distorcida e nunca refletiu o risco Brasil. A comparação das taxas de juros é em relação ao resto do mundo.

:shock: :shock: Não importa para você, quando mostrei que as realidades são diferentes, porque o íncio do debate foi a respeito da possível fuga de capitais. Isso não tem condições de ocorrer hoje, antes nós tínhamos situação de patrimonio negativa, balança comercial negativa e um câmbio absurdo, tudo sustentado por uma taxa de juros altíssima.

Não importa para os especuladores. Não existe fuga de capitais, mas sim ataque especulativo. Quando se pode ganhar, vai o que tem que se fazer. "Deixar a casa em ordem" nunca livrou país de ataques especulativos quando foi interessante aos especuladores.

Essa sua afirmação nada tem haver com o que falei antes. Não existe câmbio sem "distorção", porque todo mundo usa instrumentos de política cambial, nenhum país do mundo deixa de intervir no câmbio, existem uns que controlam mais e outros menos. Em momento algum falei que o fatos são somente externos, vou repetir NÃO É POSSÍVEL ATRIBUIR SOMENTE A UM FATOR A VALORIZAÇÃO DO CAMBIO!!! É isso, existe toda uma conjuntura, e a principal é de origem externa, quer dizer a crise nos EUA.

A sua argumentação é baseada no fato do real ser valorizado principalmente por fatores externos e não ser um problema. Assim, afirma que a política monetária atual é correta. Não precisa mudar. E medidas de regulação de capital e outras mudanças dispensáveis. Igual alguns diretores do Banco Central. O que não é assim.

Acho que você anda bebendo antes de ler os textos que escrevo. A desvalorização do Dólar é apenas uma dos sintomas da crise nos EUA, somente isso sintoma de uma decadência muito mais antiga, um processo que começa na década de 1960, com o marco inicial palpável na Guerra do Vietnã, e isso não é opinião minha, mas de TODOS os históriadores e pensadores sérios, que estudaram o tema. Se você não lê, e não consegue perceber isso, é problema seu. E olha não se trata de apenas historiadores, David Arcand fez o filme "O Declínio do Império Americano em 1980". Um filme que acerta TODAS as previsões que faz. TODAS!!!!! Inclusive a ascenção da China, isso em 1980!!! Não é necessário ter diploma, apenas ler, ter cultura, mente aberta e gostar de observar as coisas.

Ataque moral contra quem não concorda com suas sandices. Normal com seu histórico no fórum. Espero que a moderação esteja observando.

Os "processos históricos irreversíveis" é legal para alimentar ideias adolescente. Porém o mundo não é e nunca foi determinista. Por isso que caiu no ostracismo. Tal como as cartilhas do FMI da década de 1990 que tu utiliza para montar a argumentação

Oras e você me faz ainda essa pergunta? O que uma mídia leviana, mentirosa reacionária e oposicionista tem haver com contratar gente para distorcer a realidade, inventar cálculos que não são explicitados como na dita matéria que começou esse debate, ou você já esqueceu como se iniciou o atual debate? Gente sem memória, com memória curta e distorcida não deveria começar a falar coisas que 05 anos atrás eram completamente diversas. Toda vez que alguém fala que os juros de 12,5% são muito altas, está dizendo um absurdo histórico, isso NÃO É VERDADE DENTRO DA REALIDADE BRASILEIRA. E não existe o que falar aqui. Ou vou ter que postar a média da taxa de juros anuais de 1994 para cá? Se colocar isso aqui veremos que o Brasil praticou juros de 39% ao ano!! Com inflação de 5%!!! Temos hoje uma taxa de juros reais de 6%, uma das mais baixas de nossa história. Então não vamos inventar uma realidade paralela. Isso nada tem haver com o que eu gosto, para mim os juros estariam abaixo de 10%. Mas é muito fácil falar quando não se tem nenhuma responsabilidade

Ataques morais com quem não concorda com suas sandices.

Novamente o que a PIG e FHC tem a ver com isso? Parece que tens um trauma que quando se sente acuado critica a PIG e o governo FHC. Ironicamente utiliza para a construção da argumentação a cartilha do FMI da década de 1990, abandonada a mais de uma década pela própria instituição.

A análise nada mais é que a defesa das medidas como corretas e da política monetária e cambial atual como ideal. Coisas que não são. A diferença é que na época da FHC a posição prevalente no governo eram a do PRick. A base de defesa são as mesmas das cartilhas do FMI da década de 1990 e que alguns banqueiros ainda utilizam para "lobiar" na política do governo atual.

Do governo Dilma não por que a política monetária vai gerar instabilidade e, a cambial, suicida ambas contribuindo para a vulnerabilidade externa e desindustrialização. O objetivo é mudar. A questão é como vencer os lobies que não querem. Não por acaso começa a colocar políticas que invetivem o lado real da economia. O passo seguinte vai ser tomar medidas para desvalorizar o real e flexibilizar o sistema de metas de inflação.
Agora vamos aos dados da chamada vulnerabilidade externa de FHC.

Dívida externa 1997 era de 179 e em 1998 211 bilhões, enquanto as reservas eram de 60 e depois baixaram para 44 bilhões, quer dizer tínhamos um passivo externo superior a 150 bilhões.

Mas não era só isso, além da dívida ser em grande parte no curto prazo, o resultado da Balança comercial foi negativo desde 1995, passando de 3,5 bilhões para 6,5 em 1998 ao ano.

Além disso, não existia superavit primário interno, quer dizer a relação dívida PIB crescia ao contrário de agora.

Então como comparar essa realidade com a atual? Em que a saldo comercial aumenta, a relação dívida PIB está com pequena queda, e as reservas continuam crescendo em relação a dívida externa, aumentando nossa saldo em patrimônio líquido, isso não é ideológico? Isso não é tentativa demagógica de fazer marola e sensacionalismo barato? Ou só consideramos os números que nos interessa, e ignoramos todos os outros? Dizer que existem problemas, que a taxa de juros não é o remédio ideal é uma coisa, agora falar os absurdos que andamos lendo em alguns jornais é outra coisa! O interessante seria postar aqui as matérias e as manchetes quando o Brasil quase quebrado, as vésperas da maxidesvalorização de janeiro de 1999, a mídia brasileira parecia que estávamos na Noruega(se bem que agora não seja uma boa lembrança 8-] 8-] ).

Então vamos começar a fazer análises coerentes, em que tudo é pesado e todos os números são relativizados e tomados em seu conjunto. O mundo não vai acabar em 02 de agosto, mas é preocupante que o centro do sistema esteja dando tão mal exemplo e sua elite esteja falhando num momento crucial. 8-] 8-]

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Re: Crise Econômica Mundial

#3038 Mensagem por Túlio » Ter Jul 26, 2011 12:33 pm

Só vejo sentido nessa charlaiada aí do PIG - errr, PRICK - a partir do momento em que se assuma que a vocação real do Brasil é ser exportador de commodities. Olhem o que os Chineses estão investindo aqui, quase tudo em infraestrutura e logística para que as commodities cheguem certinho lá. Metade do que a Vale exporta é minério de ferro bruto para a China, POWS!!!

E eles querem fazer AÇO aqui! E vão fazer! Vão até PLANTAR E COLHER aqui! Terras estão sendo compradas para isso. E estão cada vez mais envolvidos no Pré-Sal, olhem o panorama das fusões e movimentações acionárias das empresas relacionadas, tem cada vez mais Chinês no meio. Neocolonização, em suma. Os anglo-ianques retraem, os Chinas avançam. Não NÓS, sempre OUTROS!

Só mesmo o nosso colega de óculos de lentes cor-de-rosa para achar que tudo vai às mil maravilhas... :roll: :roll: :roll: :roll:




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Re: Crise Econômica Mundial

#3039 Mensagem por Wolfgang » Ter Jul 26, 2011 12:43 pm

Também não é assim do jeito que pintas, gaudério. A verdade está no meio. :D




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Re: Crise Econômica Mundial

#3040 Mensagem por Túlio » Ter Jul 26, 2011 1:07 pm

Pois esperes para ver, commodities extraídas e processadas por companhias CHINESAS no Brasil, transportadas por ferrovias CHINESAS no Brasil até portos CHINESES no Brasil e carregadas em navios CHINESES rumo a seu País. Parece ser o papel do Brasil nos BRICS.

E ainda nem falei na ÁGUA POTÁVEL, em breve valiosa commodity também.

Aliás, me parece aí estar a grande razão do descaso do Brasil para com sua Defesa: amarrar os demais Países a nós em função das commodities: EUA não atacam porque estarão golpeando a economia da China (e sua própria) e isso não se faz (acaba em josta), China não ataca porque já manda no backyard e tem tudo o que precisa, etc etc etc...

Aí sim, passa fazer sentido uma FAB com uns cem caças IMPORTADOS (tá, tudo bem, talvez MONTADOS aqui), a MB com uma dúzia ou pouco mais de escoltas IMPORTADAS (tá, tudo bem, talvez MONTADAS aqui), EB sem um verdadeiro MBT e muito menos AAAe, para quê mais? Isso mantém a vizinhança de orelha em pé e bem quietinha, os grandes se entendem entre si e nos deixam em paz pois PRECISAM de nós como fonte de commodities...




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Re: Crise Econômica Mundial

#3041 Mensagem por PRick » Ter Jul 26, 2011 1:11 pm

Bourne escreveu:
PRick escreveu:Isso é opinião sua ideológica, o centro da crise são os países desenvolvidos, EXATAMENTE, porque se beneficiavam da desregulamentação e dos fluxos de capitais internacionais, no entanto, eles abusaram, combinaram descontrole de contas públicas com descontrole do mercado financeiro, essa é a raiz da crise atual. Agora, eles falam em por ordem na casa, mas como fazer isso se não conseguem por ordem seus próprios países. O resto é conversa.

A sua pregação é ideológica. Isso foi derrubado por fatos a duas décadas. Até queimaram as cartilhas do FMI que falavam ao contrário. Crise nos países desenvolvidos é a coisa mais comum do mundo. Nos anos 1970 nos Estados Unidos, nos 1980 Europa, no fim e começo de 2000, ontem EUA, agora Europa. Só a PIG fala o contrário.

Como já falei antes isso é abobrinha, você não disse nada, o debate real é porque antes nós tínhamos uma taxa de juros muito maior que atual e mesmo assim não éramos atrativos para os capitais? Resposta, não é possível dizer que a atração de capital se deva somente a taxa de juros, somos atrativos de capitais porque existe uma percepção no mundo que o Brasil é um dos melhores lugares para investir, porque tem bom retorno, liquidez e é seguro. Então não dá para fazer leitura tão simplória e mecânica da realidade. Ninguém aqui está dizendo que a taxa de juros está baixa, porém, não posso afirmar que esteja muito elevada em comparação com nossa realidade.

Não. A taxa de juros é distorcida e nunca refletiu o risco Brasil. A comparação das taxas de juros é em relação ao resto do mundo.

:shock: :shock: Não importa para você, quando mostrei que as realidades são diferentes, porque o íncio do debate foi a respeito da possível fuga de capitais. Isso não tem condições de ocorrer hoje, antes nós tínhamos situação de patrimonio negativa, balança comercial negativa e um câmbio absurdo, tudo sustentado por uma taxa de juros altíssima.

Não importa para os especuladores. Não existe fuga de capitais, mas sim ataque especulativo. Quando se pode ganhar, vai o que tem que se fazer. "Deixar a casa em ordem" nunca livrou país de ataques especulativos quando foi interessante aos especuladores.

Essa sua afirmação nada tem haver com o que falei antes. Não existe câmbio sem "distorção", porque todo mundo usa instrumentos de política cambial, nenhum país do mundo deixa de intervir no câmbio, existem uns que controlam mais e outros menos. Em momento algum falei que o fatos são somente externos, vou repetir NÃO É POSSÍVEL ATRIBUIR SOMENTE A UM FATOR A VALORIZAÇÃO DO CAMBIO!!! É isso, existe toda uma conjuntura, e a principal é de origem externa, quer dizer a crise nos EUA.

A sua argumentação é baseada no fato do real ser valorizado principalmente por fatores externos e não ser um problema. Assim, afirma que a política monetária atual é correta. Não precisa mudar. E medidas de regulação de capital e outras mudanças dispensáveis. Igual alguns diretores do Banco Central. O que não é assim.

Acho que você anda bebendo antes de ler os textos que escrevo. A desvalorização do Dólar é apenas uma dos sintomas da crise nos EUA, somente isso sintoma de uma decadência muito mais antiga, um processo que começa na década de 1960, com o marco inicial palpável na Guerra do Vietnã, e isso não é opinião minha, mas de TODOS os históriadores e pensadores sérios, que estudaram o tema. Se você não lê, e não consegue perceber isso, é problema seu. E olha não se trata de apenas historiadores, David Arcand fez o filme "O Declínio do Império Americano em 1980". Um filme que acerta TODAS as previsões que faz. TODAS!!!!! Inclusive a ascenção da China, isso em 1980!!! Não é necessário ter diploma, apenas ler, ter cultura, mente aberta e gostar de observar as coisas.

Ataque moral contra quem não concorda com suas sandices. Normal com seu histórico no fórum. Espero que a moderação esteja observando.

Os "processos históricos irreversíveis" é legal para alimentar ideias adolescente. Porém o mundo não é e nunca foi determinista. Por isso que caiu no ostracismo. Tal como as cartilhas do FMI da década de 1990 que tu utiliza para montar a argumentação

Oras e você me faz ainda essa pergunta? O que uma mídia leviana, mentirosa reacionária e oposicionista tem haver com contratar gente para distorcer a realidade, inventar cálculos que não são explicitados como na dita matéria que começou esse debate, ou você já esqueceu como se iniciou o atual debate? Gente sem memória, com memória curta e distorcida não deveria começar a falar coisas que 05 anos atrás eram completamente diversas. Toda vez que alguém fala que os juros de 12,5% são muito altas, está dizendo um absurdo histórico, isso NÃO É VERDADE DENTRO DA REALIDADE BRASILEIRA. E não existe o que falar aqui. Ou vou ter que postar a média da taxa de juros anuais de 1994 para cá? Se colocar isso aqui veremos que o Brasil praticou juros de 39% ao ano!! Com inflação de 5%!!! Temos hoje uma taxa de juros reais de 6%, uma das mais baixas de nossa história. Então não vamos inventar uma realidade paralela. Isso nada tem haver com o que eu gosto, para mim os juros estariam abaixo de 10%. Mas é muito fácil falar quando não se tem nenhuma responsabilidade

Ataques morais com quem não concorda com suas sandices.

Novamente o que a PIG e FHC tem a ver com isso? Parece que tens um trauma que quando se sente acuado critica a PIG e o governo FHC. Ironicamente utiliza para a construção da argumentação a cartilha do FMI da década de 1990, abandonada a mais de uma década pela própria instituição.

A análise nada mais é que a defesa das medidas como corretas e da política monetária e cambial atual como ideal. Coisas que não são. A diferença é que na época da FHC a posição prevalente no governo eram a do PRick. A base de defesa são as mesmas das cartilhas do FMI da década de 1990 e que alguns banqueiros ainda utilizam para "lobiar" na política do governo atual.

Do governo Dilma não por que a política monetária vai gerar instabilidade e, a cambial, suicida ambas contribuindo para a vulnerabilidade externa e desindustrialização. O objetivo é mudar. A questão é como vencer os lobies que não querem. Não por acaso começa a colocar políticas que invetivem o lado real da economia. O passo seguinte vai ser tomar medidas para desvalorizar o real e flexibilizar o sistema de metas de inflação.
Agora vamos aos dados da chamada vulnerabilidade externa de FHC.

Dívida externa 1997 era de 179 e em 1998 211 bilhões, enquanto as reservas eram de 60 e depois baixaram para 44 bilhões, quer dizer tínhamos um passivo externo superior a 150 bilhões.

Mas não era só isso, além da dívida ser em grande parte no curto prazo, o resultado da Balança comercial foi negativo desde 1995, passando de 3,5 bilhões para 6,5 em 1998 ao ano.

Além disso, não existia superavit primário interno, quer dizer a relação dívida PIB crescia ao contrário de agora.

Então como comparar essa realidade com a atual? Em que a saldo comercial aumenta, a relação dívida PIB está com pequena queda, e as reservas continuam crescendo em relação a dívida externa, aumentando nossa saldo em patrimônio líquido, isso não é ideológico? Isso não é tentativa demagógica de fazer marola e sensacionalismo barato? Ou só consideramos os números que nos interessa, e ignoramos todos os outros? Dizer que existem problemas, que a taxa de juros não é o remédio ideal é uma coisa, agora falar os absurdos que andamos lendo em alguns jornais é outra coisa! O interessante seria postar aqui as matérias e as manchetes quando o Brasil quase quebrado, as vésperas da maxidesvalorização de janeiro de 1999, a mídia brasileira parecia que estávamos na Noruega(se bem que agora não seja uma boa lembrança 8-] 8-] ).

Então vamos começar a fazer análises coerentes, em que tudo é pesado e todos os números são relativizados e tomados em seu conjunto. O mundo não vai acabar em 02 de agosto, mas é preocupante que o centro do sistema esteja dando tão mal exemplo e sua elite esteja falhando num momento crucial. 8-] 8-]

[]´s

Eu mostrei dados e fatos, mas você vem com suas idéias e opiniões, com falei antes não gosto da política conservadora do BACEN, porém, entre gostar e chegar as conclusões que você chegou, existe uma difereça de milhas. Como mostrei, a situação de 1998, e a de hoje, nada tem em comum. Coloquei lá no outro tópico que a Balança Comercial está com o dobro do saldo o ano passado e deverá chegar a mais de 20 bilhões de dólares.

Vou repetir, nosso problema é que estamos muito bem, e por isso atraímos muito dólares. Em véspera de crise nos EUA, o Dólar está caindo por os capitais estão fugindo do centro do sistema e da crise.

Quer dizer ao invés de fuga de capitais vamos nos afogar em dólares. Eu tinha falado isso em 2009. Era o risco que estávamos correndo.

[]´s




Editado pela última vez por PRick em Ter Jul 26, 2011 1:22 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Crise Econômica Mundial

#3042 Mensagem por PRick » Ter Jul 26, 2011 1:19 pm

Túlio escreveu:Pois esperes para ver, commodities extraídas e processadas por companhias CHINESAS no Brasil, transportadas por ferrovias CHINESAS no Brasil até portos CHINESES no Brasil e carregadas em navios CHINESES rumo a seu País. Parece ser o papel do Brasil nos BRICS.

E ainda nem falei na ÁGUA POTÁVEL, em breve valiosa commodity também.

Aliás, me parece aí estar a grande razão do descaso do Brasil para com sua Defesa: amarrar os demais Países a nós em função das commodities: EUA não atacam porque estarão golpeando a economia da China (e sua própria) e isso não se faz (acaba em josta), China não ataca porque já manda no backyard e tem tudo o que precisa, etc etc etc...

Aí sim, passa fazer sentido uma FAB com uns cem caças IMPORTADOS (tá, tudo bem, talvez MONTADOS aqui), a MB com uma dúzia ou pouco mais de escoltas IMPORTADAS (tá, tudo bem, talvez MONTADAS aqui), EB sem um verdadeiro MBT e muito menos AAAe, para quê mais? Isso mantém a vizinhança de orelha em pé e bem quietinha, os grandes se entendem entre si e nos deixam em paz pois PRECISAM de nós como fonte de commodities...
O Tulio está vendo o perigo vermelho. :twisted: :twisted: Oras qual é o problema de CIAS chinesas no Brasil? Todo nosso setor automobilistico foi criado sobre multinacionais, dos EUA, Europa, e não vi ninguém falando no perigo do Capitalismo Selvagem. Foram os EUA que financiaram e apoiaram golpes contra nossa democracia, treinaram torturadores, etc..

Existe uma nova realidade no mundo, quer dizer, as COMODITITIES passaram a ser um grande negócio, por um único motivo, ninguém come ou veste um AUDI, nem mora debaixo de um Notebook.

Nós precisamos rever um pouco nosso conceito de necessidades, prioridade e importância da produção de um país. Nada contra a industria e ao setor de tecnologia, mas o milhões de famintos ou novos consumidores, precisam de comida, vestuário e casa para morar. Eles tem que ir e voltar do trabalho.

Essa é a prioridade do mundo para incorporar ainda os 400 milhões de chineses e 800 milhões de indianos.

Não vejo Australianos e Canadenses reclamarem por estarem vendendo um fortuna de comodities. Repito um coisa não impede a outra, porém, o mercado de produtos industriais não está mais no G7, esse é o problema.

[]´s




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Re: Crise Econômica Mundial

#3043 Mensagem por pafuncio » Ter Jul 26, 2011 1:20 pm

prick, o bourne nao eh um reaca cabeca de planilha. pode ateh ser meio afrescalhado, mas nao tem os defeitos da tchurma do efeaga.

sossega o facho, velho. dilma, mantega e o luciano coutinho estao sim preocupados com a valorizacao do real e a desindustrializacao. a questao eh como e quando operacionalizar isso ...

sorry, teclado ruim,hardware viciante. :wink:




"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
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Re: Crise Econômica Mundial

#3044 Mensagem por PRick » Ter Jul 26, 2011 1:29 pm

pafuncio escreveu:prick, o bourne nao eh um reaca cabeca de planilha. pode ateh ser meio afrescalhado, mas nao tem os defeitos da tchurma do efeaga.

sossega o facho, velho. dilma, mantega e o luciano coutinho estao sim preocupados com a valorizacao do real e a desindustrializacao. a questao eh como e quando operacionalizar isso ...

sorry, teclado ruim,hardware viciante. :wink:
Ele é metrosexual. :mrgreen: :mrgreen:

A melhor saída é investir esses dólares num fundo soberano aplicando em produção e obras no Brasil e fora do país. O galho é que nunca fizemos nada parecido, e a mídia PIG vai ficar louquinha. Veja o caso do BNDES e o Pão de Açucar, a mídia PIG gosta de ser rabo do capitalismo estrangeiro, melhor dos EUA, e não sabe como lidar com políticas que tornam o Brasil uma potência econômica e imperial.

Ao contrário de jogarmos na defensiva deveríamos partir para o ataque. Mas queremos imitar os maus exemplos do Chile, Argentina e Colombia. Países que nasceram para serem quintais e gostam disso.

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Re: Crise Econômica Mundial

#3045 Mensagem por Túlio » Ter Jul 26, 2011 2:44 pm

PRick escreveu:
Túlio escreveu:Pois esperes para ver, commodities extraídas e processadas por companhias CHINESAS no Brasil, transportadas por ferrovias CHINESAS no Brasil até portos CHINESES no Brasil e carregadas em navios CHINESES rumo a seu País. Parece ser o papel do Brasil nos BRICS.

E ainda nem falei na ÁGUA POTÁVEL, em breve valiosa commodity também.

Aliás, me parece aí estar a grande razão do descaso do Brasil para com sua Defesa: amarrar os demais Países a nós em função das commodities: EUA não atacam porque estarão golpeando a economia da China (e sua própria) e isso não se faz (acaba em josta), China não ataca porque já manda no backyard e tem tudo o que precisa, etc etc etc...

Aí sim, passa fazer sentido uma FAB com uns cem caças IMPORTADOS (tá, tudo bem, talvez MONTADOS aqui), a MB com uma dúzia ou pouco mais de escoltas IMPORTADAS (tá, tudo bem, talvez MONTADAS aqui), EB sem um verdadeiro MBT e muito menos AAAe, para quê mais? Isso mantém a vizinhança de orelha em pé e bem quietinha, os grandes se entendem entre si e nos deixam em paz pois PRECISAM de nós como fonte de commodities...
O Tulio está vendo o perigo vermelho. :twisted: :twisted: Oras qual é o problema de CIAS chinesas no Brasil? Todo nosso setor automobilistico foi criado sobre multinacionais, dos EUA, Europa, e não vi ninguém falando no perigo do Capitalismo Selvagem. Foram os EUA que financiaram e apoiaram golpes contra nossa democracia, treinaram torturadores, etc..

Existe uma nova realidade no mundo, quer dizer, as COMODITITIES passaram a ser um grande negócio, por um único motivo, ninguém come ou veste um AUDI, nem mora debaixo de um Notebook.

Nós precisamos rever um pouco nosso conceito de necessidades, prioridade e importância da produção de um país. Nada contra a industria e ao setor de tecnologia, mas o milhões de famintos ou novos consumidores, precisam de comida, vestuário e casa para morar. Eles tem que ir e voltar do trabalho.

Essa é a prioridade do mundo para incorporar ainda os 400 milhões de chineses e 800 milhões de indianos.

Não vejo Australianos e Canadenses reclamarem por estarem vendendo um fortuna de comodities. Repito um coisa não impede a outra, porém, o mercado de produtos industriais não está mais no G7, esse é o problema.

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Para variar, descontextualizaste, nada de novo aí. Mas tanto faz, já estou acostumado mesmo. Agora, ESTA frase tua merece uma correção:
Pink Sunglasses escreveu:Vou repetir, nosso problema é que estamos muito bem, e por isso atraímos muito dólares.
Na verdade atraímos tantos dólares porque, além de COMPRÁ-LOS, pagamos os juros mais altos do mundo! Se isso é estar MUITO BEM... :roll: :roll: :roll: :roll:




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