Enviado: Dom Fev 26, 2006 4:58 pm
saiu no defesanet
CTA coordena projeto de novo míssil
com a Africa do Sul
Participação brasileira na parceria para fabricar sistema de
última geração está avaliada em US$ 52 milhões
Iara Gomes
São José dos Campos
O CTA (Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos, vai coordenar o desenvolvimento de um míssil de última geração do tipo ar-ar, em parceria com a África do Sul. A participação brasileira está avaliada em US$ 52 milhões e envolve a indústria brasileira de defesa.
A assinatura do contrato está prevista para ocorrer até o final de abril deste ano. O míssil, o A-Darter, é de quinta geração e está na fase intermediária de desenvolvimento pela Denel Aerospace, uma das divisões da estatal sul-africana Armscor (Armament Corporation of South Africa).
A falta de recursos para concluir o desenvolvimento levou o governo da África do Sul a procurar um parceiro.
O Brasil, por sua vez, não dispõe de recursos suficientes para assumir um projeto desse porte, que exigiria no mínimo o triplo do orçamento que será dispendido com a parceria, na avaliação do gerente do projeto sistemas e sensores da subdiretoria de Desenvolvimento e Programa do CTA, o coronel-aviador Nélson Gomes da Silveira.
"Vamos reduzir etapas e economizar recursos. Selecionamos sete áreas nas quais iremos ampliar ou adquirir conhecimento, como por exemplo a tecnologia do detector infravermelho com processamento de imagens", disse o coronel Silveira.
A tecnologia permite o reconhecimento do sistema de defesa da aeronave inimiga, que emite outra fonte de calor para "enganar" o míssil. Ao se aproximar do alvo, o sistema de processamento de imagens é acionado, permitindo a distinção entre um e outro para que o míssil atinja o alvo correto.
O prazo estimado para a conclusão do desenvolvimento do míssil é de cinco anos, quando o primeiro protótipo deverá ficar pronto. O A-Darter irá substituir o MAA-1, de terceira geração, também conhecido como Piranha, produzido em série pela Mectron.
Um dos principais benefícios da cooperação será a transferência integral da tecnologia do míssil de última geração, segundo o coronel Silveira. A indústria nacional será envolvida no programa ainda na fase de desenvolvimento, e futuramente, na fase de industrialização do míssil.
"Começamos a negociar com a Mectron e a Avibras a possível participação delas no projeto, além da Atech, de São Paulo, na área de software embarcado", disse.
Ainda segundo o coronel Silveira, a Sigma, de São José, também foi identificada como um provável parceiro no programa. Ainda não está definido qual subsistema caberá a cada um dos parceiros.
Para as empresas, o projeto abre a possibilidade do desenvolvimento de mísseis mais avançados, a partir do A-Darter, e o acesso ao mercado de exportação. Apenas Estados Unidos, Rússia, França e Israel dominam a tecnologia dos novos mísseis. O A-Darter terá capacidade para fazer curvas de 360 graus e atingir o alvo mesmo que ele esteja atrás do avião que o disparou.
Nome: A-Darter
Comprimento: 2,98 metros
Diâmetro: 166 milímetros
Envergadura: 488 milímetros
Peso: 89 quilos
Fonte: CTA (Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial)
Brasil responde por 50% do projeto
A finalização do desenvolvimento do míssil A-Darter irá consumir US$ 104 milhões e o Brasil contribuirá com 50% dos recursos necessários. Uma equipe, com integrantes do CTA (Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial), em São José, das empresas envolvidas, será enviada à sede da estatal sul-africana Armscor (Armament Corporation of South Africa). No CTA, haverá uma equipe espelho, que receberá a tecnologia que será transferida durante o desenvolvimento.
CTA quer universidades para fechar parcerias
Segundo o gerente do projeto sistemas e sensores da subdiretoria de Desenvolvimento e Programa do CTA, o coronel-aviador Nélson Gomes da Silveira, o primeiro protótipo do A-Darter poderá ser construído no Brasil. O modelo de cooperação com a África do Sul é o mesmo que beneficiou o país africano, quando se associou a Israel para desenvolver o míssil R-Darter. "A situação é bastante parecida, na época Israel precisava de dinheiro para concluir o programa", disse. O CTA irá identificar as universidades que oferecem cursos ligados à tecnologia espacial e os tipos de parceria que poderão ser feitas.
Comentário:
Muito interessante. parece uma forma bastante responsável de utilizar os recursos públicos: parcerias, aproveitar o caminho percorrido até aqui com o piranha (aprendizagem fundamental e que capacita a industria a este tipo de envolvimento e parceria em áreas de alta tecnologia), agregar várias industrias nacionais (mectron, avibras, atech). etc.
As informações sobre o míssil são muito boas. Pelo menos neste ítem, colocará a FAB e MB em condições de igualdade com outras forças armadas com orçamento muuuiito superiores.
Penso que, se evoluir conmforme esta na notícia, deverá abrir caminho para a fabricaação aqui, o desenvolvimento e aperfeicoamento de outros mísseis em conjunto: BVR, mar e terra-ar (Unkhonto), etc.
O que possibilitou e abriu o caminho foi um acordo político de troca de tecnologias entre governos de paises excluídos de acessar tecnoligia americana e européia. Assim é que deve ser!!
CTA coordena projeto de novo míssil
com a Africa do Sul
Participação brasileira na parceria para fabricar sistema de
última geração está avaliada em US$ 52 milhões
Iara Gomes
São José dos Campos
O CTA (Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos, vai coordenar o desenvolvimento de um míssil de última geração do tipo ar-ar, em parceria com a África do Sul. A participação brasileira está avaliada em US$ 52 milhões e envolve a indústria brasileira de defesa.
A assinatura do contrato está prevista para ocorrer até o final de abril deste ano. O míssil, o A-Darter, é de quinta geração e está na fase intermediária de desenvolvimento pela Denel Aerospace, uma das divisões da estatal sul-africana Armscor (Armament Corporation of South Africa).
A falta de recursos para concluir o desenvolvimento levou o governo da África do Sul a procurar um parceiro.
O Brasil, por sua vez, não dispõe de recursos suficientes para assumir um projeto desse porte, que exigiria no mínimo o triplo do orçamento que será dispendido com a parceria, na avaliação do gerente do projeto sistemas e sensores da subdiretoria de Desenvolvimento e Programa do CTA, o coronel-aviador Nélson Gomes da Silveira.
"Vamos reduzir etapas e economizar recursos. Selecionamos sete áreas nas quais iremos ampliar ou adquirir conhecimento, como por exemplo a tecnologia do detector infravermelho com processamento de imagens", disse o coronel Silveira.
A tecnologia permite o reconhecimento do sistema de defesa da aeronave inimiga, que emite outra fonte de calor para "enganar" o míssil. Ao se aproximar do alvo, o sistema de processamento de imagens é acionado, permitindo a distinção entre um e outro para que o míssil atinja o alvo correto.
O prazo estimado para a conclusão do desenvolvimento do míssil é de cinco anos, quando o primeiro protótipo deverá ficar pronto. O A-Darter irá substituir o MAA-1, de terceira geração, também conhecido como Piranha, produzido em série pela Mectron.
Um dos principais benefícios da cooperação será a transferência integral da tecnologia do míssil de última geração, segundo o coronel Silveira. A indústria nacional será envolvida no programa ainda na fase de desenvolvimento, e futuramente, na fase de industrialização do míssil.
"Começamos a negociar com a Mectron e a Avibras a possível participação delas no projeto, além da Atech, de São Paulo, na área de software embarcado", disse.
Ainda segundo o coronel Silveira, a Sigma, de São José, também foi identificada como um provável parceiro no programa. Ainda não está definido qual subsistema caberá a cada um dos parceiros.
Para as empresas, o projeto abre a possibilidade do desenvolvimento de mísseis mais avançados, a partir do A-Darter, e o acesso ao mercado de exportação. Apenas Estados Unidos, Rússia, França e Israel dominam a tecnologia dos novos mísseis. O A-Darter terá capacidade para fazer curvas de 360 graus e atingir o alvo mesmo que ele esteja atrás do avião que o disparou.
Nome: A-Darter
Comprimento: 2,98 metros
Diâmetro: 166 milímetros
Envergadura: 488 milímetros
Peso: 89 quilos
Fonte: CTA (Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial)
Brasil responde por 50% do projeto
A finalização do desenvolvimento do míssil A-Darter irá consumir US$ 104 milhões e o Brasil contribuirá com 50% dos recursos necessários. Uma equipe, com integrantes do CTA (Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial), em São José, das empresas envolvidas, será enviada à sede da estatal sul-africana Armscor (Armament Corporation of South Africa). No CTA, haverá uma equipe espelho, que receberá a tecnologia que será transferida durante o desenvolvimento.
CTA quer universidades para fechar parcerias
Segundo o gerente do projeto sistemas e sensores da subdiretoria de Desenvolvimento e Programa do CTA, o coronel-aviador Nélson Gomes da Silveira, o primeiro protótipo do A-Darter poderá ser construído no Brasil. O modelo de cooperação com a África do Sul é o mesmo que beneficiou o país africano, quando se associou a Israel para desenvolver o míssil R-Darter. "A situação é bastante parecida, na época Israel precisava de dinheiro para concluir o programa", disse. O CTA irá identificar as universidades que oferecem cursos ligados à tecnologia espacial e os tipos de parceria que poderão ser feitas.
Comentário:
Muito interessante. parece uma forma bastante responsável de utilizar os recursos públicos: parcerias, aproveitar o caminho percorrido até aqui com o piranha (aprendizagem fundamental e que capacita a industria a este tipo de envolvimento e parceria em áreas de alta tecnologia), agregar várias industrias nacionais (mectron, avibras, atech). etc.
As informações sobre o míssil são muito boas. Pelo menos neste ítem, colocará a FAB e MB em condições de igualdade com outras forças armadas com orçamento muuuiito superiores.
Penso que, se evoluir conmforme esta na notícia, deverá abrir caminho para a fabricaação aqui, o desenvolvimento e aperfeicoamento de outros mísseis em conjunto: BVR, mar e terra-ar (Unkhonto), etc.
O que possibilitou e abriu o caminho foi um acordo político de troca de tecnologias entre governos de paises excluídos de acessar tecnoligia americana e européia. Assim é que deve ser!!