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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Enviado: Ter Jun 30, 2020 4:49 am
por Henrique Brito
gabriel219 escreveu: Ter Jun 30, 2020 1:34 am
Henrique Brito escreveu: Seg Jun 29, 2020 1:20 pm Já escrevi acima, em outros comentários a minha opinião falando sobre isso. Um abraço
Isso não é uma resposta, muito menos uma explicação. Irei fazer um texto maior sobre isso, com auxílio de mapas.

Guerra Aérea não é cenário linear, onde ambos se enfrentam de frente a frente e vence quem tem o míssil de maior alcance.
Henrique Brito escreveu: Seg Jun 29, 2020 1:57 pm Esse vídeo feito pelo canal Brazil Graphics, é de uma semana atrás, ou seja, depois que eu tinha escrito aqui minhas opiniões sobre este assunto.

E ele concorda comigo que dificilmente a FAB tería como garantir proteção aérea para as tropas do EB na invasão, e consequentemente sob cerrado bombardeio aéreo, dificilmente nossas tropas conseguiriam chegar a Caracas, que fica a 1200km da fronteira, e que uma invasão pela fronteira só teria sucesso caso já tivéssemos os F-39 Gripen ou o míssil anti radiação MAR-1 para inutilizar os radares deles dos s-300, para que nossos F-5 pudessem ter certa capacidade de combate contra os SU-35 deles, ou se tivessem sucesso varias e arriscadas operações especiais das nossas tropas de operações especiais contras radades, baterías antiaéreas e aeronaves venezuelanas ainda no solo.

E que por tudo isso, um outro jeito com mais chances de sucesso seria um assalto anfíbio direto a Caracas.

Su-35 Venezuelano???

Cara, com todo o respeito, mas qual é o sentindo de invadir e tomar Caracas, sobre qual cenário?

Pra criar uma Simulação, é necessário que haja um contexto, inclusive Geopolítico, como o TIAR, algo que não está sendo levado em consideração.

É muita viagem querer invadir Caracas, não há ganho Militar nisso, muito pelo contrário. Está desconsiderando linhas de suprimentos, Milícias, terreno e entre outros fatores. Um desembarque anfíbio é ainda pior, já que não há nenhuma garantia de cabeça de ponte, ainda mais sabendo que a defesa feita pelo Ejercito Bolivariano é uma reedição da Muralha do Atlântico, toda voltada para a costa do Caribe, com tropas leves próximo ao Litoral, esquadrões de caças com armas anti-navio e tropas blindadas logo atrás.

Talvez fosse melhor obter dados de inteligência sobre a Venezuela, antes de cogitar uma invasão a Caracas, seja por terra ou por assalto anfíbio.
Quis dizer SU-30, foi a força do hábito.

Simulação que ele fez, e que eu acredito que todos pensam quando imaginam uma guerra contra Venezuelana, é tirar o ditador do poder.

Pois qual sentido de fazer uma guerra contra Venezuela se não for isto? E para tirar ele do poder, de alguma maneira tem que ir lá em Caracas, nem que seja apenas com forças especiais

Sobre as forças da Venezuela estarem voltadas pro litoral, não vejo isso como desvantagem e nem vantagem quando se cogita um assalto anfíbio, pois se a se opção for um ataque terrestre, com certeza as forças deles se voltariam pro interior até chegarmos lá.

Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Enviado: Ter Jun 30, 2020 2:05 pm
por FCarvalho
A única forma que vejo de tropas brasileiras entrarem na Venezuela, seria no caso de criar um arco de segurança para nossas fronteiras em Roraima/Amazonas, além de proteger a Guiana de uma invasão, com tropas brasileiras também lá estacionadas.

Para isso, em um esforço máximo, se muito teríamos que avançar até o Rio Orinoco, o que forçaria avançar sobre terreno desconhecido e perigoso, e mais demandar tropas de montanha que não temos em quantidade.

O mais lógico é, a meu ver, e como visto no mapa abaixo, seria ocupar a região a leste do Rio Caroni até a Guiana, e também áreas próximas da fronteira Roraima/Amazonas até atingir os rios mais próximos, que serviriam de barreira natural para nós.

https://4.bp.blogspot.com/-SQUMyH80V1I/TgfFVmjjhqI/AAAAAAAABC4/4_zpo2fqid8/s1600/Venezuela_map.gif

No caso de um desembarque anfíbio seria o caso a ser estudado de na eventualidade da ocupação da região de fronteira deles com a Guiana, isto podendo ser feito na área do delta do Amacuro, visando cortar a estrada de acesso venezuelana de acesse aquele país.

Notar que mesmo nesta região a necessidade do emprego de tropas de montanha seria óbvia, dado as características geográficas do terreno. Assim também forças paraquedistas e aeromóveis em quantidade tal, devido a extensão da área de ação para tal ocupação teriam de ser todas a nível divisional. Soma-se a isso que uma Bgda Anfíbia - maior OM funcional da FFE - teria que estar também organizada em nível divisional para alcançar os objetivos de uma operação dessa envergadura.
Só aí, por baixo, seriam 4 divisões, no mínimo, só para o assalto principal. Onde iríamos obter tropas em tal quantidade e prontidão com treinamento e operacionalidade em curto tempo? Não estou nem falando em material bélico e recursos logísticos para tudo isso funcionar direito.

Além dessas tropas em um primeiro momento, teríamos que dispor de mais homens e recursos materiais para efetivamente ocupar e defender a região de ataques venezuelanos, algo óbvio de acontecer. Neste aspecto, nada menos que um número equivalente à nossa força atacante, ou seja, 4 a 5 divisões teria de ser alocadas para ocupar a área. Onde buscar todo esses reursos, afora tropas já em solo guiano? Resta lembrar que em relação ao terreno, nada de tropas mecanizadas ou bldas, pois a área é de ligação entre os andes/selva venezuelanos e a selva guiana.

Enfim, qualquer fala em relação a um eventual conflito com a Venezuela em que sejamos levados a entrar parte daquele país e ainda defender a Guiana e nossas fronteiras, nos levará fatalmente a envolver um número de soldados e recursos materiais que não dispomos desde a Guerra do Paraguai. Isto posto, há de levar em consideração que o EB, apesar de teoricamente dispor de cerca de 80/85 batalhões de infantaria, a imensa maioria é constituído de forças que nem de longe possuem sequer o mínimo adestramento - e recursos materiais - para entrar em combate em curto espaço de tempo.

Assim, estamos na verdade limitados em qualquer embate bélico em prazo visível ao que temos por agora, quer seja as FAR-E do exército com apenas duas brigadas, e ainda assim leves, sem estarem totalmente equipadas, a FFE mais 2 BtlOpRib e algusn GruFuzNav da marinha. Na região norte existem apenas 6 BgdasInfSlv contando com as mesmas limitações de recursos humanos, materiais e organizacionais que as FAR-E.

Bom, é possível perceber que é até muito legal e divertido falar sobre HE, mas se levarmos em conta a pauperridade da realidade das nossas ffaa's, dá para entender o porque dos próprios militares serem os primeiros a colocar panos quentes nessa conversa de guerra com a Venezuela, e eu diria, com qualquer vizinho. Imagine-se se for alguém de fora.

abs

Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Enviado: Qui Jul 02, 2020 7:30 pm
por Ckrauslo
Não seria possível a infiltração das FE para balizamento de fogo de artilharia em estruturas chaves da defesa venezuelana para em meio ao caos se infiltrar por uma outra localidade?
Como Sun Tzu, criar uma distração que atraia o grosso da tropa e ataque por uma área enfraquecida

Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Enviado: Qui Jul 02, 2020 7:58 pm
por Alfa BR
Só nos envolveríamos em um conflito com a Venezuela se esta, de alguma maneira, realizasse uma agressão militar contra nós. Pessoalmente não creio que tenhamos recursos para invadir, ocupar e estabilizar todo país. Isso seria um dreno de vidas e dinheiro que não faria o menor sentido. Só partiríamos para isso como parte de uma coalização.

No máximo assegurar as fronteiras, entrar um pouco e estabelecer uma zona de exclusão.

Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Enviado: Qui Jul 02, 2020 7:58 pm
por Alfa BR
Qual a força necessária para invadir a Venezuela? Quais unidades seriam empregadas? E a logística?

Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Enviado: Qui Jul 02, 2020 8:12 pm
por Ckrauslo
Alfa BR escreveu: Qui Jul 02, 2020 7:58 pm Só nos envolveríamos em um conflito com a Venezuela se esta, de alguma maneira, realizasse uma agressão militar contra nós. Pessoalmente não creio que tenhamos recursos para invadir, ocupar e estabilizar todo país. Isso seria um dreno de vidas e dinheiro que não faria o menor sentido. Só partiríamos para isso como parte de uma coalização.

No máximo assegurar as fronteiras, entrar um pouco e estabelecer uma zona de exclusão.
Sim, mas estamos ignorando a parte geopolítica e focando apenas em hipótese tática.

Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Enviado: Qui Jul 02, 2020 8:26 pm
por Alfa BR
Ckrauslo escreveu: Qui Jul 02, 2020 8:12 pm
Alfa BR escreveu: Qui Jul 02, 2020 7:58 pm Só nos envolveríamos em um conflito com a Venezuela se esta, de alguma maneira, realizasse uma agressão militar contra nós. Pessoalmente não creio que tenhamos recursos para invadir, ocupar e estabilizar todo país. Isso seria um dreno de vidas e dinheiro que não faria o menor sentido. Só partiríamos para isso como parte de uma coalização.

No máximo assegurar as fronteiras, entrar um pouco e estabelecer uma zona de exclusão.
Sim, mas estamos ignorando a parte geopolítica e focando apenas em hipótese tática.
É complicado desassociar um do outro, mas ok.

Se você considerar que só entraríamos em conflito com eles se nos atacassem, então a primeira pergunta é: o que a Venezuela pode fazer contra nós?

Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Enviado: Qui Jul 02, 2020 8:35 pm
por Ckrauslo
Primeira coisa a se fazer é nunca subestimar o inimigo.
Acho que podem sim fazer um nível considerável de estrago.
Mas o cenário em questão é de uma intervenção brasileira contra a ditadura venezuelana para provavelmente depor o presidente.

Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Enviado: Qui Jul 02, 2020 8:57 pm
por Henrique Brito
Certa vez em uma discussão no Youtube, um venezuelano disse que Brasil não teria como impedir que a Venezuela tocasse fogo em Pararaima e ocupasse a região norte de Roraima.

De surpresa pode até ser, mas eles não tem condições de sustentar a ocupação mediante um contra ataque da Força de Ação Rápida e Estratégica do Exército Brasileiro, que se seguiria a um apoio de reforço de tropas de selva na região e a um apoio de fogo de Astros 2020 vindos de Goiás.

O que me preocupa, é que a região de Roraima, é a única parte da região norte que não é majoritariamente formada por selva, é por savana, ambiente adequado para operar blindados, e o que temos de blindados na região não faz frente a força blindada venezuelana.

Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Enviado: Qui Jul 02, 2020 9:16 pm
por Henrique Brito
Em caso de um ataque venezuelano a Roraima, teríamos de prontidão para contra atacar, a Força de Ação Rápida e Estratégica

Em até 8 horas já teríamos dois batalhões e duas companhias de operações especiais atuando nas retaguardas profundas do inimigo, que são o 1° Batalhão de Forças Especiais, o 1° Batalhão de Ações de Comandos, a 3º Companhia de Forças Especiais e a Companhia de Precursores Paraquedistas. Que atuariam eliminando lideranças, inquientando a tropa invasora, sabotando ou destruindo meios logísticos ou armas e equipamentos vitais do inimigo, e preparando o terreno pra chegada das tropas regulares.

Em até 24 horas, já teríamos a Brigada de Infantaria Paraquedista sendo lançada atrás das linhas inimigas para o combate regular.
Em até 48, já teríamos mais uma brigada de infantaria flanqueando o inimigo em um assalto aeromóvel, no caso a 12º Brigada de Infantaria Leve Aeromóvel, e reforçada pelo 1° Batalhão de Infantaria de Selva Aeromóvel.

Baseado no Estado de Roraima, e acredito que em condições de se apresentar pro combate em no máximo 72 horas, temos a 1° Brigada de Infantaria de Selva, que chegaria para mobiliar o front e cercar a tropa invasora, junto com as brigadas de pronto emprego já atuando no terreno.

Então, em uma semana, teríamos o efetivo de quase uma divisão de Exército respondendo a injusta agressão.

Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Enviado: Qui Jul 02, 2020 9:23 pm
por FCarvalho
Ckrauslo escreveu: Qui Jul 02, 2020 7:30 pm Não seria possível a infiltração das FE para balizamento de fogo de artilharia em estruturas chaves da defesa venezuelana para em meio ao caos se infiltrar por uma outra localidade?
Como Sun Tzu, criar uma distração que atraia o grosso da tropa e ataque por uma área enfraquecida
Todas as estruturas venezuelanas que poderiam eventualmente - ou valeria a pena - ser alvo de artilharia, mesmo com o MCT, estão muito distantes da fronteira conosco, o que nos limita a utilizar aquele míssil da Avibrás.
Obviamente que qualquer movimento desse sistema fora de Formosa seria imediatamente notado pela inteligência venezuelana e toda a vizinhança sul americana, além de USA e OTAN.
Não dá para movimentar estes sistemas sem serem notados.
E uma vez isto feito, qualquer um imediatamente começa a por seus planos de defesa e/ou contingência militar em andamento. Não teríamos o elemento surpresa.
No mais, a quantidade de veículos e aviões necessários para se transportar ainda que uma única bateria do ASTROS 2020 seria grande demais para ser deixada passar em brancas nuvens pelas aditâncias militares em Brasília.
E o aeroporto de Boa Vista sequer tem condições de receber tantos aviões e meios militares ao mesmo tempo ou em curto espaço de tempo.
É mais fácil fazer isso a partir do ar, ou do mar, com os meios apropriados para tanto. E menos arriscado também.
Notar que os venezuelanos não ficariam parados olhando para ver o que vai acontecer. Ainda que não houvesse um estado de beligerância oficial entre os países. Ninguém espera o ladrão dar sinal para se preparar para ser assaltado.

abs

Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Enviado: Qui Jul 02, 2020 9:25 pm
por FCarvalho
Alfa BR escreveu: Qui Jul 02, 2020 7:58 pm Qual a força necessária para invadir a Venezuela? Quais unidades seriam empregadas? E a logística?
De verdade?
Pega todo o exército brasileiro, multiplica por 2 ou 3 e manda pra lá. :|
Agora tenta só imaginar a logística disso. Só tenta. :roll:

abs

Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Enviado: Qui Jul 02, 2020 9:51 pm
por FCarvalho
Alfa BR escreveu: Qui Jul 02, 2020 8:26 pm Se você considerar que só entraríamos em conflito com eles se nos atacassem, então a primeira pergunta é: o que a Venezuela pode fazer contra nós?
Do ponto de vista militar, se a FAV estiver/estivesse com todos os seus F-16 e Su-30 operacionais e com tripulações adestradas e equipadas, e com armamento inteligente, ou não, de origem russa e americana/israelense, bem, a primeira coisa seria atacar os três centros de C2 do CINDACTA 4 em Manaus, Belém e Porto Velho e, obviamente, Boa Vista. Sem problemas. Com Revo os F-16 podem fazer isso, ou partindo de pistas desdobradas na nossa fronteira. Os Sukhoi podem ir e volta sem Revo dependendo da carga e do ponto de partida. Depois disso seriam atacadas todas as pistas de pouso e unidade de controle radar e C2 da FAB que fiquem ao norte do Rio Solimões desde Tabatinga até Belém. Na sequência qualquer OM nível batalhão e acima das demais forças. Os PEF na fronteira venezuelana podem ser atacados e neutralizados de muitas formas, desde morteiros, a artilharia AR, passando por helos de ataque, Mi-17 artilhados ou simples ataques de infantaria mesmo.

Entrar no nosso território só se alguém lá resolvesse perder a guerra antes mesmo de começar, pois isso traria para o nosso lado imediatamente ajuda militar americana, o que significa basicamente tornar o país inteiro um imenso "caça ao pato" para os Tomahawk e demais brinquedos americanos.

Em termos terrestres e navais estamos empatados na pobreza, pois a cordilheira dos Andes é uma defesa natural deles contra nós, e eles não teriam vantagem nenhuma se expondo à frente delas para nossa aviação de ataque e/ou outros meios que seriam deslocados para Roraima e fronteira. Por mais que isso levasse uns dois meses para ser feito.

No fim, em termos militares, é mais seguro para eles enssetar uma campanha aérea contra nós e tentar eliminar o mais que possível a nossa estrutura do SISDACTA na região norte e demais forças militares e capacidade logística, e contar com o muito tempo que levaríamos para conseguirmos recolocar tudo ou parte do que foi destruído em condições de uso militar do que nos enfrentar em um ataque frontal terrestre ou naval.

Como não temos defesa AAe na região digna do nome, a FAV em um esforço máximo de 48 a 72 horas poderia alcançar este objetivo em partes ou até mesmo na íntegra. E restaria a nós tentar utilizar alguma pista que não tenha sido destruída e enviar reforços, além de tentar recuperar o que foi destruído.

Notar que não é porque eles destruiram um determinado objetivo militar naquele espaço cito acima que eles não se dariam o trabalho de voltar novamente, a fim de manter o status quo.

O nosso maior trabalho seria nas primeiras semanas tentar conquistar, a duras penas, o domínio do espaço aéreo de forma a poder abrir caminho para a aviação de transporte fazer o seu trabalho. O que sem as pistas daquelas capitais fica extremamente mais complicado fazer qualquer coisa na amazônia ocidental.

abs

Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Enviado: Qui Jul 02, 2020 10:08 pm
por Henrique Brito
Alfa BR escreveu: Qui Jul 02, 2020 7:58 pm Qual a força necessária para invadir a Venezuela? Quais unidades seriam empregadas? E a logística?
A maior parte dos exércitos do mundo utiliza a métrica do três por um, significa dizer que se você ataca, precisa ter uma força três vezes maior de quem defende, para manobrar, e de igual modo, de você quer ter alguma chance de defesa, você precisa garantir ter mais de 1/3 das forças que atacam.

A grande exceção a esta regra são os Estados Unidos, que tem como padrão atacar em nove por um.

Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Enviado: Qui Jul 02, 2020 10:21 pm
por FCarvalho
Henrique Brito escreveu: Qui Jul 02, 2020 8:57 pm Certa vez em uma discussão no Youtube, um venezuelano disse que Brasil não teria como impedir que a Venezuela tocasse fogo em Pararaima e ocupasse a região norte de Roraima.
De surpresa pode até ser, mas eles não tem condições de sustentar a ocupação mediante um contra ataque da Força de Ação Rápida e Estratégica do Exército Brasileiro, que se seguiria a um apoio de reforço de tropas de selva na região e a um apoio de fogo de Astros 2020 vindos de Goiás.
O que me preocupa, é que a região de Roraima, é a única parte da região norte que não é majoritariamente formada por selva, é por savana, ambiente adequado para operar blindados, e o que temos de blindados na região não faz frente a força blindada venezuelana.
Considere que:

A FAR-E hoje é composta, além do Cmdo Ops Esp, por apenas de duas brigadas, a Pqdt e a 12a Amv. Na teoria apenas 6 btl inf. Isso é pouco para o cenário em questão na fronteira norte de Roraima. Além destas, é possível que a 11a Lv também possa entrar na conta, além da 4a Mth, já que no final tudo é infantaria, e na hora do pau ninguém vai ficar se preocupando se tem formação ou não para atuar na região. Seriam 13 Btl a serem utilizados. Teoricamente, 8.640 homens somente na infantaria.

Além destas forças, a FFE poderia contribuir com mais 3 btl fuz nvs, além do 1o e 2o BtlOpRb em Manaus e Belém, o que significa mais 4.160 homens.

No CMA/CMN só existe o 1o BIS e o 2o BIS como aeromóvel. A 23a Bgda Inf Slv no Pará, considerada reserva estratégica dana região, ofereceria mais 3 BIS. Com o 7o BIS em Boa Vista temos um total de 6 BIS que poderiam ser envolvidos em um primeiro momento.

Obviamente que OM como a 9a Bgda Inf Mtz (Escola) e seus 4 batalhões de infantaria seriam muito bem vindos em uma segunda fase das operações, principalmente na região do lavrado, tendo como único óbice o fato de que a mesma não foi mecanizada, e portanto, não possui os meios necessários para atuar como infantaria mecanizada, o que seria desejável naquele TO em específico.

Do ponto de vista do deslocamento de OM de outras regiões do país o que temos é isso aí. Cerca de 16 batalhões de infantaria, podendo ser acrescidos de outros 4 batalhões da 9a Inf Mtz em segundo momento.

Na região propriamente dita, teríamos os 6 BIS citados, além de 2 BtlOpRb Fuz Nvs, totalizando 8 batalhões de infantaria.

Todas essas forças são consideradas de pronto emprego, ou aeromóveis como gostam de dizer. Isto é o que teríamos efetivamente para dispor o uso nas primeiras 72 horas no caso de enfrentamento terrestre no Estado de Roraima.

Posteriormente, e quando digo isto estou me referindo a 30 dias ou mais, o resto das tropas do EB de inf mtz, mec ou blda acabaria por se fazer sentir. Mas quem teria de aguentar o tranco inicial seriam as forças leves acima.

Como será que estão passando estas tropas ditas de reação rápidas brasileiras... :roll:

abs