Programa Espacial Brasileiro
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- Lucas Lasota
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Gente, não é por nada. Os caras colocaram em órbita um foguete de [destacar]2,6 toneladas com um satélite de 3 kg[/destacar]. O governo japonês destinou 3 milhões de dólares para o desenvolvimento do programa.
Fala sério! Certamente ouviríamos grandes figurões das FA dizendo que nanosatélites "não atendem as necessidades operacionais do tamanho continental do Brasil e blá blá blá" enquanto faz mais de 40 anos que não conseguimos por nada em órbita sozinhos...
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- Bolovo
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
http://www.defesanet.com.br/space/notic ... r-foguete/Governo prepara MP que vai dissolver estatal criada para lançar foguete
Projeto com a Ucrânia já custou R$ 490 milhões e tem dívida de R$ 130 milhões
12 de Março, 2018 - 10:35 ( Brasília )
Roberto Maltchik
O Brasil esgotou as tentativas de chegar a um entendimento diplomático com a Ucrânia para dissolver a empresa criada com o objetivo de lançar um foguete a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.
Por isso, em cerca de dois meses, o Palácio do Planalto deverá editar uma medida provisória na qual dissolve de forma unilateral a Alcântara Cyclone Space (ACS), empresa binacional que deveria gerenciar o projeto.
O plano, que consumiu R$ 490 milhões do orçamento federal brasileiro na última década, fracassou em 2015 porque não é viável do ponto de vista técnico, econômico e comercial. Mesmo assim, a estrutura sucateada da ACS consome R$ 500 mil por mês, com um corpo de quatro funcionários e despesas de suas instalações em Brasília e em Alcântara.
O passivo com os credores, apenas do lado brasileiro, é de R$ 130 milhões. Há três anos, o Brasil se retirou oficialmente do projeto, ao romper o Tratado com a Ucrânia.
Desde então, encontros diplomáticos se sucederam na esperança de alcançar um acordo com o parceiro europeu para dar fim ao impasse. Todos fracassaram. — A liquidação da ACS é uma das prioridades imediatas do governo na área espacial. Já fizemos todos os esforços para chegar a um entendimento. Não foi possível. Agora, trabalhamos no governo para encontrar uma solução jurídica que permita a liquidação unilateral. Não é simples, mas é preciso ser feito — afirma o secretário-executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia, Elton Zacarias.
Patrimônio Concreto
A dissolução implica a venda ou alienação de bens sob responsabilidade do Brasil. Ocorre que o maior “patrimônio” da empresa é irremovível: são toneladas de concreto aplicadas sobre o solo do Centro de Lançamento de Alcântara, onde seria instalada a primeira base para o lançamento do Cyclone 4, cuja fabricação estava a cargo da Ucrânia.
As peças do foguete, que não ficou pronto, pertencem ao antigo parceiro, que nunca aceitou a interrupção do programa. Os principais credores são as empreiteiras, sendo que uma delas, cuja dívida é de cerca de R$ 20 milhões, já obteve o bloqueio de contas da ACS.
O consórcio formado por Odebrecht e Camargo Corrêa responde pela maior fatia dos créditos. A tendência é que a União não assuma a dívida da ACS. Os credores devem enfrentar em uma batalha judicial com o espólio da empresa.
No fim do ano passado, nos Estados Unidos, o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes, ensaiou uma negociação com seu colega da Ucrânia, Pavlo Klimkin. Porém, as tratativas foram abortadas.
A Casa Civil da Presidência confirma os planos para liquidar a empresa. A embaixada da Ucrânia em Brasília foi questionada há dez dias, mas não se pronunciou até o fechamento desta edição.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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- GIL
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Passei a ultima década acompanhando o nosso programa espacial brasileiro atraves de um blog chamado BRAZILIAN SPACELucas Lasota escreveu:Gente, não é por nada. Os caras colocaram em órbita um foguete de [destacar]2,6 toneladas com um satélite de 3 kg[/destacar]. O governo japonês destinou 3 milhões de dólares para o desenvolvimento do programa.
Fala sério! Certamente ouviríamos grandes figurões das FA dizendo que nanosatélites "não atendem as necessidades operacionais do tamanho continental do Brasil e blá blá blá" enquanto faz mais de 40 anos que não conseguimos por nada em órbita sozinhos...
http://brazilianspace.blogspot.com.es/
Até que me desesperei mais que o seu criador, que passou anos esbravejando contra os nossos ultimos governos por como eles gestionavam esse importante programa.
O cara sobretudo, babava com a absoluta incompetencia e o total descaso da Dilma para com o programa espacial.
Com o tempo fui vendo que o CLA era algo que estava ai pra ingles ver e acabei deixando de me interessar pelo mesmo, pura propaganda fajuta, ja que nada avançava pese ao altruismo e sacrificio do pessoal tecnico. (Pobre PEB)
Abandonaram tudo. Sequer foram capazes de terminar com o VLS que estava com praticamente tudo desenvolvido.
Me lembra até aquela piada do portugues que foi para USA, viveu lá 10 anos e voltou mudo.
Não aprendeu o ingles e esqueçeu o português.
- EduClau
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Bem a propósito, mais um da série "VERGONHA DE SER BRASILEIRO":
Shame.
E antes que algum venha mimimizar que foi o "governo golpista caloteiro" que não pagou, é sempre bom lembrar. O ano foi 2007:Brasil é despejado de consórcio internacional de astronomia
Sete anos depois de assinar um acordo para admitir o país como primeiro integrante não-europeu do grupo, o Conselho do ESO decidiu rescindir o contrato com o governo brasileiro — que, nesse meio tempo, nunca fez qualquer pagamento nem chegou a ratificar em definitivo o acordo.
“Considerando ser improvável que a ratificação do Acordo de Acesso seja concluída num futuro próximo, o Conselho do ESO decidiu suspender o processo até que o Brasil esteja numa posição de completar a execução do Acordo, possivelmente por meio de uma renegociação”, diz uma “nota de esclarecimento” divulgada pelo ESO hoje.
“Com apoio unânime de todos os Estados Membros, o ESO continuará aberto a acolher o Brasil a qualquer momento. Os arranjos vigentes, porém, estarão suspensos a partir de 1 de abril de 2018.”
http://ciencia.estadao.com.br/blogs/her ... stronomia/
Outro acordo, assinado no governo FezesHC e não cumprido nem durante o "milagre brasileiro II" sob o governo do Encantador de Burros.Brasil está fora do projeto da estação espacial
Segundo especialista americano em política espacial, é tarde demais para voltar atrás.
País tem acordo desde 1997, mas jamais entregou peças do complexo orbital.
Após quase dez anos de participação, mas sem nunca ter contribuído com um único parafuso para o programa, o País perdeu definitivamente a chance de assinar seu nome na lista de fabricantes da base orbital. Segundo o especialista John Logsdon, diretor do Instituto de Políticas Espaciais da Universidade George Washington e membro do Comitê de Conselho da Nasa, “já é tarde demais para o Brasil fazer qualquer coisa, a não ser tornar-se um usuário da estação”.
“Apesar de ser improvável que a Nasa vá tomar qualquer atitude formal para cancelar seu contrato com a Agência Espacial Brasileira, o Brasil não aparece mais em seus documentos como um contribuinte da ISS”, disse Logsdon. “Na prática, portanto, o Brasil não faz mais parte da parceria da estação.”
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0, ... 03,00.html
Shame.
- knigh7
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Excelente notícia!!!
Via
http://defesaeseguranca.com.br/fab-prep ... -da-terra/
Fonte: FABFAB prepara projeto para aquisição de um satélite de observação da Terra
28 DE MARÇO DE 2018
A Força Aérea Brasileira (FAB) prepara a aquisição de um satélite de observação da Terra. Em nota divulgada, a Força revelou que o processo do lançamento do equipamento até o fim de sua operação será controlado pelo Centro de Operações Espaciais (COPE). “Será um sistema orbital de sensoriamento remoto ótico, de nível intermediário, em uma escala da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que define a qualidade da imagem para uso em inteligência e sistemas de agricultura”, resumiu o Coronel Aviador José Vagner Vital.
A partir de agora, o órgão finalizará o projeto, seguirá os trâmites orçamentários e de aquisição e fará o contato com demais órgãos relacionados ao setor espacial. A compra ainda pode trazer um grau de evolução da tecnologia nacional, com a negociação de parcerias com empresas privadas. “O Sistema tem um bom potencial para se pagar e permitir que as empresas nacionais se desenvolvam dentro deste mercado, trazendo mais riquezas para o País. Ele traz ainda um emprego com maior eficiência dos meios da FAB: no lugar de enviar um drone ou uma aeronave, se consegue, através do satélite, um planejamento e informações mais adequadas. Não só da FAB, mas a Marinha e o Exército também conseguem utilizar os meios com muito mais critério, aumentar a eficiência e reduzir o risco das operações”, completou.
Na última terça-feira (27), foi realizada a primeira reunião do Comitê de Governança de Atividades Espaciais (CGE), formado pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato; o Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Raul Botelho; o Comandante de Operações Aeroespaciais, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de Aquino; e o Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Augusto Amaral Oliveira. No encontro, foi apresentada e aprovada a linha de ação a ser seguida pela Comissão de Coordenação de Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), representada por seu Chefe, Major-Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar, e seu Vice-Chefe, Coronel Aviador José Vagner Vital.
Após a reunião, foi inaugurada a nova instalação da CCISE, que ficará alocada na Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), em Brasília (DF). A Comissão, que permanece subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), tem quatro salas preparadas para que os 13 militares da Marinha (1) Exército (1) e Aeronáutica (11) continuem dando andamento aos processos já correntes como o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Para o Chefe da CCISE, Major-Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar, a Comissão locada mais próxima dos comandos facilita a coordenação, planejamento e decisões. “Migrar a CCISE para Brasília facilitou as demandas e necessidades das outras Forças para dentro da Comissão, com isso podemos agir de forma mais integrada nos projetos”, explicou o oficial-general.
O Comandante da Aeronáutica destacou os benefícios da proximidade da Comissão junto aos centros de decisões e a importância do papel da FAB na atividade espacial. “A CCISE realiza os estudos e apresenta aos comandos que então tomam as providências cabíveis. A permanência da Comissão em Brasília facilitará as tomadas de decisões e isso acarreta nos resultados dos projetos”, analisou. A CCISE foi constituída em fevereiro de 2012 pelo Ministério da Defesa em conjunto com o Comando da Aeronáutica, visando coordenar os trabalhos afetos à definição e a implantação de sistemas espaciais relativos à defesa, incluindo seus elementos orbitais e a respectiva infraestrutura de apoio.
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http://defesaeseguranca.com.br/fab-prep ... -da-terra/
- arcanjo
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
12 DE ABRIL DE 2018 / ÀS 19:34 / ATRÁS 19 HORAS ATRÁS
Brasil cobra resposta dos EUA sobre acordo para uso da base de Alcântara, parado há quase um ano
Redação Reuters
Por Lisandra Paraguassu
LIMA (Reuters) - O governo brasileiro cobrou dos Estados Unidos uma resposta à proposta de uso da base de Alcântara, entregue a Washington há quase um ano e até agora sem resposta, disseram à Reuters fontes que acompanharam a reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, e o secretario de Estado interino dos EUA, John Sullivan.
“Nós apresentamos um resumo de 10 pontos que estamos esperando resposta. Alguns avançaram outros não. Na questão de Alcântara estamos esperando e cobramos uma resposta”, disse à Reuters uma das fontes.
A proposta brasileira para uso da base substituiu o texto que foi rejeitado pelo Congresso no ano 2000 por ser considerada muito intrusiva pelos parlamentares, já que dava acesso total à base pelos norte-americanos com pouco retorno tecnológico para o país.
“Nossa contraproposta avançou nas questões que preocupavam o Congresso e acho que cobre bem as preocupações americanas com propriedade intelectual, proteção à tecnologia”, disse uma das fontes. “O que foi dito agora é que a proposta já passou por todas as agências americanas e em seguida eles estarão prontos para negociar.”
O governo brasileiro apresentou a propostas no início de junho de 2017. Desde então, diversas empresas demonstraram interesse em lançar foguetes da base em Alcântara (MA) que, por sua localização na linha do Equador exige 30 por cento menos combustível que outras regiões.
Pelo menos cinco empresas norte-americanas demonstraram interesse depois de uma visita à base. SpaceX, Lockheed Martin e Boeing estiveram em Alcântara, além da Vector Space Systems, que lança pequenos satélites, e da Microcosm. Todas elas, no entanto, só podem usar a base depois de assinado um acordo de salvaguardas de tecnologia entre os dois países, por exigência das leis norte-americanas.
“A própria Boeing tem pressionado o governo americano para resolver essa questão porque eles têm muito interessem no uso da base”, disse uma das fontes.
O Brasil abandonou planos de construir seu próprio foguete para transportar grandes satélites após uma explosão em 2003 em Alcântara que matou 21 pessoas e dizimou o programa espacial brasileiro. Depois disso, ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foi feito um acordo com a Ucrânia para desenvolvimento conjunto de um veículo lançador de satélites.
O país europeu, no entanto, nunca pagou sua parte no investimento nem entregou a tecnologia combinada. O acordo foi rompido em 2015.
A intenção agora é encontrar uma forma de receber dividendos e também tecnologia. O uso da base foi oferecido não apenas para os Estados Unidos e outros países interessados poderão usar também.
https://br.reuters.com/article/domestic ... J3IL-OBRDN
abs.
arcanjo
Brasil cobra resposta dos EUA sobre acordo para uso da base de Alcântara, parado há quase um ano
Redação Reuters
Por Lisandra Paraguassu
LIMA (Reuters) - O governo brasileiro cobrou dos Estados Unidos uma resposta à proposta de uso da base de Alcântara, entregue a Washington há quase um ano e até agora sem resposta, disseram à Reuters fontes que acompanharam a reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, e o secretario de Estado interino dos EUA, John Sullivan.
“Nós apresentamos um resumo de 10 pontos que estamos esperando resposta. Alguns avançaram outros não. Na questão de Alcântara estamos esperando e cobramos uma resposta”, disse à Reuters uma das fontes.
A proposta brasileira para uso da base substituiu o texto que foi rejeitado pelo Congresso no ano 2000 por ser considerada muito intrusiva pelos parlamentares, já que dava acesso total à base pelos norte-americanos com pouco retorno tecnológico para o país.
“Nossa contraproposta avançou nas questões que preocupavam o Congresso e acho que cobre bem as preocupações americanas com propriedade intelectual, proteção à tecnologia”, disse uma das fontes. “O que foi dito agora é que a proposta já passou por todas as agências americanas e em seguida eles estarão prontos para negociar.”
O governo brasileiro apresentou a propostas no início de junho de 2017. Desde então, diversas empresas demonstraram interesse em lançar foguetes da base em Alcântara (MA) que, por sua localização na linha do Equador exige 30 por cento menos combustível que outras regiões.
Pelo menos cinco empresas norte-americanas demonstraram interesse depois de uma visita à base. SpaceX, Lockheed Martin e Boeing estiveram em Alcântara, além da Vector Space Systems, que lança pequenos satélites, e da Microcosm. Todas elas, no entanto, só podem usar a base depois de assinado um acordo de salvaguardas de tecnologia entre os dois países, por exigência das leis norte-americanas.
“A própria Boeing tem pressionado o governo americano para resolver essa questão porque eles têm muito interessem no uso da base”, disse uma das fontes.
O Brasil abandonou planos de construir seu próprio foguete para transportar grandes satélites após uma explosão em 2003 em Alcântara que matou 21 pessoas e dizimou o programa espacial brasileiro. Depois disso, ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foi feito um acordo com a Ucrânia para desenvolvimento conjunto de um veículo lançador de satélites.
O país europeu, no entanto, nunca pagou sua parte no investimento nem entregou a tecnologia combinada. O acordo foi rompido em 2015.
A intenção agora é encontrar uma forma de receber dividendos e também tecnologia. O uso da base foi oferecido não apenas para os Estados Unidos e outros países interessados poderão usar também.
https://br.reuters.com/article/domestic ... J3IL-OBRDN
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
knigh7 escreveu:Excelente notícia!!!
Fonte: FABFAB prepara projeto para aquisição de um satélite de observação da Terra
28 DE MARÇO DE 2018
A Força Aérea Brasileira (FAB) prepara a aquisição de um satélite de observação da Terra. Em nota divulgada, a Força revelou que o processo do lançamento do equipamento até o fim de sua operação será controlado pelo Centro de Operações Espaciais (COPE). “Será um sistema orbital de sensoriamento remoto ótico, de nível intermediário, em uma escala da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que define a qualidade da imagem para uso em inteligência e sistemas de agricultura”, resumiu o Coronel Aviador José Vagner Vital.
A partir de agora, o órgão finalizará o projeto, seguirá os trâmites orçamentários e de aquisição e fará o contato com demais órgãos relacionados ao setor espacial. A compra ainda pode trazer um grau de evolução da tecnologia nacional, com a negociação de parcerias com empresas privadas. “O Sistema tem um bom potencial para se pagar e permitir que as empresas nacionais se desenvolvam dentro deste mercado, trazendo mais riquezas para o País. Ele traz ainda um emprego com maior eficiência dos meios da FAB: no lugar de enviar um drone ou uma aeronave, se consegue, através do satélite, um planejamento e informações mais adequadas. Não só da FAB, mas a Marinha e o Exército também conseguem utilizar os meios com muito mais critério, aumentar a eficiência e reduzir o risco das operações”, completou.
Na última terça-feira (27), foi realizada a primeira reunião do Comitê de Governança de Atividades Espaciais (CGE), formado pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato; o Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Raul Botelho; o Comandante de Operações Aeroespaciais, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de Aquino; e o Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Augusto Amaral Oliveira. No encontro, foi apresentada e aprovada a linha de ação a ser seguida pela Comissão de Coordenação de Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), representada por seu Chefe, Major-Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar, e seu Vice-Chefe, Coronel Aviador José Vagner Vital.
Após a reunião, foi inaugurada a nova instalação da CCISE, que ficará alocada na Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), em Brasília (DF). A Comissão, que permanece subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), tem quatro salas preparadas para que os 13 militares da Marinha (1) Exército (1) e Aeronáutica (11) continuem dando andamento aos processos já correntes como o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Para o Chefe da CCISE, Major-Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar, a Comissão locada mais próxima dos comandos facilita a coordenação, planejamento e decisões. “Migrar a CCISE para Brasília facilitou as demandas e necessidades das outras Forças para dentro da Comissão, com isso podemos agir de forma mais integrada nos projetos”, explicou o oficial-general.
O Comandante da Aeronáutica destacou os benefícios da proximidade da Comissão junto aos centros de decisões e a importância do papel da FAB na atividade espacial. “A CCISE realiza os estudos e apresenta aos comandos que então tomam as providências cabíveis. A permanência da Comissão em Brasília facilitará as tomadas de decisões e isso acarreta nos resultados dos projetos”, analisou. A CCISE foi constituída em fevereiro de 2012 pelo Ministério da Defesa em conjunto com o Comando da Aeronáutica, visando coordenar os trabalhos afetos à definição e a implantação de sistemas espaciais relativos à defesa, incluindo seus elementos orbitais e a respectiva infraestrutura de apoio.
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Durante as Olimpíadas do RJ, o Brasil arrendou os serviços de um satélite de observação israelense, que ficou sob responsabilidade da FAB. Na época os fabianos ficaram bastante interessados em ter um satélite deste só pra eles.........
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Publicado Em 25/04 - 13h26 / Atualizado Em 25/04
Os EUA e a Base de Alcântara
Samuel Pinheiro Guimarães*
Os Estados Unidos, além de suas frotas de porta aviões, navios e submarinos nucleares que singram todos os mares, possuem mais de 700 bases militares terrestres fora de seu território nacional nos mais diversos países, em muitas das quais instalaram armas nucleares e sistemas de escuta da National Security Agency (NSA).
Os Estados Unidos têm bases de lançamento de foguetes em seu território nacional, como em Cabo Canaveral, perfeitamente aparelhadas com os equipamentos mais sofisticados, para o lançamento de satélites. Os Estados Unidos não necessitam, portanto, de instalações a serem construídas em Alcântara para o lançamento de seus foguetes. O objetivo americano não é impedir que o Brasil tenha uma base competitiva de lançamento de foguetes; isto o governo brasileiro já impede que ocorra pela contenção de despesas com o programa espacial brasileiro.
O objetivo principal norte americano é ter uma base militar em território brasileiro na qual exerçam sua soberania, fora do alcance das leis e da vigilância das autoridades brasileiras, inclusive militares, onde possam desenvolver todo tipo de atividade militar.
A localização de Alcântara, no Nordeste brasileiro, em frente à África Ocidental, é ideal para os Estados Unidos do ângulo de suas operações político-militares na América do Sul e na África e de sua estratégia mundial, em confronto com a Rússia e a China.
O Governo de Michel Temer tem como objetivo central de sua política (que nada mais é do que o cumprimento dos princípios do Consenso de Washington) atender a todas as reivindicações históricas dos Estados Unidos feitas ao Brasil não só em termos de política econômica interna (abertura comercial, liberdade para investimentos e capitais, desregulamentação, fim das empresas estatais, em especial da Petrobras etc.) como em termos de política externa.
À política externa cabe cooperar com a execução deste programa de governo, cujo objetivo é atrair investimentos estrangeiros, além de ações de combate à Venezuela, de afastamento em relação aos vizinhos da América do Sul, de destruição do Mercosul, a partir de acordo com a União Europeia, cavalo de Troia para abrir as portas de um futuro acordo de livre comércio com os Estados Unidos, de adesão à OCDE, como forma de consolidar essa política econômica, e de afastamento e negligência em relação aos países do Sul. Nessa política geral do governo Temer, o acordo com os Estados Unidos para a utilização da Base de Alcântara configura o caso mais flagrante de cessão de soberania da história do Brasil.
Os Estados Unidos, caso venham a se instalar em Alcântara, de lá não sairão, pois de lá poderão “controlar” o Brasil, “alinhando” de fato e definitivamente a política externa brasileira e encerrando qualquer possibilidade de exercício de uma política externa independente.
* Ex-secretário-geral do Itamaraty; ex-ministro de Assuntos Estratégicos e Alto Representante Geral do Mercosul entre 2011 e 2012
Fonte: JORNAL DO BRASIL, via NOTIMP http://www.fab.mil.br/notimp#n133530
abs.
arcanjo
Os EUA e a Base de Alcântara
Samuel Pinheiro Guimarães*
Os Estados Unidos, além de suas frotas de porta aviões, navios e submarinos nucleares que singram todos os mares, possuem mais de 700 bases militares terrestres fora de seu território nacional nos mais diversos países, em muitas das quais instalaram armas nucleares e sistemas de escuta da National Security Agency (NSA).
Os Estados Unidos têm bases de lançamento de foguetes em seu território nacional, como em Cabo Canaveral, perfeitamente aparelhadas com os equipamentos mais sofisticados, para o lançamento de satélites. Os Estados Unidos não necessitam, portanto, de instalações a serem construídas em Alcântara para o lançamento de seus foguetes. O objetivo americano não é impedir que o Brasil tenha uma base competitiva de lançamento de foguetes; isto o governo brasileiro já impede que ocorra pela contenção de despesas com o programa espacial brasileiro.
O objetivo principal norte americano é ter uma base militar em território brasileiro na qual exerçam sua soberania, fora do alcance das leis e da vigilância das autoridades brasileiras, inclusive militares, onde possam desenvolver todo tipo de atividade militar.
A localização de Alcântara, no Nordeste brasileiro, em frente à África Ocidental, é ideal para os Estados Unidos do ângulo de suas operações político-militares na América do Sul e na África e de sua estratégia mundial, em confronto com a Rússia e a China.
O Governo de Michel Temer tem como objetivo central de sua política (que nada mais é do que o cumprimento dos princípios do Consenso de Washington) atender a todas as reivindicações históricas dos Estados Unidos feitas ao Brasil não só em termos de política econômica interna (abertura comercial, liberdade para investimentos e capitais, desregulamentação, fim das empresas estatais, em especial da Petrobras etc.) como em termos de política externa.
À política externa cabe cooperar com a execução deste programa de governo, cujo objetivo é atrair investimentos estrangeiros, além de ações de combate à Venezuela, de afastamento em relação aos vizinhos da América do Sul, de destruição do Mercosul, a partir de acordo com a União Europeia, cavalo de Troia para abrir as portas de um futuro acordo de livre comércio com os Estados Unidos, de adesão à OCDE, como forma de consolidar essa política econômica, e de afastamento e negligência em relação aos países do Sul. Nessa política geral do governo Temer, o acordo com os Estados Unidos para a utilização da Base de Alcântara configura o caso mais flagrante de cessão de soberania da história do Brasil.
Os Estados Unidos, caso venham a se instalar em Alcântara, de lá não sairão, pois de lá poderão “controlar” o Brasil, “alinhando” de fato e definitivamente a política externa brasileira e encerrando qualquer possibilidade de exercício de uma política externa independente.
* Ex-secretário-geral do Itamaraty; ex-ministro de Assuntos Estratégicos e Alto Representante Geral do Mercosul entre 2011 e 2012
Fonte: JORNAL DO BRASIL, via NOTIMP http://www.fab.mil.br/notimp#n133530
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
http://www.defesanet.com.br/br_usa/noti ... lcantara-/BR - USA - EUA abrem negociação com o Brasil para uso de Alcântara
Esta é a primeira vez, em 16 anos, que os americanos abrem tratativas formais que podem viabilizar o uso do Centro de Lançamento de Alcântara
Os Estados Unidos deram o sinal verde para renegociar com o Brasil os termos de um acordo tecnológico que pode finalmente viabilizar o uso do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. O aval do Departamento de Estado foi dado há duas semanas. Ao GLOBO, o governo americano confirmou, por meio de nota, que abriu as negociações formais com o Brasil sobre o acordo de salvaguardas tecnológicas.
Esta é a primeira vez que os americanos aceitam retomar o assunto, depois que o Congresso Nacional rejeitou, há 16 anos, uma polêmica proposta que "blindava" a tecnologia estrangeira para lançar foguetes. Mas, em tese, também abria uma brecha para tirar do Brasil a soberania sobre áreas inteiras dentro da base de lançamento.
A retomada das negociações é um passo importante: significa que diversos organismos americanos aceitaram negociar. Como nos EUA este tipo de acordo não precisa passar pelo Congresso, é uma carta-branca para que o Departamento de Estado negocie.
Esta etapa inicial é a mais difícil de ser obtida e, nos últimos 16 anos, os EUA se recusaram duas vezes a chegar a este passo. Os EUA são os maiores produtores de componentes espaciais, cujo conteúdo é protegido por razões comerciais e de estratégia militar - lançadores e satélites têm tecnologia de uso bélico. Por isso, o acordo com os americanos é condição para qualquer parceria no setor espacial que tenha chances de prosperar.
A nova minuta de acordo levada pelo Brasil a Washington traz duas mudanças essenciais ao modelo que fracassou em 2002: altera a forma como a tecnologia americana ficaria protegida em solo brasileiro e o conceito sobre como deve ser usado o dinheiro resultante dos serviços de lançamento de satélites.
A primeira novidade acaba com a limitação de uma área física, dentro do centro de Alcântara, onde apenas funcionários contratados pelos americanos poderiam circular, cláusula que gerou enorme polêmica no passado. A proposta, agora, prevê a livre circulação de brasileiros, porém com restrições rígidas ao manuseio de contêineres com equipamentos de tecnologia sensível.
O outro ponto diz respeito à aplicação de recursos oriundos da atividade espacial. Na versão inicial, o Brasil não poderia reverter em investimentos para o setor uma eventual receita produzida com o serviço de lançamento de satélites. No novo rascunho, esta vedação foi suprimida.
Os EUA já encaminharam suas avaliações para análise brasileira. Nos próximos dias, o Itamaraty deve se reunir com os técnicos do setor para discutir detalhes da proposta que deve ser remetida ao Congresso. Não há previsão de data para que isto ocorra.
- Temos boas expectativas do ponto de vista técnico. Estamos em condições de ainda fazer pequenos ajustes na questão territorial para entrar em entendimento. Essas mudanças resguardam a tecnologia estrangeira sem afetar a nossa soberania. Estamos seguros quanto a isso - afirmou uma fonte brasileira, sob a condição do anonimato.
Os americanos têm acordos desta natureza com vários países, como parte do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). No caso brasileiro, interessa aos Estados Unidos uma redação semelhantes à adotada para cooperar no setor espacial com a Índia e a Nova Zelândia. Um outro negociador brasileiro afirma que a minuta em debate hoje é "muito parecida com o acordo com a Nova Zelândia".
MERCADO PARA LANÇAMENTOS
Este acordo interessa muito mais ao Brasil do que aos EUA, que já têm o mais relevante programa espacial do planeta e hoje prioriza missões de alcança interplanetário, como a Orion, que pretende fazer o homem retornar à Lua ou chegar a Marte. Para o governo brasileiro, o acordo com os EUA é a chance de tirar do ostracismo uma base de lançamento que tem como trunfo a localização privilegiada no globo, capaz de alcançar o espaço percorrendo menor distância e, portanto, com economia de propelente.
Aqui, um detalhe: o tempo corre contra o Brasil. Se demorar muito para explorar Alcântara, novas tecnologias, como a lançamento de foguetes a partir de aviões, devem se consolidar, reduzindo a vantagem competitiva da base brasileira.
QUESTÃO POLÍTICA
O problema é que, para viabilizar o acordo, além do aval da Secretaria de Estado dos EUA, é preciso da aprovação do texto pelo Congresso Nacional, envolto no debate eleitoral e acuado pela Lava-Jato. Diplomatas brasileiros reconhecem que o assunto "soberania" sempre vem a reboque dos debates sobre o uso de Alcântara.
Autoridades envolvidas nas negociações afirmam que o tema foi muito ideologizado e que há uma visão errônea de que o acordo poderia ferir a soberania nacional. Além do argumento de que este tipo de acordo existe com todos os países que esta capacidade de lançamento - inclusive a Rússia -, os defensores do tratado com os americanos afirmam que isso colocaria o Brasil no rol dos 10 países que poderiam deter toda a cadeia de satélites. Além disso, o acordo tende a atrair para o Brasil uma cadeia de empresas americanas no setor aeroespacial.Hoje, há muito mais europeus que americanos no polo tecnológico de São José dos Campos (SP).
Negociadores afirmam que o atual momento favorece o acordo. Se no início dos anos 2000 tratava-se apenas de uma iniciativa governamental, agora há interesse de empresas privadas dos dois países. E isso ocorre porque, com a tecnologia, os satélites estão ficando menores e podem ser lançados de veículos lançadores médios. Assim, além do uso comercial de Alcântara, o acordo pode impulsionar o projeto de um veículo de lançamentos brasileiro, desenvolvido em parceria com a Alemanha.
Se o acordo com os EUA prosperar e for aprovado pelo Congresso Nacional, existem ao menos duas empresas americanas - e uma brasileira - interessadas em explorar o centro. Nos EUA, a SpaceVector e a Electron atuam no mercado de nanossatélites e já demonstraram disposição de investir para fazer lançamentos a partir de Alcântara. Já no Brasil, a Avibrás, que desenvolve o motor para ser usado pelo programa espacial brasileiro, tem interesse em explorar o mesmo nicho.
A última tentativa para o uso de Alcântara para o lançamento de satélites ocorreu no projeto Cyclone 4, quando o Tesouro investiu quase R$ 500 milhões para lançar da base no Maranhão um foguete europeu. Como o projeto não se mostrou viável comercialmente e tecnicamente, todo o dinheiro foi para o ralo. E o Brasil agora tenta negociar com os ucranianos uma equação para liquidar a empresa criada para administrar a empreitada fracassada.
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Publicado: 15 Junho 2018
Nova unidade industrial da Avibras em Lorena (SP) vai fabricar insumos para combustível sólido do Programa Espacial Brasileiro
Planta Fábrica de PBHT programa espacial
A Avibras Indústria Aeroespacial vai investir na sua planta de Lorena (SP) mais de R$ 72 milhões na construção de nova fábrica para produção de PBHT (Polibutadieno Hidroxilado), insumo fundamental na produção de combustível sólido. Essa capacitação é imprescindível para os foguetes do novo Programa Espacial Brasileiro.
Essa é uma decisão de investimento da empresa, estratégica para o Brasil e para a Avibras, pois é fundamental para o resgate da soberania nacional na produção de combustível sólido, essencial para as atividades aeroespaciais.
A construção da nova fábrica é de responsabilidade da empresa, que conta com recursos próprios e financiamento 100% reembolsável do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para atender a demanda de investimento. A nova fábrica representará um aumento expressivo de empregos diretos e indiretos na região.Com início das operações previsto para o final de 2019, a fábrica estará capacitada para produzir até 2000 toneladas de PBHT/ano.
A produção de PBHT reforça a vocação industrial química da planta de Lorena, que já produz Perclorato de Amônia (PCA), um outro elemento essencial para a fabricação de combustível sólido. O domínio do processo de produção, materializado pela construção da fábrica de PBHT, vai restabelecer a autossuficiência em sua produção e resguardar o interesse nacional de embargos, uma vez que tal insumo é produzido por poucos países no mundo e nenhum destes no hemisfério sul.
Além das aplicações no mercado de Defesa e Aeroespacial, o PBHT possui várias aplicações como insumo no mercado civil, tais como isolantes, selantes adesivos, impermeabilizantes, encapsulamento, revestimentos, películas, etc.
Pioneirismo e expertise na área Espacial
A Avibras participa do Programa Espacial Brasileiro desde a década de 1960, quando fabricou os primeiros foguetes Sonda I e Sonda II. Nos últimos anos a Avibras fabricou mais de 500 foguetes de treinamento para serem lançados do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. Atualmente participa do desenvolvimento e da fabricação dos motores foguetes S50 do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1), contratada pela Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (Funcate) e Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) no âmbito do Programa Nacional de Atividades Espaciais da Agência Espacial Brasileira.
Com sua expertise no setor aeroespacial no desenvolvimento de soluções tecnológicas nacionais, que remontam desde a pioneira participação no início do Programa Espacial Brasileiro, a Avibras é a única empresa 100% brasileira de capital privado, com competências próprias para integrar veículos lançadores para o Programa Espacial Brasileiro em elaboração pelo Governo através do Comitê do Programa Espacial Brasileiro coordenado pelo Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. É perceptível uma dinamização no mercado de pequenos satélites com aumento de demanda internacional por lançamentos, e o CLA dispõe de uma infraestrutura suficiente para lançamentos de pequenos artefatos para atuação em órbitas baixas.
A Avibras acredita que o Brasil pode desempenhar papel relevante no mercado Espacial pois adquiriu diversas competências básicas através de Pesquisa e Inovação no setor Espaço ao longo de quase seis décadas, desenvolveu uma base industrial competente e possui uma base de Lançamento em Alcântara (CLA), com posição geográfica privilegiada, fatores poucas vezes reunidos num único país.Reconhecida mundialmente pela excelência e pela qualidade de seus produtos e sistemas, a Avibras está entre as 100 maiores empresas exportadoras do Brasil e tem orgulho de integrar a Indústria Estratégica de Defesa Brasileira.
https://www.avibras.com.br/site/midia/noticias.html
abs.
arcanjo
Nova unidade industrial da Avibras em Lorena (SP) vai fabricar insumos para combustível sólido do Programa Espacial Brasileiro
Planta Fábrica de PBHT programa espacial
A Avibras Indústria Aeroespacial vai investir na sua planta de Lorena (SP) mais de R$ 72 milhões na construção de nova fábrica para produção de PBHT (Polibutadieno Hidroxilado), insumo fundamental na produção de combustível sólido. Essa capacitação é imprescindível para os foguetes do novo Programa Espacial Brasileiro.
Essa é uma decisão de investimento da empresa, estratégica para o Brasil e para a Avibras, pois é fundamental para o resgate da soberania nacional na produção de combustível sólido, essencial para as atividades aeroespaciais.
A construção da nova fábrica é de responsabilidade da empresa, que conta com recursos próprios e financiamento 100% reembolsável do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para atender a demanda de investimento. A nova fábrica representará um aumento expressivo de empregos diretos e indiretos na região.Com início das operações previsto para o final de 2019, a fábrica estará capacitada para produzir até 2000 toneladas de PBHT/ano.
A produção de PBHT reforça a vocação industrial química da planta de Lorena, que já produz Perclorato de Amônia (PCA), um outro elemento essencial para a fabricação de combustível sólido. O domínio do processo de produção, materializado pela construção da fábrica de PBHT, vai restabelecer a autossuficiência em sua produção e resguardar o interesse nacional de embargos, uma vez que tal insumo é produzido por poucos países no mundo e nenhum destes no hemisfério sul.
Além das aplicações no mercado de Defesa e Aeroespacial, o PBHT possui várias aplicações como insumo no mercado civil, tais como isolantes, selantes adesivos, impermeabilizantes, encapsulamento, revestimentos, películas, etc.
Pioneirismo e expertise na área Espacial
A Avibras participa do Programa Espacial Brasileiro desde a década de 1960, quando fabricou os primeiros foguetes Sonda I e Sonda II. Nos últimos anos a Avibras fabricou mais de 500 foguetes de treinamento para serem lançados do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. Atualmente participa do desenvolvimento e da fabricação dos motores foguetes S50 do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1), contratada pela Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (Funcate) e Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) no âmbito do Programa Nacional de Atividades Espaciais da Agência Espacial Brasileira.
Com sua expertise no setor aeroespacial no desenvolvimento de soluções tecnológicas nacionais, que remontam desde a pioneira participação no início do Programa Espacial Brasileiro, a Avibras é a única empresa 100% brasileira de capital privado, com competências próprias para integrar veículos lançadores para o Programa Espacial Brasileiro em elaboração pelo Governo através do Comitê do Programa Espacial Brasileiro coordenado pelo Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. É perceptível uma dinamização no mercado de pequenos satélites com aumento de demanda internacional por lançamentos, e o CLA dispõe de uma infraestrutura suficiente para lançamentos de pequenos artefatos para atuação em órbitas baixas.
A Avibras acredita que o Brasil pode desempenhar papel relevante no mercado Espacial pois adquiriu diversas competências básicas através de Pesquisa e Inovação no setor Espaço ao longo de quase seis décadas, desenvolveu uma base industrial competente e possui uma base de Lançamento em Alcântara (CLA), com posição geográfica privilegiada, fatores poucas vezes reunidos num único país.Reconhecida mundialmente pela excelência e pela qualidade de seus produtos e sistemas, a Avibras está entre as 100 maiores empresas exportadoras do Brasil e tem orgulho de integrar a Indústria Estratégica de Defesa Brasileira.
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
06 de Julho, 2018 - 23:56 ( Brasília )
VISIONA - Acordo EMBRAER-BOEING não afeta diretamente, mas pode haver reflexos
VISIONA - Acordo EMBRAER-BOEING não afeta diretamente, mas pode haver reflexos
SAMUEL POSSEBON
Teletime
A compra da divisão comercial da EMBRAER pela BOEING anunciada nesta quinta, 5, por US$ 3,8 bilhões, não afetará, pelo menos em um primeiro momento, a Visiona, empresa criada em 2011 no contexto do desenvolvimento do programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC) para absorver tecnologia espacial e integrar o processo de construção do satélite.
A VISIONA é uma joint-venture entre a EMBRAER Defesa e Segurança (51%) e a TELEBRAS (49%). A EMBRAER Defesa e Segurança não está sendo adquirida pela BOEING na operação recém-anunciada, e por isso a Visiona ficou fora do acordo. Além disso, o Acordo de Acionistas entre TELEBRAS e EMBRAER garante às partes o direito de compra da participação da outra parte em caso de mudança de controle, entre outras salvaguardas.
Ou seja, no limite, o governo brasileiro, via TELEBRAS, poderia assumir a integralidade do capital da Visiona. Segundo apurou este noticiário, até o momento não houve nenhuma discussão mais ampla sobre qualquer possibilidade de mudança de rumo, estratégia e missão da VISIONA. Na área militar do governo, que tem contratos com a VISIONA, há uma grande preocupação com a preservação do controle nacional da empresa, ainda que não haja nenhum sinal de alerta sobre conversas em outro sentido.
Mas é possível especular sobre possíveis reflexos da entrada da BOEING na EMBRAER e o futuro da VISIONA. O primeiro é o simples fato de que a Boeing é uma das maiores empresas fabricantes de satélite do mundo. No processo de seleção do fornecedor do SGDC, empresas norte-americanas ficaram de fora porque existe uma severa regulamentação dos EUA sobre a transferência de tecnologia de uso militar e espacial norte-americana, especialmente o International Traffic in Arms Regulations (ITAR).
Por estas regras, a transferência tecnológica pleiteada e contratada pelo Brasil no âmbito do SGDC, sob responsabilidade da Visiona, seria impossível. Tanto que o fornecedor escolhido foi a THALES ALENIA, cuja tecnologia é 100% europeia. Com o casamento entre Boeing e Embraer, algumas portas poderiam se abrir para empresas norte-americanas.
Por outro lado, a joint-venture da Embraer com a BOEING prevê parcerias de investimentos conjuntos e busca de novos mercados na área de defesa e ainda acordos para suporte entre a área comercial e a EMBRAER Defesa e Segurança. Não se sabe como essas ações conjuntas podem afetar as decisões que serão tomadas pela Embraer na VISIONA.
Além disso, os investimentos estratégicos da EMBRAER devem passar a obedecer uma lógica mais alinhada aos interesses e projetos em parceria com a Boeing, o que também coloca dúvidas sobre como a Visiona pode ficar. A EMBRAER Defesa e Segurança tem uma receita anual de pouco menos de US$ 1 bilhão, contra US$ 3,3 bilhões da área comercial (vendida para a Boeing) e US$ 1,5 bilhão da área de aviação executiva. Já a visiona é uma empresa que em 2017 teve uma receita de R$ 25 milhões e um custo operacional de R$ 19 milhões.
Tudo isso em um momento em que o governo começa a discutir a possibilidade de contratar o segundo Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC). Lembrando que quando o SGDC 1 foi comissionado, houve uma contratação específica da Visiona para o projeto. Ou seja, nada garante que a empresa teria automaticamente a missão de atuar como integradora do SGDC 2.
O que já houve de transferência de tecnologia na experiência do SGDC 1, entretanto, está hoje sob o guarda-chuva da Visiona.
http://www.defesanet.com.br/demb/notici ... -reflexos/
abs.
arcanjo
VISIONA - Acordo EMBRAER-BOEING não afeta diretamente, mas pode haver reflexos
VISIONA - Acordo EMBRAER-BOEING não afeta diretamente, mas pode haver reflexos
SAMUEL POSSEBON
Teletime
A compra da divisão comercial da EMBRAER pela BOEING anunciada nesta quinta, 5, por US$ 3,8 bilhões, não afetará, pelo menos em um primeiro momento, a Visiona, empresa criada em 2011 no contexto do desenvolvimento do programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC) para absorver tecnologia espacial e integrar o processo de construção do satélite.
A VISIONA é uma joint-venture entre a EMBRAER Defesa e Segurança (51%) e a TELEBRAS (49%). A EMBRAER Defesa e Segurança não está sendo adquirida pela BOEING na operação recém-anunciada, e por isso a Visiona ficou fora do acordo. Além disso, o Acordo de Acionistas entre TELEBRAS e EMBRAER garante às partes o direito de compra da participação da outra parte em caso de mudança de controle, entre outras salvaguardas.
Ou seja, no limite, o governo brasileiro, via TELEBRAS, poderia assumir a integralidade do capital da Visiona. Segundo apurou este noticiário, até o momento não houve nenhuma discussão mais ampla sobre qualquer possibilidade de mudança de rumo, estratégia e missão da VISIONA. Na área militar do governo, que tem contratos com a VISIONA, há uma grande preocupação com a preservação do controle nacional da empresa, ainda que não haja nenhum sinal de alerta sobre conversas em outro sentido.
Mas é possível especular sobre possíveis reflexos da entrada da BOEING na EMBRAER e o futuro da VISIONA. O primeiro é o simples fato de que a Boeing é uma das maiores empresas fabricantes de satélite do mundo. No processo de seleção do fornecedor do SGDC, empresas norte-americanas ficaram de fora porque existe uma severa regulamentação dos EUA sobre a transferência de tecnologia de uso militar e espacial norte-americana, especialmente o International Traffic in Arms Regulations (ITAR).
Por estas regras, a transferência tecnológica pleiteada e contratada pelo Brasil no âmbito do SGDC, sob responsabilidade da Visiona, seria impossível. Tanto que o fornecedor escolhido foi a THALES ALENIA, cuja tecnologia é 100% europeia. Com o casamento entre Boeing e Embraer, algumas portas poderiam se abrir para empresas norte-americanas.
Por outro lado, a joint-venture da Embraer com a BOEING prevê parcerias de investimentos conjuntos e busca de novos mercados na área de defesa e ainda acordos para suporte entre a área comercial e a EMBRAER Defesa e Segurança. Não se sabe como essas ações conjuntas podem afetar as decisões que serão tomadas pela Embraer na VISIONA.
Além disso, os investimentos estratégicos da EMBRAER devem passar a obedecer uma lógica mais alinhada aos interesses e projetos em parceria com a Boeing, o que também coloca dúvidas sobre como a Visiona pode ficar. A EMBRAER Defesa e Segurança tem uma receita anual de pouco menos de US$ 1 bilhão, contra US$ 3,3 bilhões da área comercial (vendida para a Boeing) e US$ 1,5 bilhão da área de aviação executiva. Já a visiona é uma empresa que em 2017 teve uma receita de R$ 25 milhões e um custo operacional de R$ 19 milhões.
Tudo isso em um momento em que o governo começa a discutir a possibilidade de contratar o segundo Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC). Lembrando que quando o SGDC 1 foi comissionado, houve uma contratação específica da Visiona para o projeto. Ou seja, nada garante que a empresa teria automaticamente a missão de atuar como integradora do SGDC 2.
O que já houve de transferência de tecnologia na experiência do SGDC 1, entretanto, está hoje sob o guarda-chuva da Visiona.
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Falta de Pessoal, Verba e Ambição Atrasam Programa Espacial Brasileiro
Com quatro décadas de existência, o programa espacial brasileiro deixou para trás a fama de referência entre países emergentes para enfrentar uma fase de problemas e ser ultrapassado por outras nações. Segundo os planos traçados, o Brasil deveria estar no espaço com um novo satélite de monitoramento, lançado por um foguete nacional --mas ambos os projetos estão atrasados em seus cronogramas.
Segundo autoridades do setor entrevistadas pelo UOL, os desafios foram criados pelos cortes de pessoal e de orçamento, ocorridos nos últimos anos, além de erros estratégicos. Com isso, o Brasil não desenvolveu tecnologia e atrasou a fabricação de foguetes e satélites.
O cenário atual foi debatido por líderes do programa espacial durante a reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), ocorrida em julho em Maceió.
Atualmente, há dois importantes satélites brasileiros no espaço: o novo satélite geoestacionário e o CBERS 4.
O primeiro foi lançado em maio de 2017 e idealizado para a área de telecomunicações. Tem entre suas possibilidades fornecer banda larga a hospitais e escolas de todo o país.
Já o CBERS 4 foi feito em cooperação com a China. Ele é usado para sensoriamento remoto, ou seja, voa baixo para tirar fotos e mandá-las à Terra. Há ainda satélites mais antigos que ajudam nesse monitoramento e que, mesmo já tendo expirado sua utilização prevista, continuam em funcionamento.
O próprio CBERS foi estimado para se "aposentar" no fim do ano passado. Um novo satélite, denominado CBERS 4A, o substituiria. Mas o projeto atrasou e não entrou em órbita.
Em novembro do ano passado, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) já falava que o lançamento seria em maio de 2019. A nova previsão diz apenas que acontecerá no segundo semestre do próximo ano. O antigo modelo continua mandando imagens sem falhas.
A nova "menina dos olhos" da tecnologia espacial civil brasileira é o satélite Amazônia 1, feito para dar mais qualidade ao monitoramento da região amazônica --hoje o país não possui um satélite com esse perfil só para a Amazônia. Mas seu desenvolvimento também atrasou. Seu envio ao espaço está previsto apenas para 2020.
Falta Tecnologia
Para colocar um novo satélite em órbita, o Brasil precisa enviá-lo para um país que possua foguete de lançamento. Não há um equipamento nacional, o que encarece os projetos.
"Para lançar o Amazônia 1, por exemplo, temos de fazer a licitação com dois anos e meio de antecedência. Precisamos desse tempo porque temos que saber quais as características do foguete, a vibração que ele faz especialmente no lançamento para fazer os testes e saber se ele resiste à essa vibração. Se tivéssemos nossos próprios foguetes, já saberíamos isso", afirma Ricardo Galvão, presidente do INPE. "Estamos muito atrasados no programa."
Parte desse atraso pode ser explicada pela explosão na base de Alcântara (MA), em 2003.
Mas não foi só isso, dizem os entrevistados ouvidos pela reportagem. Eles também citaram problemas com fluxo de caixa e falta de pessoal especializado. O primeiro pode ser recomposto no orçamento se houve vontade política. Já a segunda questão depende acima de tudo de tempo.
"A formação leva cinco anos, e some mais dois anos para começar a produzir conhecimento", diz o brigadeiro Augusto de Castro Otero, diretor do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço).
No INPE, a situação é parecida. O presidente Ricardo Galvão conta que, desde que entrou no órgão, em 2016, houve 250 pedidos de aposentadoria, num universo de 800 pessoas trabalhando atualmente.
Isso causa problemas no andamento dos projetos. "Terceirizados podem fazer várias coisas, mas há outras que só servidores públicos podem assumir, como ter acesso a certos sistemas", afirma ele.
Falta Estratégia
Sobre a falta de um foguete, o diretor diz que ter esse equipamento é algo que trata não só de tecnologia. "Faltaram recurso e pessoal, mas foi um erro de estratégia. Deveria ter concentrado mais [essas coisas] e ter desenvolvido o nosso lançador", diz o presidente do INPE.
Para ele, isso teve impacto também na soberania nacional. "Tínhamos um papel de líder na América Latina, e hoje estamos bem atrás, por exemplo, da Argentina", relata.
Segundo Galvão, o primeiro satélite argentino foi testado no INPE, mas hoje o país vizinho "nos superou na capacidade de fazer satélites e foguetes lançadores".
O programa espacial brasileiro é dividido em duas frentes: uma civil, coordenada pelo INPE, que fabrica os satélites; e outra militar, comandada pelo IAE. Cabe à Aeronáutica produzir os foguetes e fazer os lançamentos.
O diretor do instituto, engenheiro e brigadeiro Augusto de Castro Otero, reconhece o atraso na produção do chamado VLM (Veículo Lançador de Microssatélite) --que deveria ter sido lançado em 2015, segundo planejamento inicial--, mas fala que não houve atraso estratégico. Hoje, esse foguete é desenvolvido em parceria com a Alemanha.
"O Brasil nunca atrasou a ideia [de ter o lançador]. Ela sempre foi tempestiva [tinha prazo definido para ocorrer], iria ser feita no momento certo. O que aconteceu foi que tivemos contingenciamentos históricos, o fluxo de caixa foi diferente do que fora inicialmente planejado", afirma. "Quando se reduz o recurso, você alonga o projeto em tempo e sofre diversos problemas, como envelhecimento da tecnologia, da equipe de projeto."
Segundo o brigadeiro, para 2018 e 2019 estão garantidos recursos que devem permitir o cumprimento do cronograma --que prevê um primeiro lançamento de teste em 2019. Já o primeiro lançamento em órbita de um satélite brasileiro deve ocorrer apenas em 2021.
Falta Dinheiro
Um dos grandes desafios para a continuidade do programa espacial brasileiro é a redução de verbas e de mão de obra qualificada nos últimos anos.
Em 2014, por exemplo, o IAE tinha orçamento de R$ 58 milhões. Em 2017, esse valor caiu para R$ 27,3 milhões (ou 53% a menos). Com isso, o número de projetos desenvolvidos baixou de 53 para 16.
De acordo com o brigadeiro, outro problema "grave" é que o IAE possui hoje apenas 558 cargos ocupados, enquanto 607 estão vagos.
"A redução das pessoas causa impacto em todos os projetos, seja de tempo, custo, descontinuidade", diz.
Sobre a queda de recursos, Galvão afirma que o INPE sofre com essa redução desde o começo do século. "Desde 2000 os recursos tem diminuído gradativamente", revela, citando que em 2018 o Ministério da Ciência e Tecnologia reduziu o corte do orçamento da área. "Conversamos com o ministro [Gilberto] Kassab e ele recompôs [a verba]."
O investimento brasileiro estimado para os primeiros lançamentos do foguete é de R$ 150 milhões. A outra parte do recurso é bancada pelo governo alemão, que entrou no projeto em 2014, quando o IAE percebeu que não conseguiria fazer sozinho o projeto. A parceria com a Alemanha já existia para outras áreas, mas foi crucial não só do ponto de vista financeiro como tecnológico.
"Não é um valor alto e, se houver fluxo, o projeto será feito com êxito. Mais que recursos, há barreiras tecnológicas que precisam ser superadas, e algumas delas empurram o projeto um pouco mais para a frente porque precisamos dar soluções", explica
Falta Ambição
Para Othon Winter, pesquisador do Grupo de Dinâmica Orbital e Planetologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista), o programa espacial teve uma série de avanços conquistados ao longo desse período, como o desenvolvimento e colo cação em órbita do satélite geoestacionário, os laboratórios científicos e a base de Alcântara.
Apesar disso, ele cita que essas foram "pequenas coisas" e afirma que o Brasil deixou de fazer outras mais importantes.
"O Brasil é um país continental, não estamos falando de um pequeno país. A gente precisa ter satélite, controlar fronteiras. Temos muita coisinha que seria legal para um país como o Chile, por exemplo, mas para o Brasil é muito pouco. A Índia, que é muito similar ao Brasil em território, tem seu próprio lançador, mandou satélite à Lua, é um país que tem autonomia nesse campo. O que temos é muito pouco pela nossa extensão. Poderíamos estar muito avançado nesse cenário", explica.
Para Winter, a falta de recursos não pode ser apontada como causa só do problema. "Falta algo um pouco mais arrojado. Falta dinheiro, mas não é só. Já tivemos dinheiro em alguns momentos e não soubemos gastar", diz.
O pesquisador ainda ressalta que o domínio da tecnologia espacial precisa ser tratado como questão de soberania nacional.
"A área especial, assim como a nuclear, têm de ser de Estado, tem de ser prioridade. Lógico que em época de crise você reduz [o dinheiro investido], mas tem de ter um plano perene, de médio a longo prazo, para dizer o que é que você quer fazer. Isso tem de ser pensado inclusive sem depender de troca de governo", afirma.
http://brazilianspace.blogspot.com/2018 ... bicao.html
Falta vergonha... ou não...neste país-piada (de mau gosto) pronta.
sds
Com quatro décadas de existência, o programa espacial brasileiro deixou para trás a fama de referência entre países emergentes para enfrentar uma fase de problemas e ser ultrapassado por outras nações. Segundo os planos traçados, o Brasil deveria estar no espaço com um novo satélite de monitoramento, lançado por um foguete nacional --mas ambos os projetos estão atrasados em seus cronogramas.
Segundo autoridades do setor entrevistadas pelo UOL, os desafios foram criados pelos cortes de pessoal e de orçamento, ocorridos nos últimos anos, além de erros estratégicos. Com isso, o Brasil não desenvolveu tecnologia e atrasou a fabricação de foguetes e satélites.
O cenário atual foi debatido por líderes do programa espacial durante a reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), ocorrida em julho em Maceió.
Atualmente, há dois importantes satélites brasileiros no espaço: o novo satélite geoestacionário e o CBERS 4.
O primeiro foi lançado em maio de 2017 e idealizado para a área de telecomunicações. Tem entre suas possibilidades fornecer banda larga a hospitais e escolas de todo o país.
Já o CBERS 4 foi feito em cooperação com a China. Ele é usado para sensoriamento remoto, ou seja, voa baixo para tirar fotos e mandá-las à Terra. Há ainda satélites mais antigos que ajudam nesse monitoramento e que, mesmo já tendo expirado sua utilização prevista, continuam em funcionamento.
O próprio CBERS foi estimado para se "aposentar" no fim do ano passado. Um novo satélite, denominado CBERS 4A, o substituiria. Mas o projeto atrasou e não entrou em órbita.
Em novembro do ano passado, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) já falava que o lançamento seria em maio de 2019. A nova previsão diz apenas que acontecerá no segundo semestre do próximo ano. O antigo modelo continua mandando imagens sem falhas.
A nova "menina dos olhos" da tecnologia espacial civil brasileira é o satélite Amazônia 1, feito para dar mais qualidade ao monitoramento da região amazônica --hoje o país não possui um satélite com esse perfil só para a Amazônia. Mas seu desenvolvimento também atrasou. Seu envio ao espaço está previsto apenas para 2020.
Falta Tecnologia
Para colocar um novo satélite em órbita, o Brasil precisa enviá-lo para um país que possua foguete de lançamento. Não há um equipamento nacional, o que encarece os projetos.
"Para lançar o Amazônia 1, por exemplo, temos de fazer a licitação com dois anos e meio de antecedência. Precisamos desse tempo porque temos que saber quais as características do foguete, a vibração que ele faz especialmente no lançamento para fazer os testes e saber se ele resiste à essa vibração. Se tivéssemos nossos próprios foguetes, já saberíamos isso", afirma Ricardo Galvão, presidente do INPE. "Estamos muito atrasados no programa."
Parte desse atraso pode ser explicada pela explosão na base de Alcântara (MA), em 2003.
Mas não foi só isso, dizem os entrevistados ouvidos pela reportagem. Eles também citaram problemas com fluxo de caixa e falta de pessoal especializado. O primeiro pode ser recomposto no orçamento se houve vontade política. Já a segunda questão depende acima de tudo de tempo.
"A formação leva cinco anos, e some mais dois anos para começar a produzir conhecimento", diz o brigadeiro Augusto de Castro Otero, diretor do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço).
No INPE, a situação é parecida. O presidente Ricardo Galvão conta que, desde que entrou no órgão, em 2016, houve 250 pedidos de aposentadoria, num universo de 800 pessoas trabalhando atualmente.
Isso causa problemas no andamento dos projetos. "Terceirizados podem fazer várias coisas, mas há outras que só servidores públicos podem assumir, como ter acesso a certos sistemas", afirma ele.
Falta Estratégia
Sobre a falta de um foguete, o diretor diz que ter esse equipamento é algo que trata não só de tecnologia. "Faltaram recurso e pessoal, mas foi um erro de estratégia. Deveria ter concentrado mais [essas coisas] e ter desenvolvido o nosso lançador", diz o presidente do INPE.
Para ele, isso teve impacto também na soberania nacional. "Tínhamos um papel de líder na América Latina, e hoje estamos bem atrás, por exemplo, da Argentina", relata.
Segundo Galvão, o primeiro satélite argentino foi testado no INPE, mas hoje o país vizinho "nos superou na capacidade de fazer satélites e foguetes lançadores".
O programa espacial brasileiro é dividido em duas frentes: uma civil, coordenada pelo INPE, que fabrica os satélites; e outra militar, comandada pelo IAE. Cabe à Aeronáutica produzir os foguetes e fazer os lançamentos.
O diretor do instituto, engenheiro e brigadeiro Augusto de Castro Otero, reconhece o atraso na produção do chamado VLM (Veículo Lançador de Microssatélite) --que deveria ter sido lançado em 2015, segundo planejamento inicial--, mas fala que não houve atraso estratégico. Hoje, esse foguete é desenvolvido em parceria com a Alemanha.
"O Brasil nunca atrasou a ideia [de ter o lançador]. Ela sempre foi tempestiva [tinha prazo definido para ocorrer], iria ser feita no momento certo. O que aconteceu foi que tivemos contingenciamentos históricos, o fluxo de caixa foi diferente do que fora inicialmente planejado", afirma. "Quando se reduz o recurso, você alonga o projeto em tempo e sofre diversos problemas, como envelhecimento da tecnologia, da equipe de projeto."
Segundo o brigadeiro, para 2018 e 2019 estão garantidos recursos que devem permitir o cumprimento do cronograma --que prevê um primeiro lançamento de teste em 2019. Já o primeiro lançamento em órbita de um satélite brasileiro deve ocorrer apenas em 2021.
Falta Dinheiro
Um dos grandes desafios para a continuidade do programa espacial brasileiro é a redução de verbas e de mão de obra qualificada nos últimos anos.
Em 2014, por exemplo, o IAE tinha orçamento de R$ 58 milhões. Em 2017, esse valor caiu para R$ 27,3 milhões (ou 53% a menos). Com isso, o número de projetos desenvolvidos baixou de 53 para 16.
De acordo com o brigadeiro, outro problema "grave" é que o IAE possui hoje apenas 558 cargos ocupados, enquanto 607 estão vagos.
"A redução das pessoas causa impacto em todos os projetos, seja de tempo, custo, descontinuidade", diz.
Sobre a queda de recursos, Galvão afirma que o INPE sofre com essa redução desde o começo do século. "Desde 2000 os recursos tem diminuído gradativamente", revela, citando que em 2018 o Ministério da Ciência e Tecnologia reduziu o corte do orçamento da área. "Conversamos com o ministro [Gilberto] Kassab e ele recompôs [a verba]."
O investimento brasileiro estimado para os primeiros lançamentos do foguete é de R$ 150 milhões. A outra parte do recurso é bancada pelo governo alemão, que entrou no projeto em 2014, quando o IAE percebeu que não conseguiria fazer sozinho o projeto. A parceria com a Alemanha já existia para outras áreas, mas foi crucial não só do ponto de vista financeiro como tecnológico.
"Não é um valor alto e, se houver fluxo, o projeto será feito com êxito. Mais que recursos, há barreiras tecnológicas que precisam ser superadas, e algumas delas empurram o projeto um pouco mais para a frente porque precisamos dar soluções", explica
Falta Ambição
Para Othon Winter, pesquisador do Grupo de Dinâmica Orbital e Planetologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista), o programa espacial teve uma série de avanços conquistados ao longo desse período, como o desenvolvimento e colo cação em órbita do satélite geoestacionário, os laboratórios científicos e a base de Alcântara.
Apesar disso, ele cita que essas foram "pequenas coisas" e afirma que o Brasil deixou de fazer outras mais importantes.
"O Brasil é um país continental, não estamos falando de um pequeno país. A gente precisa ter satélite, controlar fronteiras. Temos muita coisinha que seria legal para um país como o Chile, por exemplo, mas para o Brasil é muito pouco. A Índia, que é muito similar ao Brasil em território, tem seu próprio lançador, mandou satélite à Lua, é um país que tem autonomia nesse campo. O que temos é muito pouco pela nossa extensão. Poderíamos estar muito avançado nesse cenário", explica.
Para Winter, a falta de recursos não pode ser apontada como causa só do problema. "Falta algo um pouco mais arrojado. Falta dinheiro, mas não é só. Já tivemos dinheiro em alguns momentos e não soubemos gastar", diz.
O pesquisador ainda ressalta que o domínio da tecnologia espacial precisa ser tratado como questão de soberania nacional.
"A área especial, assim como a nuclear, têm de ser de Estado, tem de ser prioridade. Lógico que em época de crise você reduz [o dinheiro investido], mas tem de ter um plano perene, de médio a longo prazo, para dizer o que é que você quer fazer. Isso tem de ser pensado inclusive sem depender de troca de governo", afirma.
http://brazilianspace.blogspot.com/2018 ... bicao.html
Falta vergonha... ou não...neste país-piada (de mau gosto) pronta.
sds
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Pra mim enquanto o Brasil não pensar em gastar meros 1 BI de doláres / ano em ciência espacial está apenas brincando de ser astronauta.
Faz uma coisinha aqui, outra açulá mas não vai fazer nada que faria +barato simplesmente contratando uma empresa no exterior. E tudo coisa que ter ou não soberania pouco importa.
Se quer entrar na vanguarda esteja preparado pra gastar ou engole o orgulho e volta pra casa.
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- Túlio
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Alguém viu o que estão fazendo os Israelenses, mandando uma nave à Lua (4º Pais do mundo a fazer isso) na ponta de um SpaceX Falcon 9, e como carga secundária? Eu até ia postar hoje de manhã mas vi que os Sites, que recebem a info do mesmo jeito que eu (email) e ao mesmo tempo, já tinham publicado.
Notem a justificativa para isso do governo de Israel, baita INVEJA...
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Fichinha isso de mandar uma navezinha pra lua, o Brasil será o primeiro país a ir, INTEIRO, pro espaço...
Edit: ops, o 2º segundo, a Venezuela está tendo essa primazia.
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