Revanchismo sem fim
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Re: Revanchismo sem fim
Tarso diz ser adversário ideológico de Jobim sobre anistia
10 de fevereiro de 2010 • 12h26 • atualizado às 12h39 Comentários
11Notícia
ReduzirNormalAumentarImprimirLaryssa Borges
Direto de Brasília
Ao deixar o governo nesta quarta-feira, o ministro demissionário da Justiça, Tarso Genro, afirmou ser adversário do ponto de vista ideológico do chefe da pasta da Defesa, Nelson Jobim, nos embates sobre uma possível revisão da Lei da Anistia, editada em 1979.
Ao lado de Jobim, presente na solenidade de transmissão de cargo ao novo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, Genro observou que não se trata de uma rejeição pessoal, mas disse que existem "questões candentes" dentro do governo relacionadas à transição democrática e que isso não afeta estruturalmente a estabilidade da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Existem informações e especulações normais de setores da mídia (que tratam) como se fôssemos adversários. Somos adversários em muitos pontos de vista e sobre questões relacionadas à questão democrática e à Justiça de transição, mas temos afinidade estrutural, o que justifica (Jobim) estar presente (na posse de Barreto)", afirmou.
Em meados de janeiro, após desgastes com o comando das Forças Armadas e depois de ter de lidar com a ameaça de demissão coletiva de militares e ministros de Estado, o governo recuou do teor do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos e decidiu abolir a intenção de apurar violações aos direitos humanos "no contexto da repressão política". A expressão, que dava margem para que militares que estavam no poder durante os anos de chumbo pudessem eventualmente ser responsabilizados unilateralmente, foi suprimida em um novo decreto assinado pelo presidente Lula. Jobim deu suporte aos militares, ao passo que Genro e o secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, ficaram em situação oposta ao do chefe da Defesa.
Em 2008, Tarso Genro e Nelson Jobim também estiveram em lados opostos após a Advocacia-Geral da União (AGU) ter encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer favorável aos militares nas discussões sobre a legalidade de torturadores poderem ser perdoados pela Lei da Anistia.
Na época, em um processo sobre a Lei da Anistia envolvendo os militares da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel, o Ministério Público Federal em São Paulo questionou a omissão da União em não abrir os arquivos e documentos referentes ao funcionamento do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI/Codi) do Exército e de não reparar e indenizar os perseguidos políticos alvos de tortura.
10 de fevereiro de 2010 • 12h26 • atualizado às 12h39 Comentários
11Notícia
ReduzirNormalAumentarImprimirLaryssa Borges
Direto de Brasília
Ao deixar o governo nesta quarta-feira, o ministro demissionário da Justiça, Tarso Genro, afirmou ser adversário do ponto de vista ideológico do chefe da pasta da Defesa, Nelson Jobim, nos embates sobre uma possível revisão da Lei da Anistia, editada em 1979.
Ao lado de Jobim, presente na solenidade de transmissão de cargo ao novo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, Genro observou que não se trata de uma rejeição pessoal, mas disse que existem "questões candentes" dentro do governo relacionadas à transição democrática e que isso não afeta estruturalmente a estabilidade da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Existem informações e especulações normais de setores da mídia (que tratam) como se fôssemos adversários. Somos adversários em muitos pontos de vista e sobre questões relacionadas à questão democrática e à Justiça de transição, mas temos afinidade estrutural, o que justifica (Jobim) estar presente (na posse de Barreto)", afirmou.
Em meados de janeiro, após desgastes com o comando das Forças Armadas e depois de ter de lidar com a ameaça de demissão coletiva de militares e ministros de Estado, o governo recuou do teor do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos e decidiu abolir a intenção de apurar violações aos direitos humanos "no contexto da repressão política". A expressão, que dava margem para que militares que estavam no poder durante os anos de chumbo pudessem eventualmente ser responsabilizados unilateralmente, foi suprimida em um novo decreto assinado pelo presidente Lula. Jobim deu suporte aos militares, ao passo que Genro e o secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, ficaram em situação oposta ao do chefe da Defesa.
Em 2008, Tarso Genro e Nelson Jobim também estiveram em lados opostos após a Advocacia-Geral da União (AGU) ter encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer favorável aos militares nas discussões sobre a legalidade de torturadores poderem ser perdoados pela Lei da Anistia.
Na época, em um processo sobre a Lei da Anistia envolvendo os militares da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel, o Ministério Público Federal em São Paulo questionou a omissão da União em não abrir os arquivos e documentos referentes ao funcionamento do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI/Codi) do Exército e de não reparar e indenizar os perseguidos políticos alvos de tortura.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Revanchismo sem fim
Plano cria "comissão da calúnia", diz generalMarino escreveu:Jobim anuncia exoneração de general após declaração sobre plano de direitos humanos
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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
O ministro Nelson Jobim (Defesa) anunciou nesta quarta-feira a exoneração do general da ativa Maynard Marques de Santa Rosa, chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Exército.
Santa Rosa, segundo reportagem publicada hoje pela Folha, afirmou que a comissão da verdade, criada pelo governo para investigar crimes contra os direitos humanos durante a ditadura militar (1964-1985), seria formada por "fanáticos" e viraria uma "comissão da calúnia".
Divulgação
General (foto) é exonerado após declaração sobre plano de direitos humanos
O ministro não apresentou justificativa para a exoneração do general, apenas confirmou sua saída do cargo. "Acabei de encaminhar ao presidente da República a exoneração do chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Exército. Ele está à disposição do comando do Exército. O assunto está absolutamente encerrado."
Segundo a reportagem, Santa Rosa, que é general de quatro estrelas (maior patente militar) e parte do Alto Comando do Exército, disse que os integrantes da comissão seriam os "mesmos fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o sequestro de inocentes e o assalto a bancos como meio de combate ao regime, para alcançar o poder".
Na nota que circula na internet, ele diz: "Confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa. A história da inquisição espanhola espelha o perigo do poder concedido a fanáticos. Quando os sicários de Tomás de Torquemada [1420-1498] viram-se livres para investigar a vida alheia, a sanha persecutória conseguiu flagelar 30 mil vítimas por ano".
Consultado pela Folha, o Comando do Exército disse que o texto do general é uma "carta pessoal a um amigo" e não traduz a posição da Força, pois quem fala pelo Exército é o comandante, general Enzo Martins Peri.
A reportagem está tentando contato com o Exército para comentar a decisão de Jobim.
Militar da ativa afirma que comissão da verdade, criada pelo governo para investigar crimes na
ditadura, seria formada por "fanáticos"
Comando do Exército diz que declarações, que circulam na internet, estão em "carta pessoal a um
amigo" e não refletem a posição da Força
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
O general da ativa Maynard Marques de Santa Rosa, chefe do Departamento-Geral do Pessoal
do Exército, diz em nota que a comissão da verdade, criada pelo governo para investigar crimes contra
os direitos humanos durante a ditadura militar (1964-1985), seria formada por "fanáticos" e viraria uma
"comissão da calúnia".
Segundo ele, que é general de quatro estrelas (maior patente militar) e parte do Alto Comando do
Exército, os integrantes da comissão seriam os "mesmos fanáticos que, no passado recente, adotaram o
terrorismo, o sequestro de inocentes e o assalto a bancos como meio de combate ao regime, para
alcançar o poder".
Na nota que circula na internet, Santa Rosa diz: "Confiar a fanáticos a busca da verdade é o
mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa. A história da inquisição espanhola espelha o
perigo do poder concedido a fanáticos. Quando os sicários de Tomás de Torquemada [1420-1498] viramse
livres para investigar a vida alheia, a sanha persecutória conseguiu flagelar 30 mil vítimas por ano."
Consultado pela Folha, o Comando do Exército disse que o texto do general é uma "carta
pessoal a um amigo" e não traduz a posição da Força, pois quem fala pelo Exército é o comandante,
general Enzo Martins Peri". A "carta ao amigo", porém, é tão formal que contém a patente, o nome
completo e o cargo de Santa Rosa.
Considerado um dos remanescentes e o atual "porta-voz" da "linha dura" da ativa, o general
Santa Rosa já se envolveu em pelo menos dois outros conflitos com autoridades civis no governo Luiz
Inácio Lula da Silva. Ele deve ir para a reserva, por tempo, neste ano.
Um dos conflitos foi em 2007, quando discordou das negociações para a reserva indígena
Raposa/Serra do Sol e foi afastado pelo ministro Nelson Jobim da Secretaria de Política, Estratégia e
Assuntos Internacionais da Defesa e devolvido ao Exército.
O outro foi em 2009, quando assinou nota com dois outros generais, então da ativa, criticando a
Estratégia Nacional de Defesa e o novo organograma das Forças Armadas, por afastarem ainda mais os
militares do poder.
"Hierarquia e disciplina"
Falando em tese, já que disse desconhecer o teor da nota, o ministro Carlos Alberto Soares, do
STM (Superior Tribunal Militar), disse à Folha que esse tipo de manifestação "não é normal de militar da
ativa e que, ao circular pela internet, deve obedecer todos os princípios de hierarquia e disciplina".
O "Regulamento Disciplinar do Exército" relaciona pelo menos duas transgressões que se
encaixam no caso de Santa Rosa: "Manifestar-se, publicamente, sem que seja autorizado, a respeito de
assuntos de natureza político-partidária"; e "censurar ato de superior hierárquico ou procurar
desconsiderá-lo, seja entre militares, seja entre civis".
A nota do general que circula na internet não tem data. Os seis integrantes da comissão foram
designados pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), no dia 6 de janeiro. São ligados aos direitos
humanos e às famílias dos mortos e desaparecidos políticos na ditadura.
Entre eles, está o secretário especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, principal
responsável pelo decreto presidencial que mandou criar a comissão e que atraiu críticas da área militar,
da Igreja Católica, do setor ruralista e acabou sofrendo alterações semânticas justamente na parte que
previa a investigação de tortura e mortes na ditadura.
FRASE
“A história da inquisição espanhola espelha o perigo do poder concedido a fanáticos”
MAYNARD MARQUES DE SANTA ROSA - general e chefe do Departamento-Geral do Pessoal
do Exército
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Revanchismo sem fim
Uma grande esperança que tenho, é que surja um movimento de ex-oficiais e lance um nome a presidencia da republica
Com o atual indice de aprovação que as FA tem com a população, não duvidem que seria um chute no s.... do populismo de boteco.
A maioria dos eleitores de hoje são jovens ou não lembram mais da época do GOV militar e por mais que aja uma campanha difamatória do atual GOV sobre o que realmente ocorreu na época, o povo brasleiro não aguenta mais de tanta podridão dos 3 poderes, a violencia urbana, a degradação moral, trafico de drogas, entre outras coisa.
Existe um desejo enorme de que ainda aja no Brasil alguem ou alguma instituição que possa reestabelecer a ORDEM E PROGRESSO no pais e o primeiro que levantar essa bandeira tem grandes chances de ganhar a eleição presidenvial.
Com o atual indice de aprovação que as FA tem com a população, não duvidem que seria um chute no s.... do populismo de boteco.
A maioria dos eleitores de hoje são jovens ou não lembram mais da época do GOV militar e por mais que aja uma campanha difamatória do atual GOV sobre o que realmente ocorreu na época, o povo brasleiro não aguenta mais de tanta podridão dos 3 poderes, a violencia urbana, a degradação moral, trafico de drogas, entre outras coisa.
Existe um desejo enorme de que ainda aja no Brasil alguem ou alguma instituição que possa reestabelecer a ORDEM E PROGRESSO no pais e o primeiro que levantar essa bandeira tem grandes chances de ganhar a eleição presidenvial.
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Re: Revanchismo sem fim
Evidentemente estou do lado do general. como se pode criar uma comissão de "verdade e Justiça" se essa comissão é formada por apenas um dos lados? Justamente dos derrotados ideologicamente e financeiramente vencedores.
Agora segura peão, que a coisa vai dar piti. Aí o Lula vai precisar de acompanhamento médico.
Agora segura peão, que a coisa vai dar piti. Aí o Lula vai precisar de acompanhamento médico.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: Revanchismo sem fim
O "neo-positivismo" está tão "atual" quanto o "neo-integralismo"...Jin Jones escreveu:Uma grande esperança que tenho, é que surja um movimento de ex-oficiais e lance um nome a presidencia da republica
Com o atual indice de aprovação que as FA tem com a população, não duvidem que seria um chute no s.... do populismo de boteco.
A maioria dos eleitores de hoje são jovens ou não lembram mais da época do GOV militar e por mais que aja uma campanha difamatória do atual GOV sobre o que realmente ocorreu na época, o povo brasleiro não aguenta mais de tanta podridão dos 3 poderes, a violencia urbana, a degradação moral, trafico de drogas, entre outras coisa.
Existe um desejo enorme de que ainda aja no Brasil alguem ou alguma instituição que possa reestabelecer a ORDEM E PROGRESSO no pais e o primeiro que levantar essa bandeira tem grandes chances de ganhar a eleição presidenvial.
Re: Revanchismo sem fim
Nessa de revanchismo está um motivo que não confio na Dilma pra votar nela.
Ela e outros ficam muito no passado, querem se vingar duma "guerra" que perderam.
Puro rancor.
Ela e outros ficam muito no passado, querem se vingar duma "guerra" que perderam.
Puro rancor.
- saullo
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Re: Revanchismo sem fim
É véio Walter...tem "cumpanhero" e "cumpanhera" que precisa parar de achar que é Deus e que inventou o Brasil em 2003.WalterGaudério escreveu:Evidentemente estou do lado do general. como se pode criar uma comissão de "verdade e Justiça" se essa comissão é formada por apenas um dos lados? Justamente dos derrotados ideologicamente e financeiramente vencedores.
Agora segura peão, que a coisa vai dar piti. Aí o Lula vai precisar de acompanhamento médico.
O Brasil é muito melhor que seus "gerentes" que estão no poder.
Abraços
- Viktor Reznov
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Re: Revanchismo sem fim
Justamente, e por outro lado temos o Serra, que tem gastrite e ulceras quando fala de militares e policiais, mas não desfruta do viés autoritário e anti-democrático do PT. É difícil escolher candidato pras eleições desse ano, parece que estamos divididos entre os piores e os péssimos.Anton escreveu:Nessa de revanchismo está um motivo que não confio na Dilma pra votar nela.
Ela e outros ficam muito no passado, querem se vingar duma "guerra" que perderam.
Puro rancor.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
Re: Revanchismo sem fim
Dona Dilma que abra o olho, pode estar aí um flanco a ser explorado para marcar um provável revanchismo ou radicalismo dela.
Também fico com o Walter ao lados dos militares em geral nessa questão, mas o Gen incorreu em falta disciplinar, por mais justos que sejam os seus motivos.
Acho que se a as FAs se movimentassem no congresso e na mídia obteriam resultados bem melhores e sem se expor dessa maneira.
Enfim, que alguém jogue água fria nessa fervura.
E mais, essas bobeira de querer ditadura de volta, de militares no poder e etc, isso não funciona assim, se fosse tão fácil, Collor seria hoje imperador do Brasil.
Deixem a imundície da política aos políticos.
Também fico com o Walter ao lados dos militares em geral nessa questão, mas o Gen incorreu em falta disciplinar, por mais justos que sejam os seus motivos.
Acho que se a as FAs se movimentassem no congresso e na mídia obteriam resultados bem melhores e sem se expor dessa maneira.
Enfim, que alguém jogue água fria nessa fervura.
E mais, essas bobeira de querer ditadura de volta, de militares no poder e etc, isso não funciona assim, se fosse tão fácil, Collor seria hoje imperador do Brasil.
Deixem a imundície da política aos políticos.
- Marino
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Re: Revanchismo sem fim
Jobim pede exoneração de general que atacou Comissão da Verdade
Publicada em 10/02/2010 às 15h24m
Jailton de Carvalho - O Globo
Reuters
R1R2R3R4R5Dê seu voto
R1
R2
R3
R4
R5
Média: 2,7
Comente.
Comentários..SÃO PAULO - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, pediu nesta quarta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a exoneração do general Maynard Marques de Santa Rosa, chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Exército. Nota atribuída ao general que circula na internet diz que a Comissão da Verdade - criada para investigar crimes contra direitos humanos durante a ditadura (1964-1985) - seria formada por "fanáticos" e acabaria se transformando em uma "comissão da calúnia".
"
Acabei de enviar ao presidente da República a exoneração do general Santa Rosa
"
--------------------------------------------------------------------------------
.- Acabei de enviar ao presidente da República a exoneração do general Santa Rosa da chefia do Departamento-Geral do Pessoal. Pela manhã, conversei com o comandante do Exército, general Enzo (Martins Peri), e pedi a ele providências imediatas tendo em vista as notícias que haviam circulado. Ele confirmou a notícia e disse que sugeria a exoneração, o que foi enviado agora para o presidente - disse Jobim, após sair da posse do novo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto .
Em nota divulgada nesta quarta, o Ministério da Defesa afirma que o texto é, segundo o comandante do Exército, uma "correspondência pessoal do referido oficial-general indevidamente propagada pela Internet, sendo, portanto, uma opinião particular".
"
Confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa
"
--------------------------------------------------------------------------------
.Na nota, o general ataca a intenção contida no Programa Nacional de Direitos Humanos - que inclui iniciativas em praticamente todas as áreas de governo - de criar uma "comissão da verdade" para investigar crimes contra os direitos humanos cometidos durante o período do regime militar (1964-1985).
"Confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa. A história da inquisição espanhola espelha o perigo do poder concedido a fanáticos", afirmou o general.
"Essa excêntrica comissão, incapaz por origem de encontrar a verdade, será, no máximo, uma 'comissão da calúnia'", completou.
Senado convoca Dilma para falar de plano de direitos humanos
A base governista não conseguiu barrar nesta quarta-feira a aprovação de convocação da ministra da Casa Civil , Dilma Rousseff , para falar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sobre os pontos polêmicos do Programa Nacional de Direitos Humanos. Apesar de o texto ter passado pela Casa Civil e ter provocado uma crise entre diferentes setores do governo, a pré-candidata do PT não se manifestou sobre o tema até agora.
No início do ano, a criação da Comissão da Verdade abriu uma crise entre Jobim e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos). As críticas levaram o presidente Lula a editar um novo decreto mudando o texto sobre a Comissão da Verdade, sem os termos "repressão política" e "apuração de violações", pontos de atrito com os militares. O novo texto estabelece que a comissão "vai examinar" as violações de direitos humanos ocorridas durante o regime militar.
O governo também se comprometeu a alterar o texto que trata da descriminalização do aborto, que gerou críticas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Mas outros pontos polêmicos ainda não foram alterados, como os que tratam dos meios de comunicação e da reforma agrária.
Publicada em 10/02/2010 às 15h24m
Jailton de Carvalho - O Globo
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Comentários..SÃO PAULO - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, pediu nesta quarta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a exoneração do general Maynard Marques de Santa Rosa, chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Exército. Nota atribuída ao general que circula na internet diz que a Comissão da Verdade - criada para investigar crimes contra direitos humanos durante a ditadura (1964-1985) - seria formada por "fanáticos" e acabaria se transformando em uma "comissão da calúnia".
"
Acabei de enviar ao presidente da República a exoneração do general Santa Rosa
"
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.- Acabei de enviar ao presidente da República a exoneração do general Santa Rosa da chefia do Departamento-Geral do Pessoal. Pela manhã, conversei com o comandante do Exército, general Enzo (Martins Peri), e pedi a ele providências imediatas tendo em vista as notícias que haviam circulado. Ele confirmou a notícia e disse que sugeria a exoneração, o que foi enviado agora para o presidente - disse Jobim, após sair da posse do novo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto .
Em nota divulgada nesta quarta, o Ministério da Defesa afirma que o texto é, segundo o comandante do Exército, uma "correspondência pessoal do referido oficial-general indevidamente propagada pela Internet, sendo, portanto, uma opinião particular".
"
Confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa
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.Na nota, o general ataca a intenção contida no Programa Nacional de Direitos Humanos - que inclui iniciativas em praticamente todas as áreas de governo - de criar uma "comissão da verdade" para investigar crimes contra os direitos humanos cometidos durante o período do regime militar (1964-1985).
"Confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa. A história da inquisição espanhola espelha o perigo do poder concedido a fanáticos", afirmou o general.
"Essa excêntrica comissão, incapaz por origem de encontrar a verdade, será, no máximo, uma 'comissão da calúnia'", completou.
Senado convoca Dilma para falar de plano de direitos humanos
A base governista não conseguiu barrar nesta quarta-feira a aprovação de convocação da ministra da Casa Civil , Dilma Rousseff , para falar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sobre os pontos polêmicos do Programa Nacional de Direitos Humanos. Apesar de o texto ter passado pela Casa Civil e ter provocado uma crise entre diferentes setores do governo, a pré-candidata do PT não se manifestou sobre o tema até agora.
No início do ano, a criação da Comissão da Verdade abriu uma crise entre Jobim e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos). As críticas levaram o presidente Lula a editar um novo decreto mudando o texto sobre a Comissão da Verdade, sem os termos "repressão política" e "apuração de violações", pontos de atrito com os militares. O novo texto estabelece que a comissão "vai examinar" as violações de direitos humanos ocorridas durante o regime militar.
O governo também se comprometeu a alterar o texto que trata da descriminalização do aborto, que gerou críticas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Mas outros pontos polêmicos ainda não foram alterados, como os que tratam dos meios de comunicação e da reforma agrária.
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- lobo_guara
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Re: Revanchismo sem fim
Oras, acordo é acordo. O Presidente esta tentando conter os seus aloprados então que as FFAA também contenhão os seus até que o assunto seja totalmente encerrado. General de quatro estrelas não pode sair dando declaração aos quatro cantos sobre um assunto que esta sendo tratado pelo presidente (poder até pode mas depois que arque com as conseqüências) e que ainda nem foi encerrado. Calma com o andor que o santo é de barro. Se nada fosse feito o MD e a presidência correriam o risco de perder completamente o comando das FFAA, concordo plenamente com a exoneração do General, deveria terem mandado direto para casa para esfriar a cabeça e cuidar dos netinhos, aliás, isso é assim em qualquer país descente. Recentemente algo muito mais amplo foi feito na Espanha em relação a memória da Guerra Cívil Espanhola e não ocorreu nenhum tipo de reação por parte dos militares daquele país, agora aqui é essa gritaria. Já é hora de alguem enquadrá-los.
Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
- Marino
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Re: Revanchismo sem fim
Calma Lobo, veja esta parte do texto:lobo_guara escreveu:Oras, acordo é acordo. O Presidente esta tentando conter os seus aloprados então que as FFAA também contenhão os seus até que o assunto seja totalmente encerrado. General de quatro estrelas não pode sair dando declaração aos quatro cantos sobre um assunto que esta sendo tratado pelo presidente (poder até pode mas depois que arque com as conseqüências) e que ainda nem foi encerrado. Calma com o andor que o santo é de barro. Se nada fosse feito o MD e a presidência correriam o risco de perder completamente o comando das FFAA, concordo plenamente com a exoneração do General, deveria terem mandado direto para casa para esfriar a cabeça e cuidar dos netinhos, aliás, isso é assim em qualquer país descente. Recentemente algo muito mais amplo foi feito na Espanha em relação a memória da Guerra Cívil Espanhola e não ocorreu nenhum tipo de reação por parte dos militares daquele país, agora aqui é essa gritaria. Já é hora de alguem enquadrá-los.
Pela manhã, conversei com o comandante do Exército, general Enzo (Martins Peri), e pedi a ele providências imediatas tendo em vista as notícias que haviam circulado. Ele confirmou a notícia e disse que sugeria a exoneração, o que foi enviado agora para o presidente - disse Jobim
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Revanchismo sem fim
Nota à Imprensa – 10/02/2010
(Exoneração do Gen. Santa Rosa)
Na manhã dessa quarta-feira (10/02/2010) o Ministro da Defesa, Nelson
Jobim, enviou ao senhor Presidente da República Exposição de Motivos
propondo a “exoneração do General-de-Exército Maynard Marques de Santa
Rosa do cargo de Chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Comando do
Exército, ficando adido ao Gabinete do Comandante do Exército”.
A exoneração foi motivada por declarações feitas pelo General, e
disseminadas publicamente, contra a Comissão da Verdade, criada por
decreto
presidencial após negociação entre vários ministérios, e com
participação do
Ministério da Defesa.
Após tomar conhecimento das declarações públicas - por reportagem
publicada hoje na imprensa- o ministro contatou por telefone o
Comandante
do Exército, General-de-Exército Enzo Martins Peri, que encontrava-se
em
viagem a Santa Maria (RS), e solicitou a confirmação dos fatos e a
adoção de
providências, em caso positivo.
Ainda pela manhã, o General Enzo confirmou as informações. Segundo o
Comandante, “trata-se de correspondência pessoal do referido Oficial-
general
indevidamente propagada pela Internet, sendo, portanto, uma opinião
particular”.
Mas, diante do caso, o Comandante do Exército sugeriu que a
providência
solicitada pelo Ministro fosse a exoneração do Oficial-general,
proposta aceita
e imediatamente encaminhada à apreciação do Presidente da República.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa
(Exoneração do Gen. Santa Rosa)
Na manhã dessa quarta-feira (10/02/2010) o Ministro da Defesa, Nelson
Jobim, enviou ao senhor Presidente da República Exposição de Motivos
propondo a “exoneração do General-de-Exército Maynard Marques de Santa
Rosa do cargo de Chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Comando do
Exército, ficando adido ao Gabinete do Comandante do Exército”.
A exoneração foi motivada por declarações feitas pelo General, e
disseminadas publicamente, contra a Comissão da Verdade, criada por
decreto
presidencial após negociação entre vários ministérios, e com
participação do
Ministério da Defesa.
Após tomar conhecimento das declarações públicas - por reportagem
publicada hoje na imprensa- o ministro contatou por telefone o
Comandante
do Exército, General-de-Exército Enzo Martins Peri, que encontrava-se
em
viagem a Santa Maria (RS), e solicitou a confirmação dos fatos e a
adoção de
providências, em caso positivo.
Ainda pela manhã, o General Enzo confirmou as informações. Segundo o
Comandante, “trata-se de correspondência pessoal do referido Oficial-
general
indevidamente propagada pela Internet, sendo, portanto, uma opinião
particular”.
Mas, diante do caso, o Comandante do Exército sugeriu que a
providência
solicitada pelo Ministro fosse a exoneração do Oficial-general,
proposta aceita
e imediatamente encaminhada à apreciação do Presidente da República.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: Revanchismo sem fim
Olha, vocês não sabem nem a metade do que esta acontecendo...
O buraco é MUUUUITO mais embaixo...
O buraco é MUUUUITO mais embaixo...
Aonde estão as Ogivas Nucleares do Brasil???
- rodrigo
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Re: Revanchismo sem fim
Se fosse revelada a correspondência de todo o alto comando, ficaríamos sem 4 estrelas. Mas concordo que houve quebra de hierarquia. O Gen Santa Rosa é um homem digno, inclusive perdeu a visão de um olho em serviço, mas foi pego na divulgação de sua sinceridade. Ele já havia sido censurado em sua função anterior, e também havia dirigido correspondência interna no EB, classificando oficiais que se esquivavam do comando de traidores da instituição.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
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