Governo adia divulgação de Plano de Defesa...VERDADE?
Moderador: Conselho de Moderação
Re: Governo adia divulgação de Plano de Defesa...VERDADE?
Crise alérgica é mais chic
Teve uma matéria postada aqui que falou em intoxicacao alimentar, inclusive , falando em uma operacao na mandibula do Amorim......eu ate brinquei que quem deveria operar a boca era o NJ
Teve uma matéria postada aqui que falou em intoxicacao alimentar, inclusive , falando em uma operacao na mandibula do Amorim......eu ate brinquei que quem deveria operar a boca era o NJ
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Governo adia divulgação de Plano de Defesa...VERDADE?
Tudo especulação.
Nada a ver com equipamentos ou Serviço Militar Obrigatório.
O reporter só especulou.
Nada a ver com equipamentos ou Serviço Militar Obrigatório.
O reporter só especulou.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Governo adia divulgação de Plano de Defesa...VERDADE?
Não. Digamos que a reunião para tratar do assunto continuou na viagem ao Norte feita pelo Lula, com a presença do NJ.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
-
- Sênior
- Mensagens: 11430
- Registrado em: Ter Out 17, 2006 5:43 pm
- Agradeceu: 2 vezes
- Agradeceram: 1 vez
Re: Governo adia divulgação de Plano de Defesa...VERDADE?
knigh7 escreveu:Veto militar
Decisão sobre fornecedores e ampliação do serviço militar adiam divulgação do Plano de Defesa
No meio de uma reunião no Palácio do Planalto, na manhã da terça-feira 9, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, pediu licença e retirou-se, alegando intoxicação alimentar. Além do presidente Lula e de Jobim, participavam do encontro o vice-presidente, José Alencar, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger. Estava em discussão o desenho final do Plano Estratégico de Defesa, elaborado por Jobim nos últimos 12 meses, com diretrizes de longo prazo para o Exército, a Aeronáutica e a Marinha. Pelo cronograma original, o presidente da República anunciaria o plano no dia 7 de setembro. Lula, porém, não só adiou o anúncio como convocou a reunião de emergência. Ao fim, decidiu deixar o tema em suspenso, sob a justificativa de que quer aprofundar a discussão no Conselho de Defesa Nacional, que será convocado em data a ser marcada. “O presidente acredita que quanto mais respaldo melhor”, tentou explicar uma fonte oficial. Diante da decisão do Planalto, é fácil entender o mal-estar do ministro da Defesa. Nelson Jobim, justiça seja feita, não traçou o plano sozinho. A tarefa coube ao Comitê Ministerial de Formulação da Estratégia Nacional de Defesa, criado em 2007 e integrado por Jobim, Unger, os comandantes das três forças e os ministros da Fazenda, do Planejamento e da Ciência e Tecnologia. Coube ao ministro da Defesa presidir os trabalhos. Ele abraçou a causa da modernização dos equipamentos das Forças, ao dar apoio a investimentos em helicópteros, submarinos e caças, além de novos veículos para o Exército.
Generais querem reforçar serviço militar obrigatório
Pergunta-se, agora, o que saiu errado. Sem informação oficial, sobram especulações. Por mais que se diga que o plano traz apenas diretrizes, sem especificar a compra de equipamentos, dá-se como certo que o principal impasse nasceu nesse ponto. Enquanto Jobim tem preferência por amplo acordo com os franceses, que pode envolver até a compra de jatos Rafale, fabricados pela Dassault, Mangabeira Unger encantouse com a oferta dos russos e dos ucranianos, esses últimos envolvidos na reconstrução da base de Alcântara. O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, vem ao Brasil em novembro e o da França, Nicolas Sarkozy, desembarca em dezembro. Outro ponto encruado diz respeito à pressão dos militares por mudanças no serviço militar obrigatório, com o objetivo de fazer do contingente de recrutas um “espelho” da sociedade brasileira. Hoje, serve quem precisa, ou seja, jovens de baixa renda. Isso afastou das Forças Armadas os jovens das classes A e B. Logo, não faltam pontos polêmicos. E a resposta final ficará a cargo do Conselho de Defesa Nacional, do qual também participam o ministro das Relações Exteriores e os presidentes da Câmara e do Senado.
http://www.terra.com.br/istoe/
Que bom que temos jornalistas de grandes veículos de informação freqüentando o DB, o texto é uma forma didática de apresentar idéias defendidas no DB, inclusive as "clássicas" especulações. Louvado seja! Assim se erra menos, assim ganha o povo com melhores informações.
Meus cumprimentos ao(s) jornalista(s).
Orestes
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Governo adia divulgação de Plano de Defesa...VERDADE?
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
-
- Sênior
- Mensagens: 11430
- Registrado em: Ter Out 17, 2006 5:43 pm
- Agradeceu: 2 vezes
- Agradeceram: 1 vez
Re: Governo adia divulgação de Plano de Defesa...VERDADE?
Marino escreveu:
Sabia que gostaria da coisa.
Se bem que o cara passou longe, apesar de ter aprendido a especular (mas ainda falta acerta o alvo).
- knigh7
- Sênior
- Mensagens: 18760
- Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
- Localização: S J do Rio Preto-SP
- Agradeceu: 1972 vezes
- Agradeceram: 2500 vezes
Re: Governo adia divulgação de Plano de Defesa...VERDADE?
Olha aí, o que venho repetindo no DB há tempos:
Editorial - Um plano inexeqüível
Fez bem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em submeter o texto do Plano Estratégico de Defesa ao Conselho Nacional de Defesa antes de tomar uma decisão a respeito. Quer o presidente da República que alguns pontos do plano sejam debatidos com maior profundidade. De fato, um documento cujo escopo é o planejamento da defesa do País, elaborado por um pequeno grupo de ministros - presidido pelo ministro da Defesa, coordenado pelo ministro de Assuntos Estratégicos e composto pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelos comandantes das três Forças -, não pode ser aprovado sem um amplo debate.
Até porque, como afirmaram à Folha de S.Paulo dois oficiais que participaram dos trabalhos do grupo, o documento contém idéias “realistas, amalucadas e inexeqüíveis”. De fato, pelas informações fornecidas pelo ministro Mangabeira Unger em várias entrevistas depreende-se que o Plano Estratégico de Defesa é uma carta de intenções, nem sempre consentâneas com as reais necessidades e possibilidades do País. “Quando o plano for lançado, será atacado por formadores de opinião”, antecipou o ministro. “Vão acusá-lo de desperdício de dinheiro e de ser instrumento armamentício (de uma corrida armamentista).”
Pelo esboço até agora divulgado do plano, não há como acusá-lo de desperdício de dinheiro, uma vez que não há dinheiro para executá-lo. É um plano inexeqüível. Começa pela meta da elevação do orçamento militar de 1% do PIB para 2,5%, sem a preocupação de corrigir os problemas estruturais que deixam as Forças Armadas em situação de virtual penúria. Elas estão desaparelhadas não é por falta de dinheiro. Recebem o segundo maior quinhão do Orçamento da União, abaixo apenas do Ministério da Saúde. O problema é que, tal como está organizada a carreira militar, as despesas com pessoal, na ativa e na reserva, absorvem quantidades crescentes de recursos - que não sobram para a necessária compra de armas e o adestramento da tropa. Hoje se gasta com pessoal cerca de 80% do orçamento, participação que vem aumentando, ano a ano, há mais de duas décadas.Pretende-se, ainda, conceder incentivos fiscais a empresas nacionais produtoras de armamentos para que as Forças Armadas não dependam de fornecedores externos. A criação de uma autarquia militar não passa de uma utopia. Nem a poderosa máquina militar norte-americana é auto-suficiente. Depende de componentes e de sistemas de armas completos, comprados de terceiros países. E como poderá um país como o Brasil, que mal reúne recursos para encomendar duas dúzias de aviões para a Força Aérea, montar uma indústria para projetar e construir caças de quinta geração? Como exercício de whishfull thinking o tema é excitante - mas a sua implementação esbarra, primeiro, no impedimento orçamentário e, depois, na dificuldade praticamente intransponível de encontrar parceiros que nos transfiram tecnologia militar de ponta.
Outro ponto a considerar no Plano Estratégico de Defesa é o modelo de serviço militar que o ministro Mangabeira Unger recomenda para o Brasil. Ele preconiza a volta ao serviço militar universal, agora também para mulheres: “Em um País tão desigual, uma das utilidades do serviço militar obrigatório é servir como nivelador republicano, em que a nação fique acima das classes.” É a velha idéia, nascida na Revolução Francesa, da “Nação em armas”, promotora da coesão nacional, que pouco sentido tem hoje, numa sociedade integrada por uma rede de ensino universal e ligada por meios instantâneos de comunicação.
Além disso, a idéia é objetivamente inexeqüível. Hoje, o Exército, com um efetivo de cerca de 220 mil homens, não incorpora mais de 70 mil recrutas por ano - os outros são engajados por períodos de até 8 anos - e, com isso, preenche suas necessidades. O ministro sugere que os jovens que não forem incorporados à tropa sirvam a um “serviço social obrigatório”, trabalhando em regiões diferentes de onde moram. Ocorre que, segundo dados oficiais, existiam, em 2007, 2.110.996 homens e 2.076.135 mulheres com 18 anos. Imagine-se o custo de alojar, vestir, alimentar e transportar esse enorme contingente - privando o País, ademais, de sua força de trabalho e adiando compulsoriamente, por um ano, as expectativas de realização pessoal desses jovens.
fonte: O Estado de São Paulo
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
Editorial - Um plano inexeqüível
Fez bem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em submeter o texto do Plano Estratégico de Defesa ao Conselho Nacional de Defesa antes de tomar uma decisão a respeito. Quer o presidente da República que alguns pontos do plano sejam debatidos com maior profundidade. De fato, um documento cujo escopo é o planejamento da defesa do País, elaborado por um pequeno grupo de ministros - presidido pelo ministro da Defesa, coordenado pelo ministro de Assuntos Estratégicos e composto pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelos comandantes das três Forças -, não pode ser aprovado sem um amplo debate.
Até porque, como afirmaram à Folha de S.Paulo dois oficiais que participaram dos trabalhos do grupo, o documento contém idéias “realistas, amalucadas e inexeqüíveis”. De fato, pelas informações fornecidas pelo ministro Mangabeira Unger em várias entrevistas depreende-se que o Plano Estratégico de Defesa é uma carta de intenções, nem sempre consentâneas com as reais necessidades e possibilidades do País. “Quando o plano for lançado, será atacado por formadores de opinião”, antecipou o ministro. “Vão acusá-lo de desperdício de dinheiro e de ser instrumento armamentício (de uma corrida armamentista).”
Pelo esboço até agora divulgado do plano, não há como acusá-lo de desperdício de dinheiro, uma vez que não há dinheiro para executá-lo. É um plano inexeqüível. Começa pela meta da elevação do orçamento militar de 1% do PIB para 2,5%, sem a preocupação de corrigir os problemas estruturais que deixam as Forças Armadas em situação de virtual penúria. Elas estão desaparelhadas não é por falta de dinheiro. Recebem o segundo maior quinhão do Orçamento da União, abaixo apenas do Ministério da Saúde. O problema é que, tal como está organizada a carreira militar, as despesas com pessoal, na ativa e na reserva, absorvem quantidades crescentes de recursos - que não sobram para a necessária compra de armas e o adestramento da tropa. Hoje se gasta com pessoal cerca de 80% do orçamento, participação que vem aumentando, ano a ano, há mais de duas décadas.Pretende-se, ainda, conceder incentivos fiscais a empresas nacionais produtoras de armamentos para que as Forças Armadas não dependam de fornecedores externos. A criação de uma autarquia militar não passa de uma utopia. Nem a poderosa máquina militar norte-americana é auto-suficiente. Depende de componentes e de sistemas de armas completos, comprados de terceiros países. E como poderá um país como o Brasil, que mal reúne recursos para encomendar duas dúzias de aviões para a Força Aérea, montar uma indústria para projetar e construir caças de quinta geração? Como exercício de whishfull thinking o tema é excitante - mas a sua implementação esbarra, primeiro, no impedimento orçamentário e, depois, na dificuldade praticamente intransponível de encontrar parceiros que nos transfiram tecnologia militar de ponta.
Outro ponto a considerar no Plano Estratégico de Defesa é o modelo de serviço militar que o ministro Mangabeira Unger recomenda para o Brasil. Ele preconiza a volta ao serviço militar universal, agora também para mulheres: “Em um País tão desigual, uma das utilidades do serviço militar obrigatório é servir como nivelador republicano, em que a nação fique acima das classes.” É a velha idéia, nascida na Revolução Francesa, da “Nação em armas”, promotora da coesão nacional, que pouco sentido tem hoje, numa sociedade integrada por uma rede de ensino universal e ligada por meios instantâneos de comunicação.
Além disso, a idéia é objetivamente inexeqüível. Hoje, o Exército, com um efetivo de cerca de 220 mil homens, não incorpora mais de 70 mil recrutas por ano - os outros são engajados por períodos de até 8 anos - e, com isso, preenche suas necessidades. O ministro sugere que os jovens que não forem incorporados à tropa sirvam a um “serviço social obrigatório”, trabalhando em regiões diferentes de onde moram. Ocorre que, segundo dados oficiais, existiam, em 2007, 2.110.996 homens e 2.076.135 mulheres com 18 anos. Imagine-se o custo de alojar, vestir, alimentar e transportar esse enorme contingente - privando o País, ademais, de sua força de trabalho e adiando compulsoriamente, por um ano, as expectativas de realização pessoal desses jovens.
fonte: O Estado de São Paulo
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
- knigh7
- Sênior
- Mensagens: 18760
- Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
- Localização: S J do Rio Preto-SP
- Agradeceu: 1972 vezes
- Agradeceram: 2500 vezes
Re: Governo adia divulgação de Plano de Defesa...VERDADE?
Esse editorial do Estadão é extremamente lúcido.
-
- Sênior
- Mensagens: 1663
- Registrado em: Dom Dez 30, 2007 5:49 pm
- Localização: Araruama-RJ
- Agradeceram: 2 vezes
Re: Governo adia divulgação de Plano de Defesa...VERDADE?
Um pouco off topic, mas vale a pena ler esse interessante artigo do site da UFJF abordando política internacional, possíveis riscos originados na fragilidade militar brasileira com referência à nossa soberania e o Plano de Defesa.
Em: http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts ... neandi.pdf
Um fraternal abraço,
Em: http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts ... neandi.pdf
Um fraternal abraço,
.'.
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
-
- Sênior
- Mensagens: 1663
- Registrado em: Dom Dez 30, 2007 5:49 pm
- Localização: Araruama-RJ
- Agradeceram: 2 vezes
Re: Governo adia divulgação de Plano de Defesa...VERDADE?
Jobim prevê lobby estrangeiro no Brasil contra indústria nacional de defesa
Porto Alegre (13/9/2008)- O ministro da Defesa, Nelson Jobim, alertou nessa sexta-feira os empresários da indústria brasileira de defesa que o país deverá enfrentar uma ofensiva subterrânea dos concorrentes estrangeiros contra os benefícios à indústria nacional do setor, previstos na Estratégia Nacional de Defesa. Entre os artifícios a serem usados pelos adversários, na previsão do ministro, estarão alianças de grupos estrangeiros com segmentos pacifistas brasileiros, em prol de um suposto discurso anti-belicista. O alerta foi dado em encontro na Forjas Taurus, no segundo e último dia de visita de comitiva ministerial ao pólo industrial de Defesa do Rio Grande do Sul. "O embate, ao fim e ao cabo, é comercial", sintetizou Jobim.
O ministro lembrou que a nova estratégia prevê privilégio à indústria nacional, nas aquisições destinadas às forças armadas brasileiras, desde que associadas a compromissos dos fabricantes em melhorar seus produtos e buscar preços cada vez mais competitivos em relação ao mercado internacional. Com essa política, será possível, segundo Jobim, ajudar a consolidar a indústria nacional do setor, fortalecer a autonomia industrial e tecnológica brasileira e sua política dissuasória na área de Defesa.
Mas a implementação das medidas, segundo o ministro, dependerá de árduos debates no Congresso e da mobilização dos empresários, para enfrentar a resistências dos concorrentes e garantir a mudança da legislação. "Os grupos que não quiserem transferir tecnologia para o Brasil, vão fazer discurso para inviabilizar a instalação dessa indústria", previu. Empresas estrangeiras que disputam mercados com companhias brasileiras, aqui e no exterior, quando não têm interesse em se instalar no País, costumam atuar direta e indiretamente para criar obstáculos à atuação das companhias nacionais.
Jobim observou que certos setores da mídia internacional já trazem referências à reestruturação da defesa brasileira como parte de uma suposta corrida armamentista na América do Sul, indicativo de uma tentativa de desqualificação do processo. "Precisamos definir qual é a agenda brasileira, e não qual é a agenda que o mundo quer que o Brasil desempenhe", reagiu. Na visão dele, a reestruturação da defesa brasileira não tem por objetivo um inimigo, mas a busca da capacitação tecnológica e industrial do Brasil.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa
(61) 3312-4070/4071
http://www.defesa.gov.br
Em: https://www.defesa.gov.br/mostra_materi ... ERIA=32468
Um fraternal abraço,
Porto Alegre (13/9/2008)- O ministro da Defesa, Nelson Jobim, alertou nessa sexta-feira os empresários da indústria brasileira de defesa que o país deverá enfrentar uma ofensiva subterrânea dos concorrentes estrangeiros contra os benefícios à indústria nacional do setor, previstos na Estratégia Nacional de Defesa. Entre os artifícios a serem usados pelos adversários, na previsão do ministro, estarão alianças de grupos estrangeiros com segmentos pacifistas brasileiros, em prol de um suposto discurso anti-belicista. O alerta foi dado em encontro na Forjas Taurus, no segundo e último dia de visita de comitiva ministerial ao pólo industrial de Defesa do Rio Grande do Sul. "O embate, ao fim e ao cabo, é comercial", sintetizou Jobim.
O ministro lembrou que a nova estratégia prevê privilégio à indústria nacional, nas aquisições destinadas às forças armadas brasileiras, desde que associadas a compromissos dos fabricantes em melhorar seus produtos e buscar preços cada vez mais competitivos em relação ao mercado internacional. Com essa política, será possível, segundo Jobim, ajudar a consolidar a indústria nacional do setor, fortalecer a autonomia industrial e tecnológica brasileira e sua política dissuasória na área de Defesa.
Mas a implementação das medidas, segundo o ministro, dependerá de árduos debates no Congresso e da mobilização dos empresários, para enfrentar a resistências dos concorrentes e garantir a mudança da legislação. "Os grupos que não quiserem transferir tecnologia para o Brasil, vão fazer discurso para inviabilizar a instalação dessa indústria", previu. Empresas estrangeiras que disputam mercados com companhias brasileiras, aqui e no exterior, quando não têm interesse em se instalar no País, costumam atuar direta e indiretamente para criar obstáculos à atuação das companhias nacionais.
Jobim observou que certos setores da mídia internacional já trazem referências à reestruturação da defesa brasileira como parte de uma suposta corrida armamentista na América do Sul, indicativo de uma tentativa de desqualificação do processo. "Precisamos definir qual é a agenda brasileira, e não qual é a agenda que o mundo quer que o Brasil desempenhe", reagiu. Na visão dele, a reestruturação da defesa brasileira não tem por objetivo um inimigo, mas a busca da capacitação tecnológica e industrial do Brasil.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa
(61) 3312-4070/4071
http://www.defesa.gov.br
Em: https://www.defesa.gov.br/mostra_materi ... ERIA=32468
Um fraternal abraço,
.'.
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Governo adia divulgação de Plano de Defesa...VERDADE?
Vocês acham realmente lúcido este editorial?
Vamos ler com calma.
Segundo, não são cartas de intenção.
Uma POLÍTICA define "O QUE FAZER", de maneira ampla, quais os OBJETIVOS de um governo.
Uma ESTRATÉGIA define "COMO ATINGIR OS OBJETIVOS DA POLÍTICA".
Então, não é na PND, ou na END, que serão definidos armamentos, sistemas, off-sets, etc.
Agora o próprio autor escreve "depreende-se", ou seja: EU ACHO, e achar ele pode qualquer coisa. Eu é que não acho igual.
Em outra declaração ele escreveu que não há política educacional, ou qualquer que seja, sem uma política que garanta a integridade dos cidadãos de um país.
Será preciso uma intervenção externa em alguma vulnerabilidade estratégica nossa, como as plataformas, para que a população se dê conta da urgência de atuarmos em ditas vulnerabilidades?
Alguém pode escrever aqui quanto custa, em relação ao orçamento do ministério, os profissionais da educação, ou da saúde? Seria MUITO interessante, educativo mesmo.
Em nenhum outro ministério os recursos para pagar os "funcionários" sai de seu próprio orçamento. Saem do MPOG direto para a folha de pagamentos.
O que aconteceu no MD então?
Foi o FHC, em sua política imposta externamente por uma potência dominante de destruir as FA, que criou esta "maravilha", de modo a que as FA não tivessem recursos e morressem à mingua.
No Chile, governado por uma esquerdista também, que teve seu pai torturado e morto pelas FA, questionada sobre o assunto, a presidenta deu a seguinte resposta: é uma tarefa necessária ao ESTADO (Defesa nacional), que o ESTADO não pode abrir mão, que só pode ser feita pelos militares e que deve ser bancada pelo ESTADO. E acabou-se o questionamento.
Agora, peço que postem aqui a média de salário das FA em comparação com outros funcionários do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. Eu vi uma palestra com o Secretário- Executivo do Ministério do Planejamento e ele mostrou estes dados. Não vou colocar, vou deixar para os interessados que procurem e façam uma análise isenta e honesta.
Muitas vezes a indústria nacional produz o mesmo ítem que a estrangeira, mas paga um absurdo de imposto, o que torna seu produto muito mais caro que simplesmente importar. Ou seja, criar postos de trabalho no país é utopia?
Impossibilidade de encontrar parceiros que transfiram tecnologia? Será que o reporter lê jornal?
Cuidado com a chancela automática do que lemos. Quantos artigos já mostramos como superficiais, ou falhos, aqui no DB?
Aqui está a elite que pensa Defesa no Brasil, elite esta que não pode aceitar sem questionar qualquer coisa que lê, ainda mais se as PND e END não foram publicadas, e baseados em uma declaração "de dois oficiais".
Vamos ler com calma.
A intenção anunciada do governo é mandar os projetos decorrentes das PND e END para o Congresso, para que virem projetos de lei. Então obrigatoriamente o debate com os representantes do país ocorrerá.De fato, um documento cujo escopo é o planejamento da defesa do País, elaborado por um pequeno grupo de ministros - presidido pelo ministro da Defesa, coordenado pelo ministro de Assuntos Estratégicos e composto pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelos comandantes das três Forças -, não pode ser aprovado sem um amplo debate.
Desculpem, mas citar "dois oficiais que participaram" é uma maneira simples de dizer que é chute. Não acredito que algum oficial no nível exigido para compor o staff que trabalhou na Política e Estratégia falasse "idéia amalucada", nem que vazasse algo para um jornal.como afirmaram à Folha de S.Paulo dois oficiais que participaram dos trabalhos do grupo, o documento contém idéias “realistas, amalucadas e inexeqüíveis”
Primeiro não é um PLANO, e sim uma Política e uma Estratégia. Será que o autor sabe a diferença destas terminologias?depreende-se que o Plano Estratégico de Defesa é uma carta de intenções, nem sempre consentâneas com as reais necessidades e possibilidades do País
Segundo, não são cartas de intenção.
Uma POLÍTICA define "O QUE FAZER", de maneira ampla, quais os OBJETIVOS de um governo.
Uma ESTRATÉGIA define "COMO ATINGIR OS OBJETIVOS DA POLÍTICA".
Então, não é na PND, ou na END, que serão definidos armamentos, sistemas, off-sets, etc.
Agora o próprio autor escreve "depreende-se", ou seja: EU ACHO, e achar ele pode qualquer coisa. Eu é que não acho igual.
Mas alguém aqui tinha alguma dúvida disso? Que na falta de matérias impactantes os jornalistas não especializados, na falta do que falar, escreveriam que "com este dinheiro se construiriam XXX hospitais"?, ou "quantas escolas seriam construídas"? Simplesmente o MU se antecipou e desqualificou tal tipo de debate.“Quando o plano for lançado, será atacado por formadores de opinião”, antecipou o ministro. “Vão acusá-lo de desperdício de dinheiro e de ser instrumento armamentício (de uma corrida armamentista).”
Em outra declaração ele escreveu que não há política educacional, ou qualquer que seja, sem uma política que garanta a integridade dos cidadãos de um país.
Será preciso uma intervenção externa em alguma vulnerabilidade estratégica nossa, como as plataformas, para que a população se dê conta da urgência de atuarmos em ditas vulnerabilidades?
Será mesmo? Mesmo com uma política de off-sets que garanta o reinvestimento de 100% do que será gasto com equipamento?não há como acusá-lo de desperdício de dinheiro, uma vez que não há dinheiro para executá-lo. É um plano inexeqüível
Eu tinha prometido não voltar a esse assunto, mas não dá.Começa pela meta da elevação do orçamento militar de 1% do PIB para 2,5%, sem a preocupação de corrigir os problemas estruturais que deixam as Forças Armadas em situação de virtual penúria. Elas estão desaparelhadas não é por falta de dinheiro. Recebem o segundo maior quinhão do Orçamento da União, abaixo apenas do Ministério da Saúde. O problema é que, tal como está organizada a carreira militar, as despesas com pessoal, na ativa e na reserva, absorvem quantidades crescentes de recursos - que não sobram para a necessária compra de armas e o adestramento da tropa. Hoje se gasta com pessoal cerca de 80% do orçamento, participação que vem aumentando, ano a ano, há mais de duas décadas.
Alguém pode escrever aqui quanto custa, em relação ao orçamento do ministério, os profissionais da educação, ou da saúde? Seria MUITO interessante, educativo mesmo.
Em nenhum outro ministério os recursos para pagar os "funcionários" sai de seu próprio orçamento. Saem do MPOG direto para a folha de pagamentos.
O que aconteceu no MD então?
Foi o FHC, em sua política imposta externamente por uma potência dominante de destruir as FA, que criou esta "maravilha", de modo a que as FA não tivessem recursos e morressem à mingua.
No Chile, governado por uma esquerdista também, que teve seu pai torturado e morto pelas FA, questionada sobre o assunto, a presidenta deu a seguinte resposta: é uma tarefa necessária ao ESTADO (Defesa nacional), que o ESTADO não pode abrir mão, que só pode ser feita pelos militares e que deve ser bancada pelo ESTADO. E acabou-se o questionamento.
Agora, peço que postem aqui a média de salário das FA em comparação com outros funcionários do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. Eu vi uma palestra com o Secretário- Executivo do Ministério do Planejamento e ele mostrou estes dados. Não vou colocar, vou deixar para os interessados que procurem e façam uma análise isenta e honesta.
Dar as mesma condições de competição para a indústria nacional e estrangeira é utopia?Pretende-se, ainda, conceder incentivos fiscais a empresas nacionais produtoras de armamentos para que as Forças Armadas não dependam de fornecedores externos. A criação de uma autarquia militar não passa de uma utopia.
Muitas vezes a indústria nacional produz o mesmo ítem que a estrangeira, mas paga um absurdo de imposto, o que torna seu produto muito mais caro que simplesmente importar. Ou seja, criar postos de trabalho no país é utopia?
Arre. Quem disse que o objetivo das PND e END é tornar o país auto-suficiente em TODOS os ítens militares? Qualquer um que escreve aqui no DB sabe que isto é impossível.Nem a poderosa máquina militar norte-americana é auto-suficiente. Depende de componentes e de sistemas de armas completos, comprados de terceiros países. E como poderá um país como o Brasil, que mal reúne recursos para encomendar duas dúzias de aviões para a Força Aérea, montar uma indústria para projetar e construir caças de quinta geração? Como exercício de whishfull thinking o tema é excitante - mas a sua implementação esbarra, primeiro, no impedimento orçamentário e, depois, na dificuldade praticamente intransponível de encontrar parceiros que nos transfiram tecnologia militar de ponta.
Impossibilidade de encontrar parceiros que transfiram tecnologia? Será que o reporter lê jornal?
Isto sim está em debate pelo NJ e MU. Um possui visão distinta do outro. Quem vai decidir é o "Chefe", e acabou o debate.Outro ponto a considerar no Plano Estratégico de Defesa é o modelo de serviço militar
Cuidado com a chancela automática do que lemos. Quantos artigos já mostramos como superficiais, ou falhos, aqui no DB?
Aqui está a elite que pensa Defesa no Brasil, elite esta que não pode aceitar sem questionar qualquer coisa que lê, ainda mais se as PND e END não foram publicadas, e baseados em uma declaração "de dois oficiais".
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Governo adia divulgação de Plano de Defesa...VERDADE?
Obrigado Flávio por postar este artigo, que colabora na minha resposta acima.Flávio Rocha Vieira escreveu:Jobim prevê lobby estrangeiro no Brasil contra indústria nacional de defesa
Porto Alegre (13/9/2008)- O ministro da Defesa, Nelson Jobim, alertou nessa sexta-feira os empresários da indústria brasileira de defesa que o país deverá enfrentar uma ofensiva subterrânea dos concorrentes estrangeiros contra os benefícios à indústria nacional do setor, previstos na Estratégia Nacional de Defesa. Entre os artifícios a serem usados pelos adversários, na previsão do ministro, estarão alianças de grupos estrangeiros com segmentos pacifistas brasileiros, em prol de um suposto discurso anti-belicista. O alerta foi dado em encontro na Forjas Taurus, no segundo e último dia de visita de comitiva ministerial ao pólo industrial de Defesa do Rio Grande do Sul. "O embate, ao fim e ao cabo, é comercial", sintetizou Jobim.
O ministro lembrou que a nova estratégia prevê privilégio à indústria nacional, nas aquisições destinadas às forças armadas brasileiras, desde que associadas a compromissos dos fabricantes em melhorar seus produtos e buscar preços cada vez mais competitivos em relação ao mercado internacional. Com essa política, será possível, segundo Jobim, ajudar a consolidar a indústria nacional do setor, fortalecer a autonomia industrial e tecnológica brasileira e sua política dissuasória na área de Defesa.
Mas a implementação das medidas, segundo o ministro, dependerá de árduos debates no Congresso e da mobilização dos empresários, para enfrentar a resistências dos concorrentes e garantir a mudança da legislação. "Os grupos que não quiserem transferir tecnologia para o Brasil, vão fazer discurso para inviabilizar a instalação dessa indústria", previu. Empresas estrangeiras que disputam mercados com companhias brasileiras, aqui e no exterior, quando não têm interesse em se instalar no País, costumam atuar direta e indiretamente para criar obstáculos à atuação das companhias nacionais.
Jobim observou que certos setores da mídia internacional já trazem referências à reestruturação da defesa brasileira como parte de uma suposta corrida armamentista na América do Sul, indicativo de uma tentativa de desqualificação do processo. "Precisamos definir qual é a agenda brasileira, e não qual é a agenda que o mundo quer que o Brasil desempenhe", reagiu. Na visão dele, a reestruturação da defesa brasileira não tem por objetivo um inimigo, mas a busca da capacitação tecnológica e industrial do Brasil.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa
(61) 3312-4070/4071
http://www.defesa.gov.br
Em: https://www.defesa.gov.br/mostra_materi ... ERIA=32468
Um fraternal abraço,
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco