Re: Jobim /Saito:Viagem EUA , jogada de mestre?????...
Enviado: Ter Mar 25, 2008 11:01 pm
Quando Nelson pergunta "não é Saito?" e ele diz "é bom pro Brasil"Flávio Rocha Vieira escreveu:Você poderia ser mais específico?Benke escreveu:acho que não
Você postou o texto da matéria da Eliane Catanhedê. Você ouviu o áudio original?Benke escreveu:Vinícius
Eu postei a entrevista!
Cadê o Orestes??
Vinicius Quem postou?Vinicius Pimenta escreveu:Você postou o texto da matéria da Eliane Catanhedê. Você ouviu o áudio original?Benke escreveu:Vinícius
Eu postei a entrevista!
Cadê o Orestes??
Te confesso que não estou conseguindo me lembrar deste momento, vou rever para ter uma melhor opinião. Mas não acredito que alguma coisa ali tenha ocorrido de improviso (não me refiro a palavras ou diálogos, mas ao contexto geral da entrevista), acredito sim que estava tudo muito bem "ensaiado" entre ambos.Benke escreveu:Quando Nelson pergunta "não é Saito?" e ele diz "é bom pro Brasil"Flávio Rocha Vieira escreveu: Você poderia ser mais específico?
Será que esta situação também foi distorcida ou criada?Jobim reconheceu que o F-35 "é impressionante", um jato de quinta geração mais arrojado que os concorrentes: "Não tem comparação com os Sukhoi e os Rafale". Mas, segundo ele, o F-35, de ataque, é bom demais para a expectativa brasileira: "Um dos problemas é a incompatibilidade dos aviões com as nossas necessidades". Dirigindo-se ao comandante da aeronáutica, Juniti Saito, que o acompanhava, Jobim perguntou: "Não é, Saito?" Desconfortável, o brigadeiro foi reticente e pareceu discordar: "Bem... O Brasil teria uma capacidade dissuasória maravilhosa..."
A palestra.faterra escreveu:Sem querer ser o chato:
Será que esta situação também foi distorcida ou criada?Jobim reconheceu que o F-35 "é impressionante", um jato de quinta geração mais arrojado que os concorrentes: "Não tem comparação com os Sukhoi e os Rafale". Mas, segundo ele, o F-35, de ataque, é bom demais para a expectativa brasileira: "Um dos problemas é a incompatibilidade dos aviões com as nossas necessidades". Dirigindo-se ao comandante da aeronáutica, Juniti Saito, que o acompanhava, Jobim perguntou: "Não é, Saito?" Desconfortável, o brigadeiro foi reticente e pareceu discordar: "Bem... O Brasil teria uma capacidade dissuasória maravilhosa..."
Isto aconteceu em uma das entrevistas dada pelo NJ.
Eu, infelizmente, ainda não pude ouvir o audio da palestra feita pelo Jobim - estou sem som no computador, problema de incompatibilidade de "ingênuos"! - mas, estou acompanhando os comentários feitos por vocês através dos posts.
Alguém sabe quando foi realizada esta palestra e quando foi realizada a desastrada entrevista?
Pela ordem de realização das mesmas podemos deduzir se ele redimiu ou se cagou em cima do que proferiu. Se é que esta entrevista também seja real.
PEDIU PRA SAIR... DE VEZ! MAS NÃO ME OUVIRAM ATÉ AGORA ("O QUE FALEI FOI SÉRIO", MAS...)Benke escreveu:Vinícius
Eu postei a entrevista!
Cadê o Orestes??
Beronha escreveu:os de ataque serão soviéticos... hue hue
alexandre lemos escreveu:A pergunta de 4 bilhões de dolares ...Carlos Mathias escreveu:Só os helis????
Que isso, Professor, sabes que és um dos membros mais importantes do DB.orestespf escreveu:
PEDIU PRA SAIR... DE VEZ! MAS NÃO ME OUVIRAM ATÉ AGORA ("O QUE FALEI FOI SÉRIO", MAS...)
NÃO COMENTO MAIS NADA AQUI!
Meus respeitos, amigo Benke, mas falei (falo) sério.
Orestes
Não.Vinicius Pimenta escreveu:Ah sim, desculpe. Então. Você ouviu o Saito na entrevista?
Interessante a fala do NJ. Ele brada "chega de pensar pequeno", mas diz que o F-35 é modernidade demais pro Brasil. Vai entender.Arrogância e audácia
A visita do ministro da Defesa a Washington teve ao menos um ponto positivo. Graças à cobertura que a imprensa deu aos encontros do ministro Nelson Jobim com as autoridades norte-americanas, os brasileiros puderam conhecer alguns poucos detalhes do projeto que ele está propondo aos países da América do Sul. Até então, sabia-se apenas que havia proposto a seus colegas da Argentina e do Chile a criação de um Conselho Sul-Americano de Defesa; que, segundo ele, seria uma realização capaz de mudar o panorama estratégico da região, que passaria a ter influência decisiva nos foros globais; e que todos os países da América do Sul seriam convidados para integrar o organismo.
Num discurso para 14 dos 27 representantes dos países membros da Junta Interamericana de Defesa (JID), o ministro Nelson Jobim decretou que "chega de pensar pequeno. Pensar pequeno significa dependência, significa continuar pequeno. É preciso arrogância estratégica e a audácia do enfrentamento dos nossos problemas, com a coesão dos países da região". E assim os brasileiros foram os últimos a saber que seu governo está empenhado em criar um organismo internacional "que possa articular na América do Sul a elaboração de políticas de defesa, intercâmbio de pessoal, formação e treinamento de militares, realização de exercícios militares conjuntos, participação conjunta em missões de paz da ONU, integração de bases industriais de defesa".
A criação de um organismo que cuide disso tudo, compatibilizando as políticas externa, de defesa e industrial de uma dúzia de países tão diferentes quanto o Suriname do Brasil já seria um prodígio. Mas não para o ministro Nelson Jobim. Tomado de "arrogância estratégica" e "audácia do enfrentamento", ele quer que o tal Conselho seja um órgão "proativo", com capacidade executiva e operacional, para "não ter nossas posições manipuladas por outros grupos e interesses". (Leia-se Estados Unidos.) Ora, desde que d. Pedro I gritou "laços fora", as posições brasileiras não são manipuladas por quem quer que seja. A frase foi injusta com o próprio governo ao qual o ministro pertence e injuriosa para todos os países da região. Preferimos creditá-la a um arroubo de retórica.
O grave é propor a criação de um organismo de natureza militar - pois é a isso que remete o termo "defesa" - com capacidade executiva e operacional para formular e implementar políticas no plano internacional. Pela ordem jurídica que vige nos países sul-americanos, em tempos de paz, as suas políticas externas são de responsabilidade dos diplomatas, sob supervisão direta do presidente da República, e os objetivos de suas políticas de defesa se subordinam às necessidades da política externa. O projeto do ministro Jobim somente teria sentido se a América do Sul estivesse, unida, em pé de guerra contra um inimigo extra-regional.
Esse projeto encontrará outros obstáculos. O representante da Argentina na JID enunciou um deles. "Como se enquadraria esse órgão numa região onde há possibilidades de conflitos? O que acontecerá quando houver crise entre os países?" Mas não é preciso considerar essa hipótese extrema. O que se propõe é a criação de um órgão coordenador da defesa - em seu sentido amplo - de todo um subcontinente que não consegue harmonia política suficiente para montar um sistema integrado de comércio. Pior ainda, que há décadas ensaia, sem conseguir realizá-la, a sua integração física na área dos transportes.
A integração da defesa é a última etapa dos processos de integração regional. Envolve, mais que a soberania, a sobrevivência da nação e, por isso, os países relutam em abrir mão de sua autonomia nessa área. A União Européia, por exemplo, até hoje não saiu do estágio inicial da integração militar. Para garantir a sua segurança coletiva, confia, em última instância, na OTAN. Na América do Sul, o Mercosul está estagnado, sem conseguir aplicar sequer a tarifa externa comum e a Comunidade Sul-americana de Nações não passa de uma quimera. Não há, portanto, condições objetivas para a integração militar.
O recente episódio envolvendo a Colômbia e o Equador mostrou que a OEA continua sendo o foro regional provedor de segurança coletiva - e que os Estados Unidos sabem se comportar com discrição numa crise sul-americana. Nessas condições, arrogância e audácia não mudarão a realidade para melhor.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 5902,0.php