Como sabem, eu gosto de plantar confusão

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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soultrain
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#31 Mensagem por soultrain » Seg Fev 12, 2007 8:49 pm

Mas isto levou-me a outra linha de raciocinio, 6 ou 7 mil toneladas, tenho consciência que "metal is cheap and air is free",


Temo que num sub não seja bem assim, o casco de pressão deve ser bem complicado e caro com esse tamanho.

Muito bom tópico sim senhor!

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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


NJ
Pepê Rezende
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Grandes gargalhadas

#32 Mensagem por Pepê Rezende » Seg Fev 12, 2007 8:55 pm

Sintra escreveu:
Pepê Rezende escreveu:
LeandroGCard escreveu: A informação que eu tinha dava a dimensão como sendo "5,alguma coisa" metros. Foi um dado que vi divulgado na internet, mas não encontrei mais. Se o real é mais de oito metros então o problema é sério, realmente não dá para reduzir uma coisa destas tão facilmente.

Mesmo assim não acho necessário um barco tão grande quanto 7500 Ton submerso. A classe inglesa Valiant por exemplo tinha 10,1m de boca (o que em um submarino atual é basicamente igual ao diâmetro do casco) e deslocava submersa 4900 Ton (dados da Wikipedia). Acho que daria para encaixar o vaso de pressão da marinha em um casco assim. A Dreadnought citada pelo Sintra tinha uma boca de 9.8m e 4000 ton em mergulho (também segundo a Wikipedia). Também acho que dava.


Vamos calcular uma margem de dois metros de cada lado do vaso de pressão, de maneira a facilitar tarefas de monitoramento e manutenção. Temos uma boca de 12 metros. É claro que a idéia da Marinha é miniaturizar o reator para SEIS metros, o que daria uma boca de 10 metros aproximadamente.

LeandroGCard escreveu:
Se deixarmos de lado tubos de torpedo maiores e o VLS, não vejo a necessidade de mais do que as 4600 ton que sugeri.

Em tempo; as Classes Dreadnought e Valiant são citadas pela mesma fonte como usando reatores de 11 MW para atingir 28 nós em imersão. O Lipscomb tinha a mesma potência, transmissão turbo-elétrica (sem engrenagens, como sugeriu o Sintra), 6480 ton em imersão e atingiria 23 nós mergulhado.


Minha idéia foi aproveitar uma desvantagem, o tamanho do reator, para maximizar o uso do espaço interno restante.

LeandroGCard escreveu:
A marinha divulgou que o reator do IPEN deverá atingir 48MW, no mesmo vaso de pressão do protótipo. É potência de sobra mesmo para um casco substancialmente maior que os discutidos acima. Se assim for, 20 nós parece muito pouco (até os meus 25 parecem pouco!).


O do IPEN tem mais de 20 metros... O projeto final deve chegar a 12 MW (no momento, tem 6 MW garantidos).

Abraços,

Pepê


Interessante

Desconhecia completamente o tamanho do reactor experimental Brasileiro, assim sendo, 3500 ton é capaz de ser um tanto ou quanto pequeno...
Mas isto levou-me a outra linha de raciocinio, 6 ou 7 mil toneladas, tenho consciência que "metal is cheap and air is free", mas efectivamente estamos a falar de uma BISARMA...
Aqui entre os nós os três, eu o Leandro e o Pepê, obtivemos um conjunto de caracteristicas interessantes, podemos discutir se enfiamos VLS ou não, mas já se trata de um navio de bom tamanho mesmo sem os lançadores, isto cruzado com uns sistemas de sensores e armas BEM sofisticados...
Ou seja, QUANTO é que CUSTA, um navio baseado no cruzamento dos nossos três desenhos? Começo a desconfiar que se trata de valores muito, mas muito "engraçados" :?


MUITÍSSIMOS ENGRAÇADOS... Cerca de 1 bi de risadas. Quando criei o tópico, pensava em mostrar o quão pouco se conseguiu nesses 22 anos de trabalho. Não para o país. Ganhamos autosuficiência na produção de combustível nuclear e tecnologia paera a produção de reatores adequados a cidades de pequeno e médio porte. Para a Marinha, como vimos, restou pouco. Muito pouco. E ela bancou metade dos US$ 4,5 bi gastos no programa...

Abraços

Pepê




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#33 Mensagem por Sintra » Seg Fev 12, 2007 9:05 pm

MUITÍSSIMOS ENGRAÇADOS... Cerca de 1 bi de risadas.


AAAAARRGGGHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH :shock:

Acabei de ter um ataque de histerismo, é risadas às pazadas...




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LeandroGCard
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#34 Mensagem por LeandroGCard » Seg Fev 12, 2007 9:05 pm

Pepê Rezende escreveu:Vamos calcular uma margem de dois metros de cada lado do vaso de pressão, de maneira a facilitar tarefas de monitoramento e manutenção. Temos uma boca de 12 metros. É claro que a idéia da Marinha é miniaturizar o reator para SEIS metros, o que daria uma boca de 10 metros aproximadamente.


Dois metros para cada lado é muito confortável, mas acho excessivo. Deve-se considerar que em geral os vasos de pressão de reatores nucleares são bem mais altos que largos ( veja neste link como é o aspecto do RENAP-11: http://www.defesanet.com.br/marinha/nuclear_sub.htm ), e o único lado onde o acesso é importante é a parte de cima, onde ficam os acionamentos das barras de controle). Considerando dois metros de folga total e a dimensão que você citou de 8 metros, temos um casco com um diâmetro em torno dos 10 metros.



Pepê Rezende escreveu:Minha idéia foi aproveitar uma desvantagem, o tamanho do reator, para maximizar o uso do espaço interno restante.


Posso entender a intenção, mas um casco maior implica em custos maiores, menor desempenho (ou pelo menos uma pior relação volume/potência se considerarmos a mesma planta de potência), menos furtividade, menos manobralidade, etc... .

Acrescentar VLS e Tubos de torpedo de 650mm aumenta ainda mais a dificuldade do projeto e seu custo. Imagino que assim o projeto fica cada vez mais difícil. Pensando justamente nas nossas limitações, não será o caso de deixar para uma classe posterior?


Pepê Rezende escreveu:O do IPEN tem mais de 20 metros... O projeto final deve chegar a 12 MW (no momento, tem 6 MW garantidos).


Falha minha eu quis dizer CTMSP. Segundo divulgado o RENAP-11 (protótipo) terá 11 MW, e com a configuração definitiva do núcleo (mas basicamente o mesmo vaso de pressão) dará origem ao RENAP-50, de 48 MW. Já estou achando até que é demais.


Abraços,


Leandro G. Cardoso
CCS Consultoria e Sistemas




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