Fórum Defesa Brasil

Primeiro, isso pode levar a situações do tipo "cotas raciais". Eu, pelo menos, sou absolutamente contrário a cotas, muito menos ainda na área militar. Só o mérito pode levar um homem a ascender na hierarquia do comando de outros homens, numa situação que envolva a responsabilidade pela vida destes mesmos homens. Absolutamente, nada mais.

Veja que eu falei de dar uma mão a eles com treinamento e estudo específicos. Mas jamais falei de cotas. Eles fariam o teste normalmente como qualquer outra pessoa e só seriam promovidos se fossem aptos.

Não é preciso cotas se eles ganharem treinamento e preparação de primeira!

Isso é possivel pq estamos falando apenas de algumas dezenas/centenas de pessoas. È diferente de por exemplo a escola pública onde não da pra melhorar todas as escolas no curto prazo, tendo que recorrer ao nivelamento por baixo.

O Item 3 foi a maior desgraça para amazônia!

Esta semana visitei 2 PEF: Palmeira do Javari e Estirão do Equador.
No caso do primeiro, está em excelentes condições. Casas do pessoal e instalações em excelente estado, pista de pouso alargada e alongada, permitindo o pouso de C-130, central de energia da ELETRONORTE e até caixa automático do Banco do Brasil, ruas internas de concreto e uma Ranger 2012 para uso. Detalhe: a distância mais longe que ela pode ir é .....600 metros! Escola nova no centro do PEF .
Mas visto de cima, é desolador: para qualquer direção que se olha, até onde a vista alcança, só selva, e o único meio de sair dali além da aeronave, que vai a cada 45 dias, é o Rio Javari: 3 dias de barco até Tabatinga.

No segundo caso, é desesperadora a situação: casas e instalações velhas,´pista de pouso extremamente curta, necessitando realizar "pouso de assalto" com o C-105 Amazonas, e longe do PEF: 7 KM pela selva, com estrada péssima, ponte sobre o Rio Javari condenada(e não sendo usada), obrigando o transporte das 6 ton de carga de cada vôo nas costas dos soldados, por uma trilha, até o rio, embarque em voadeira, desembarque, subir barranco e carregar no reboque de um trator velho(Jirico).
Mas na pista está sendo iniciado a melhoria pela COMARA (Comissão de Aeroportos da Amazônia) da FAB, mas sem previsão de conclusão. Deste PEF são 5 dias descendo o Rio Javari até Tabatinga e 7 subindo, se for necessário.

Mas só barcos de pequeno calado em ambos os PEF

Em Vila Bitencourt e Vila Japurá não fui, pois a aeronave recebeu ordens de retornar a Manaus, em missão da própria FAB.
Resultado: ficarão mais algum tempo aguardando suprimentos de todo o tipo, incluindo remédios....

No PEF de Bonfim estive em Julho, e não vi tudo isso que foi descrito pelo G1. Até porque eles, assim como Pacaraima (BV-8) tem acesso rodoviário com Boa Vista, sede do BIS à que são subordinados, possibilitando o reabastecimento

eligioep, o problema fetal dos PEF's no alto solimões, e mesmo daqueles na cabeça do cachorro, e abaixo até tabatinga, continua sendo o grave isolamento logístico. Se der algum problema, como foi o Traíra, e o mesmos não estiverem com suas comunicações em dia, f..deu. Ajuda demora a chegar e qualquer contato com outras unidades só via aérea, ou fluvial, com ambas sendo muito complicadas de operar. Quem mora na região sabe do que falo. E eu moro lá, apesar de estar cá embaixo... passando uns tempos fazendo intercambio cultural e profissional...

abs.

Como sugestão para incorporar índios ao oficialato sem incorrer no sistema de cotas puro e simples, sugiro a incorporação deles aos Colégios Militares ou mesmo a construção de um em que só seriam admitidos indígenas, assim eles teriam iguais condições, pelo ensino de qualidade, em competir nos concursos públicos para as Forças Armadas sem precisarem entrarem pela janela ds cotas.

binfa escreveu:Prestígio e dinheiro atraem índios para a carreira militar Luis Kawaguti Da BBC Brasil 16 de agosto de 2012 • 04h47 • atualizado às 06h19

Como a ESA prorrogou as inscrições por falta de candidato poderiam dar essas vagas para os indios

hmundongo escreveu:Como sugestão para incorporar índios ao oficialato sem incorrer no sistema de cotas puro e simples, sugiro a incorporação deles aos Colégios Militares ou mesmo a construção de um em que só seriam admitidos indígenas, assim eles teriam iguais condições, pelo ensino de qualidade, em competir nos concursos públicos para as Forças Armadas sem precisarem entrarem pela janela ds cotas.

Tudo custeado pelo resto da nação que paga imposto e não vive as custas do estado.

Qual outra sugestão então?

hmundongo escreveu:Qual outra sugestão então?

Desenvolver toda a região norte e deixar, não só os indios, mas todos os cidadãos da região em pelo menos igualdade com o restante do pais.

Se o indio quer viver entre os brancos que entre na fila para pegar seu numero de CPF como todo mundo.

Guerra escreveu:

hmundongo escreveu:Qual outra sugestão então?

Desenvolver toda a região norte e deixar, não só os indios, mas todos os cidadãos da região em pelo menos igualdade com o restante do pais.

Se o indio quer viver entre os brancos que entre na fila para pegar seu numero de CPF como todo mundo.

Eles já tem CPF, só com CPF que o INSS paga salário maternidade

Enquanto as ffaa's continuarem a fazer, diligentemente, o papel de outrem no desenvolvimento da amazônia, o poder civil não irá se mexer para nada além do que conste de suas conveniências, tal como sustentar bolsas esmolas e ACISOS da vida.

Onde há vagância de poder, outros tendem a ocupá-los naturalmente. Isto acontece todos os dias nas fronteiras amazônicas e quiçá além delas Brasil afora.

Mas isso não parece não ser um problema verdadeiramente sério para os donos do poder em Brasília, já que estas só faz fronteira mesmo com o lago Paranoá...

abs.

A discussão não era sobre utilizar os conhecimentos indígenas em benefício do Exército? Inclusive promovendo meios para que índios chegassem a oficiais para que assim melhor pudessem arregimentar suas tribos (nações?) em favor do Brasil? Ou será que os brancos (Estado) só devem sugar esses conhecimentos e não lhes dar nada em troca, além de doenças e território ocupado por garimpeiros? Daqui a pouco os índios serão os culpados do sul e do sudeste terem pobreza. Acho melhor eles irem servir no Exército da Venezuela ou da Colômbia mesmo, ou quem sabe se convertem ao anglicanismo ou ao metodismo dos pastores geólogos e biólogos que andam por lá...

hmundongo escreveu:A discussão não era sobre utilizar os conhecimentos indígenas em benefício do Exército? Inclusive promovendo meios para que índios chegassem a oficiais para que assim melhor pudessem arregimentar suas tribos (nações?) em favor do Brasil? Ou será que os brancos (Estado) só devem sugar esses conhecimentos e não lhes dar nada em troca, além de doenças e território ocupado por garimpeiros? Daqui a pouco os índios serão os culpados do sul e do sudeste terem pobreza. Acho melhor eles irem servir no Exército da Venezuela ou da Colômbia mesmo, ou quem sabe se convertem ao anglicanismo ou ao metodismo dos pastores geólogos e biólogos que andam por lá...

Você está esquecendo que antes de indios, eles são brasileiros.

Não acho que deveriamos dar melhor condições somente para os indios atigirem ao oficialato, ou um cursos superior, mas a toda a população.

Por isso acho o problema de cotas extremamente complicado neste caso, porque se existe um "sarrafo" mental e fisico para ser superado, porque é o que se espera como necessario para se atingir um resultado final.

Os cursos são, por excelencia, cursos de seleção e não somente de formação.
Isso quer dizer que se é esperado que nem todos consigam atingir a graduação, e essa seleção começa no processo de ingresso.
Quem garante que não haverá tambem uma cota (e aqui digo para qualquer minoria) para o numero de formandos?
Enfim, esse e um assunto que deve ser discutido com muita cautela, e levar bastante em conta a visão de quem está dentro do sistema. Ninguem mais que eles sabem as necessidades do futuro oficial/graduado.
Até porque, servir na Amazonia e uma pequena parte da vida dos militares, ele deve ser formado para muito mais do que isso.

E não ache que promovendo varios indigenas ao oficialiato vá melhorar muito a capacidade de arregimentar suas etinias (nação so existe uma, a brasileira); porque o relacionamento entre eles e muito mais complicado.
Se fossemos colocar 1 indigena de cada etnia (e veja bem, não estou falando de cada aldeia, o que daria uma briga danada decidir qual aldeia iria mandar seu "representante"), daria quase metade de uma Turma da AMAN, ou quase uma turma da EN/AFA.

Concordo com você, sapao.... X2!

hmundongo escreveu:A discussão não era sobre utilizar os conhecimentos indígenas em benefício do Exército? Inclusive promovendo meios para que índios chegassem a oficiais para que assim melhor pudessem arregimentar suas tribos (nações?) em favor do Brasil?

Isso não precisa. Enquanto eles viverem em territorio brasileiro tem que cumprir as leis brasileiras. Ou pelo menos deveria ser assim.

Ou será que os brancos (Estado) só devem sugar esses conhecimentos e não lhes dar nada em troca, além de doenças e território ocupado por garimpeiros?

E o estado não pode dar alguma coisa aos indios (mais do que já dá) desenvolvendo a região? Tem que ser colocando eles no EB pela porta dos fundos? Ou vc acha mesmo que um garoto que entra no colégio com seus 12 anos vai chegar a oficial e ainda ter algum conhecimento da selva?

Daqui a pouco os índios serão os culpados do sul e do sudeste terem pobreza. Acho melhor eles irem servir no Exército da Venezuela ou da Colômbia mesmo, ou quem sabe se convertem ao anglicanismo ou ao metodismo dos pastores geólogos e biólogos que andam por lá...

A questão não é essa. A questão é que o merito é sagrado dentro das FAs. Duvdio que algum dia o EB vá abrir mão disso.