Página 3 de 4
Enviado: Sáb Out 28, 2006 7:24 pm
por PRick
alex escreveu:Nós subestimamos a função de Guarda Costeira da MB.
Faz tempo que o pouco dinheiro que restou é aplicado em navios com desempenho para combate vejam recentemente a aquisição de mais um submarino.
Mas a Marinha também precisa gastar na aquisição de mais navios de patrulha para fiscalização e salvamento . O custo de operar navios velhos como as corvetas antigas também influi no custo final da Marinha eliminando parte de seu orçamento.
Agora estes dois navios contratados deverão possibilitar a retirada de pelo menos duas corvetas velhas. Mas mesmo assim esta nova classe é um paliativo. Nós usávamos as Grajau para vigilancia das plataformas maritimas de Campos e provavelmente este novo navio fará este serviço melhor que a Grajáu mas ainda assim seria melhor um navio que tivesse entre 800 a 1600 toneladas para esta função. Ele ficaria mais tempo patrulhando a área até ser substituído por outro. Esta aquisição é claramente um avanço, porém ainda falta um NaPaOc, e boa noticia é que o Ciclone confirmou que este navio ainda está sendo desejado pela MB.
Voltando aos navios de 400 toneladas acredito que a MB só usará Lynx para pousar em seu convez por questões de segurança, aliás se estou bem lembrado um país escandinavo usa Lynx para pousar em seus patrulhas de 500 toneladas.
Eu não substimo a função de uma Guarda Costeira, mas como o nome já diz, trata-se de uma polícia marítima. Não é minha praia, eu gosto de tecnologia militar, defesa, polícia é para combater o crime e cumprir funções administrativas.
Vivemos no Brasil esta dicotomia, os oficiais da MB não são treinados para serem policiais. O ideal seria separar a MB da Guarda Costeira, o problema é a falta de recursos para realizar tal tarefa.
[ ]´s
Enviado: Sáb Out 28, 2006 11:33 pm
por Pierre
[quote="alex"]Mas sempre fica meio estranho que aparece dinheiro para comprar um projeto de fora quando que um navio deste tipo poderia ser perfeitamente projetado e feito no brasil.
Com as Grajaus foi a mesma coisa, compramos um projeto para construir um navio de 300 toneladas de um fabricante estrangeiro.
Quem conhece a Marinha que nos de uma opinião sobre o assunto.
[/quote]
_____________________________________________________________
O dinheiro aparece pq o financiamenteo é de bancos lá de fora. Aí, só financiam se comprar deles.
Enviado: Dom Out 29, 2006 12:11 am
por Koslova
Pierre escreveu:alex escreveu:Mas sempre fica meio estranho que aparece dinheiro para comprar um projeto de fora quando que um navio deste tipo poderia ser perfeitamente projetado e feito no brasil.
Com as Grajaus foi a mesma coisa, compramos um projeto para construir um navio de 300 toneladas de um fabricante estrangeiro.
Quem conhece a Marinha que nos de uma opinião sobre o assunto.
Fiz estas perguntas a tempos atrás para um almirante, a resposta foi a seguinte.
O projeto é de um estaleiro privado frances, mas foi oferecido com pela DCN para o Brasil de forma gratuita.
A idéia é que os barcos brasileiros sejam a vitrine do projeto, que depois seriam ofertados a outras marinhas. Então, a escolha do modelo neste caso seria pela questão economica.
A idéia da MB seria partir para um projeto de NaPaOc de 1000ton direto. Acontece que o plano seria o desenvolvimento de estaleiros nacionais para a construção destes navios. Como a quebra do Velrome, toda a capacitação das suas ultimas corvetas de quebra foi perdida, então a MB vai re-capacitar os estaleiros primeiro com um projeto de cerca de 500ton depois passa para um de 1000ton.
A pergunta que alguem pode fazer é: E o AMRJ porque não constroi estes projetos?
Dois motivos.
Primeiro porque o AMRJ vai estar ocupado com outros programas, seja na construção de mais um submarino e a modernização dos outros, e depois da conclusão da Barroso, o plano preve 6 escoltas de mais de 3000ton, então a construção de barcos mais simples seria terceirizada.
Uma outra questão, é que o AMRJ segundo algumas fontes dentro da MB, não é exatamente um local produtivo, basicamente pelo regime de trabalho empregado, horarios de turnos, modelo de contratação, incapacitade de contratar e demitir de acordo com as necessidade de H x h no projeto.
Ele é fundamental para a MB como elemento de desenvolvimento de capacidade e manutenção de capacidade critica, mas para pequenos barcos ele é inadequado, então a estratégia de capacitar estaleiros privados.
Enviado: Dom Out 29, 2006 12:12 am
por Koslova
Mensagem repetida
Enviado: Dom Out 29, 2006 9:12 am
por Sniper
Primeiro porque o AMRJ vai estar ocupado com outros programas, seja na construção de mais um submarino e a modernização dos outros, e depois da conclusão da Barroso, o plano preve 6 escoltas de mais de 3000ton, então a construção de barcos mais simples seria terceirizada.
Aí é que está:
Porque não desenvolvermos um outro AM no Sul ou no Nordeste ?
Claro, tería que se ter demanda para isso, mas com diretrizes traçadas e não havendo contingenciamento de verbas isso sería perfeitamente possível !
Como a Koslova disse, em breve o AMRJ vai estar ocupado com a continuação do projeto dos Submarinos, a modernização dos Tupi e as escoltas de 3.000 Ton . Podería perfeitamente ser fundado um AM para construção de Patrulhas e Patrulhas Fluviais ( creio que só nisso ja teríam demanda para mais de uma década ).
Isso também podería abrir espaço para a criação de mais uma frota fora do Rio... Mais aí já é outra história...
Abraços!
Enviado: Dom Out 29, 2006 9:45 am
por Alcantara
Eu acho que, de certa forma, é um desvio de função a própria Marinha produzir praticamente TODOS os seus meios de combate. O certo era a industria naval privada produzi-los. O AMRJ é primordial na construção de meios críticos, tais como submarinos (a demanda e a complexidade técnica não favorecem a construção em armadores privados) e na aquisição de tecnologias. Acho que tudo que demandasse alta tecnologia e que fosse altamente prioritário para a Armada, deveria ser feito lá, e o restante repassado para os estaleiros privados. O AMRJ deveria ser um centro "nervoso", um centro de alta capacitação, o restante ficaria nas mãos da industria privada (não sei se estou me fazendo entender bem nessa explicação), desde que, claro, haja um mínimo constante de aquisições, da mesma forma que é feito com os submarinos, de forma a se manter a capacitação do pessoal envolvido.
Agora, uma coisa é certa, estes armadores não vão poder viver somente da receita gerada que construção de embarcações militares. A solução, pra mim, seria um
mix de produção semelhante ao da EMBRAER, com 80% da produção voltada para o mercado civil, e os 20% restantes com o mercado militar. Só assim ela teria fluxo de caixa para se manter saudável financeiramente e tecnológicamente (sim, tecnologicamente também pois caso aconteça o mesmo que aconteceu com a Verolme a capacitação dos técnicos vai embora e se tem que recomeçar tudo novamente...
).
Abraços!!!
Enviado: Dom Out 29, 2006 2:41 pm
por alex
Este tópico é muito interessante.
A resposta da Koslova é um balde de agua fria naqueles que achavam que o Brasil tinha uma capacidade de mobilização da industria para uma guerra.
Demonstra cruelmente o quanto sofreriamos e quanto custaria em matéria de dinheiro e tempo para fabricar o equipamento necessário para uma guerra.
Demonstra também que um inimigo com menos potencial industrial mas com equipamento mais moderno e com estoques de munição poderia levar o Brasil para um cessar- fogo em condições favoraveis a este país.
Enviado: Dom Out 29, 2006 3:02 pm
por juarez castro
alex escreveu:Este tópico é muito interessante.
A resposta da Koslova é um balde de agua fria naqueles que achavam que o Brasil tinha uma capacidade de mobilização da industria para uma guerra.
Demonstra cruelmente o quanto sofreriamos e quanto custaria em matéria de dinheiro e tempo para fabricar o equipamento necessário para uma guerra.
Demonstra também que um inimigo com menos potencial industrial mas com equipamento mais moderno e com estoques de munição poderia levar o Brasil para um cessar- fogo em condições favoraveis a este país.
Fiz minhas as tuas palavras em outro tópico a algum tempo atras, quando critiquei esta história de " A nossa capacide industrial, os estaleiros e bla bla", o mais puro ufanismo e idealismo,, cfe a Koslowa colocou, com a atual gestão pública a MB não consegue viabilizar economicamente seus programas de construção naval.
Grande abraço
Grande
Enviado: Dom Out 29, 2006 3:07 pm
por juarez castro
alias, eu quero deixar uma pergunta aqui:
Com esta aquisição da NP de 450tons, a MB ficaria com os seguintes modelos de NPs:
"Gururus", Classe Bracui, Classe 450 tons, e breve classe 1100 tons., ou seja 04 classe de NPs, distintos motores, geradores, sistemas aletrônicos e etc.... isto não vai se tornar um pesadelo logístico?
Com a palavra o Walter eo Padilha
Grande abraço
Enviado: Dom Out 29, 2006 3:38 pm
por Brasileiro
Sei lá Juarez.
Eu acho que era inevitável, porque são embarcações de tipos diferentes, para tipos diferentes de missões. Se fossem classes diferentes em uma mesma categoria aí sim seria problema.
Mas vamos ver o que os manos irão falar!
abraços]
Enviado: Dom Out 29, 2006 3:56 pm
por juarez castro
Brasileiro escreveu:Sei lá Juarez.
Eu acho que era inevitável, porque são embarcações de tipos diferentes, para tipos diferentes de missões. Se fossem classes diferentes em uma mesma categoria aí sim seria problema.
Mas vamos ver o que os manos irão falar!
abraços]
Brasileiro! Mas será que não vai haver uma sobreposição de tarefas?
Será qu um barco só de uma unica classe, por exemplo: O de 1100 tons não seria viável fazer as tarefas próximas da costa e das 200 milhas?
Grande abraço
Enviado: Dom Out 29, 2006 4:06 pm
por Brasileiro
Um navio desse tamanho não cairia bem em missões assim. O custo seria muito alto para uma patrulha de curto alcance.
Esse navio tem tripulação maior, tem que alimentar todo mundo, bebe mais diesel, por ser uma embarcação mais complexa precisa de manutenção mais especializada e cara, etc fazendo uma missão que poderia ser realizada de maneira mais barata.
É como se a FAB vendesse os ALX e comprasse, para padronizar, uma centena de F-5 com míssil BVR e casulo de guerra eletrônicapara para interceptar avião de traficante na amazônia.
abraços]
Enviado: Dom Out 29, 2006 4:23 pm
por juarez castro
Brasileiro escreveu:Um navio desse tamanho não cairia bem em missões assim. O custo seria muito alto para uma patrulha de curto alcance.
Esse navio tem tripulação maior, tem que alimentar todo mundo, bebe mais diesel, por ser uma embarcação mais complexa precisa de manutenção mais especializada e cara, etc fazendo uma missão que poderia ser realizada de maneira mais barata.
É como se a FAB vendesse os ALX e comprasse, para padronizar, uma centena de F-5 com míssil BVR e casulo de guerra eletrônicapara para interceptar avião de traficante na amazônia.
abraços]
Ok Teu raciocinio é lógico, porém pergunto:
E os navios intermediários,450 tons e Bracui? não haverá sobreposição de tarefas?
Grande abraço
Enviado: Seg Out 30, 2006 7:10 am
por Lauro Melo
juarez castro escreveu:alias, eu quero deixar uma pergunta aqui:
Com esta aquisição da NP de 450tons, a MB ficaria com os seguintes modelos de NPs:
"Gururus", Classe Bracui, Classe 450 tons, e breve classe 1100 tons., ou seja 04 classe de NPs, distintos motores, geradores, sistemas aletrônicos e etc.... isto não vai se tornar um pesadelo logístico?
Com a palavra o Walter eo Padilha
Grande abraço
Amigo Juarez,
A aquisição destes navios patrulhas, provavelmente vai desativar outros que estão na ativa. Ao longo dos anos, quando forem construídos os de 1000 toneladas ( 2011,2012,2013 etc..), outros serão desativados.
Provavelmente teremos 2 ou 3 classes destes navios.
sds,
Enviado: Seg Out 30, 2006 5:48 pm
por juarez castro
Lauro Melo escreveu:juarez castro escreveu:alias, eu quero deixar uma pergunta aqui:
Com esta aquisição da NP de 450tons, a MB ficaria com os seguintes modelos de NPs:
"Gururus", Classe Bracui, Classe 450 tons, e breve classe 1100 tons., ou seja 04 classe de NPs, distintos motores, geradores, sistemas aletrônicos e etc.... isto não vai se tornar um pesadelo logístico?
Com a palavra o Walter eo Padilha
Grande abraço
Amigo Juarez,
A aquisição destes navios patrulhas, provavelmente vai desativar outros que estão na ativa. Ao longo dos anos, quando forem construídos os de 1000 toneladas ( 2011,2012,2013 etc..), outros serão desativados.
Provavelmente teremos 2 ou 3 classes destes navios.
sds,
Olá Lauro! Tu sabes que eu sou meio analfabeto naval, por favor, estes navios vão substitui rextamente oque?
Grande abraço