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Enviado: Ter Out 03, 2006 2:14 pm
por FinkenHeinle
Rui Elias Maltez escreveu:Finken:

Não tem nada de mais.

Todos os países, à sua escala tem o seu "complexo industrial-militar" que faz lobbie junto do governo respectivo para que as encomendas aparaçem.

Da mesma forma, cada país tem suas próprias necessidades em termos de reequipamento, e nem sempre trata-se apenas de Lobby...

Enviado: Qua Out 04, 2006 7:32 am
por Rui Elias Maltez
Finken:

O Brasil produx determinada viatura APC para o Exército.

Se o EB precisar de um nº de viaturas (por exemplo, 250), acha que vai abrir concurso internacional, e mesmo que o faça, acha que o fabricantes dos APC's brasileiros não deixarão de fazer lobbie junto do Ministério da Defesa brasileiro?

Ou porque é que acha que o EUA têm um programa para a construção de mais de 60 AB's

Por mera necessidade operacional?

Enviado: Qua Out 04, 2006 10:32 am
por luis F. Silva
Ou porque é que acha que o EUA têm um programa para a construção de mais de 60 AB's

Por mera necessidade operacional?

No caso dos A. Burke é mesmo. Eles substituem os DDG das classes Carles F. Adams, Spruance e Kidd.

Enviado: Qua Out 04, 2006 10:42 am
por Rui Elias Maltez
Mas mais de 60 unidades, Luís? :roll:

Uma AB vale por 5 Adams, e nem, as Spruance tinham as capacidades de defesa aérea de uma AB.

As Kidd não são as "Spruance" que agora foram para a Coreia?

Enviado: Qua Out 04, 2006 10:46 am
por P44
Rui Elias Maltez escreveu:Mas mais de 60 unidades, Luís? :roll:

Uma AB vale por 5 Adams, e nem, as Spruance tinham as capacidades de defesa aérea de uma AB.

As Kidd não são as "Spruance" que agora foram para a Coreia?


São. Acho que os Spruance eram para aí uns 30 (+4 Kidd)

Os Charles F. Adams acho que eram entre 20 e 30

Portanto a substítuição é grosso modo , 1 para 1

no http://www.navsource.org tem a lista completa dos DDGs

Enviado: Qua Out 04, 2006 10:48 am
por luis F. Silva
Uma AB vale por 5 Adams, e nem, as Spruance tinham as capacidades de defesa aérea de uma AB.

Então nesse caso, como duas K. Doorman valem por 6 João Belo, bastam duas. Americano (e ninguém) pensa assim. Se num teatro de operações usam 1 CVAN mais seis escoltas,são sempre seis. Sejam cruzadores, fragatas ou destróieres. Qualidade não é substituição mas sim evolução.

Enviado: Qua Out 04, 2006 10:53 am
por P44
luis F. Silva escreveu:
Uma AB vale por 5 Adams, e nem, as Spruance tinham as capacidades de defesa aérea de uma AB.

Então nesse caso, como duas K. Doorman valem por 6 João Belo, bastam duas. Americano (e ninguém) pensa assim. Se num teatro de operações usam 1 CVAN mais seis escoltas,são sempre seis. Sejam cruzadores, fragatas ou destróieres. Qualidade não é substituição mas sim evolução.


pois, por isso é que o "ratio" é 1--->1 , sensivelmente.

Enviado: Qua Out 04, 2006 10:56 am
por Rui Elias Maltez
O que significa que em Portugal não se substitui/moderniza apenas, mas que se diminui.

De 7 fragatas passámos para 5, e de 4 submarinos, passaremos para 2.

De 10 corvetas, temos actualmente 7, e downgraded, e destas passaremos para 8 NPO's virtualmente desarmados.

Ou por outra:

Que os americanos aceitaram a velha máxima da doutrina soviética herdada aliás do tempo dos czares, de "que a quantidade é um valor não inteiramente desprezível". :mrgreen:

Enviado: Qua Out 04, 2006 11:00 am
por P44
:twisted: "Faz o que eu digo, não faças o que eu faço"

:wink:

Enviado: Qua Out 04, 2006 11:03 am
por luis F. Silva
Só os C. F. Adams e os Kidd eram AAW, os Spruance eram ASW.

Os A.Burke substituem: 23 C.F.Adams, 2 CGN Califórnia, 4 CGN Virginia, 1 CGN Truxtun, 1 CGN Bainbridge e 31 Spruance.
As O.H.Perry não estão de momento a ser substituidas. Os Ticonderoga substituiram os cruzadores convencionais AAW de duas classes.

Enviado: Qui Out 05, 2006 1:16 pm
por FinkenHeinle
Rui Elias Maltez escreveu:Finken:

O Brasil produx determinada viatura APC para o Exército.

Se o EB precisar de um nº de viaturas (por exemplo, 250), acha que vai abrir concurso internacional, e mesmo que o faça, acha que o fabricantes dos APC's brasileiros não deixarão de fazer lobbie junto do Ministério da Defesa brasileiro?

Ou porque é que acha que o EUA têm um programa para a construção de mais de 60 AB's

Por mera necessidade operacional?

Ninguém questionou a existência deste lobby...


Mas sim o fato de que tu menospreza a existência de uma necessidade operacional, cuja avaliação só quem pode fazer são os próprios EUA...

Me parece absolutamente claro que os EUA tem um objetivo cristalino de manutenção de superioridade militar absoluta...

Enviado: Qui Out 05, 2006 1:46 pm
por luis F. Silva
O que significa que em Portugal não se substitui/moderniza apenas, mas que se diminui.

De 7 fragatas passámos para 5, e de 4 submarinos, passaremos para 2.

De 10 corvetas, temos actualmente 7, e downgraded, e destas passaremos para 8 NPO's virtualmente desarmados.


Quanto ás fragatas o seu número foi reduzido seguindo a tendência (errada) de reduzir bastante as marinhas caso da Inglaterra, Holanda e Bélgica e Dinamarca, esta última acabou com os submarinos, mas vai aumentar bastante a quantidade de navios combatentes.

Os submarinos não são três, porque aí os políticos já têm medo (deviam também ter vergonha) da opinião pública, que tal como o Rui só quer meios SAR.

As corvetas estavam a mais desde o 25 de Abril, passando algumas longo tempo inactivas, e sendo desmilitarizadas.
São substituidas como patrulhas oceânicos pelos Viana do Castelo, e claro que não se vai apontar uma peça de 100 ou 76 mm. a uma traineira a pescar ilegalmente.

Os futuros N.P.Costeira, substituem todos os Cacine.

Enviado: Sex Out 06, 2006 5:14 am
por Rui Elias Maltez
Luís:

Quanto ás fragatas o seu número foi reduzido seguindo a tendência (errada) de reduzir bastante as marinhas caso da Inglaterra, Holanda e Bélgica
e Dinamarca, esta última acabou com os submarinos, mas vai aumentar bastante a quantidade de navios combatentes.


Embora reconhecendo o valor intrínseco da arma submarina, eu acho, e já o defendi por diversas vezes, não só aqui mas no Fórum Armada, quando lá participava, e no Fórum Defesa português que o nosso caminho poderia passar pelo exemplo dinamarquês.

Ou viriam os 3 submarinos, que o contrato permitiria ao deixar a Portugal direitos de preferencia, caso quisesse a 3ª unidade, ou nada.

Sabendo que a taxa de operacionalidade dos 2 U-209PN é bem maior que as dos 3 Albacora que tivemos até há poucos anos, e que por serem novos não exigirão periodos de paragem para manutenção tão prolongados, ainda assim é muita verba para apenas e só 2 meios navais que apesar de furtividade e capacidade de dissuaasão, acabam por sacrificar de maneira letal outras valências da Armada portuguesa, que para a sua política externa fariam mais falta.

Como a capacidade de combate à superfície e escoltas, maior capacidade de projecção de forças por meios navais e aéreos (mais 2 C-130H para a FAP e mais 4 EH-101 e mais 3 Linx para a Marinha), e ainda capacidade de manutenção de uma cadeia logística para manter a longas distâncias essa projecção, através de mais um LPD ou navio logístico tipo Ro-Ro, e mais um AOR novo de grande capacidade, a acrescentar ao actual.

O que acaba por estar mais de acordo com as nossas necessidades do quotidiano (veja-se os casos recentes da Guiné (1998), Timor (1999, 2002) e Líbano (2006).


Tanto para situação de conflito, como para missões de carácter mais humanitário, onde Portugal poderia ser um parceiro de referência no quadro peninsular e da NATO.

Enviado: Sex Out 06, 2006 7:08 am
por luis F. Silva
Sabendo que a taxa de operacionalidade dos 2 U-209PN é bem maior que as dos 3 Albacora que tivemos até há poucos anos, e que por serem novos não exigirão periodos de paragem para manutenção tão prolongados, ainda assim é muita verba para apenas e só 2 meios navais que apesar de furtividade e capacidade de dissuaasão, acabam por sacrificar de maneira letal outras valências da Armada portuguesa, que para a sua política externa fariam mais falta.


Amigo Rui
Os submarinos são a única arma de dissuasão que possuímos, além de que ao termos os nossos, não dependemos de terceiros para treinar a nossa marinha. No caso das fragatas, se adquiríssemos o ESSM por exemplo para as K. Doorman, ficaríamos com dois navios capazes de defesa de área, pois segundo se diz, o seu alcance é similar ao do SM-1.
Ao comprar três submarinos, não teríamos grande vantagem económica, mas sim estratégica, e aí sim cortavam na aquisição de outros meios navais.
A propósito da política externa, não se esqueça que primeiro está a defesa o nosso país, e depois os golpes de estado dos há muito independentes PALOP.

através de mais um LPD ou navio logístico tipo Ro-Ro, e mais um AOR novo de grande capacidade, a acrescentar ao actual.

Dois LPD para? Como já deve ter lido na imprensa, Portugal já não tem mais tropas para actuar no exterior, e 650 homens são muita gente. Pra quê um segundo LPD? No entanto concordo com um pequeno RO/RO à volta de 3. 000 TDW para transporte de material de despoluição, deslocações de viaturas etc.
Quanto ao AOR ele deve apenas substituir o Bérrio, e não complementá-lo pois este já é velho. Não há necessidade tactica de um segundo AOR para cinco navios.

Enviado: Sex Out 06, 2006 10:05 am
por P44
:wink: e que tal um "bichinho" destes?????...

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