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Enviado: Sex Abr 14, 2006 12:13 am
por rodrigo
Alencar diz ser favorável a acerto de contas

Vice-presidente defendeu acordo entre União e companhias aéreas para pôr fim às disputas judiciais por indenizações de R$ 4,72 bilhões para as empresas. Acordo possibilitaria redução imediata das dívidas de Varig e Vasp com o governo

O vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, disse, nesta sexta, ser favorável a um encontro de contas entre a União e as companhias aéreas para por fim nas disputas judiciais por indenizações de R$ 4,72 para as empresas e possibilitar a redução de seus passivos.

“A princípio, sou favorável. Existe um ditado em Minas Gerais que diz que ‘é melhor um mau acordo que uma boa emenda”, afirmou Alencar, após reunião com os representantes das companhias e do setor aéreo e o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal, defensor do acordo.

Não é a primeira vez que a idéia de um acerto de contas é apresentada como parte da solução para a crise das empresas aéreas, mas especificamente da Varig. No segundo semestre de 2004, antes do STJ dar ganho de causa para a Varig num processo avaliado em R$ 2,5 bilhões, a proposta circulou pela Esplanada. O então ministro da Defesa, José Viegas (ocupou o cargo até novembro), disse que o encontro de contas não estava nos planos do governo.

Na ocasião, autoridades do Executivo argumentavam que a União era obrigada a levar a disputa até a última instância jurídica –o STF (Supremo Tribunal Federal)- ou correia o risco de ser acusada de não zelar adequadamente pelo bem público. Argumentava-se também que um acordo poderia abrir um precedente para que outras empresas de outros setores pedissem o mesmo tipo de tratamento.

Alencar ponderou, no entanto, que o acordo da Transbrasil com o Ministério da Fazenda para o pagamento de indenizações de cerca de R$ 750 milhões abre um precedente para o acerto entre a União e as demais empresas. O acordo com a Transbrasil foi fechado depois de a empresa ganhar a causa no STF. Como no caso da Tranbrasil, Varig, Vasp e TAM pedem ressarcimento por perdas econômicas decorrentes do congelamento de suas tarifas entre 1985 e 1992.

Vidigal afirmou que as companhias estavam dispostas a negociar o índice de correção dos créditos que disputam com a União para possibilitar o encontro de contas. “Eles [os presidentes das empresas] estão dispostos a abrir mão para facilitar a negociação”, disse Vidigal.

A reunião com os presidentes da Varig, Carlos Luiz Martins, da Vasp, Wagner Canhedo e da Tam, Marco Antonio Bologna, porém, não foi conclusiva. O vice-presidente disse que conversará com o presidente Lula, que deverá solicitar à Advocacia-Geral da União um parecer sobre a proposta de acordo com base no encontro de contas. "Darei ao doutor Vidigal, hoje ainda, uma resposta; farei um esforço para saber ainda hoje se isto é possível", disse Alencar.

O acerto de contas permitiria as empresas abaterem de seus débitos com o governo federal o valor das indenizações que pleiteiam na Justiça. Há três meses, o STJ deu ganho de causa à Varig, numa ação que deve render cerca de R$ 2,5 bilhões para a empresa –valor equivalente ao que a companhia deve em impostos e contribuições federais.

Pelas contas apresentadas no ano passado pela Varig, sua dívida total é de US$ 1,8 bilhão, dos quais 56% são com a administração direta da União (cerca de US$ 1 bilhão ou R$ 2,7 bilhões). AGU recorreu da decisão ao próprio STJ e já pediu para levar a causa ao Supremo Tribunal Federal (STF).

http://www.primeiraleitura.com.br/auto/ ... l&id=41118

Enviado: Qua Mai 03, 2006 1:21 am
por Paisano
Máfia russa quer a Varig*

Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/

Ademar de Barros, governador de São Paulo, recebeu do general Amauri Kruel, comandante do II Exército, em 5 de junho de 1966, a notícia de que o general Castelo Branco havia assinado a cassação de seu mandato e a suspensão de seus direitos políticos, sendo substituído pelo vice Laudo Natel.

No Palácio do Morumbi, a confusão foi total. Ninguém sabia o que o derrubado governador, apoiado por sua poderosa Polícia Militar, ia fazer.

Ademar convocou imediatamente uma reunião de todo o secretariado e dos diretores dos órgãos mais importantes do governo, chamou os amigos mais próximos e todos foram se encaminhando para o salão de despachos.

Ademar

Corria um frio suor coletivo. Ademar iria acatar ou reagir? E reagir como? Ademar chegou, foi para a cabeceira da mesa, sentou-se, calado, o rosto tenso, o olhar duro, esperou que todos se sentassem. Olhou para um lado, olhou para o outro, conferiu um por um, fitando cada um nos olhos:

- Meus amigos, agradeço comovido a solidariedade de vocês. Vocês sabem que o Castelo me cassou. Um ingrato. Só está lá na presidência da República porque garanti a revolução de 31 de março aqui em São Paulo. Vocês são meus amigos e eu conto com o apoio de vocês. Respondam com toda a franqueza. Da resposta de vocês vai depender o destino da minha vida.

Ademar parou, respirou fundo. Havia um silêncio de punhal. Continuou:

- Me digam. De que é que eu vou embora? De avião ou de navio?
Foi de avião, dois dias depois, 7 de junho. E de peruca marrom.

Berezovski

Também em São Paulo, na semana passada, aconteceu outra história ridícula como a fuga de Ademar. De repente, apareceu a notícia de que estava escondido na cidade o bilionário da máfia russa, Boris Berezovski, dono do time inglês Chelsea, de um time na Geórgia e do fundo de investimentos MSI, que arrendou o Corinthians através de seu testa-de-ferro, o irianiano Kia.

Berezovski é um fugitivo internacional. Condenado a mais de 20 anos de prisão na Rússia, sua terra, por um mensalão generalizado e golpes financeiros contra o país, procurado pela Suíça, pela França e outras praças, negociou com Tony Blair um asilo na Inglaterra, em troca de milhões de dólares para as campanhas eleitorais do primeiro-ministro inglês, seu protetor.

Mas não pode sair da Inglaterra, nem a passeio, porque a Interpol está em cima para cumprir ordens de prisão contra ele, partidas de vários países.

Corinthians

Os processos contra Berezovski são os mais diversos. Com a implosão da União Soviética, ele se aliou a Yeltsin, passou a controlar a maior empresa de petróleo do país, empresas de gás e a companhia de aviação Aeroflot. Explodiu todas, fugiu e saiu da Rússia com mais de 20 bilhões de dólares.

Em Londres, montou seu novo bunker de negócios, inclusive, para lavar dinheiro, a propriedade ou participação em times de futebol na Inglaterra, na Geórgia, em Portugal e, afinal, no Brasil, arrendando o Corinthians.

Há dois anos, quando ele começou a negociar o Corinthians através do iraniano Kia, fui o primeiro a denunciar, aqui, quem era ele, o que havia feito na Rússia, suas condenações e esconderijo na Inglaterra. Quando sai da Inglaterra, Berezovski costuma usar o nome falso de Platon Yelenin. Confirmou-se tudo. Os procuradores José Reinaldo Guimarães e Roberto Porto, do Ministério Público de São Paulo, abriram processos sobre a origem do dinheiro sujo do mafioso russo e do iraniano "neocorintiano" Kia.

Tuma

Na semana passada, afinal, o fantasma da máfia russa desceu em São Paulo, em um jatinho, com uma comitiva de dez pessoas e foram para o hotel cinco estrelas Unique, onde ocuparam os melhores oito apartamentos.

O deputado Romeu Tuma Junior (PMDB de São Paulo), ex-diretor da Interpol no Brasil, denunciou e pediu ajuda à Polícia Federal, à Polícia Civil e à Polícia Militar de São Paulo, que mandou três viaturas para a frente do hotel.

O empresário Renato Duprat, braço direito de Berezovski e de Kia no Brasil, disse que ele veio ao Brasil tentar comprar a Varig. Entrou no País com autorização do Itamaraty, depois de consultar o governo brasileiro.

Mas, como todo mafioso tem sempre seus informantes de orelha em pé, ao saber que já havia três viaturas da Polícia Militar de São Paulo na porta do Hotel Unique, Berezovski e sua comitiva nem mais voltaram ao hotel, para arrumar as malas, fazer o "check-out" para a saída e pagar a conta. Às carreiras, foram para o aeroporto, pegaram o jatinho e sumiram.

Dirceu

O que se diz em São Paulo é que um mafioso de mais de 20 bilhões de dólares não iria arriscar a pele numa aventura, sem antes ter bem negociado tudo com o governo brasileiro através de poderosos intermediários.

A viagem ao Brasil teria sido montada há dias pelo agora "vitorioso empresário" José Dirceu, em uma de suas viagens à Venezuela. A imprensa publicou que Lula pediu ao presidente Hugo Chávez ajuda para encontrar uma saída para a moribunda Varig. O caminho aberto por Dirceu em Caracas foi dinheiro da máfia russa para a Varig e para a campanha de Lula e do PT.

*Sebastião Nery

Enviado: Sex Mai 05, 2006 1:04 pm
por Rui Elias Maltez
(...)Boris Berezovski, dono do time inglês Chelsea, de um time na Geórgia e do fundo de investimentos MSI, que arrendou o Corinthians através de seu testa-de-ferro, o irianiano Kia.


Este Berezovski é perseguido pelo Estado russo e tem à sua conta vários mandatos internacionais de detenção, mas não é ele o dono do Chelsea.

O dono do clube londrino Chelsea é o milionário Abraamovitch.

Enviado: Sex Mai 05, 2006 2:49 pm
por Carlos Mathias
Isso aí é conversa, o juiz que está cuidando da recuperação judicial não vai aprovar uma cagada destas. Asd coisas parecem que estão caminhando para outro lado.

Enviado: Sex Mai 05, 2006 4:19 pm
por A-29
Termina primeira etapa da reunião de credores da Varig


As discussões, que giram em torno da cisão da companhia aérea em duas, transcorrem tranqüilamente
Nilson Brandão




RIO - Terminou por volta de 13h30 desta sexta-feira a primeira etapa da reunião da Varig com seus principais credores, com o objetivo de detalhar mudanças no plano de recuperação judicial. Com início às 10 horas, o encontro foi retomado às 15 horas, sem previsão para seu término.

A principal delas é a divisão da empresa em duas. Na cisão, uma parte - a doméstica - deve ser vendida em leilão. Participam da discussão credores estatais, como Infraero e Banco do Brasil, e privados, como arrendadores de avião, e ainda representantes de trabalhadores, além do Fundo de Pensão Aerus.

De forma geral, segundo dois representantes de credores que participaram do encontro, foi informado que a Varig Doméstica deverá nascer com 30 jatos e a frota internacional com 25 aeronaves. Foi informado também que empresas aéreas regulares e não regulares poderão participar dos consórcios que disputarão o leilão. O valor mínimo da parte doméstica seria de US$ 750 milhões, dos quais US$ 100 milhões poderiam ser antecipados por financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). A informação também é de que caso seja aprovada a proposta na segunda-feira, o BNDES já nos dias seguintes deverá divulgar o detalhamento do empréstimo-ponte.

Segundo a presidente do Sindicato de Aeroviários, Selma Balbino, a reunião transcorre de forma "tranqüila", e há expectativas de que "dificilmente o plano deixará de ser aprovado na assembléia". Selma reconhece, contudo, que uma incógnita está na votação da classe 1 de credores e trabalhadores. Há uma divisão entre empregados e um grupo representado pelo movimento Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), que defende uma proposta própria. Essa idéia também deverá ser votada na assembléia. Ainda assim, a presidente acredita que o chamado Plano B poderá ser aprovado.