Tagos:
Primeiro que tudo, não háplanos para a venda das 3 Vasco da Gama que temos.
As VdG são boas fragatas ASW e com algum capacidade ASuW, mas estão agora a entra na "meia idade".
Ou seja:
Precisam de receber uma modernização para as colocar ao níveis de exigência actuais.
Mas ainda assim são excelentes fragatas, que se integram nas task-force da NATO (neste momento a
NRP Vasco da Gama está integrada numa dessa forças-tarefa e regressará a portugal só em Junho).
Portugal necessita, como já disse, e é uma aspiração da Marinha de 2 ou 3 fragatas AAW (defesa aérea).
As fragatas OHP (classe Oliver Hazard Perry) são fragatas envelhecidas, dos anos 80 que serviram para a Us Navy.
Uma Perry:
Podes ver coisas sobre esta classe de fragatas no tópicvo sobre as OHP
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Actualmente os EUA já não têm Perry's para AAW, e até lhe retiraram essa capacidade.
Possuem outras que têm vindo a ceder a preços amigos a países aliados, como a Turquia ou Polónia, e o anterior governo português teria negociado com o Departamento de Defesa norte-americano a cedência de duas OHP as FFG12 e FFG14 para Portugal, no estado de armamento que tinham ao serviço dos EUA.
Outros países que possuem Perrys são a Espanha que construiu 6 (classe
Santa Maria), a Austrália (classe
Adelaide) ou o Egipto.
A modernização, por conta do Estado português custaria cerca de 80 milhões de euros pelas duas.
Dada a sua idade, previa-se que navegassem mais 10 ou 12 anos.
Agora com este governo e com a revisão da LPM vamos ver se as OHP para Portugal vêem mesmo ou não.
A capacidade AAW que é relativamente limitada das OHP advém dos lançadores que têm na vante, os MK13 para misseis superfície-ar, os SM1 ou SM2.
Mesmo assi , e dada a sua idade, essa capacidade para AAW é maior que a que têm as 3 VdG que temos.
O custo de fragatas ou destroieres varia mais de acordo com os sistemas de armas que lhe estão associados que na construção do casco.
Uma boa fragata AAW (a rondar as 5 ou 6.000 ton de deslocamento), do tipo das espanholas F-100, ou das holandesas LCF ou ainda das norueguesas F-310 é elevado, dado que usam um sistema caríssimo de busca, detecção e guiamento dos mísseis para se poderem defender de ataques aéreos de saturação (com muitos aviões e misseis anti-navio disparados por estes aviões).
Um preço de uma F-100 ou de uma LCF, ou das
Horizon francesas ou das
Type 45 inglesas (estas em vez do americano sitema AEGIS terão o sistema europeu APAR) varia entre os 700 milhões de euros cada e os mil milhões, para as type45.
Já para ne falar nos destroieres
Arleigh Burke americanos que utilizam o mesmo sistema.
Por sso são preços proibitivos para Portuigal neste momento.
Claro que para além das capacidades AAW, essas fragatas possuem ainda boas capacidaes ASW e ASuW.
Ou seja, apesar de eserem essencialmente fragatas de defesa aérea, não deixam de ser também multi-usos.
Por exemplo:
Uma fragata F-100 espanhola, tem boas condições para se defender de um ataque de um submarino hostil.
E para além disso posuem uma peça na vante de 127mm (as peças das nossas VdG têm 100mm).
E até há fragatas com peças de 76 mm, como as OHP.
Por isso o que pergunta acerca de preço tem a ver com a sofisticação dos sistemas instalados.
As Perry são baratas porque são navios já algo velhos, comprado em 2ª mão, e sem grande sofisticação, não têm AEGIS, mas no entanto, para a Mrainha portugueses ainda representariam um acréscimo de qualidade e capacidade de defesa.
No caso acima apontado das fragtasas Meko200 sul-africanas, elas são relativamente baratas porque não estao muito armadas.
Se os estaleiros as tivessem construido com AEGIS (se bem que o seu deslocamento me parece pequeno para um AEGIS) o preço dispararia praticamente para o dobro.
porque para além do AEGIS, que é um sistema electrónico, teria que se lhe associar um sistema de disparo dos misseis para a defesa, normalmente um VLS.
O Chile comprou recentemente à Holanda duas fragatas de defesa aérea da classe L (as JvH) que também não têm AEGIS, mas possuem uns sistemas de radares mais sofisticados que as OHP.
O que acontece é que os holandeses pediam muito dinheiro por elas, e nós, como sempre, não as pudemos pagar.
O Chile acabou por ficar com elas (recebeu a primeira há poucos dias).
Agora, neste momento até já se duvida da vinda das 2 OHP para Portugal
Espero tê-lo esclarecido, mas se precisar de mais, eu ou outros colegas estamos aqui para ajudar.