Arthur escreveu:Se a Marinha quer ou não comprar OHPs eu não sei, mas sei que não há muita opções de fragatas usadas com boa capacidade de defesa anti-aérea para comprar atualmente.
Depois da limpa que o Chile fez com o mercado de belonaves usadas não sobrou muita coisa a não ser as OHP, especialmente se estamos falando de navios com capacidade de defesa antiaérea de área. A única outra opção factível seria comprar umas Type 42 da Royal Navy, mas até onde eu sei somente as do Batch 1 (mais velhas e com versões do Sea Dart menos capazes) já foram descomissionadas. Além disso, não sei se seria uma boa nos tornarmos os únicos operadores do Sea Dart.
Concordo com você! Realmente existem poucas alternativas, e entre essas, as OHPs me parece a mais viável.
Arthur escreveu:A compra das OHP seria, portanto, uma boa solução de curto prazo, como vem defendendo o pt (não o partido, mas o usuário do fórum
). Poderíamos comprar 4 OHP com mais ou menos 20 anos de uso, dar uma modernizada/revisada geral nos equipamentos, substituirmos equipamentos e sistemas por aqueles padrões na MB (ex: Siconta, Chaff nacional, CIWS Trinity, etc) e teríamos um navio capaz de operar razoalvelmente por uns 15 anos na nossa Marinha.
Ai eu vou discordar um pouquinho! Acho mais conveniente manter a peça Phalanx, convertendo essa para o padrão 1B. Esse serviço custaria algo em torno de US$ 2 milhões por peça. Em minha opinião, a utilização desse equipamento não causaria nenhum prejuízo a MB, até porque não acho muito interessante dotar uma única peça de 40 mm em uma embarcação dita AAW. Vale lembrar que Phalanx já é utilizado no Mattoso Maia. Acho que adicionar uma peça Trinity nas OHPs sairia até mais caro!
Outra medida que eu adotaria seria a retirado da peça de 76 mm, e em seu lugar adicionar um lançador Albatroz para mísseis Aspide, com o intuito de diminuir a deficiência dessa classe contra ataque de saturação. O objetivo seria possibilitar que cada OHP pudesse contar com 16 mísseis Aspide (oito no lançador + uma recarga). Confesso que não sei se seria possível adicionar essa recarga! Outra duvida que tenho, é se essa classe dispõe de sensores capazes de utilizar a dupla SM-1 + Aspide. Pelo que eu sei os sistema de controle de fogo MK 92 pode trabalhar em conjunto com a peça de 76 mm + SM-1, acoplando até 4 alvos simultaneamente. Para fazer um comparativo, cada RTN 30X das Niteróis pode acoplar até dois alvos simultaneamente (2 x 2 RTN 30X = 4 alvos). Injetores de 12,7 mm poderiam ser adicionados, com objetivo de promover a proteção (portuária) da embarcação. Lembrando que esse tipo de armamento já se encontra disponível no inventário da MB, portanto não causaria nenhum custo adicional.
Os lançadores e os mísseis MM-40 Exocet seriam opcionais, e dependeria de quanto a MB poderia gastar com essas OHPs “modernizadas”. Outros equipamentos e sensores poderiam ser substituídos ou melhorados, isso dentro das possibilidades da MB.
Se o custo dessa
compra (embarcações + armamento) +
modernização/melhoramento (embarcações + armamento) for de algo em torno de 60 milhões a unidades, essa compra se torna bastante vantajosa. Bom se o Chile teve 800 milhões para dar em 8 embarcações, o Brasil pode dar 240 milhões em 4 OHPs, pois isso é o mínimo, né! Vale lembrar que nesse caso a MB pode fazer um pacotão, incluindo 4 OPH + 2 Austin. As OHPs seriam doadas, e a MB pagaria apenas os custo de modernização, treinamento, aquisição de equipamento, etc, até porque se o EUA não doar algumas dessas embarcações, com certeza algumas unidades serão mandadas para o fundo do mar. Então é mais vantajoso ($$$) doar algumas unidades. Sei lá, acho que esse pacotão poderia sair mais ou menos uns 340 milhões (240 mi das OHPs + 100 mi das Austin). Essa compra poderia perfeitamente ser financiada (10 anos), sendo que seu pagamento sairia do orçamento do fundo naval. É só o governo pagar aquilo que é de direito da MB! Segundo o artigo do Defesanet (
CLIQUE AQUI ), só em 2004 a equipe econômica do governo desviou
R$ 759 milhões em royalties de petróleo que deveriam ser repassados para a Marinha.Ah, não devemos esquecer que o orçamento do PRM (US$ 7 bilhões) não está incluso o recurso do fundo naval. Ou pelo menos não deveria estar, né?!
As peças de 76 mm poderiam ser instaladas nas Austin, e o Phalanx (2) dessa classe também poderia ser convertido para o padrão 1B (quem sabe o da Mattoso Maia também!).
A frota de embarcação de transporte, reabastecimento e apoio logístico a da MB ficaria assim: 2 Austin + o Mattoso Maia + uma embarcação da classe Ceará (G-30 ou G-31) + Gastão Malta + Marajó. No caso da classe Ceará ficaria mais ou mesmo assim, uma unidade seria mantida no serviço ativo com navio de apoio logístico, oficina, etc, e a outra seria enviada para reserva com objetivo de fornecer peças para a primeira. Essa embarcação seria mantida no serviço ativo até 2015 (no máximo) quando estaria com 59 anos operacional (EUA + Brasil). Com isso a MB teria 10 anos para concretizar o projeto nacional de construção de embarcação de transporte. Ser for um projeto visando um casco único, tanto para embarcações de transporte pessoal, quanto AOR, etc, seria melhor ainda, porque de 2015 a 2020 a MB teria condições de substituir os navios Ceará (ou Rio de Janeiro), Marajó e Mattoso Maia, e de 2020 em diante seria substituído as 2 Austin e o Gastão Malta. Portanto esse projeto da MB poderia resultar na construção de 6 embarcações em um período de 15 anos. Em minha opinião, vale a pena apostar nesse projeto!
Agora só um último comentário. As OHPs podem ser consideradas embarcações de segunda linha para o EUA, mas para a maioria das marinhas, as OHPs são sim embarcações de primeira linha. Quer exemplos? Turquia, Taiwan e Austrália. Ah, não podermos esquecer que por um bom tempo as OHPs (junto com o Principe de Astúrias) foram também as principais embarcações da marinha espanhola. Todas essas marinhas citadas possuem maior poder de fogo que a MB! Então pessoal, vamos para de c* doce, é aceitar as OHPs. Ruim com elas, pior sem elas!
Bom a minha mensagem ficou um pouco grande...
Falou!!!