Vítimas e Vítimas
Moderador: Conselho de Moderação
- Spetznaz
- Sênior
- Mensagens: 1130
- Registrado em: Sáb Mai 17, 2003 8:27 pm
- Localização: Vitória, ES
- Contato:
Miliko.
Numa tentativa de demonstrar uma cultura e um conhecimento que vc está longe de possuir, vc, nesses textos - principalmente no ultimo- faz uma afirmaçoes patéticas sobre a sociologia. É uma pena que vc, ao invés de fazer uma réplica das críticas que eu faço aos seus textos tente achar defeitos em meus enunciados. Infelizmente, com afirmaçoes rídiculas como as feitas, vc acaba por perder a credibilidade, pelo menos quando o assunto é outro que nao seja militar.
"E, pelo jeito vc decorou tudo que o seu professor de introducao a sociologia e de introducao aos estudos historicos falou....
E a infancia sociologica do marxismo..positivismo x marxismo...
quem nao e marxista, obviamente, e positivista..quem nao pertence aos poucos iluminados que nao enxergam isso, sao alienados...seja pela educaçao, como diz miliband, seja pela igreja ou pela moral burguesa, como diz marx.. "
Nao foi com o professor de introduçao à sociolgia que me interessei pelo marxismo. Desde os 14 anos leio sobre o assunto. A "infancia da sociologia" nao traz marxismo X positivismo. Essa infancia traz a análise de pelo menos 3, básicos, tipos de sociologia. Sociologia da Compreensao, da transformação e da ordem. Nao vou especificá-los. Vc vai dizer que já sabia e tudo mais né? ehueheuheuhe. Sobre a afirmaçao de que quem nao enxerga é alienado vc está completamente errado. Para Marx, a ideologia faz com que o povo nao questione a ordem estabelecida, mas nem por isso sao alienados. É uma ponto de questionamento, a ideologia impede que o povo veja a verdade e empurra goela abaixo tudo que aocntece.O Marxismo quer fazer pensar , questionar.
"A proposito, essa teoria surgiu com saint simon, comte e durkhein, bem como Dahrendorf , sao contribuintes, e nao autores. "
Que teoria que surgiu com Saint Simon? Saint Simon é considerado um SOCIALISTA UTÓPICO -dizia que o estado deveria tomar a frente da organizaçao e planejamento dos meios de produçao etc- e nao um positivista. Ele teve uma associaçao com Comte que resultou em um livro. Porém os dois se desentenderam e só mais tarde COMTE lançou "Curso de Filosofia Positiva". Portanto, mais um erro no seu discurso impecável.
"700 anos de capitalismo..putz...marx e quem mais estudou os sistemas de producao devem estar dando voltas no tumulo...os sociologos nao consideram o modo de producao capitalista anterior a revolução industrial, no maximo consideram um pre capitalismo.... "
Nao meu caro. Marx certamente está rolando no túmulo de ver alguem com seu gabarito escrever sobre ele. Em O Capital, Marx diz que a acumulaçao primitiva começou no século XV, ocorrendo nessa época tb a expropriaçao violenta dos meios de produçao, forçando os trabalhadores a venderem a única coisa que lhes restou, a força de trabalho. Bem. Portanto, apesar de nao ter 700 anos, o Capitalismo começou sim, muito, mas muito antes da revoluçao industrial -600 anos. Mais um erro hein meu quirido.
"Mas nao tem jeito, para os marxistas ninguem sobrevive sem ideologia, vc tem que ter uma...mesmo que seja positivista, do que julgam qualquer um q nao seja marxista.
vc ta ate parecendo o brasileiro mascarado, do antigo forum, so falta usar o termo americanalhados.. "
Aqui vc chega a imbecilidade total e completa. Mostrando o total desconhecimento da teoria marxista, que vc insiste em comentar, vc faz uma afirmaçao completamente tosca, já que o próprio marxismo significa a quebra da ideologia.
Ideologia pode ser entendida como uma organização sistemática dos conhecimento destinados a orientar uma prática, uma ação efetiva. Porém o conceito marxista de ideologia tem suas particularidades. Para Marx, a ideologia é fruto da classe dominante, que a utiliza para dar legitimidade à sua dominaçao. Isto é, a ideologia encobre a dominaçao por trás de idéias que a classe dominante faz passar como verdadeiras. Portanto ideologia para Marx assume um sentido pejorativo. Mais um erro seu.
Desconsiderando o conceito marxista de ideologia é possivel que alguem viva sem ideologia? Mesmo as pessoas que acham que nao tem ideologia sao partidários de uma. Ideologia é um conjunto de idéias, é sua visao de mundo. Todos temos uma visao de mundo. Até mesmo as mais toscas sao ideologias. Portanto é impossível mesmo - nao se utilizando do conceito marxista - viver sem ideologia. Mais um erro seu.
Sobre a parte da guerrilha, vc está certo. Nao sei nada sobre teria de guerrilha, portanto nao comento. E vc deveria fazer o mesmo quanto à sociologia. Outra coisa. Se a URSS, Cuba e Albania patrocinaram guerrilhas, os EUA patrocinavam estados terroristas, como este implantado aqui na revoluçao de 64; estado esse que promovia atentados terroristas contra sua própria populaçao -tortura em massa, assassinatos, perseguiçoes, tb sao trrorismo.
Agora sinceramente. Quando vc chega na parte de nazismo X comunismo vc atenta contra a inteligencia basica de qq ser humano. Dizer que socialismo é parecido com nazismo, sendo este seu fruto. Rapaz. Nenhum historiador do mundo, por mais desporvido de inteligencia que ele seja vai afirmar uma coisa dessas. Vamos fazer breves e infantis definiçoes:
Nazismo: Ideologia e forma de governo que prega a superioridade da raça ariana -racismo exacerbado- e sua expensao pelo mundo, subjulgando os outros povos. Modos de produçao capitalistas, com iniciativa privada etc... Um de seus objetivos era acabar com o socialismo.
Socialismo: Sistema de idéias e forma de constituiçao de um novo estado que prega a uniao dos povos para o fim da exploraçao do homem pelo próprio homem -mais valia, expropriaçao dos meios de produçao etc... Modo de produçao socialista.
Olhando assim vemos muitas semelhanças né? As únicas semelhanças que podem ser imputadas sao as das mortes, que infelizmente sao um fato. Porém é a única forma de comparaçao.Definitivamente os sistemas em sí nao tem nada a ver um com o outro, isso é básico. Dizer que um veio do outro é patético. Mais um erro patético.
Quando vc diz que o nazismo é melhor que o socialismo vc demonstra a pessoa que vc é. Vc é racista?
Mesmo nao sendo racista ,tenho muita pena de pessoas assim. Apesar de nao conhecer o sistema o critica, sem saber o básico. Essa é a materiaizaçao dos efeitos da ideologia narrada por Marx.
Vc tem certeza que na Rússia o comunismo é tratado do modo como o seu amigo viu?
A maioria - nao acompanhei a ultima eleiçao, mas deve ter se mantido como maioria ou está perto da maioria- da duma-parlamento russo- ainda é Comunista. Como explicar? Dizer que um amigo foi lá e disse nao representa nada. Os fatos estao ai. Inventar nao adianta muita coisa nao é mesmo? Putin foi eleito e isso demonstra como o povo ainda está ligado ao simbolismo inerenta a figura de Putin.
Quanto à bandeira, preferia que fosse sem a frase. Essa coisa rídicula nós vamos carregar pro resto de nossas vidas. Carregar uma frase de um sistema -criticado por todos- que já morreu á séculos, ou pelo menos deveria, nao é uma coisa boa.
Numa tentativa de demonstrar uma cultura e um conhecimento que vc está longe de possuir, vc, nesses textos - principalmente no ultimo- faz uma afirmaçoes patéticas sobre a sociologia. É uma pena que vc, ao invés de fazer uma réplica das críticas que eu faço aos seus textos tente achar defeitos em meus enunciados. Infelizmente, com afirmaçoes rídiculas como as feitas, vc acaba por perder a credibilidade, pelo menos quando o assunto é outro que nao seja militar.
"E, pelo jeito vc decorou tudo que o seu professor de introducao a sociologia e de introducao aos estudos historicos falou....
E a infancia sociologica do marxismo..positivismo x marxismo...
quem nao e marxista, obviamente, e positivista..quem nao pertence aos poucos iluminados que nao enxergam isso, sao alienados...seja pela educaçao, como diz miliband, seja pela igreja ou pela moral burguesa, como diz marx.. "
Nao foi com o professor de introduçao à sociolgia que me interessei pelo marxismo. Desde os 14 anos leio sobre o assunto. A "infancia da sociologia" nao traz marxismo X positivismo. Essa infancia traz a análise de pelo menos 3, básicos, tipos de sociologia. Sociologia da Compreensao, da transformação e da ordem. Nao vou especificá-los. Vc vai dizer que já sabia e tudo mais né? ehueheuheuhe. Sobre a afirmaçao de que quem nao enxerga é alienado vc está completamente errado. Para Marx, a ideologia faz com que o povo nao questione a ordem estabelecida, mas nem por isso sao alienados. É uma ponto de questionamento, a ideologia impede que o povo veja a verdade e empurra goela abaixo tudo que aocntece.O Marxismo quer fazer pensar , questionar.
"A proposito, essa teoria surgiu com saint simon, comte e durkhein, bem como Dahrendorf , sao contribuintes, e nao autores. "
Que teoria que surgiu com Saint Simon? Saint Simon é considerado um SOCIALISTA UTÓPICO -dizia que o estado deveria tomar a frente da organizaçao e planejamento dos meios de produçao etc- e nao um positivista. Ele teve uma associaçao com Comte que resultou em um livro. Porém os dois se desentenderam e só mais tarde COMTE lançou "Curso de Filosofia Positiva". Portanto, mais um erro no seu discurso impecável.
"700 anos de capitalismo..putz...marx e quem mais estudou os sistemas de producao devem estar dando voltas no tumulo...os sociologos nao consideram o modo de producao capitalista anterior a revolução industrial, no maximo consideram um pre capitalismo.... "
Nao meu caro. Marx certamente está rolando no túmulo de ver alguem com seu gabarito escrever sobre ele. Em O Capital, Marx diz que a acumulaçao primitiva começou no século XV, ocorrendo nessa época tb a expropriaçao violenta dos meios de produçao, forçando os trabalhadores a venderem a única coisa que lhes restou, a força de trabalho. Bem. Portanto, apesar de nao ter 700 anos, o Capitalismo começou sim, muito, mas muito antes da revoluçao industrial -600 anos. Mais um erro hein meu quirido.
"Mas nao tem jeito, para os marxistas ninguem sobrevive sem ideologia, vc tem que ter uma...mesmo que seja positivista, do que julgam qualquer um q nao seja marxista.
vc ta ate parecendo o brasileiro mascarado, do antigo forum, so falta usar o termo americanalhados.. "
Aqui vc chega a imbecilidade total e completa. Mostrando o total desconhecimento da teoria marxista, que vc insiste em comentar, vc faz uma afirmaçao completamente tosca, já que o próprio marxismo significa a quebra da ideologia.
Ideologia pode ser entendida como uma organização sistemática dos conhecimento destinados a orientar uma prática, uma ação efetiva. Porém o conceito marxista de ideologia tem suas particularidades. Para Marx, a ideologia é fruto da classe dominante, que a utiliza para dar legitimidade à sua dominaçao. Isto é, a ideologia encobre a dominaçao por trás de idéias que a classe dominante faz passar como verdadeiras. Portanto ideologia para Marx assume um sentido pejorativo. Mais um erro seu.
Desconsiderando o conceito marxista de ideologia é possivel que alguem viva sem ideologia? Mesmo as pessoas que acham que nao tem ideologia sao partidários de uma. Ideologia é um conjunto de idéias, é sua visao de mundo. Todos temos uma visao de mundo. Até mesmo as mais toscas sao ideologias. Portanto é impossível mesmo - nao se utilizando do conceito marxista - viver sem ideologia. Mais um erro seu.
Sobre a parte da guerrilha, vc está certo. Nao sei nada sobre teria de guerrilha, portanto nao comento. E vc deveria fazer o mesmo quanto à sociologia. Outra coisa. Se a URSS, Cuba e Albania patrocinaram guerrilhas, os EUA patrocinavam estados terroristas, como este implantado aqui na revoluçao de 64; estado esse que promovia atentados terroristas contra sua própria populaçao -tortura em massa, assassinatos, perseguiçoes, tb sao trrorismo.
Agora sinceramente. Quando vc chega na parte de nazismo X comunismo vc atenta contra a inteligencia basica de qq ser humano. Dizer que socialismo é parecido com nazismo, sendo este seu fruto. Rapaz. Nenhum historiador do mundo, por mais desporvido de inteligencia que ele seja vai afirmar uma coisa dessas. Vamos fazer breves e infantis definiçoes:
Nazismo: Ideologia e forma de governo que prega a superioridade da raça ariana -racismo exacerbado- e sua expensao pelo mundo, subjulgando os outros povos. Modos de produçao capitalistas, com iniciativa privada etc... Um de seus objetivos era acabar com o socialismo.
Socialismo: Sistema de idéias e forma de constituiçao de um novo estado que prega a uniao dos povos para o fim da exploraçao do homem pelo próprio homem -mais valia, expropriaçao dos meios de produçao etc... Modo de produçao socialista.
Olhando assim vemos muitas semelhanças né? As únicas semelhanças que podem ser imputadas sao as das mortes, que infelizmente sao um fato. Porém é a única forma de comparaçao.Definitivamente os sistemas em sí nao tem nada a ver um com o outro, isso é básico. Dizer que um veio do outro é patético. Mais um erro patético.
Quando vc diz que o nazismo é melhor que o socialismo vc demonstra a pessoa que vc é. Vc é racista?
Mesmo nao sendo racista ,tenho muita pena de pessoas assim. Apesar de nao conhecer o sistema o critica, sem saber o básico. Essa é a materiaizaçao dos efeitos da ideologia narrada por Marx.
Vc tem certeza que na Rússia o comunismo é tratado do modo como o seu amigo viu?
A maioria - nao acompanhei a ultima eleiçao, mas deve ter se mantido como maioria ou está perto da maioria- da duma-parlamento russo- ainda é Comunista. Como explicar? Dizer que um amigo foi lá e disse nao representa nada. Os fatos estao ai. Inventar nao adianta muita coisa nao é mesmo? Putin foi eleito e isso demonstra como o povo ainda está ligado ao simbolismo inerenta a figura de Putin.
Quanto à bandeira, preferia que fosse sem a frase. Essa coisa rídicula nós vamos carregar pro resto de nossas vidas. Carregar uma frase de um sistema -criticado por todos- que já morreu á séculos, ou pelo menos deveria, nao é uma coisa boa.
Editado pela última vez por Spetznaz em Sex Set 19, 2003 1:03 am, em um total de 1 vez.
- Slip Junior
- Sênior
- Mensagens: 3291
- Registrado em: Seg Fev 17, 2003 6:00 pm
- Agradeceram: 1 vez
Bom pessoal, não gosto de entrar em discussões politicas e ideológicas, por se trarem de temas altamente polêmicos e muito pessoais mas, achei oportuna uma intromissão nesse caso para acalmar os ânimos do pessoal e também achar que poderia tal discussão menos tensa e apresentar uma nova visão para ambos os lados.
Bom, voltando ao motivo original de tal debate, acho que existem várias pessoas que erraram de ambos os lados: um governo, no meu ponto de vista, não deve, por motivo algum, se utilizar de práticas desumanas. Motivo algum pode justificar o uso de tais.
Por outro lado, realmente existiram grupos armados (como sugere o próprio nome de alguns deles citados em mensagem por um membro desse fórum) que necessitavam ser combatidos, pois caso isso não fosse feito corriamos o risco de ter uma grande guerrilha se expandindo pelo território nacional.
Acredito que todos os membros envolvidos nessa discussão aceitem isso como verdadeiro uma vez que os dados já postados assim como os fatos históricos assim o demonstraram, certo?
Bom, quanto à questão da ideologia, como já disse antes isso é questão extremamente pessoal. Toda pessoa tem o direito de defender qualquer idéia que achar conveniente desde que a mesma não diga respeito a qualquer forma de preconceito ou desrepeito as demais pessoas. É normal e extremamente compreensivel que uma certa pessoa que se interesse por uma determinada ideologia tenha mais conhecimento a respeito da mesma do que uma segunda que pouco interesse tenha na mesma. Acho que não há motivo para discussões mais aprofundadas, pelo menos no sentido de confrontar idéias como está ocorrendo aqui nesse tópico, uma vez que isso em pouco contribuirá para a discussão dos temas em questão.
Também não há motivo para se desfazer ou derespeitar pessoas defensoras de linhas de pensamento que possam ser consideradas pouco ortodoxas no mundo moderno (apesar do pensamento socialista/comunista ainda se demonstrar muito presente na sociedade moderna). Pessoalmente, considero os comunistas como sonhadores e não é minha intenção de derespeitar ou desmeresser tais pessoas com tal afirmação. Sonhadores porque apesar de todo os problemas apresentados em nações que tentaram instalar tal sistema, ainda acreditar em um sistema que se apresenta mais justo para com as pessoas (e de que a teoria socialista incentivava isso, acho que ninguém pode contestar certo?) e porque realmente demonstrem uma grande confiança na humanidade.
Mas essa mesma humanidade é um pouco esquecida em tais discussões; existem muitos "ISMO"s por ai e todos se apresentam como os mais favoráveis para o desenvolvimento de uma humanidade mais justa e racional. Porém a discussão e o confronto de idéias faz com que pessoas com idéias antagônicas faz com que esqueçam que os seus rivais tb não são nada mais do que pessoas lutando por um outro caminho para um mesmo mundo melhor. Dessa forma acho que os 2 lados merecem respeito: tanto um sargento morto por um guerrilheiro na Amazônia enquanto lutava contra um grupo armado que ameaçava a paz da nação; quanto um militante assassinado em uma pentinenciaria após ter sido preso por ter lançado coquetéis molotov em policiais que repreendiam uma manifestação. Todos morreram defendendo as idéias que defendiam e acreditavam e por isso devem e merecem ser respeitados.
Abraços
Bom, voltando ao motivo original de tal debate, acho que existem várias pessoas que erraram de ambos os lados: um governo, no meu ponto de vista, não deve, por motivo algum, se utilizar de práticas desumanas. Motivo algum pode justificar o uso de tais.
Por outro lado, realmente existiram grupos armados (como sugere o próprio nome de alguns deles citados em mensagem por um membro desse fórum) que necessitavam ser combatidos, pois caso isso não fosse feito corriamos o risco de ter uma grande guerrilha se expandindo pelo território nacional.
Acredito que todos os membros envolvidos nessa discussão aceitem isso como verdadeiro uma vez que os dados já postados assim como os fatos históricos assim o demonstraram, certo?
Bom, quanto à questão da ideologia, como já disse antes isso é questão extremamente pessoal. Toda pessoa tem o direito de defender qualquer idéia que achar conveniente desde que a mesma não diga respeito a qualquer forma de preconceito ou desrepeito as demais pessoas. É normal e extremamente compreensivel que uma certa pessoa que se interesse por uma determinada ideologia tenha mais conhecimento a respeito da mesma do que uma segunda que pouco interesse tenha na mesma. Acho que não há motivo para discussões mais aprofundadas, pelo menos no sentido de confrontar idéias como está ocorrendo aqui nesse tópico, uma vez que isso em pouco contribuirá para a discussão dos temas em questão.
Também não há motivo para se desfazer ou derespeitar pessoas defensoras de linhas de pensamento que possam ser consideradas pouco ortodoxas no mundo moderno (apesar do pensamento socialista/comunista ainda se demonstrar muito presente na sociedade moderna). Pessoalmente, considero os comunistas como sonhadores e não é minha intenção de derespeitar ou desmeresser tais pessoas com tal afirmação. Sonhadores porque apesar de todo os problemas apresentados em nações que tentaram instalar tal sistema, ainda acreditar em um sistema que se apresenta mais justo para com as pessoas (e de que a teoria socialista incentivava isso, acho que ninguém pode contestar certo?) e porque realmente demonstrem uma grande confiança na humanidade.
Mas essa mesma humanidade é um pouco esquecida em tais discussões; existem muitos "ISMO"s por ai e todos se apresentam como os mais favoráveis para o desenvolvimento de uma humanidade mais justa e racional. Porém a discussão e o confronto de idéias faz com que pessoas com idéias antagônicas faz com que esqueçam que os seus rivais tb não são nada mais do que pessoas lutando por um outro caminho para um mesmo mundo melhor. Dessa forma acho que os 2 lados merecem respeito: tanto um sargento morto por um guerrilheiro na Amazônia enquanto lutava contra um grupo armado que ameaçava a paz da nação; quanto um militante assassinado em uma pentinenciaria após ter sido preso por ter lançado coquetéis molotov em policiais que repreendiam uma manifestação. Todos morreram defendendo as idéias que defendiam e acreditavam e por isso devem e merecem ser respeitados.
Abraços
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Dessa forma acho que os 2 lados merecem respeito: tanto um sargento morto por um guerrilheiro na Amazônia enquanto lutava contra um grupo armado que ameaçava a paz da nação; quanto um militante assassinado em uma pentinenciaria após ter sido preso por ter lançado coquetéis molotov em policiais que repreendiam uma manifestação. Todos morreram defendendo as idéias que defendiam e acreditavam e por isso devem e merecem ser respeitados.
Excelente mensagem Slip Junior. Me lembrei de uma estória sobre o Araguaia. Após um combate, um guerrilheiro tombou morto, mas só depois de ter lutado muito. Um oficial do Exército, irritado com o baixo rendimento dos soldados, os alinhou na frente do cadáver do guerrilheiro e disse:
- Esse homem morto aí é um herói! É um soldado heróico lutando do lado errado! E vocês? O que vocês são?
O oficial estava desesperado com a falta de combatividade dos recrutas. Note-se bem: ele não estava elogiando as idéias, a ideologia do guerrilheiro. Estava louvando a ação militar dele. Mostrando que ele tinha feito a coisa certa, mas do lado errado.
No fim das contas, o Araguaia e todo o episódio da luta armada no Brasil dos anos 60-70, foi uma grande e inútil desgraça. Que resultou no sacrifício das vidas de muitos jovens admiráveis, do Exército e da guerrilha. Melhor teria sido se ainda estivessem vivos e contribuindo para um país melhor.
Somente alguns pontos em comum..
Mein Kampf (Adolf Hitler) x Manifesto do Partido Comunista (Karl Marx)
luta de raças x luta de classes
Volk alemão x proletariado
pureza racial x pureza cultural
judeu x burguês
Como pano de fundo, a questao da violencia, do totalitarismo, da doutrinaçao ideológica, da restriçao das liberdades individuais, do proselitismo militante e agressivo, do ataque à liberdade de expressao.
"O Direito, as leis, a moral, a religiao, sao meros preconceitos burgueses, atrás dos quais se ocultam outros tantos interesses burgueses". (1ª parte, "Burgueses e Proletários")
Issso nao e excludencia...se nao for, o que e entao...
Mas já que falamos de paralelos (talvez vc nao saiba):
(A) Os "genios marxistas" sob o governo de Stalin desenvolveram varias pesquisas tentando provar a existencia de diferenças geneticas entre burgueses e proletarios. (Seria consequencia de alguma relaçao com a doutrina de raças?)
(B) Também desenvolviam pesquisas separando crianças de suas familias e colocando-as sob a tutela do Estado. Buscavam provar que os sentimentos familiares eram "reaçoes burguesas".
Agora, eu nao disse que o nazismo e melhor que o comunismo, eu disse que os dois sao ruins, e que creio ser o comunismo muito pior. a ordem dos fatores, nesse caso, altera os produtos. De onde vc irou a ideia de racista..vc nem sabe a minha cor de pele...ah, sim, ja que eu disse nao ser positivista , e citei a palavra nazismo no texto, vc deve estar tentando traçar um paralelo..o mesmo papo de sempre, isso x aquilo, se vc nao e marxista so pode ser nazista, reacionario, alienado, etc..
Creio que a melhor opção e a do kosiak, vamos falar de assuntos militares, se alguem quiser falar de ideologia e melhor mesmo ir para o forum consciencia home page, de filosofia e afins..
Mein Kampf (Adolf Hitler) x Manifesto do Partido Comunista (Karl Marx)
luta de raças x luta de classes
Volk alemão x proletariado
pureza racial x pureza cultural
judeu x burguês
Como pano de fundo, a questao da violencia, do totalitarismo, da doutrinaçao ideológica, da restriçao das liberdades individuais, do proselitismo militante e agressivo, do ataque à liberdade de expressao.
"O Direito, as leis, a moral, a religiao, sao meros preconceitos burgueses, atrás dos quais se ocultam outros tantos interesses burgueses". (1ª parte, "Burgueses e Proletários")
Issso nao e excludencia...se nao for, o que e entao...
Mas já que falamos de paralelos (talvez vc nao saiba):
(A) Os "genios marxistas" sob o governo de Stalin desenvolveram varias pesquisas tentando provar a existencia de diferenças geneticas entre burgueses e proletarios. (Seria consequencia de alguma relaçao com a doutrina de raças?)
(B) Também desenvolviam pesquisas separando crianças de suas familias e colocando-as sob a tutela do Estado. Buscavam provar que os sentimentos familiares eram "reaçoes burguesas".
Agora, eu nao disse que o nazismo e melhor que o comunismo, eu disse que os dois sao ruins, e que creio ser o comunismo muito pior. a ordem dos fatores, nesse caso, altera os produtos. De onde vc irou a ideia de racista..vc nem sabe a minha cor de pele...ah, sim, ja que eu disse nao ser positivista , e citei a palavra nazismo no texto, vc deve estar tentando traçar um paralelo..o mesmo papo de sempre, isso x aquilo, se vc nao e marxista so pode ser nazista, reacionario, alienado, etc..
Creio que a melhor opção e a do kosiak, vamos falar de assuntos militares, se alguem quiser falar de ideologia e melhor mesmo ir para o forum consciencia home page, de filosofia e afins..
- Spetznaz
- Sênior
- Mensagens: 1130
- Registrado em: Sáb Mai 17, 2003 8:27 pm
- Localização: Vitória, ES
- Contato:
Bem. Vamos tentar esclarecer as coisas mais uma vez.
Hitler nao demosntra uma luta entre raças. Ele tenta demonstrar uma SUPERIORIDADE, o que é totalmente diferente. Hitler queria a supremacia ariana, e nao o fim das raças.
Marx demosntra, através de uma nalise historica a luta entre classes. Marx nao quer que o proletariado vença. Ele quer exatamente o fim das classes, e nao a predominancia de uma sobre a outra. Comunismo, que é o fim da revoluçao, é o fim das classes.
Marx julga que a única classe capaz de promover a revoluçao rumo ao fim das classes é a operária, já que, logicamente, é a unica que tem interesse no fim das classes, já que é a classe oprimida. A burguesia quer permanecer no topo. Isso é logico.
Já hitler nao se baseia em racionalidade e logica. Simplesmente prega a superioridade e necessidade da dominaçao dos mais fracos -as outras raças. Baseado em que que ele acha a raça ariana superior? Em nada logico e concreto.
Sobre a pureza racial e cultural, nao existe comentários. O q é pureza cultural pra vc? Ai ai ai ai........
Agora a comparaçao do judeu X burgues tb nao é pertinente. Como se acaba com um burgues? Retirando seu capital. Como se acaba com um judeu? Só o matando. Portanto, nao há preconceito em Marx. Marx nao é contra uma caracteristica do ser humano, como crença, cor etc -como é hitler. Marx é contra uma SITUAÇAO da pessoa, que é a de possuir bens e explorar os proletários. Essa situaçao é sanável sem que se precise matar uma pessoa. Basta retirar seu meio de exploraçao.
Sobre a violencia, totalitarismo e restriçoes nao quero mais falar. Leia os autores socialistas. Nao da pra discutir com quem nao sabe o básico.......
Quando vc entra no assunto das pesquisas vc acaba por se enterrar nos erros. O fato dos EUA colocarem soldados em campos radioativos para testes demosntra o total desprezo e descredito do sistema capitalista? NAO. Nao é por ae que nós provamos isso. Os erros de alguns nao podem condenar todo um sistema.
O q demosntra o descredito, os erros do capitalismo sao outros fatos inerentes ao proprio sistema e sua constituiçao, e nao apenas fatos isolados, externo à sua essencia.........
É só.....Falou.......
Hitler nao demosntra uma luta entre raças. Ele tenta demonstrar uma SUPERIORIDADE, o que é totalmente diferente. Hitler queria a supremacia ariana, e nao o fim das raças.
Marx demosntra, através de uma nalise historica a luta entre classes. Marx nao quer que o proletariado vença. Ele quer exatamente o fim das classes, e nao a predominancia de uma sobre a outra. Comunismo, que é o fim da revoluçao, é o fim das classes.
Marx julga que a única classe capaz de promover a revoluçao rumo ao fim das classes é a operária, já que, logicamente, é a unica que tem interesse no fim das classes, já que é a classe oprimida. A burguesia quer permanecer no topo. Isso é logico.
Já hitler nao se baseia em racionalidade e logica. Simplesmente prega a superioridade e necessidade da dominaçao dos mais fracos -as outras raças. Baseado em que que ele acha a raça ariana superior? Em nada logico e concreto.
Sobre a pureza racial e cultural, nao existe comentários. O q é pureza cultural pra vc? Ai ai ai ai........
Agora a comparaçao do judeu X burgues tb nao é pertinente. Como se acaba com um burgues? Retirando seu capital. Como se acaba com um judeu? Só o matando. Portanto, nao há preconceito em Marx. Marx nao é contra uma caracteristica do ser humano, como crença, cor etc -como é hitler. Marx é contra uma SITUAÇAO da pessoa, que é a de possuir bens e explorar os proletários. Essa situaçao é sanável sem que se precise matar uma pessoa. Basta retirar seu meio de exploraçao.
Sobre a violencia, totalitarismo e restriçoes nao quero mais falar. Leia os autores socialistas. Nao da pra discutir com quem nao sabe o básico.......
Quando vc entra no assunto das pesquisas vc acaba por se enterrar nos erros. O fato dos EUA colocarem soldados em campos radioativos para testes demosntra o total desprezo e descredito do sistema capitalista? NAO. Nao é por ae que nós provamos isso. Os erros de alguns nao podem condenar todo um sistema.
O q demosntra o descredito, os erros do capitalismo sao outros fatos inerentes ao proprio sistema e sua constituiçao, e nao apenas fatos isolados, externo à sua essencia.........
É só.....Falou.......
-
- Sênior
- Mensagens: 8789
- Registrado em: Qua Set 10, 2003 8:28 pm
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 419 vezes
- Spetznaz
- Sênior
- Mensagens: 1130
- Registrado em: Sáb Mai 17, 2003 8:27 pm
- Localização: Vitória, ES
- Contato:
Na visao de Marx a unica saida é a revoluaçao armada, pq ninguem perde seus meios de xploraçao pacificamente.
Porém, para desapropriar uma fabrica vc nao precisa matar o dono. Mesmo que ele nao queira e a sociedade organizada queira, num estado de revoluçao, a fabrica será desapropriada.
Nao é necessário matar. Basta desapropriar.
Mas acho q vc entendeu o que eu quis dizer nao entendeu? Situaçao X Caracteristica?
Porém, para desapropriar uma fabrica vc nao precisa matar o dono. Mesmo que ele nao queira e a sociedade organizada queira, num estado de revoluçao, a fabrica será desapropriada.
Nao é necessário matar. Basta desapropriar.
Mas acho q vc entendeu o que eu quis dizer nao entendeu? Situaçao X Caracteristica?
-
- Sênior
- Mensagens: 8789
- Registrado em: Qua Set 10, 2003 8:28 pm
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 419 vezes
Bem No começo Hittler tentou confiscar as terras dos judeus na Alemanha, mas eles não deixaram e... bem, o resto todos ja sabem...
Esse negocio de confisco não é tão simples, quem perder vai se sentir roubado e vai querer fazer justiça, ai se você não tiver armas não vai conseguir, mesmo na Russia teve uma guerra civil, exército branco vs exército vermelho, de um jeito ou de outro você acaba matando e ai vem aquela velha estória fins/meios.
Esse negocio de confisco não é tão simples, quem perder vai se sentir roubado e vai querer fazer justiça, ai se você não tiver armas não vai conseguir, mesmo na Russia teve uma guerra civil, exército branco vs exército vermelho, de um jeito ou de outro você acaba matando e ai vem aquela velha estória fins/meios.
tudo bem q marx nao tenha pregado abertamente a violencia, mas seus seguidores e interpretes...
Segundo o PCML, partido comunista marxista leninista,-lutar pelos seus ideiais nao e terrorismo-....ou, mesmo, pode-se tirar pelo seu segmento mais radical, o - movimento pelo exterminio da burguesia--, segundo o qual, - burgues bom e burguese morto-...
observação, esses partidos e movimentos nao sao da decada de 60 0u 70, mas de 2003, e fazem apologia a isso em adesivos, folders, etc, bem na faculdade q eu frequento..
Segundo o PCML, partido comunista marxista leninista,-lutar pelos seus ideiais nao e terrorismo-....ou, mesmo, pode-se tirar pelo seu segmento mais radical, o - movimento pelo exterminio da burguesia--, segundo o qual, - burgues bom e burguese morto-...
observação, esses partidos e movimentos nao sao da decada de 60 0u 70, mas de 2003, e fazem apologia a isso em adesivos, folders, etc, bem na faculdade q eu frequento..
eu falei violencia, e nao revoluçaõ armada. sao duas coisas diferentes, embora, pelo q pareça, para os marxistas parecem ser indissociaveis.
E claro q a segunda acaba gerando alguma quantidade da primeira.
Pq vc nao contestou o resto do post....
Ah, eu esqueci. os marxistas descobriram a cientificidade do processo historico q conduzira ao comunismo, e como dessa analise cientifica concluiram q e um fato irrefutavel, quem nao entende isso e alienado ou esta errado.
E q nem o forum social mundial...um forum so de esquerdistas, afinal suas ideias so podem ser discutidas entre eles, pois os outros nao conseguem ver a verdade historica.
E claro q a segunda acaba gerando alguma quantidade da primeira.
Pq vc nao contestou o resto do post....
Ah, eu esqueci. os marxistas descobriram a cientificidade do processo historico q conduzira ao comunismo, e como dessa analise cientifica concluiram q e um fato irrefutavel, quem nao entende isso e alienado ou esta errado.
E q nem o forum social mundial...um forum so de esquerdistas, afinal suas ideias so podem ser discutidas entre eles, pois os outros nao conseguem ver a verdade historica.
Se basta soo desapropriar, pq na URSS os kulaks, os proprietarios de terra ( nao so os grandes, qqer proprietario) poloneses e ucranianos eram depertados para os gulags da siberia para servirem de mao de obra escrava ate a morte.
aproveita e responde a pergunta q a minha professora de sociologia nao conseguiu,
Se os estudos de marx sao baseados em fatos historicos, dos quais ele concluiu q o proximo sistema seria o socialismo e posteriormente o comunismo, pq se precisa de lideranças para conscientizar as massas desse processo e força-lo a acontecer..se e algo cientifico, pq nao acontece naturalmente.
aproveita e responde a pergunta q a minha professora de sociologia nao conseguiu,
Se os estudos de marx sao baseados em fatos historicos, dos quais ele concluiu q o proximo sistema seria o socialismo e posteriormente o comunismo, pq se precisa de lideranças para conscientizar as massas desse processo e força-lo a acontecer..se e algo cientifico, pq nao acontece naturalmente.
O NACIONAL-SOCIALISMO MORREU?
MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA
Não há ideologia mais forte do que o nacionalismo, essa argamassa intelectual capaz de unificar um povo e dar-lhe o sentido de destino comum. O nacionalismo assume sua forma positiva no patriotismo, sentimento através do qual cultivamos valores cívicos, respeitamos os símbolos nacionais, oferecemos a própria vida se a pátria amada for ultrajada. O patriotismo é patrimônio cultural de toda uma nação e não instrumento para a realização das ambições de poder de alguém ou de um grupo que, demagogicamente, manipula emoções coletivas para alcançar objetivos pessoais de domínio.
Mas o nacionalismo pode converter-se na prepotência bestial de um comando sem escrúpulos, no desvio de legítimos ideais pátrios para abomináveis práticas totalitárias, na sede desmesurada de poder pelo poder, no preconceito estribado em falso sentido de superioridade, no cerceamento da liberdade que torna a vida desgraçada, na imposição do autoritarismo que deturpa a autoridade pela violência.
O mais famoso caso que se estudou nesse sentido foi o regime nacional-socialista (nazista) alemão. Evidentemente, foi um caso bastante peculiar no sentido de que essa ideologia encontrou respaldo nas condições político-econômicas da Alemanha, na década de 20. O nacional-socialismo inculcava nos alemães a idéia de que representavam a raça ariana pura e superior, que devia subjugar as demais.
Na revolução de 1918, o Partido Social-Democrata foi o grande responsável pela implantação da República na Alemanha e nos seus primeiros governos representou um compromisso com partidos de centro, pois havia se afastado das idéias marxistas de ruptura com o sistema político existente, passando a defender ações reformistas de cunho social.
Na crise de 1929, foi a vez do Partido Nazista ter notável crescimento. Além de enorme penetração popular, passou a ser encarado pela classe alta como representante de seus interesses econômicos. Aos poucos todos os partidos foram se submetendo à liderança de Hitler.
Em 1933, o Partido Nazista chegou ao poder e se transformou em partido único com a eliminação paulatina, através de leis, dos outros partidos. Ao mesmo tempo, militantes mais esquerdistas foram afastados e muitos mortos. Enquanto isso Hitler ia se impondo de maneira incontestável, seduzindo a nação pela força de seu carisma aliado à intensa propaganda produzida pelos meios de comunicação de massa, e dominando através de eficiente aparelho repressivo. Ele já não era mais o primeiro-ministro mas o ditador que, em empolgantes discursos acentuava a esperança e prometia-se ao povo alemão um futuro brilhante numa linguagem que podia ser compreendida até pelas pessoas mais simples.
Possíveis insatisfações e ódios eram canalizados para os judeus, o que desviava a atenção de problemas concretos. Desse modo o Holocausto foi aceito como natural, como purificação da raça superior ariana, com a vantagem de que a eliminação dos judeus abria espaços para a classe média alemã nas atividades do comércio e da pequena indústria onde os primeiros atuavam.
Muito útil também a utilização de símbolos e conceitos marxistas, devidamente adaptados à ideologia nazista. Assim, o proletariado tornou-se proletariado racial e a luta de classes deslocou-se para a guerra proletária contra os Estados Capitalistas. Não se falava mais na utopia da sociedade sem classes, mas numa futura comunidade do povo alemão que dominaria o mundo. Todas essas idéias permeavam a totalidade da vida dos alemães e norteavam seu comportamento.
Aos poucos o Estado totalitário foi substituindo o ?Estado burguês?. O processo incluiu certas providências como a extinção do Poder Legislativo através do cerceamento de suas prerrogativas. Consequentemente, deu-se o fortalecimento do Executivo, que assumiu o poder de legislar através do ditador e dos seus auxiliares diretos. Simultaneamente foi implementado o controle completo da burocracia estatal ou aparelhamento do Estado. Conforme Arnaldo Spindel, ?Estado e Partido, de mãos dadas, dominaram a totalidade da sociedade alemã, ampliaram os lucros dos grandes trustes econômicos, venderam a idéia de proletariado racial ao povo e levaram o mundo à Segunda Guerra Mundial?.
Claro que isso não se repetirá jamais de forma idêntica. Foi tudo levado a cabo dentre de certas circunstâncias de um dado país, numa certa época e sob o influxo de uma sui generis personalidade carismática. Mas as sementes do nacional-socialismo, que floresceram no nazismo, não seriam passíveis de novas floradas trágicas, com outros nomes, em outras épocas, em outras sociedades? Será que o nacional-socialismo (nazismo) morreu, ou está de volta nesse mundo através de uma versão incompetente, adulterada, inferiorizada, longe anos-luz da envergadura carismática e maligna de um Hitler, mas igualmente nociva?
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga, escritora autora de ?O voto da Pobreza e a Pobreza do Voto: a Ética da Malandragem (Jorge Zahar Editor) e América Latina: Em Busca do Paraíso Perdido? (Editora Saraiva).
E por esses motivos q eu tenho receio daqueles q se dizem nacionalistas e ao mesmo tempo sao marxistas....sera q essa junção nao acabara levando a um novo tipo de nacional-socialismo,...
MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA
Não há ideologia mais forte do que o nacionalismo, essa argamassa intelectual capaz de unificar um povo e dar-lhe o sentido de destino comum. O nacionalismo assume sua forma positiva no patriotismo, sentimento através do qual cultivamos valores cívicos, respeitamos os símbolos nacionais, oferecemos a própria vida se a pátria amada for ultrajada. O patriotismo é patrimônio cultural de toda uma nação e não instrumento para a realização das ambições de poder de alguém ou de um grupo que, demagogicamente, manipula emoções coletivas para alcançar objetivos pessoais de domínio.
Mas o nacionalismo pode converter-se na prepotência bestial de um comando sem escrúpulos, no desvio de legítimos ideais pátrios para abomináveis práticas totalitárias, na sede desmesurada de poder pelo poder, no preconceito estribado em falso sentido de superioridade, no cerceamento da liberdade que torna a vida desgraçada, na imposição do autoritarismo que deturpa a autoridade pela violência.
O mais famoso caso que se estudou nesse sentido foi o regime nacional-socialista (nazista) alemão. Evidentemente, foi um caso bastante peculiar no sentido de que essa ideologia encontrou respaldo nas condições político-econômicas da Alemanha, na década de 20. O nacional-socialismo inculcava nos alemães a idéia de que representavam a raça ariana pura e superior, que devia subjugar as demais.
Na revolução de 1918, o Partido Social-Democrata foi o grande responsável pela implantação da República na Alemanha e nos seus primeiros governos representou um compromisso com partidos de centro, pois havia se afastado das idéias marxistas de ruptura com o sistema político existente, passando a defender ações reformistas de cunho social.
Na crise de 1929, foi a vez do Partido Nazista ter notável crescimento. Além de enorme penetração popular, passou a ser encarado pela classe alta como representante de seus interesses econômicos. Aos poucos todos os partidos foram se submetendo à liderança de Hitler.
Em 1933, o Partido Nazista chegou ao poder e se transformou em partido único com a eliminação paulatina, através de leis, dos outros partidos. Ao mesmo tempo, militantes mais esquerdistas foram afastados e muitos mortos. Enquanto isso Hitler ia se impondo de maneira incontestável, seduzindo a nação pela força de seu carisma aliado à intensa propaganda produzida pelos meios de comunicação de massa, e dominando através de eficiente aparelho repressivo. Ele já não era mais o primeiro-ministro mas o ditador que, em empolgantes discursos acentuava a esperança e prometia-se ao povo alemão um futuro brilhante numa linguagem que podia ser compreendida até pelas pessoas mais simples.
Possíveis insatisfações e ódios eram canalizados para os judeus, o que desviava a atenção de problemas concretos. Desse modo o Holocausto foi aceito como natural, como purificação da raça superior ariana, com a vantagem de que a eliminação dos judeus abria espaços para a classe média alemã nas atividades do comércio e da pequena indústria onde os primeiros atuavam.
Muito útil também a utilização de símbolos e conceitos marxistas, devidamente adaptados à ideologia nazista. Assim, o proletariado tornou-se proletariado racial e a luta de classes deslocou-se para a guerra proletária contra os Estados Capitalistas. Não se falava mais na utopia da sociedade sem classes, mas numa futura comunidade do povo alemão que dominaria o mundo. Todas essas idéias permeavam a totalidade da vida dos alemães e norteavam seu comportamento.
Aos poucos o Estado totalitário foi substituindo o ?Estado burguês?. O processo incluiu certas providências como a extinção do Poder Legislativo através do cerceamento de suas prerrogativas. Consequentemente, deu-se o fortalecimento do Executivo, que assumiu o poder de legislar através do ditador e dos seus auxiliares diretos. Simultaneamente foi implementado o controle completo da burocracia estatal ou aparelhamento do Estado. Conforme Arnaldo Spindel, ?Estado e Partido, de mãos dadas, dominaram a totalidade da sociedade alemã, ampliaram os lucros dos grandes trustes econômicos, venderam a idéia de proletariado racial ao povo e levaram o mundo à Segunda Guerra Mundial?.
Claro que isso não se repetirá jamais de forma idêntica. Foi tudo levado a cabo dentre de certas circunstâncias de um dado país, numa certa época e sob o influxo de uma sui generis personalidade carismática. Mas as sementes do nacional-socialismo, que floresceram no nazismo, não seriam passíveis de novas floradas trágicas, com outros nomes, em outras épocas, em outras sociedades? Será que o nacional-socialismo (nazismo) morreu, ou está de volta nesse mundo através de uma versão incompetente, adulterada, inferiorizada, longe anos-luz da envergadura carismática e maligna de um Hitler, mas igualmente nociva?
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga, escritora autora de ?O voto da Pobreza e a Pobreza do Voto: a Ética da Malandragem (Jorge Zahar Editor) e América Latina: Em Busca do Paraíso Perdido? (Editora Saraiva).
E por esses motivos q eu tenho receio daqueles q se dizem nacionalistas e ao mesmo tempo sao marxistas....sera q essa junção nao acabara levando a um novo tipo de nacional-socialismo,...
"Estive em uma guerra onde muitos estão mutilados como eu, que fiquei sem memória, vegetando por tanto tempo" (Michéas Gomes de Almeida em entrevista ao O Estado de São Paulo, publicada no dia 08 de setembro de 2001).
O "desmemoriado? Michéas, o "Zezinho", mateiro e guia dos guerrilheiros do PC do B, foi aquinhoado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça com a pensão mensal de R$ 2532,00, a título de reparação por ter sofrido "violências" dos militares, quando da sua participação na chamada "Guerrilha do Araguaia", considerada pela equipe da editoria de política de um jornal do Distrito Federal como "o mais importante movimento armado contra a ditadura militar".
O "mutilado" e "perseguido" Zezinho, em 24 de outubro de 2001, por entrevista concedida à mesma equipe, declarou, acerca de uma das ossadas desenterradas do cemitério de Xambioá/TO, pelo Deputado Luiz Eduardo Greenhalg, então integrante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados: "Pude reconhecer Valquíria pelos dentes e pelo formato do crânio. O esqueleto estava com restos de sisal no pescoço" (referia-se a uma guerrilheira tida como desaparecida no conflito do Araguaia). Certamente ocorrera uma completa recuperação da prodigiosa memória de Zezinho. Afinal, reconhecer alguém assim, quase trinta anos depois...
Ao escapar do cerco que o Exército Brasileiro impunha aos guerrilheiros, Michéas rumou para São Paulo, em 1974, onde adotou a identidade de Antônio Pereira de Oliveira, também usada para se casar e com a qual registrou seus filhos e neta. Segundo ele, a real identidade e a sua verdadeira história somente foram reveladas à sua mulher em 1997. Pelo o que se depreende das estórias de Michéas, nas inúmeras entrevistas da "mídia investigativa", esse foi o ano da graça em que a memória retornou ao indigitado guerrilheiro. Uma rápida pesquisa na Internet sobre Michéas revela que nessa época Antônio surpreendeu-se por não ser mais Antônio e que Dª Josefa, a esposa de papel passado de Antônio, nem de longe sonhava ser a concubina de Michéas.
Zezinho, então, recobrou a consciência e logo desejou emergir do rol dos esquecidos, passando a pleitear o que, por coincidência, o governo do Brasil lhe facultara recentemente: o reconhecimento como pessoa morta, de acordo com a Lei n° 9140, de 04 de novembro de 1995, em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas, no período de 02 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979.
Michéas, a partir daí, tornou-se o herói muito vivo de jornalistas vermelhos especialistas em jornalismo marrom. Repetidas entrevistas açularam o seu próprio apetite por notoriedade e rechearam páginas de jornal, municiaram escrevinhadores de livros em gestação e guiaram produtores de chanchada política prestes a ser lançada nos cinemas.
O já citado matutino da capital da República - edição de 20 de agosto de 2003 -, no mesmo dia em que manifestava o assombro da opinião pública mundial pela barbárie terrorista que explodiu a sede da ONU em Bagdá e duas dezenas de seres humanos, entre eles o Embaixador Sérgio Vieira de Mello, no entanto, mesmo ante tanta comoção, em suas páginas de política noticiou com maldisfarçada simpatia a generosa reparação a Michéas, comentando que Zezinho espera agora a ajuda oficial para dar sobrenome legítimo aos seus herdeiros. Fica implícita, assim, a tácita aceitação de um ato criminoso de falsidade ideológica, mesmo que isso se tente justificar sob a estória rota de uma amnésia prolongada.
No dia seguinte, o jornal, súbita e curiosamente, calou-se sobre o Araguaia ou acerca de Zezinho, interrompendo a maçante série de reportagens requentadas com que vinha massacrando o público leitor já por cerca de um mês. Estranhamente, também deixou de noticiar a concessão, pelo mesmo organismo do Ministério da Justiça, de uma pensão mensal de R$ 330,00 à família de Mário Kozel Filho, trucidado por uma bomba terrorista da esquerda armada, em 1968, quando, no seu dever de Soldado do Exército Brasileiro, guardava o Quartel General em São Paulo, ocupando um posto de sentinela. A notícia só foi divulgada no jornal um dia depois, em 22 de agosto, por pequena nota em que ficou evidente o ranço tendencioso da equipe da editoria política, que não teve o menor pejo em escrever que o Soldado "morreu num suposto ataque de guerrilheiros de esquerda" (grifos nossos)... O diário preferiu não comentar que o crime hediondo foi praticado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), organização do desertor do Exército e herói de muitos jornalistas, Carlos Lamarca. Para refrescar a memória da editoria, um dos integrantes da ação terrorista foi Diógenes José Carvalho de Oliveira, que há pouco tempo assessorava o então Governador e hoje Ministro, o Sr Olívio Dutra.
Os familiares de Carlos Lamarca foram regiamente recompensados pela "perseguição" política que lhe empreenderam os ferozes militares.A viúva, que ele mandara para Cuba na iminência da traição, recebe hoje a pensão militar do posto de Coronel, que seria a patente a que ele chegaria pelos cursos realizados até a época da deserção.
É cada vez mais evidente a insistência de uma parte da imprensa brasileira, sem nenhuma camuflagem, em mitificar criminosos e terroristas, sob o embuste de que lutavam, como heróicos guerrilheiros, contra uma ditadura militar. Ao tempo em que o fazem, sutilmente dão publicidade a livros e filmes de uma vertente surrada, além de afamar aventureiros, abandonados à própria sorte por um partido político a que pertenciam e pelo qual praticaram suas aventuras e ações ilícitas. Aos terroristas concedem adjetivos simpáticos, ao passo que aos militares não param de dirigir ódio e denúncias de crimes de todo o tipo.
Enquanto jornalistas posicionam-se passionalmente, o governo brasileiro insiste em uma anistia caolha e injusta. No mesmo momento em que reconhece em Mário Kozel Filho também um desafortunado de uma luta política, da mesma forma o discrimina, por meio de uma indenização pífia concedida a seus pais, como se fosse vítima de segunda classe. No "ranking" do Ministério da Justiça, ao que parece, o soldado assassinado vale exatos R$ 2202,00 mensais a menos que Zezinho e muitos reais menos ainda que um desertor assassino.
O "desmemoriado? Michéas, o "Zezinho", mateiro e guia dos guerrilheiros do PC do B, foi aquinhoado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça com a pensão mensal de R$ 2532,00, a título de reparação por ter sofrido "violências" dos militares, quando da sua participação na chamada "Guerrilha do Araguaia", considerada pela equipe da editoria de política de um jornal do Distrito Federal como "o mais importante movimento armado contra a ditadura militar".
O "mutilado" e "perseguido" Zezinho, em 24 de outubro de 2001, por entrevista concedida à mesma equipe, declarou, acerca de uma das ossadas desenterradas do cemitério de Xambioá/TO, pelo Deputado Luiz Eduardo Greenhalg, então integrante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados: "Pude reconhecer Valquíria pelos dentes e pelo formato do crânio. O esqueleto estava com restos de sisal no pescoço" (referia-se a uma guerrilheira tida como desaparecida no conflito do Araguaia). Certamente ocorrera uma completa recuperação da prodigiosa memória de Zezinho. Afinal, reconhecer alguém assim, quase trinta anos depois...
Ao escapar do cerco que o Exército Brasileiro impunha aos guerrilheiros, Michéas rumou para São Paulo, em 1974, onde adotou a identidade de Antônio Pereira de Oliveira, também usada para se casar e com a qual registrou seus filhos e neta. Segundo ele, a real identidade e a sua verdadeira história somente foram reveladas à sua mulher em 1997. Pelo o que se depreende das estórias de Michéas, nas inúmeras entrevistas da "mídia investigativa", esse foi o ano da graça em que a memória retornou ao indigitado guerrilheiro. Uma rápida pesquisa na Internet sobre Michéas revela que nessa época Antônio surpreendeu-se por não ser mais Antônio e que Dª Josefa, a esposa de papel passado de Antônio, nem de longe sonhava ser a concubina de Michéas.
Zezinho, então, recobrou a consciência e logo desejou emergir do rol dos esquecidos, passando a pleitear o que, por coincidência, o governo do Brasil lhe facultara recentemente: o reconhecimento como pessoa morta, de acordo com a Lei n° 9140, de 04 de novembro de 1995, em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas, no período de 02 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979.
Michéas, a partir daí, tornou-se o herói muito vivo de jornalistas vermelhos especialistas em jornalismo marrom. Repetidas entrevistas açularam o seu próprio apetite por notoriedade e rechearam páginas de jornal, municiaram escrevinhadores de livros em gestação e guiaram produtores de chanchada política prestes a ser lançada nos cinemas.
O já citado matutino da capital da República - edição de 20 de agosto de 2003 -, no mesmo dia em que manifestava o assombro da opinião pública mundial pela barbárie terrorista que explodiu a sede da ONU em Bagdá e duas dezenas de seres humanos, entre eles o Embaixador Sérgio Vieira de Mello, no entanto, mesmo ante tanta comoção, em suas páginas de política noticiou com maldisfarçada simpatia a generosa reparação a Michéas, comentando que Zezinho espera agora a ajuda oficial para dar sobrenome legítimo aos seus herdeiros. Fica implícita, assim, a tácita aceitação de um ato criminoso de falsidade ideológica, mesmo que isso se tente justificar sob a estória rota de uma amnésia prolongada.
No dia seguinte, o jornal, súbita e curiosamente, calou-se sobre o Araguaia ou acerca de Zezinho, interrompendo a maçante série de reportagens requentadas com que vinha massacrando o público leitor já por cerca de um mês. Estranhamente, também deixou de noticiar a concessão, pelo mesmo organismo do Ministério da Justiça, de uma pensão mensal de R$ 330,00 à família de Mário Kozel Filho, trucidado por uma bomba terrorista da esquerda armada, em 1968, quando, no seu dever de Soldado do Exército Brasileiro, guardava o Quartel General em São Paulo, ocupando um posto de sentinela. A notícia só foi divulgada no jornal um dia depois, em 22 de agosto, por pequena nota em que ficou evidente o ranço tendencioso da equipe da editoria política, que não teve o menor pejo em escrever que o Soldado "morreu num suposto ataque de guerrilheiros de esquerda" (grifos nossos)... O diário preferiu não comentar que o crime hediondo foi praticado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), organização do desertor do Exército e herói de muitos jornalistas, Carlos Lamarca. Para refrescar a memória da editoria, um dos integrantes da ação terrorista foi Diógenes José Carvalho de Oliveira, que há pouco tempo assessorava o então Governador e hoje Ministro, o Sr Olívio Dutra.
Os familiares de Carlos Lamarca foram regiamente recompensados pela "perseguição" política que lhe empreenderam os ferozes militares.A viúva, que ele mandara para Cuba na iminência da traição, recebe hoje a pensão militar do posto de Coronel, que seria a patente a que ele chegaria pelos cursos realizados até a época da deserção.
É cada vez mais evidente a insistência de uma parte da imprensa brasileira, sem nenhuma camuflagem, em mitificar criminosos e terroristas, sob o embuste de que lutavam, como heróicos guerrilheiros, contra uma ditadura militar. Ao tempo em que o fazem, sutilmente dão publicidade a livros e filmes de uma vertente surrada, além de afamar aventureiros, abandonados à própria sorte por um partido político a que pertenciam e pelo qual praticaram suas aventuras e ações ilícitas. Aos terroristas concedem adjetivos simpáticos, ao passo que aos militares não param de dirigir ódio e denúncias de crimes de todo o tipo.
Enquanto jornalistas posicionam-se passionalmente, o governo brasileiro insiste em uma anistia caolha e injusta. No mesmo momento em que reconhece em Mário Kozel Filho também um desafortunado de uma luta política, da mesma forma o discrimina, por meio de uma indenização pífia concedida a seus pais, como se fosse vítima de segunda classe. No "ranking" do Ministério da Justiça, ao que parece, o soldado assassinado vale exatos R$ 2202,00 mensais a menos que Zezinho e muitos reais menos ainda que um desertor assassino.