Guerra na Selva
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Re: Guerra na Selva
Eu olhando a atualização do glossário sobre a organização do EB que o Robson fez, no que tange o CMA e CMN, percebe-se que ainda estamos muito a dever no aspecto convencional. Apenas uma única bgda inf slv possui 4 BIS enquanto as demais apenas 2, com subunidades de apoio no nível pel ou cia.
Muita coisa já foi feita, e que me passou despercebida, mas fato é que mesmo se colocássemos aqui todas as 8 bgdas que o último plano do EB previa, e todas completas e quaternárias como eu bem gostaria, não seria o suficiente para dar conta de uma coalizão made in USA.
Não que o EB não tenha os recursos materiais e organizacionais para fazer isso, pelo contrário, até possui, mas no final das contas, é muito difícil criar e/ou transferir para cá tudo que é necessário para alcançar aquele objetivo. Seja por motivações externas (política e dinheiro), sejam internas.
No meu entender 9 bdas seriam o necessário, todas quaternárias e completas, inclusive no que diz respeito ao apoio aéreo(Avex).
Horas, qual o problema de se colocar aqui 36 btl inf quando o EB, diz-se, possui 85 deles? Afinal, temos 10 mil kms de fronteira e somos 60% do território do país. Parte da pergunta pode ser respondida, creio, pelo fato de que mesmo dentro do EB, o TOA já não tem mais os mesmos atrativos estratégicos e políticos de 30 anos atrás.
Ademais, a julgar pela primeira edição do PAED anos atrás, muita coisa ficou de fora em relação à manutenção da presença efetiva militar na amazônia brasileira. Tanto material como recursos humanos.
Enfim, qual a efetividade da ideia de se defender a região norte com apenas um grupo de caça? Seja ele qual for?
Como imaginar uma defesa AAe aqui se nem artilharia de campanha tem para todas as bgdas?
A MB possui quantos e quais tipos de meios de combate na região? Temos uma esquadra para fazer o nosso dever de casa postada no litoral da região norte/nordeste?
Não é a resposta para a maioria destas questões. E não temos respostas afirmativas para a imensa maioria delas no que diz respeito ao planejamento e a manutenção e/ou organização da infraestrutura militar necessária para causar a dissuasão necessária e suficiente a fim de diminuir eventuais riscos de supostas intervenções extra regionais.
Antes de questionar nossa capacidade militar na Amazõnia brasileira, deveríamos questionar, e muito, a nossa vontade, e consciência, de querer defendê-la efetivamente.
Miami continua sendo mais perto do que Manaus para quem mora de Brasília para baixo.
abs
Muita coisa já foi feita, e que me passou despercebida, mas fato é que mesmo se colocássemos aqui todas as 8 bgdas que o último plano do EB previa, e todas completas e quaternárias como eu bem gostaria, não seria o suficiente para dar conta de uma coalizão made in USA.
Não que o EB não tenha os recursos materiais e organizacionais para fazer isso, pelo contrário, até possui, mas no final das contas, é muito difícil criar e/ou transferir para cá tudo que é necessário para alcançar aquele objetivo. Seja por motivações externas (política e dinheiro), sejam internas.
No meu entender 9 bdas seriam o necessário, todas quaternárias e completas, inclusive no que diz respeito ao apoio aéreo(Avex).
Horas, qual o problema de se colocar aqui 36 btl inf quando o EB, diz-se, possui 85 deles? Afinal, temos 10 mil kms de fronteira e somos 60% do território do país. Parte da pergunta pode ser respondida, creio, pelo fato de que mesmo dentro do EB, o TOA já não tem mais os mesmos atrativos estratégicos e políticos de 30 anos atrás.
Ademais, a julgar pela primeira edição do PAED anos atrás, muita coisa ficou de fora em relação à manutenção da presença efetiva militar na amazônia brasileira. Tanto material como recursos humanos.
Enfim, qual a efetividade da ideia de se defender a região norte com apenas um grupo de caça? Seja ele qual for?
Como imaginar uma defesa AAe aqui se nem artilharia de campanha tem para todas as bgdas?
A MB possui quantos e quais tipos de meios de combate na região? Temos uma esquadra para fazer o nosso dever de casa postada no litoral da região norte/nordeste?
Não é a resposta para a maioria destas questões. E não temos respostas afirmativas para a imensa maioria delas no que diz respeito ao planejamento e a manutenção e/ou organização da infraestrutura militar necessária para causar a dissuasão necessária e suficiente a fim de diminuir eventuais riscos de supostas intervenções extra regionais.
Antes de questionar nossa capacidade militar na Amazõnia brasileira, deveríamos questionar, e muito, a nossa vontade, e consciência, de querer defendê-la efetivamente.
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Re: Guerra na Selva
esse é o maior problema da região amazônica, FCarvalho, o estado não se faz presente e com isso como defendê-la em caso de agressão? mesmo em uma guerra de resistência não é certo ter adesão de posseiros e índios, esses, aliás, muito desprezados pelas nossas autoridades. uma guerra de resistência só se faz com apoio local, certo? pra isso temos o exemplo da vitoriosa campanha maoísta na China. a História nos mostra sempre o caminho.
- dalton romao
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Re: Guerra na Selva
quem tem Netflix não pode deixar de assistir https://www.netflix.com/br/title/80160697
- FCarvalho
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Re: Guerra na Selva
Olá Dalton,dalton romao escreveu: ↑Sáb Fev 22, 2020 2:54 pm esse é o maior problema da região amazônica, FCarvalho, o estado não se faz presente e com isso como defendê-la em caso de agressão? mesmo em uma guerra de resistência não é certo ter adesão de posseiros e índios, esses, aliás, muito desprezados pelas nossas autoridades. uma guerra de resistência só se faz com apoio local, certo? pra isso temos o exemplo da vitoriosa campanha maoísta na China. a História nos mostra sempre o caminho.
A questão da concentração populacional na região norte é secular e continua sem solução aparente, dado que do ponto de vista macro-econômico o país não oferece, ou não quer oferecer, soluções que não sejam de continuidade.
Sem políticas econômicas, sociais e ambientais de longo prazo e com participação efetiva de quem mora por aqui e entende de verdade a realidade regional, vamos continuar dando voltas e mais voltas, com gente que nunca pois os pés aqui na vida mas acha que é expert em Amazônia e seus problemas.
Para a defesa da região norte, apontei acima o que penso sobre isso. É muito? Penso que não. Mas para as ffaa's deve ser, porque desde os anos 1980's tudo que se tenta fazer por aqui encontra obstáculos quase que intransponíveis em vários aspectos, a começar pela falta de prioridade real do CMA e CMN no planejamento do EB.
abs
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- dalton romao
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Re: Guerra na Selva
Os problemas sociais são grandes mesmo FCarvalho e aí podem levar a população do campo ser mais influenciada não pelo estado, que nada lhes dá, mas a outros que ofereçam a eles o que eles precisam, veja o exemplo das FARCs. Aliás o nosso Vietnam é aqui, na Colômbia, ou foi. Em caso de guerra de resistência temos muito que aprender com eles
- FCarvalho
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Re: Guerra na Selva
A Colombia é nossa melhor escola para guerra na selva e combate de resistência. E os caras são tão bons que me atrevo a dizer que são, como exército, muito melhor do que o EB. Operacionalidade, foco na realidade, necessidades e objetividade. Tudo é feito de acordo e no tamanho exato para resolver os muitos problemas que eles tem do ponto de vista militar.
Como força de combate posso afirmar que eles estão acima de nós.
Por aqui na minha região a única presença efetiva do Estado via de regra são as ffaa's. E é assim desde sempre. Mas não deveria.
Ou integramos a região de vez e de forma sustentável ao resto do país, ou cedo ou tarde, até quem por aqui reza na cartilha do nacionalismo um dia vai ficar de saco cheio, ou pior, vai dar oportunidade a políticos levantarem novas bandeiras em favor de si mesmos usando a desgraça alheia.
Integrar é preciso e de todas as formas, e mais rápido possível.
Mas não é colocando 8 bgdas aqui que vamos fazer isso. Nem que fossem 8 divisões.
Precisamos muito mais do que militares na Amazônia.
E todo mundo sabe disso. Até os estrangeiros.
abs
Como força de combate posso afirmar que eles estão acima de nós.
Por aqui na minha região a única presença efetiva do Estado via de regra são as ffaa's. E é assim desde sempre. Mas não deveria.
Ou integramos a região de vez e de forma sustentável ao resto do país, ou cedo ou tarde, até quem por aqui reza na cartilha do nacionalismo um dia vai ficar de saco cheio, ou pior, vai dar oportunidade a políticos levantarem novas bandeiras em favor de si mesmos usando a desgraça alheia.
Integrar é preciso e de todas as formas, e mais rápido possível.
Mas não é colocando 8 bgdas aqui que vamos fazer isso. Nem que fossem 8 divisões.
Precisamos muito mais do que militares na Amazônia.
E todo mundo sabe disso. Até os estrangeiros.
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- gabriel219
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Re: Guerra na Selva
Enfrentamos as FARC somente uma vez (oficialmente) e o resultado foi ter dizimado algo maior a uma Cia de Inf inteira das FARC, já a Colômbia lutava a décadas e tiveram várias derrotas. Será que eles são TÃO MUITO MELHOR que nós assim?
- dalton romao
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Re: Guerra na Selva
Gabriel, amigo, desconfio muito dessa história. Pra mim a maioria não eram das FARCs e sim mineradores e campesinos. E quando falei da Colômbia, FCarvalho, não falava do exército deles e sim das FARCs. Com eles é que teríamos que aprender, afinal são 50 anos sobrevivendo a exército colombiano ajudado por americanos e milicianos fazendo o trabalho sujo. As FARCs são vencedoras
- FCarvalho
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Re: Guerra na Selva
A ação no Traíra foi essencialmente levada a cabo por forças especiais do Brasil, e Colômbia, do outro lado da froteira. O pessoal do 1o BIS e 8o BIS, além dos pqdt e fuz nvs ficaram no apoio aqui do nosso lado.gabriel219 escreveu: ↑Dom Fev 23, 2020 9:29 pm Enfrentamos as FARC somente uma vez (oficialmente) e o resultado foi ter dizimado algo maior a uma Cia de Inf inteira das FARC, já a Colômbia lutava a décadas e tiveram várias derrotas. Será que eles são TÃO MUITO MELHOR que nós assim?
Depois disso as FARC não se arvoram mais a atacar diretamente aqui. Isto também se deve ao fato de que os militares colombianos eliminaram na prática todas as frentes que atuavam na nossa fronteira. O que não quer dizer que ainda não houvesse atividade, e claro, o EB se esforçou para melhorar a infraestrutura de apoio dos PEF ao longo dos 1500 kms de fronteira com eles.
No mais, do ponto de vista pragmático, eles são melhor organizados e mais efetivos no que diz respeito a operacionalidade de suas tropas. Podem até não ter os melhores recursos do mundo, mas com o que eles tem, pelo que conheço deles, estão bem a frente de nós.
Tirandoo CFN que é totalmente profissional em tudo, o EB é muito bom em estudos doutrinais, formação acadêmica e desenvolvimento técnico e teórico. Mas em termos práticos, nossas tropas em sua grande maioria perdem para os colombianos em operacionalidade, efetividade e aprestamento.
E ao contrário do que se possa imaginar, as ffaa's colombianas hoje são muito diferentes do que se viu por aí em documentários, filmes, séries e o que mais a mídia realizou sobre o conflito interno deles. Eles melhoraram e muito de vinte anos para cá. E só não estão melhores porque simplesmente não tem os recursos necessários para obter todos os materiais que desejam.
Como disse, enquanto forças militares, no geral, eles estão bem melhor do que nós. Somos bons teóricos, mas na prática perdemos para eles. E custamos a aprender e mudar.
Mas país cuja única guerra é contra si e suas mazelas é assim mesmo.
abs
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Re: Guerra na Selva
Olá Dalton,dalton romao escreveu: ↑Dom Fev 23, 2020 9:40 pm Gabriel, amigo, desconfio muito dessa história. Pra mim a maioria não eram das FARCs e sim mineradores e campesinos. E quando falei da Colômbia, FCarvalho, não falava do exército deles e sim das FARCs. Com eles é que teríamos que aprender, afinal são 50 anos sobrevivendo a exército colombiano ajudado por americanos e milicianos fazendo o trabalho sujo. As FARCs são vencedoras
Do ponto de vista militar as FARC são no máximo sobreviventes. Vencedores eu creio que não, pois eles jamais conseguiram atingir seus objetivos políticos e militares.
Ademais, os sucessos que eles tiveram esses anos todos também deve ser creditado em grande parte ao fracasso - ou inapetência - do Estado colombiano em aferir as suas forças militares as condições necessárias e efetivas para combater, e vencer, as guerrilhas.
As FARC e o ELN, dentre outros, só duraram tanto porque a guerra interna pelo poder político jamais conseguiu entrar em consenso sobre a melhor forma de dar fim ao conflito. Eles alteraram muitas vezes entre governos pró e contra o combate militar às guerrilhas. E entre um e outro, o tempo foi passando.
O EB como instituição de Estado tem que aprender como combater eventuais inimigos internos. Para isso há várias fases e questões a serem dirimidas, inclusive no campo militar. Neste aspecto, olhar os erros e acertos das FARC é uma boa forma de precaver-nos para o futuro.
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- gabriel219
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Re: Guerra na Selva
Mas isso é claro, em caso de uma guerra irregular na região, a primeira coisa que será acionada não será Infantaria de Selva - lembre-se que mesmo com sua especialidade, são Forças Convencionais - e sim as tropas de Operações Especiais ou Forças Especiais, dando maior enfase no primeiro.FCarvalho escreveu: ↑Dom Fev 23, 2020 9:55 pmA ação no Traíra foi essencialmente levada a cabo por forças especiais do Brasil, e Colômbia, do outro lado da froteira. O pessoal do 1o BIS e 8o BIS, além dos pqdt e fuz nvs ficaram no apoio aqui do nosso lado.gabriel219 escreveu: ↑Dom Fev 23, 2020 9:29 pm Enfrentamos as FARC somente uma vez (oficialmente) e o resultado foi ter dizimado algo maior a uma Cia de Inf inteira das FARC, já a Colômbia lutava a décadas e tiveram várias derrotas. Será que eles são TÃO MUITO MELHOR que nós assim?
Depois disso as FARC não se arvoram mais a atacar diretamente aqui. Isto também se deve ao fato de que os militares colombianos eliminaram na prática todas as frentes que atuavam na nossa fronteira. O que não quer dizer que ainda não houvesse atividade, e claro, o EB se esforçou para melhorar a infraestrutura de apoio dos PEF ao longo dos 1500 kms de fronteira com eles.
No mais, do ponto de vista pragmático, eles são melhor organizados e mais efetivos no que diz respeito a operacionalidade de suas tropas. Podem até não ter os melhores recursos do mundo, mas com o que eles tem, pelo que conheço deles, estão bem a frente de nós.
Tirandoo CFN que é totalmente profissional em tudo, o EB é muito bom em estudos doutrinais, formação acadêmica e desenvolvimento técnico e teórico. Mas em termos práticos, nossas tropas em sua grande maioria perdem para os colombianos em operacionalidade, efetividade e aprestamento.
E ao contrário do que se possa imaginar, as ffaa's colombianas hoje são muito diferentes do que se viu por aí em documentários, filmes, séries e o que mais a mídia realizou sobre o conflito interno deles. Eles melhoraram e muito de vinte anos para cá. E só não estão melhores porque simplesmente não tem os recursos necessários para obter todos os materiais que desejam.
Como disse, enquanto forças militares, no geral, eles estão bem melhor do que nós. Somos bons teóricos, mas na prática perdemos para eles. E custamos a aprender e mudar.
Mas país cuja única guerra é contra si e suas mazelas é assim mesmo.
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Batalhões de Selva possuem treinamento anti-guerrilha, mas não considero ser seu principal meio de uso.
A impressão que tenho é que sua fala é baseada em achismo.
- FCarvalho
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Re: Guerra na Selva
Eu falo apenas do que vi e conheço sobre os colombianos. E morei ao lado deles tempo suficiente para saber do que eles são capazes ou não. É só falar com qualquer um que já serviu no CMA ou no 8o BIS.
Como disse, somos muito bons teóricos, mas em termos práticos perdemos para eles.
Guerra é um negócio que só se aprende de verdade estando em uma. O resto, é o que fazemos por aqui e todo mundo acha que está bom, mas bem que poderia ser melhor se isso, se aquilo.... sem ter a mínima noção do que é uma guerra real.
E os colombianos sabem bem o que é isso.
Deveríamos aprender mais com eles, assim como os peruanos que estão novamente combatendo focos de guerrilha na parte da Amazônia deles.
Mas o pessoal prefere ir para Fort Brag.
abs
Como disse, somos muito bons teóricos, mas em termos práticos perdemos para eles.
Guerra é um negócio que só se aprende de verdade estando em uma. O resto, é o que fazemos por aqui e todo mundo acha que está bom, mas bem que poderia ser melhor se isso, se aquilo.... sem ter a mínima noção do que é uma guerra real.
E os colombianos sabem bem o que é isso.
Deveríamos aprender mais com eles, assim como os peruanos que estão novamente combatendo focos de guerrilha na parte da Amazônia deles.
Mas o pessoal prefere ir para Fort Brag.
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- gabriel219
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Re: Guerra na Selva
Então deve ser o suprassumo do conhecimento utilizar tropas convencionais contra forças irregulares, tentando combater de forma convencional com tropas anti-convencionais.
Onde aprendi, a melhor arma contra Forças Irregulares são outras Forças Irregulares, não Forças Convencionais. Nós, meros "bom de teoria e fracos de prática", na primeira que precisamos, usamos Tropas não-convencionais e foi um sucesso estrondoso, de lá pra cá muita coisa foi alterada com as perspectivas anteriores e prognósticos da Operação Traíra. Mas ainda sim os Colombianos são superiores...
Deve ser algo tão melhor que nós que tiveram um conflito por 40 anos, sem resolver e ainda só teve cessar fogo num acordo pra lá de vergonhoso.
Falando sério, não há nem como aferir de forma minimamente crível. É o mesmo que dizer que a PMERJ é melhor em combate urbano que o Exército, só porque troca tiros diariamente em favelas.
Onde aprendi, a melhor arma contra Forças Irregulares são outras Forças Irregulares, não Forças Convencionais. Nós, meros "bom de teoria e fracos de prática", na primeira que precisamos, usamos Tropas não-convencionais e foi um sucesso estrondoso, de lá pra cá muita coisa foi alterada com as perspectivas anteriores e prognósticos da Operação Traíra. Mas ainda sim os Colombianos são superiores...
Deve ser algo tão melhor que nós que tiveram um conflito por 40 anos, sem resolver e ainda só teve cessar fogo num acordo pra lá de vergonhoso.
Falando sério, não há nem como aferir de forma minimamente crível. É o mesmo que dizer que a PMERJ é melhor em combate urbano que o Exército, só porque troca tiros diariamente em favelas.
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Re: Guerra na Selva
Guerrilha se combate com guerrilha, isso é fato mas não podemos desprezar o exército colombiano formado em combate real, experiência que não temos, Gabriel