Este é o desing original que foi disponibilizado pela primeira vez pela Desaer, sem rampa, mas com uma porta larga na lateral. Não está dentro dos planos para a empresa neste momento, vide que o mais importante cliente para viabilizar financeira, comercial e industrialmente o projeto são as forças armadas, que possuem as maiores demandas para este tipo de avião no Brasil.
Se a versão hora sendo trabalhada vingar, daqui a alguns anos a Desaer poderá voltar a olhar este desing primário e verificar se pode se constituir em uma evolução do projeto, e se há mercado para ele. E eu penso que sim desde agora. Mas uma coisa de cada vez.
Neste sentido, me parece que não seria de todo má ideia uma versão como esta para o ATL-100, já que o mercado regional sempre foi muito carente deste tipo de aeronave, dependendo exclusivamente dos poucos modelos estrangeiros oferecidos ou de aviões adaptados.
Ele seria interessante principalmente para serviço para-público e atividades de apoio governamental civil, em que a presença de uma rampa não é um item obrigatório. Penso nele como uma alternativa interessante para atividades SAR, reconhecimento/esclarecimento, vigilância marítima e ISR no ambiente naval. Uma opção muito interessante para uma eventual guarda costeira e mesmo como parte do corpo de aviação de PM e BM dos Estados situados no litoral.
E sim eu vou ser chato de novo. Não consigo olhar esse projeto sem lembrar do IPE-014, do TX-C, do B250. Akaer Mosquito... e tantos outros que nem sequer chegamos a saber da existência ou simplesmente ainda são meros desenhos em uma tela de computador. Para não falar dos muitos projetos da própria Embraer que estão aí a espera de uma oportunidade para vir à luz.
Aliás, é bom que se diga que pelos novos caminhos que a Embraer parece querer trilhar, os espaços para novos projetos de aeronaves e também empresas no setor aeroespacial no Brasil ao contrário do que se possa pensar, é promissor. Basta como disse antes respeito, responsabilidade e compromisso de longo prazo de parte do poder público dentro de suas obrigações legais e institucionais.
O resto a competência dos nossos engenheiros e o mercado resolvem.
abs
