DEFESA AÉREA - A Lei do Abate
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Re: DEFESA AÉREA - A Lei do Abate
Olhando os números das distâncias que editei acima acrescentando Macapá e Boa Vista, me lembrei que nós temos o AV-MTC da Avibras.
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Re: DEFESA AÉREA - A Lei do Abate
Um vídeo que mostra a importância de uma força aérea dispor de cobertura AAe em complemento à defesa áerea.
Não estou advogando a compra do S-400, que por mim seria muito bem vinda, mas apenas destacar que sem um sistema como este, a FAB e seus caças ficam limitados em sua missão de defesa aérea.
As lições vindas da Ucrânia devem ter algum impacto sobre as decisões do grupo de trabalho da defesa AAe comum. Espero.
Há vários sistemas europeus, israelenses e chineses, além dos russos, que se encaixam na premissa acima. É só escolher quem melhor se adequa as nossas necessidades e requisitos.
Uma bateria por COMAR e já estávamos bem.
Não estou advogando a compra do S-400, que por mim seria muito bem vinda, mas apenas destacar que sem um sistema como este, a FAB e seus caças ficam limitados em sua missão de defesa aérea.
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Re: DEFESA AÉREA - A Lei do Abate
Mapa da cobertura radar do Brasil. Importante observar que ela vai pouco mais além das linhas de fronteira, proporcionando algum alerda radar antecipado no caso de aeronaves entrando no nosso espaço aéreo antes de chegar à fronteira.
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Re: DEFESA AÉREA - A Lei do Abate
https://www2.fab.mil.br/cindacta2/index ... ponta-pora
Composta por um radar primário, o LP23SST-NG, e um secundário, o RSM970S, a Estação Radar de Ponta Porã com alcance de até 450 quilômetros, correspondendo a uma cobertura de cerca de 636 mil quilômetros quadrados, equivalente a quase duas vezes a área do estado do Mato Grosso do Sul.
"...permitindo o aumento da vigilância de voos em baixa altitude, impedindo o uso do espaço aéreo brasileiro para a prática de atos hostis ou contrários aos interesses nacionais e, ainda, dispondo de capacidade efetiva de vigilância, de controle e de defesa do espaço aéreo, utilizando recursos de detecção, de interceptação e de destruição. Possibilita, ainda, a detecção de helicópteros, mesmo em voo pairado, e aeronaves em altas velocidades com grande capacidade de manobra, como os aviões de caça. O radar identifica a altitude dos alvos, provendo uma informação tridimensional completa da posição das aeronaves detectadas."
A modernização dos sistemas radar do SISCEAB é uma das prioridades da FAB, de forma que se possa manter, e expandir, as atuais capacidades dispostas.
Com este novos radares, apostos de acordo com que os recursos vão aparecendo, será possível, por exemplo, na região norte, obter capacidade quase total de controle do espaço aéreo das 3 guianas a partir da modernização dos sítios radar localizados ao longo da fronteira com aqueles países.
Importante também notar que tal modernização trará para a FAB maior capacidade de alerta aéreo avançado fora das fronteiras do país, e no litoral também, já que poderemos quiçá identificar alvos voando alto além dos 450 km apontados na matéria.
De fundamental importância é o apoio logístico que a FAB deve poder dispor para à manutenção, e defesa de ponto e de área, de todo o sistema, sendo um hiato que ainda está por ser coberto, mas sem previsão de tempo para tal.
Já seria um bom começo, penso, a adoção do RBS-70NG + Bolide como Shorad padrão das três forças, além de um Manpad mais moderno que os atuais Igla-S em complemento onde for cabível.
Pelo tamanho da estrutura do SISCEAB, é possível observar que a FAB iria necessitar de algumas dezenas de baterias do míssil sueco. Mas AAe ainda é um assunto pouco comentado e menos ainda importante vistos os desafios que a força encontra para manter sua frota de aviões.
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Re: DEFESA AÉREA - A Lei do Abate
Uma única unidade do M-60 em cada PEF desde o Oiapoque até o Mato Grosso do Sul nos daria uma cobertura radar enorme e diferenciada a baixa altura, além de prover, também, defesa AAe para aquelas OM se fossem equipadas com RBS-70NG, Igla-S ou equivalente.
Na região norte são cerca de 25 PEF atualmente e 2 ou 3 CiaFont, além de outros 2 ou 3 PEF na região centro oeste.
Aí eu pergunto, qual o problema, além do financeiro, de comprar uns 30 desses radares de uma pancada só e aumentar de pronto nossa capacidade de vigilância e defesa AAe nas fronteiras
Afinal, Igla-S não é tão caro que não se possa comprar às dezenas, enquanto o sistema sueco, apesar de mais caro, poderia ser comprado também em quantidades se bem negociado.
Não é a melhor solução do mundo mas com certeza já nos deixaria em uma situação bem melhor que a atual de insolvência coletiva da defesa AAe nas forças.
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Re: DEFESA AÉREA - A Lei do Abate
Raytheon atualiza os radares de vigilância de tráfego aéreo da FAB
https://tecnodefesa.com.br/raytheon-atu ... rasileira/
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Re: DEFESA AÉREA - A Lei do Abate
FCarvalho escreveu: ↑Sáb Nov 12, 2022 6:31 pm
Uma única unidade do M-60 em cada PEF desde o Oiapoque até o Mato Grosso do Sul nos daria uma cobertura radar enorme e diferenciada a baixa altura, além de prover, também, defesa AAe para aquelas OM se fossem equipadas com RBS-70NG, Igla-S ou equivalente.
Na região norte são cerca de 25 PEF atualmente e 2 ou 3 CiaFont, além de outros 2 ou 3 PEF na região centro oeste.
Aí eu pergunto, qual o problema, além do financeiro, de comprar uns 30 desses radares de uma pancada só e aumentar de pronto nossa capacidade de vigilância e defesa AAe nas fronteiras
Afinal, Igla-S não é tão caro que não se possa comprar às dezenas, enquanto o sistema sueco, apesar de mais caro, poderia ser comprado também em quantidades se bem negociado.
Não é a melhor solução do mundo mas com certeza já nos deixaria em uma situação bem melhor que a atual de insolvência coletiva da defesa AAe nas forças.
No mínimo todos os Pel teriam que virar Cia, já que iria precisar de muito mais pessoal (especializado ainda por cima) para manter operacionais 24/7 tanto os radares quanto os mísseis, além de precisar mais pessoal para defender os radares contra seus inimigos naturais e os maiores prejudicados por sua simples presença, os narcos.
Fora que uma coisa é, depois de trocentos avisos e até rajadas de advertência, um Super Tucano atirar no motor e obrigar uma avioneta a um pouso forçado; outra é mandar logo um míssil da classe do Starstreak/LMM arrebentar com tudo (viste o que ele fez com aquele Mi-28N Russo na Ucrânia?).
Fora que uma coisa é, depois de trocentos avisos e até rajadas de advertência, um Super Tucano atirar no motor e obrigar uma avioneta a um pouso forçado; outra é mandar logo um míssil da classe do Starstreak/LMM arrebentar com tudo (viste o que ele fez com aquele Mi-28N Russo na Ucrânia?).
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: DEFESA AÉREA - A Lei do Abate
A priori @Túlio segundo os manuais, todo pelotão de infantaria tem, ou deveria ter, no GC de comando uma seção AAe, o que não demandaria no caso dos PEF grandes modificações, a não ser aquelas necessárias à pouca infraestrutura para a manutenção de 1o escalão feita na própria OM. O RBS-70NG demanda apenas 3 homens para sua operação completa. Tanto o míssil como o lançador possuem proteção em caixotes especiais quando não utilizados que os preservam do ambiente e de intempéries naturais, garantindo sua total integridade e vida operacional.Túlio escreveu: ↑Dom Nov 13, 2022 10:25 pmNo mínimo todos os Pel teriam que virar Cia, já que iria precisar de muito mais pessoal (especializado ainda por cima) para manter operacionais 24/7 tanto os radares quanto os mísseis, além de precisar mais pessoal para defender os radares contra seus inimigos naturais e os maiores prejudicados por sua simples presença, os narcos.
Fora que uma coisa é, depois de trocentos avisos e até rajadas de advertência, um Super Tucano atirar no motor e obrigar uma avioneta a um pouso forçado; outra é mandar logo um míssil da classe do Starstreak/LMM arrebentar com tudo (viste o que ele fez com aquele Mi-28N Russo na Ucrânia?).
A outra opção mais barata e, diria mais inteligente, seria a adoção de Manpads Igla-S ou equivalentes. Três ou quatro Manpad seriam mais que suficiente, e muito mais baratos de manter e operar. Claro, o sistema sueco tem a vantagem de operar mais alto e mais longe, mas a ideia aqui é de auto defesa, não de cobertura da defesa aérea. No caso de adotar os Igla-S, não seria necessário sequer aumentar o número de efetivos do PEF, bastava reorganizar e destacar pessoal do GC de comando para isso, como reza os manuais.
Idem para o M-60 Saber que pode ser operado por apenas 3 a 6 elementos, não me recordo agora o número exato. A sua manutenção de 1o escalão também seria feita na própria base da OM de fronteira, o que demandaria poucas modificações a serem acrescidas na infraestrutura do PEF, até pela modularidade do sistema. No caso de manter ele operando 24\7 o ideal é que fossem 2 radares, a fim de garantir o rodízio ideal de operação e uma reserva imediata quando das manutenções regulares do sistema.
Um PEF é constituído por cerca de 60 a 70 homens\mulheres. Não é um pelotão 'normal', contando com recursos, na teoria, mais que suficientes para prover sua autonomia por no mínimo 30 a 60 dias, sem reabastecimento. Aqui no DB tem em algum lugar a organização dos PEF, mas não sei exatamente onde está.
Quanto à defesa do radar, os próprios efetivos do radar são responsáveis pela sua defesa, assistidos pelos demais membros do pelotão, de forma que a sua utilização dentro da área do PEF, deve levar em conta, também, esta questão. Todo pelotão de fronteira tem em seus manuais e organização orientações quanto ao provimento regular de sua defesa, de forma que desde a pista de pouso até a cozinha, tudo está dentro de um planejamento defensivo em caso de ataque. E todos os efetivos tem em mente exatamente o que devem fazer no caso de tal evento. Isto não é feito à revelia ou por ocasião. Os PEF da região norte, a maioria passa a maior parte do tempo isolados e sem contato com seus BIS ou comandos de área, dependendo muitas vezes de si mesmos para se manter, e defender. Assim, o acréscimo de radares e\ou Manpad\Shorad não trás nenhuma dificuldade a mais para a auto defesa da OM.
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Re: DEFESA AÉREA - A Lei do Abate
Falando em defesa aérea da região norte, o pessoal no MD e nas forças, principalmente o EB, anda mais focado agora na defesa da foz do Rio Amazonas do que na região como um todo, no caso de uma ameaça extra regional.
Isto se revela em partes nos últimos exercícios realizados de 2 anos para cá naquela área pelo MD, inclusive com participação de tropas da FFE destacadas desde o RJ junto ao 2o BtlOpRbFzNvs em Belém, e também, através das operações Ágata.
A MB conta na minha região com 2 batalhões de fuznvs, mas eu não conheço a fundo a estrutura destas OM e nem sua real capacidade de deslocamento. Há de se presumir que o HU-41 recém criado na Base Aérea e Naval de Val de Cãs tenha como missão apoiar esta OM e a de Manaus, além dos efetivos deslocados de outras bases da Marinha.
O EB também recentemente ativou o núcleo da Avex em Belém, e que em breve deverá ser elevado a nível de batalhão, quando todas as obras de infraestrutura estiverem acabadas.
A FAB possui apenas o 1o\7o Gav Esquadrão de Esclarecimento em Belém, além do 7o\8o Gav em Manaus, que é hoje a único esquadrão de helos da FAB em toda a região norte.
Em termos de operações defesa AAe na região, temos um saldo muito negativo visto que o CFN não possui sequer Manpad, o exército tem pouquíssimos RBS-70NG na 12a BiaAAe em Manaus e uma quantidade desconhecida de Igla-S, notadamente no 1o BIS, e talvez em mais algum BIS de fronteira que desconheço.
No que tange a defesa aérea a região teve o seu único esquadrão de caça em mais de 80 anos defenestrado recentemente, no caso, o Esquadrão Pacau, e não se tem no momento quaisquer vislumbre de que voltemos a dispor de caças pela FAB aqui.
A cobertura radar é ampla e consegue ultrapassar as linhas de fronteira, mas isto serve apenas para identificar e organizar o tráfego aéreo civil na região. O tráfego ilegal via de regra foge aos radares voando baixo, ou quando a presença da defesa aérea é praticamente nula, voam simplesmente sem maiores preocupações. Há relatos de mais de 2 mil contatos por ano em termos de "alvos" não identificados na região. Não é preciso dizer que a imensa maioria é de "teco-tecos" a serviço do tráfico de drogas e garimpagem ilegal que vicejam por aqui.
Os dois únicos esquadrões de caça da região, operados com os A-29A\B não contam com aviões em quantidade e disponibilidade suficiente para cobrir toda a faixa de fronteira, e a FAB não possui planos de expansão deste tipo de OM, embora logo no começo do projeto dos T-29 a ideia fosse dispor de bem mais que apenas dois esquadrões.
Como já disse de outras vezes, para fazer um trabalho efetivo de policiamento aéreo nas fronteiras norte seria necessário organizar e manter esquadrões com A-29 em: Macapá, BV, São Gabriel da Cachoeira, Eirunepé e Porto Velho.
Não é impossível, e muito menos inviável, dado que o investimento nestas localidades seria mínimo em relação ao estabelecimento dos aviões e equipagens da FAB ali, pois todos já contam com infraestrutura da FAB para receber outras OM em seus deslocamentos de ocasião em funções das operações feitas ao longo do ano.
Isto se revela em partes nos últimos exercícios realizados de 2 anos para cá naquela área pelo MD, inclusive com participação de tropas da FFE destacadas desde o RJ junto ao 2o BtlOpRbFzNvs em Belém, e também, através das operações Ágata.
A MB conta na minha região com 2 batalhões de fuznvs, mas eu não conheço a fundo a estrutura destas OM e nem sua real capacidade de deslocamento. Há de se presumir que o HU-41 recém criado na Base Aérea e Naval de Val de Cãs tenha como missão apoiar esta OM e a de Manaus, além dos efetivos deslocados de outras bases da Marinha.
O EB também recentemente ativou o núcleo da Avex em Belém, e que em breve deverá ser elevado a nível de batalhão, quando todas as obras de infraestrutura estiverem acabadas.
A FAB possui apenas o 1o\7o Gav Esquadrão de Esclarecimento em Belém, além do 7o\8o Gav em Manaus, que é hoje a único esquadrão de helos da FAB em toda a região norte.
Em termos de operações defesa AAe na região, temos um saldo muito negativo visto que o CFN não possui sequer Manpad, o exército tem pouquíssimos RBS-70NG na 12a BiaAAe em Manaus e uma quantidade desconhecida de Igla-S, notadamente no 1o BIS, e talvez em mais algum BIS de fronteira que desconheço.
No que tange a defesa aérea a região teve o seu único esquadrão de caça em mais de 80 anos defenestrado recentemente, no caso, o Esquadrão Pacau, e não se tem no momento quaisquer vislumbre de que voltemos a dispor de caças pela FAB aqui.
A cobertura radar é ampla e consegue ultrapassar as linhas de fronteira, mas isto serve apenas para identificar e organizar o tráfego aéreo civil na região. O tráfego ilegal via de regra foge aos radares voando baixo, ou quando a presença da defesa aérea é praticamente nula, voam simplesmente sem maiores preocupações. Há relatos de mais de 2 mil contatos por ano em termos de "alvos" não identificados na região. Não é preciso dizer que a imensa maioria é de "teco-tecos" a serviço do tráfico de drogas e garimpagem ilegal que vicejam por aqui.
Os dois únicos esquadrões de caça da região, operados com os A-29A\B não contam com aviões em quantidade e disponibilidade suficiente para cobrir toda a faixa de fronteira, e a FAB não possui planos de expansão deste tipo de OM, embora logo no começo do projeto dos T-29 a ideia fosse dispor de bem mais que apenas dois esquadrões.
Como já disse de outras vezes, para fazer um trabalho efetivo de policiamento aéreo nas fronteiras norte seria necessário organizar e manter esquadrões com A-29 em: Macapá, BV, São Gabriel da Cachoeira, Eirunepé e Porto Velho.
Não é impossível, e muito menos inviável, dado que o investimento nestas localidades seria mínimo em relação ao estabelecimento dos aviões e equipagens da FAB ali, pois todos já contam com infraestrutura da FAB para receber outras OM em seus deslocamentos de ocasião em funções das operações feitas ao longo do ano.
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