Partido Novo
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Re: Partido Novo
Servidores municipais cresceram 66,7% em 13 anos.
Dyelle Menezes - Contas Abertas - 26.08.15.
O inchaço da máquina pública não acontece apenas no nível federal. O número de servidores nos municípios brasileiros passou de 3,9 milhões em 2001 para 6,5 milhões no ano passado. Os dados são do Perfil dos Estados e Municípios Brasileiros 2014, pesquisa divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Assim, a quantidade de servidores municipais representou 3,2% da população em 2014. Em 2001, a proporção de servidores municipais em relação à população era 2,2%. Nesses 13 anos, a população cresceu em ritmo menor: aumentou de 17,6%. Em 2001, a população brasileira somava 172,4 milhões de habitantes e, em 2014, atingiu 202,8 milhões.
A gerente da pesquisa, Vânia Pacheco, explicou que, se de uma forma geral, o número de servidores estaduais e municipais se mantém estável, houve mudanças em relação aos vínculos empregatícios.
“O número de empregados no setor público municipal sem vínculo empregatício [não concursados e não permanentes] aumentou cerca de 39% nos últimos 15 anos”. Incluem-se na categoria pessoal sem vínculo empregatício, os autônomos, voluntários e cedidos por outra administração.
Na evolução de 1999 a 2014, os dados do IBGE demonstram acentuada predominância dos estatutários no serviço público municipal em relação às demais categorias (celetistas, comissionados, estagiários e sem vínculo empregatício). Em 1999, os estatutários correspondiam a 65,4% do total dos servidores, decrescendo para 61,1% em 2014.
O Distrito Federal (82,4%) e os estados de Rondônia (77,5%), Amapá (72,2%), Paraná (74,3%) e Rio Grande do Sul (71,4%) apresentaram médias superiores – em pelo menos 10 pontos percentuais – à média nacional. O Acre foi o estado com a menor média (22,6%), seguido de São Paulo (44,4%).
A contrapartida tem sido o aumento do pessoal sem vínculo empregatício, que passa de 13,4% para 18,7%, entre 1999 e 2014, e, em menor proporção, o aumento do pessoal comissionado, que passa de 7,7%, em 2004, ano em que começaram a ser investigados na pesquisa, para 8,4% em 2014.
O estudo também identificou maior qualificação do funcionário municipal nos últimos anos. Em 2005, cerca de 23,8% do total tinha qualificação de nível superior ou pós-graduação. Em 2014, o percentual subiu para 36,6%.
Servidores estaduais.
A proporção de servidores estaduais não acompanhou o crescimento da população, caindo de 1,6% em 2012 para 1,5% em 2014, equivalente a 3,1 milhões de pessoas. Ainda segundo o IBGE, nos estados mais populosos, o percentual de servidores estaduais é mais baixo, com exceção do Distrito Federal, com o maior percentual, por ser unidade federada, município e capital federal.
A proporção de trabalhadores da administração direta aumentou de 80,8%, em 2012, para 85,7%, em 2014. Entre 2012 e 2014 houve, nos estados, decréscimo de cerca de 100 mil estatutários estaduais (-4,2%). Por outro lado, ocorreu aumento da ordem de 200 mil servidores sem vínculo (ou seja, não concursados e não permanentes), que passaram de cerca de 400 mil para 600 mil, no mesmo período, crescimento de 50%.
Dyelle Menezes - Contas Abertas - 26.08.15.
O inchaço da máquina pública não acontece apenas no nível federal. O número de servidores nos municípios brasileiros passou de 3,9 milhões em 2001 para 6,5 milhões no ano passado. Os dados são do Perfil dos Estados e Municípios Brasileiros 2014, pesquisa divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Assim, a quantidade de servidores municipais representou 3,2% da população em 2014. Em 2001, a proporção de servidores municipais em relação à população era 2,2%. Nesses 13 anos, a população cresceu em ritmo menor: aumentou de 17,6%. Em 2001, a população brasileira somava 172,4 milhões de habitantes e, em 2014, atingiu 202,8 milhões.
A gerente da pesquisa, Vânia Pacheco, explicou que, se de uma forma geral, o número de servidores estaduais e municipais se mantém estável, houve mudanças em relação aos vínculos empregatícios.
“O número de empregados no setor público municipal sem vínculo empregatício [não concursados e não permanentes] aumentou cerca de 39% nos últimos 15 anos”. Incluem-se na categoria pessoal sem vínculo empregatício, os autônomos, voluntários e cedidos por outra administração.
Na evolução de 1999 a 2014, os dados do IBGE demonstram acentuada predominância dos estatutários no serviço público municipal em relação às demais categorias (celetistas, comissionados, estagiários e sem vínculo empregatício). Em 1999, os estatutários correspondiam a 65,4% do total dos servidores, decrescendo para 61,1% em 2014.
O Distrito Federal (82,4%) e os estados de Rondônia (77,5%), Amapá (72,2%), Paraná (74,3%) e Rio Grande do Sul (71,4%) apresentaram médias superiores – em pelo menos 10 pontos percentuais – à média nacional. O Acre foi o estado com a menor média (22,6%), seguido de São Paulo (44,4%).
A contrapartida tem sido o aumento do pessoal sem vínculo empregatício, que passa de 13,4% para 18,7%, entre 1999 e 2014, e, em menor proporção, o aumento do pessoal comissionado, que passa de 7,7%, em 2004, ano em que começaram a ser investigados na pesquisa, para 8,4% em 2014.
O estudo também identificou maior qualificação do funcionário municipal nos últimos anos. Em 2005, cerca de 23,8% do total tinha qualificação de nível superior ou pós-graduação. Em 2014, o percentual subiu para 36,6%.
Servidores estaduais.
A proporção de servidores estaduais não acompanhou o crescimento da população, caindo de 1,6% em 2012 para 1,5% em 2014, equivalente a 3,1 milhões de pessoas. Ainda segundo o IBGE, nos estados mais populosos, o percentual de servidores estaduais é mais baixo, com exceção do Distrito Federal, com o maior percentual, por ser unidade federada, município e capital federal.
A proporção de trabalhadores da administração direta aumentou de 80,8%, em 2012, para 85,7%, em 2014. Entre 2012 e 2014 houve, nos estados, decréscimo de cerca de 100 mil estatutários estaduais (-4,2%). Por outro lado, ocorreu aumento da ordem de 200 mil servidores sem vínculo (ou seja, não concursados e não permanentes), que passaram de cerca de 400 mil para 600 mil, no mesmo período, crescimento de 50%.
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Re: Partido Novo
Do jeito que a coisa vai, alguém poderia criar o PDD (Partido Democrático dos Delatores). Futuros candidatos por este partido é que não faltam
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Re: Partido Novo
Então chegamos a uma conclusão. Como a Argentina e o Equador tem menos funcionários públicos que o Brasil, são países mais liberais que o nosso, e o Panamá e México são menos liberais. Pelo amor de Deus, o liberalismo não é só redução do funcionalismo público e você insiste nisso. 90 % desses países que tem mais servidores que o Brasil são mais liberais do que a gente, vivem melhor e são mais ricos. Muitos estão em um nível de riqueza e desenvolvimento que permitem que o país possa se dar o luxo de ter um elevadíssimo número de funcionários públicos. O Brasil não é um país rico e desenvolvido, e aumentar o funcionalismo, os impostos, os direitos trabalhistas e dificultando instalação de empresas não vai ajudar em nada o país, pelo contrário. Ainda vemos uma Grécia que não é um país muito rico com um grande funcionalismo público em apuros graças a essas aventuras de aumento do Estado.LeandroGCard escreveu:Ou seja, tem muito mais coisa a ser estudada quando se fala em obter crescimento econômico e atingir o desenvolvimento do que o tamanho do estado. Simplesmente afirmar que quanto menor e mais liberal ele for melhor simplesmente não faz sentido, simplesmente existem contra-exemplos demais para se afirmar categoricamente as vantagens absolutas do estado mais enxuto.joabraga13 escreveu:Boa tarde Leandro,
A Índia e a China são países singulares no mundo e esse crescimento é natural devido à saída da população do meio rural para o urbano por meio de medidas do governo, pelo enorme mercado consumidor, criação de reservas estratégicas de dinheiro, investimentos pesados em infra-estrutura e outras coisas. Esses governos tem muito dinheiro graças a gigantesca população que têm e devem continuar crescendo até médio prazo, depois é uma incógnita.
A França já foi um país bem mais liberal (assim como boa parte da Europa) e chegou em um patamar de desenvolvimento que seus governantes pensam que está na hora de institucionalizar o bem estar social, aumentando os impostos, gerando benefícios para a população e controlando a quantidade de empresas. A Itália com todo respeito, não é um exemplo de governo eficiente por ter muitos problemas com corrupção. No que tange a comparação à Georgia, pra mim não faz sentido pois é uma ex República Soviética que teve seu desenvolvimento econômico bastante atrasado devido ao socialismo sendo comparado a dois dos melhores países do mundo. Talvez uma comparação mais justa seja da França x Alemanha, Argentina x Chile, Colômbia x Venezuela e outras.
Países muito mais avançados e com crescimento muito maior que o nosso tem estados maiores e não menores que o brasileiro, veja o gráfico abaixo. Os países com maior IDH do planeta possuem muito mais empregados públicos do que nós (alguns mais que o DOBRO!!!), e até o liberal EUA tem percentualmente muito mais gente no setor público do que o Brasil (quase 50% a mais). Mesmo o Chile não tem uma participação do estado no total de empregados muito menor que a nossa. Qual a razão então para acreditar que a simples redução do tamanho ou das atribuições do estado seria um bem em si mesma?Como você disse, a liberdade econômica está associada à facilidade de instalação e funcionamento de empresas privadas, e o que eu defendo é o enxugamento do Estado, diminuir suas atribuições, não de dispensar funcionários. Com a quantidade de servidores que temos hoje, poderíamos ter mais funcionários em menos áreas, consequentemente gerando uma melhoria nos serviços prestados. As demais áreas, poderiam ser desestatizadas e colocadas à disposição da iniciativa privada.
Fonte:http://www.latameconomy.org/en/outlook/ ... n-america/
Além disso, existem setores que são a base da pirâmide econômica (infra-estrutura, energia, matérias primas, etc...) que exigem investimentos muito elevados, tem prazos de implantação muito longos, possuem baixo nível de inovação intrínseca e precisam praticar preços baixos caso contrário sufocam as atividades econômicas mais dinâmicas da sociedade (indústrias de manufatura, comércio, serviços pessoais, etc...). No mundo avançado e nos países de crescimento mais rápido estes setores são estatais ou fortemente subsidiados (o que pode ser até pior do que estatizar). Porque aqui deveria ser o contrário?
Por outro lado a iniciativa privada não tem nenhuma forma de controle pela população, e tende a tentar se assenhorear do estado (o que é o maior problema no Brasil hoje, levando inclusive aos nossos elevados níveis de corrupção). Em geral, quando ela funciona bem as vantagens ficam para os seus proprietários, e quando funciona mal os prejuízos são socializados. Apenas a vigilância e o controle eficaz do estado evita que isso aconteça e os problemas que vem daí, e isso não é uma indicação de que o estado quanto menor, melhor. Muito pelo contrário.A iniciativa privada também tem muitos defeitos, mas normalmente ainda funciona melhor que o funcionalismo público. E aumentar competitividade seria a melhor alternativa para melhorar os serviços privados.
Novamente, outros fatores que não o índice de liberdade econômica apresentam maior influência no sucesso econômico do que ele. A forma de inserção no mercado mundial, a valorização ou desvalorização dos produtos nacionais, as fraquezas gerais da sociedade e etc... acabam afetando mais a economia do que o nível de liberalismo econômico em si. Então porque insistir nisso e não focar primeiro nos demais pontos que são mais importantes? Porque ficar remoendo uma eventual redução do estado brasileiro (que como mostrado acima não é grande demais comparado ao que se observa restante do mundo) antes de falar no aumento de sua eficiência?Bom, o Peru é um país que fez reformas liberais e está ai colhendo o que plantou e fez as alianças corretas.
A Bolívia está aproveitando o aumento do preço do gás natural e vai continuar crescendo.
O Equador cresceu e já está em crise de novo, inclusive uma grande crise política.
Paraguai apesar de ser pobre, fez reformas liberais e a tendencia é a de continuar crescendo.
Colômbia também fez reformas liberais.
Chile não precisa falar.
A Argentina cresceu mais que o México. Mas o México é um país extremamente dependente dos EUA que viveu uma importante crise. O México ainda tem muitos outros problemas relacionados a corrupção e tráfico de drogas que atrapalham seu desenvolvimento.
Esses países desenvolveram mais durante esse período, mas e esse ano ? E no próximo ? Qual o futuro de Brasil, Venezuela e Argentina ? Porque todos crescerão menos esses ? Estranho né.
Leandro G. Card
Nós temos um 1 exemplo de país de economia teoricamente repressiva que teve um grande crescimento entre 2011 e 2014, que foi a Bolívia, temos 3 fracassados (Brasil, Argentina e Venezuela) e temos o instável Equador. O crescimento do PIB esperado para o Brasil em 2015 é de -2,00%, da Argentina de -1,00% e da Venezuela de apenas -7,00%. Enquanto isso os demais, que possuem uma política econômica mais liberal continuam crescendo de forma mais estável e sem grandes problemas.
Quer mais exemplos ? Compare o crescimento do Chile antes e depois de 85, o do Brasil antes e depois de 95 até 2008, o do Peru nos últimos 20 anos, o da Colômbia mais recentemente, o de Botswana com outros países africanos...
Além disso, existem setores que são a base da pirâmide econômica (infra-estrutura, energia, matérias primas, etc...) que exigem investimentos muito elevados, tem prazos de implantação muito longos, possuem baixo nível de inovação intrínseca e precisam praticar preços baixos caso contrário sufocam as atividades econômicas mais dinâmicas da sociedade (indústrias de manufatura, comércio, serviços pessoais, etc...). No mundo avançado e nos países de crescimento mais rápido estes setores são estatais ou fortemente subsidiados (o que pode ser até pior do que estatizar). Porque aqui deveria ser o contrário?
Ter uma boa infra-estrutura, energia barata e matéria prima mais barata são imprescindíveis para um país crescer nem sempre poderão ser fornecidos por empresas privadas, é um fato, mas se o governo controlar demais essas áreas, subsidiar em excesso a conta vai chegar e será bem cara. Pra isso, no caso da energia, deve-se procurar uma matriz de menor custo de produção e mais próximos das industrias para que caso haja prejuízo, que ele seja menor. Com relação a matéria-prima vejo diferente e não acho que o Brasil teria problemas em gerar pro meio de empresas privadas, como já é. Na infra-estrutura é necessário que consigamos escoar nossa produção de maneira mais rápida e mais barata, seja por ferrovias, rodovias, hidrovias ou aeroportos, por isso tem de ser uma área prioritária nos investimentos independente de serem públicos ou privados. Vejo que a iniciativa privada tem condições muito melhores de manter essa infra-estrutura em bom estado e sou a favor de que eles controlem boa parte das nossas rodovias, ferrovias, aeroportos e outros, desde que os impostos sobre essas áreas sejam reduzidos ou extintos.
Não posso afirmar que sempre o liberalismo será melhor do que outras formas até porque existem governos e desgovernos e cada país tem sua particularidade, mas normalmente ele tende a ser a melhor política econômica de crescimento para os países, até porque quem tem que gerar desenvolvimento e mover o país são as pessoas e as empresas, não o governo.
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Re: Partido Novo
Cumé???? Impressão minha ou você está tentando mudar a regra do jogo com ele em andamento???? Quer dizer agora que depois que um monte de gente derrubou teus argumentos, estado mínimo não é mais sinônimo de país liberal????joabraga13 escreveu:Então chegamos a uma conclusão. Como a Argentina e o Equador tem menos funcionários públicos que o Brasil, são países mais liberais que o nosso, e o Panamá e México são menos liberais. Pelo amor de Deus, o liberalismo não é só redução do funcionalismo público e você insiste nisso. 90 % desses países que tem mais servidores que o Brasil são mais liberais do que a gente, vivem melhor e são mais ricos. Muitos estão em um nível de riqueza e desenvolvimento que permitem que o país possa se dar o luxo de ter um elevadíssimo número de funcionários públicos. O Brasil não é um país rico e desenvolvido, e aumentar o funcionalismo, os impostos, os direitos trabalhistas e dificultando instalação de empresas não vai ajudar em nada o país, pelo contrário. Ainda vemos uma Grécia que não é um país muito rico com um grande funcionalismo público em apuros graças a essas aventuras de aumento do Estado.LeandroGCard escreveu:Ou seja, tem muito mais coisa a ser estudada quando se fala em obter crescimento econômico e atingir o desenvolvimento do que o tamanho do estado. Simplesmente afirmar que quanto menor e mais liberal ele for melhor simplesmente não faz sentido, simplesmente existem contra-exemplos demais para se afirmar categoricamente as vantagens absolutas do estado mais enxuto.
Países muito mais avançados e com crescimento muito maior que o nosso tem estados maiores e não menores que o brasileiro, veja o gráfico abaixo. Os países com maior IDH do planeta possuem muito mais empregados públicos do que nós (alguns mais que o DOBRO!!!), e até o liberal EUA tem percentualmente muito mais gente no setor público do que o Brasil (quase 50% a mais). Mesmo o Chile não tem uma participação do estado no total de empregados muito menor que a nossa. Qual a razão então para acreditar que a simples redução do tamanho ou das atribuições do estado seria um bem em si mesma?
Fonte:http://www.latameconomy.org/en/outlook/ ... n-america/
Além disso, existem setores que são a base da pirâmide econômica (infra-estrutura, energia, matérias primas, etc...) que exigem investimentos muito elevados, tem prazos de implantação muito longos, possuem baixo nível de inovação intrínseca e precisam praticar preços baixos caso contrário sufocam as atividades econômicas mais dinâmicas da sociedade (indústrias de manufatura, comércio, serviços pessoais, etc...). No mundo avançado e nos países de crescimento mais rápido estes setores são estatais ou fortemente subsidiados (o que pode ser até pior do que estatizar). Porque aqui deveria ser o contrário?
Por outro lado a iniciativa privada não tem nenhuma forma de controle pela população, e tende a tentar se assenhorear do estado (o que é o maior problema no Brasil hoje, levando inclusive aos nossos elevados níveis de corrupção). Em geral, quando ela funciona bem as vantagens ficam para os seus proprietários, e quando funciona mal os prejuízos são socializados. Apenas a vigilância e o controle eficaz do estado evita que isso aconteça e os problemas que vem daí, e isso não é uma indicação de que o estado quanto menor, melhor. Muito pelo contrário.
Novamente, outros fatores que não o índice de liberdade econômica apresentam maior influência no sucesso econômico do que ele. A forma de inserção no mercado mundial, a valorização ou desvalorização dos produtos nacionais, as fraquezas gerais da sociedade e etc... acabam afetando mais a economia do que o nível de liberalismo econômico em si. Então porque insistir nisso e não focar primeiro nos demais pontos que são mais importantes? Porque ficar remoendo uma eventual redução do estado brasileiro (que como mostrado acima não é grande demais comparado ao que se observa restante do mundo) antes de falar no aumento de sua eficiência?
Leandro G. Card
Nós temos um 1 exemplo de país de economia teoricamente repressiva que teve um grande crescimento entre 2011 e 2014, que foi a Bolívia, temos 3 fracassados (Brasil, Argentina e Venezuela) e temos o instável Equador. O crescimento do PIB esperado para o Brasil em 2015 é de -2,00%, da Argentina de -1,00% e da Venezuela de apenas -7,00%. Enquanto isso os demais, que possuem uma política econômica mais liberal continuam crescendo de forma mais estável e sem grandes problemas.
Quer mais exemplos ? Compare o crescimento do Chile antes e depois de 85, o do Brasil antes e depois de 95 até 2008, o do Peru nos últimos 20 anos, o da Colômbia mais recentemente, o de Botswana com outros países africanos...
Além disso, existem setores que são a base da pirâmide econômica (infra-estrutura, energia, matérias primas, etc...) que exigem investimentos muito elevados, tem prazos de implantação muito longos, possuem baixo nível de inovação intrínseca e precisam praticar preços baixos caso contrário sufocam as atividades econômicas mais dinâmicas da sociedade (indústrias de manufatura, comércio, serviços pessoais, etc...). No mundo avançado e nos países de crescimento mais rápido estes setores são estatais ou fortemente subsidiados (o que pode ser até pior do que estatizar). Porque aqui deveria ser o contrário?
Ter uma boa infra-estrutura, energia barata e matéria prima mais barata são imprescindíveis para um país crescer nem sempre poderão ser fornecidos por empresas privadas, é um fato, mas se o governo controlar demais essas áreas, subsidiar em excesso a conta vai chegar e será bem cara. Pra isso, no caso da energia, deve-se procurar uma matriz de menor custo de produção e mais próximos das industrias para que caso haja prejuízo, que ele seja menor. Com relação a matéria-prima vejo diferente e não acho que o Brasil teria problemas em gerar pro meio de empresas privadas, como já é. Na infra-estrutura é necessário que consigamos escoar nossa produção de maneira mais rápida e mais barata, seja por ferrovias, rodovias, hidrovias ou aeroportos, por isso tem de ser uma área prioritária nos investimentos independente de serem públicos ou privados. Vejo que a iniciativa privada tem condições muito melhores de manter essa infra-estrutura em bom estado e sou a favor de que eles controlem boa parte das nossas rodovias, ferrovias, aeroportos e outros, desde que os impostos sobre essas áreas sejam reduzidos ou extintos.
Não posso afirmar que sempre o liberalismo será melhor do que outras formas até porque existem governos e desgovernos e cada país tem sua particularidade, mas normalmente ele tende a ser a melhor política econômica de crescimento para os países, até porque quem tem que gerar desenvolvimento e mover o país são as pessoas e as empresas, não o governo.
Tááá!!!!!
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Re: Partido Novo
Amigo, se vc está com problemas de interpretação eu não tenho culpa. Então seguindo sua logica, como a Argentina tem menos funcionários públicos que o Brasil ela seria um país liberal ? É isso ? Até agora você não me provou suas suposições sobre o financiamento do partido para vender o Brasil. Acontece que eu ao contrário de você respondi todas as perguntas e não escondi meu
ponto vista atrás de argumentos dos outros, rs.
Abração.
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Re: Partido Novo
Confesso que não tenho como provar agora. Estou viajando a trabalho e meu smartphone é uma desgraça. Mas existem fortes indícios: O apoio do Constantino (notório serviçal do Instituto Millenium). A doutrina das Misses é outro forte indício. Sem falar nessa fixação doentia por diminuir impostos. Isso pra mim é batata, fede a Instituto Millenium e Agenda2020. Claro que se você me disser quem são seus lideres, facilita muito o meu trabalho.joabraga13 escreveu:Amigo, se vc está com problemas de interpretação eu não tenho culpa. Então seguindo sua logica, como a Argentina tem menos funcionários públicos que o Brasil ela seria um país liberal ? É isso ? Até agora você não me provou suas suposições sobre o financiamento do partido para vender o Brasil. Acontece que eu ao contrário de você respondi todas as perguntas e não escondi meu
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Re: Partido Novo
joabraga13 escreveu:Amigo, se vc está com problemas de interpretação eu não tenho culpa. Então seguindo sua logica, como a Argentina tem menos funcionários públicos que o Brasil ela seria um país liberal ? É isso ? Até agora você não me provou suas suposições sobre o financiamento do partido para vender o Brasil. Acontece que eu ao contrário de você respondi todas as perguntas e não escondi meu
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Abração.
O nome do partido não é NOVO???? O que você acha que se sub-entende por isso??? NOVO sequer é um acrônimo. Acho que não preciso lhe explicar o que eles pretendem que se entenda com isso. Mas é óbvio que eu sei muito bem que liberalismo não é algo novo, mas os espertinhos querem deixar entender que seja.Ideologia liberal não deu certo em lugar nenhum. Nova Zelândia, Cingapura, Hong Kong e Suíça que o digam.
Brasil tem Estado Mínimo ? Realmente pagamos poucos impostos, o governo tem poucas empresas e funcionários e os serviços públicos são super eficientes.
Liberalismo econômico é algo novo ? Adam Smith e Ludwig Von Misses reviram do caixão.
Qual sua fonte sobre o financiamento do partido ? Argumentação baseada em suposições, apresente fatos e lhe responderei.
Bem como podes ver acima foi você mesmo que começou com essa história de reduzir número de funcionários públicos. Então se a Argentina tem mais funcionários públicos que o Brasil, não me interessa, não estou seguindo lógica nenhuma, quem está tentando estabelecer uma lógica é você. Os exemplos que vc citou também não podem ser aplicados ao contexto do Brasil, portanto seguem não tendo lógica. Todos países pequenos, mas mantém sua pujança econômica não obrigatoriamente com políticas liberais. Aliás, Liberal é relativo...Liberal comparado com o que??? Singapura não me parece ser exatamente um modelo de país liberal (a não ser que vc compare com a China e a Coréia do Norte). Quanto as minhas suposições, talvez você tenha razão...mas também posso ter mirado em um passarinho e acertado um elefante. Tem peixe muito mais graúdo nesse açude.
http://www.cartacapital.com.br/blogs/ou ... -3213.html
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Re: Partido Novo
O Índice Heritage coloca vários países cujo Estado é gigantesco lá em cima, dentre os de economia mais livre.
40% dos trabalhadores da Dinamarca são funcionários públicos e ainda assim figuram a 11ª posição. A Austrália tem o maior salário mínimo do mundo e figura a 4ª posição. Para eles o peso do Estado não parece influenciar tanto na liberdade econômica.
A Suécia tem um Estado grande que intervém bastante. Não existe salário mínimo, mas o piso de cada profissão precisa ser negociado entre sindicatos e empresários. Quando um empresário tenta demitir sem justa causa um agente do governo vai até lá intermediar a questão. As demissões sem justa causa são muito difíceis e os desempregados recebem auxílio do governo até para procurar empregos novos. Não estou falando só de seguro-desemprego, mas de pegar na mãozinha do trabalhador e levá-lo até um emprego novo. Além disso possuem, proporcionalmente, 3x mais funcionários públicos que o Brasil. E com tudo isso figuram em 21º no ranking de liberdade econômica.
Acho um barato a Suécia praticando um monte de atitude que os liberais rejeitam e ainda assim sendo defendida como liberal por muita gente. http://www.europarl.europa.eu/workingpa ... ary_pt.htm
Não entendo tanto de economia quanto gostaria, mas tem um livro que eu li e recomendo. Chama-se "Chutando a escada", de um economista sul coreano. Trata de medidas que países desenvolvidos utilizaram para chegar onde estão.
40% dos trabalhadores da Dinamarca são funcionários públicos e ainda assim figuram a 11ª posição. A Austrália tem o maior salário mínimo do mundo e figura a 4ª posição. Para eles o peso do Estado não parece influenciar tanto na liberdade econômica.
A Suécia tem um Estado grande que intervém bastante. Não existe salário mínimo, mas o piso de cada profissão precisa ser negociado entre sindicatos e empresários. Quando um empresário tenta demitir sem justa causa um agente do governo vai até lá intermediar a questão. As demissões sem justa causa são muito difíceis e os desempregados recebem auxílio do governo até para procurar empregos novos. Não estou falando só de seguro-desemprego, mas de pegar na mãozinha do trabalhador e levá-lo até um emprego novo. Além disso possuem, proporcionalmente, 3x mais funcionários públicos que o Brasil. E com tudo isso figuram em 21º no ranking de liberdade econômica.
Acho um barato a Suécia praticando um monte de atitude que os liberais rejeitam e ainda assim sendo defendida como liberal por muita gente. http://www.europarl.europa.eu/workingpa ... ary_pt.htm
Não entendo tanto de economia quanto gostaria, mas tem um livro que eu li e recomendo. Chama-se "Chutando a escada", de um economista sul coreano. Trata de medidas que países desenvolvidos utilizaram para chegar onde estão.
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Re: Partido Novo
Tenho muito a comentar sobre esse índice, mas pouco tempo agora, há contradições entre os índices e um país governado por Adam Smith não seria considerado liberal por esse índice, mas isso é porque a ideologia liberal contém contradições, e outras palavras, não funciona.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
- joabraga13
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Re: Partido Novo
O nome do partido é NOVO porque é um partido que está sendo fundado sem políticos e tem um ideal que não é representado por ninguém (ou quase ninguém) no congresso e senado. Só estou querendo dizer que ter mais ou menos funcionários públicos não pode ser considerado como uma forma de caracterizar um país como liberal ou não, pois depende de muitas outras coisas. Sobre a questão do financiamento do partido e do MBL é uma grande bobeira, pelo amor de Deus amigo, olha a fonte, sem credibilidade nenhuma. A pessoa pode querer a privatização da Petrobras uai, não quer dizer que ela é financiada pelos "imperialistas", eu mesmo penso isso e não recebi nada de ninguém ainda, infelizmente. Isso não passa de uma teoria da conspiração.Juniorbombeiro escreveu:joabraga13 escreveu:Amigo, se vc está com problemas de interpretação eu não tenho culpa. Então seguindo sua logica, como a Argentina tem menos funcionários públicos que o Brasil ela seria um país liberal ? É isso ? Até agora você não me provou suas suposições sobre o financiamento do partido para vender o Brasil. Acontece que eu ao contrário de você respondi todas as perguntas e não escondi meu
ponto vista atrás de argumentos dos outros, rs.
Abração.O nome do partido não é NOVO???? O que você acha que se sub-entende por isso??? NOVO sequer é um acrônimo. Acho que não preciso lhe explicar o que eles pretendem que se entenda com isso. Mas é óbvio que eu sei muito bem que liberalismo não é algo novo, mas os espertinhos querem deixar entender que seja.Ideologia liberal não deu certo em lugar nenhum. Nova Zelândia, Cingapura, Hong Kong e Suíça que o digam.
Brasil tem Estado Mínimo ? Realmente pagamos poucos impostos, o governo tem poucas empresas e funcionários e os serviços públicos são super eficientes.
Liberalismo econômico é algo novo ? Adam Smith e Ludwig Von Misses reviram do caixão.
Qual sua fonte sobre o financiamento do partido ? Argumentação baseada em suposições, apresente fatos e lhe responderei.
Bem como podes ver acima foi você mesmo que começou com essa história de reduzir número de funcionários públicos. Então se a Argentina tem mais funcionários públicos que o Brasil, não me interessa, não estou seguindo lógica nenhuma, quem está tentando estabelecer uma lógica é você. Os exemplos que vc citou também não podem ser aplicados ao contexto do Brasil, portanto seguem não tendo lógica. Todos países pequenos, mas mantém sua pujança econômica não obrigatoriamente com políticas liberais. Aliás, Liberal é relativo...Liberal comparado com o que??? Singapura não me parece ser exatamente um modelo de país liberal (a não ser que vc compare com a China e a Coréia do Norte). Quanto as minhas suposições, talvez você tenha razão...mas também posso ter mirado em um passarinho e acertado um elefante. Tem peixe muito mais graúdo nesse açude.
http://www.cartacapital.com.br/blogs/ou ... -3213.html
Acho que esse Índice é a melhor forma de mostrar em uma forma geral o grau de liberdade econômica, porque como falei não existe país 100% liberal e cada um tem suas particularidades, pode se ter medidas consideradas liberais e medidas intervencionistas. Tanto que mesmo com um Estado maior, esses países ainda assim são considerados mais liberais que o Brasil.Algus escreveu:O Índice Heritage coloca vários países cujo Estado é gigantesco lá em cima, dentre os de economia mais livre.
40% dos trabalhadores da Dinamarca são funcionários públicos e ainda assim figuram a 11ª posição. A Austrália tem o maior salário mínimo do mundo e figura a 4ª posição. Para eles o peso do Estado não parece influenciar tanto na liberdade econômica.
A Suécia tem um Estado grande que intervém bastante. Não existe salário mínimo, mas o piso de cada profissão precisa ser negociado entre sindicatos e empresários. Quando um empresário tenta demitir sem justa causa um agente do governo vai até lá intermediar a questão. As demissões sem justa causa são muito difíceis e os desempregados recebem auxílio do governo até para procurar empregos novos. Não estou falando só de seguro-desemprego, mas de pegar na mãozinha do trabalhador e levá-lo até um emprego novo. Além disso possuem, proporcionalmente, 3x mais funcionários públicos que o Brasil. E com tudo isso figuram em 21º no ranking de liberdade econômica.
Acho um barato a Suécia praticando um monte de atitude que os liberais rejeitam e ainda assim sendo defendida como liberal por muita gente. http://www.europarl.europa.eu/workingpa ... ary_pt.htm
Não entendo tanto de economia quanto gostaria, mas tem um livro que eu li e recomendo. Chama-se "Chutando a escada", de um economista sul coreano. Trata de medidas que países desenvolvidos utilizaram para chegar onde estão.
A política econômica de cada país tem que ser avaliado por quem está no comando e na política e o governo atual e a oposição não tem condições de visualizar isso em minha opinião, por isso defendo o NOVO.
Também não entendo de economia como gostaria e estou aprendendo muito nesse debate com vocês, tenho minhas preferências ideológicas e econômicas mas isso não significa que eu vou concordar sempre com o liberalismo. Por exemplo, muitos liberais são a favor da diminuição dos gastos militares, privatização de faculdades públicas, privatização de todo sistema de saúde, diminuição radical do Estado, dentre outras coisas e sou absolutamente contra. Quero aumento de gastos com as Forças Armadas e segurança pública, penso que boa parte do sistema de saúde pode continuar público, sou contra privatização de faculdades públicas mas penso que poderiam haver contribuições mensais pelos alunos, investimento grande em infra-estrutura, educação, Ciência e Tecnologia e Pesquisa e Desenvolvimento, dentre outras coisas.
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Re: Partido Novo
Por que a fonte não tem credibilidade? Você ao menos se deu ao trabalho de ler? Se você checar todas as informações, elas vão bater. O que você considera fonte confiavel? Facebook? Fofocas de corredor de condomínio?
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Re: Partido Novo
Não sou eu que insisto, é o tal partido novo que coloca como um dos seus objetivos a redução das atribuições do estado sem nem explicar o porquê, o que mostra que eles pressupões logo de saída duas coisas: Que o estado brasileiro é extenso demais, e que um setor público amplo é intrinsecamente ruim. E ambos estes pontos não se sustentam quando realmente avaliados, inclusive se comparados com países bem "mais liberais" que o nosso.joabraga13 escreveu:Então chegamos a uma conclusão. Como a Argentina e o Equador tem menos funcionários públicos que o Brasil, são países mais liberais que o nosso, e o Panamá e México são menos liberais. Pelo amor de Deus, o liberalismo não é só redução do funcionalismo público e você insiste nisso.
A alternativa seria que eles avaliaram sim estes pontos com cuidado, mas concluíram que embora um estado maior e mais atuante possa ser bom, os brasileiros por alguma questão de inferioridade cultural, genética ou etc... são incapazes de construir um estado que funcione, então melhor entregar o máximo de coisas para a iniciativa privada e esperar pelo melhor. Isso é uma forma de "vira-latismo", e esta possibilidade me parece pelo menos tão ruim quanto a anterior, se não for pior.
Agora, considerando que quem está dando o impulso para a formação o partido são justamente empresários do setor privado, acho mais provável uma terceira possibilidade. A de que estejam simplesmente de olho em abrir mercados garantidos para eles mesmos entrando em setores dos quais o estado se retiraria e dos quais a sociedade não pode abrir mão. E se é assim me desculpe, mas já temos demasiados aproveitadores de este tipo em nosso país e espero sinceramente que mais estes não consigam seu intento.
Veja como este parágrafo é incongruente: Reconhece que países com estados grandes, bem maiores que o nosso, podem ser desenvolvidos (não sei de onde saiu a idéia de que são necessariamente mais liberais, isso foi assumido e não demonstrado), mas quando um deles (no caso a Grécia) enfrenta problemas econômicos e de crescimento aí o problema é logo apontado para o aumento do tamanho do estado. Outras causas como o endividamento indevido com juros flutuantes após da entrada para o Euro, as isenções fiscais para grandes empresários como os armadores, a sonegação generalizada (praticada principalmente por empresários do setor privado) não são sequer consideradas.90% desses países que tem mais servidores que o Brasil são mais liberais do que a gente, vivem melhor e são mais ricos. Muitos estão em um nível de riqueza e desenvolvimento que permitem que o país possa se dar o luxo de ter um elevadíssimo número de funcionários públicos. O Brasil não é um país rico e desenvolvido, e aumentar o funcionalismo, os impostos, os direitos trabalhistas e dificultando instalação de empresas não vai ajudar em nada o país, pelo contrário. Ainda vemos uma Grécia que não é um país muito rico com um grande funcionalismo público em apuros graças a essas aventuras de aumento do Estado.
Se é para ficar escolhendo exemplos a dedo, então vamos para a China ou o Vietnã, que de liberais não tem nada e inclusive se declaram comunistas (embora esta designação de fato não possa mais ser considerada como sincera). Na verdade, se você for comparar a lista dos países mais liberais dada em posts anteriores com a dos que mais crescem (por exemplo aqui: https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_c ... rowth_rate) perceberá que não se pode montar uma relação direta entre liberalismo e crescimento econômico.Nós temos um 1 exemplo de país de economia teoricamente repressiva que teve um grande crescimento entre 2011 e 2014, que foi a Bolívia, temos 3 fracassados (Brasil, Argentina e Venezuela) e temos o instável Equador. O crescimento do PIB esperado para o Brasil em 2015 é de -2,00%, da Argentina de -1,00% e da Venezuela de apenas -7,00%. Enquanto isso os demais, que possuem uma política econômica mais liberal continuam crescendo de forma mais estável e sem grandes problemas.
Quer mais exemplos ? Compare o crescimento do Chile antes e depois de 85, o do Brasil antes e depois de 95 até 2008, o do Peru nos últimos 20 anos, o da Colômbia mais recentemente, o de Botswana com outros países africanos...
Agora, se for para descartar contra-exemplos, ficar apontando as épocas em que o país não cresceu no passado, adivinhar que não vai crescer no futuro, ou ficar procurando desculpas e motivos quaisquer para "demonstrar" que a adoção do liberalismo é sempre boa e se afastar dele é sempre ruim, então estamos no campo da crença, e neste caso esta discussão é inútil.
Explique então o que exatamente daria vantagens intrínsecas à iniciativa privada para administrar melhor todas estas áreas. Mas não venha com o argumento batido de que NOSSO governo mostrou ineficiência e isso é prova suficiente, pois isso mostra apenas que NOSSO governo é ruim e precisa ser reformado, com o que acredito todo mundo concorda. Que indicações reais existem de que colocar nossa energia no aperfeiçoamento da democracia e na reforma do governo não dê melhores resultados do que entregar o máximo possível da economia na mão de empresários que ninguém controla?Ter uma boa infra-estrutura, energia barata e matéria prima mais barata são imprescindíveis para um país crescer nem sempre poderão ser fornecidos por empresas privadas, é um fato, mas se o governo controlar demais essas áreas, subsidiar em excesso a conta vai chegar e será bem cara. Pra isso, no caso da energia, deve-se procurar uma matriz de menor custo de produção e mais próximos das industrias para que caso haja prejuízo, que ele seja menor. Com relação a matéria-prima vejo diferente e não acho que o Brasil teria problemas em gerar pro meio de empresas privadas, como já é. Na infra-estrutura é necessário que consigamos escoar nossa produção de maneira mais rápida e mais barata, seja por ferrovias, rodovias, hidrovias ou aeroportos, por isso tem de ser uma área prioritária nos investimentos independente de serem públicos ou privados. Vejo que a iniciativa privada tem condições muito melhores de manter essa infra-estrutura em bom estado e sou a favor de que eles controlem boa parte das nossas rodovias, ferrovias, aeroportos e outros, desde que os impostos sobre essas áreas sejam reduzidos ou extintos.
Mais uma vez, uma afirmação sem bases que a demonstrem. Porque exatamente o liberalismo TENDE a ser melhor? Se é assim, então porque ele sempre acaba falhando e o governo é chamado a salvar a pátria, geralmente gastando muito mais dinheiro do que se tivesse ele mesmo assumido as atividades para começar? E para verificar isso basta estudar todas as crises desde o século XVIII até a de 2008, e somar quanto dinheiro os governos colocaram e ainda colocam nas mão de particulares para garantir que a "eficiência do liberalismo" não levasse a sociedade à catástrofe.Não posso afirmar que sempre o liberalismo será melhor do que outras formas até porque existem governos e desgovernos e cada país tem sua particularidade, mas normalmente ele tende a ser a melhor política econômica de crescimento para os países, até porque quem tem que gerar desenvolvimento e mover o país são as pessoas e as empresas, não o governo.
Afinal, o governo também é feito por pessoas, e em uma democracia elas é deveriam controlar suas atividades em seu próprio benefício. No meu entender se isso não acontece aqui então é isso que deveria ser corrigido, e não entregar o máximo na mão de quem eu não conheço e não posso escolher.
Leandro G. Card
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Re: Partido Novo
Minha leitura sobre o assunto é o seguinte:
Se analisarmos a história dos países desenvolvidos veremos que cada um teve suas próprias particularidades e mesmo nas questões em que adotaram uma estratégia comum o efeito foi diferente, ou seja, em primeiro lugar é essencial reconhecer que não existe uma fórmula padrão para o desenvolvimento das nações.
Só que dos países que seguiram uma linha efetivamente liberal desde o início eu conheço poucos, como Suíça e Bélgica. Os demais países hoje considerados desenvolvidos adotaram algumas estratégias interessantes e que são contrárias àquilo que os liberais defendem. Citarei alguns exemplos:
Estados Unidos:
A leitura econômica da guerra da secessão é que os estados do norte tinham uma indústria incipiente e almejavam desenvolvê-la, ao passo que o sul era mais agrário e baseado em platation. Os estados do sul exportavam grãos e algodão à Europa, sobretudo a Inglaterra, e também comercializavam com eles para obter os maquinários e outros produtos necessários ao seu desenvolvimento. O sul defendia um comércio mais aberto com a Inglaterra, mas o norte, vencedor, estabeleceu uma política protecionista com tributação elevada sobre as importações.
Claro, protecionismo e interferência Estatal não se resumem a esta política de importação, mas não estou falando de pouca coisa, os EUA foram reconhecidos como o país com as maiores taxas de importação durante quase todo o século XIX (mais que o dobro da nossa no mesmo período) e foi neste século que a economia americana mais cresceu.
Segue um artigo do Ricupero no qual ele fala exatamente isso e que os EUA passaram a seguir as premissas do liberalismo apenas no início do século XX: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S01 ... xt&tlng=es
Existem outras fontes a respeito. Recomendo a pesquisa sobre o assunto no google scholar e sobre a influência do pensamento listiano na economia americana (escola americana de economia política).
-----
Inglaterra
Quando os EUA praticavam esta política a Inglaterra defendia o oposto - a defesa de uma economia mais liberal - mas convém ressaltar que ela praticamente encabeçou a Revolução Industrial e era a potência econômica da época. Quero dizer o seguinte, defender o liberalismo quando o país já é uma potência econômica é uma coisa, mas defender o liberalismo quando se é subdesenvolvido é outra. A questão é: A Inglaterra efetivamente adotou as premissas do liberalismo para se desenvolver?
Como a Inglaterra ficou rica? Ela avançou muito com a Revolução Industrial, de fato, mas soube utilizar em larga escala o uso do Estado neste processo. Ela não apenas utilizou suas colônias como também exerceu forte influência sobre outros países como o próprio Brasil. Assim que nos tornamos independentes fizemos um acordo com a Inglaterra no qual todos os produtos que vinham deste país pagavam menos impostos que os demais. Até mesmo Portugal pagava mais do que a Inglaterra. E não houve contrapartida econômica no processo. O que historiadores afirmam é que a contraparte do acordo foi que a Inglaterra intermediou e apoiou o processo de independência do Brasil (reconhecimento internacional).
Outros tratados do tipo foram feitos com diferentes países, como o Tratado de Nanquim e por que não citar a Guerra do Ópio?
Quando países europeus começaram a recrutar trabalhadores especializados e engenheiros ingleses eles também criaram uma lei dificultando isso, assim como proibiram a exportação de maquinários que produziam tecidos de algodão e linho por várias décadas.
"Mediante regulamentações comerciais e industriais, tentou-se limitar as colônias ao fornecimento de produtos primários à Inglaterra e, assim, desestimular a implantação de qualquer manufatura que viesse a concorrer com a metrópole e reservar seus mercados para os comerciantes e fabricantes ingleses" (BRISCO, 1907, P.165 apud CHANG, 2002, p 95)
Com os demais países europeus que colonizaram outros países não foi diferente. O pacto colonial é um assunto rico que não convém detalhar aqui, mas tem toda uma política voltada à obtenção de privilégios comerciais às metrópoles. E por muito tempo deu certo.
Além da questão das colônias a Inglaterra também chegou a proibir a compra de tecidos de outros países como a Índia por décadas. A qualidade de seus tecidos era regular para ruim por muito tempo, mas com o passar das décadas (e enfiando estes tecidos goela abaixo em vários países) a qualidade foi aumentando. Aí, sim, quando estavam no topo aboliram este tipo de lei. Teve também Wool Act proibiu que as colônias inglesas exportassem lã para outros países, desbancando a indústria lanífica de países como a Irlanda. Também podemos citar as cornlaws, leis que visavam proteger os agricultores ingleses etc. Exemplos não faltam, estes são os que me recordo de agora.
Não sei quanto aos outros tigres asiáticos, mas a Coréia do Sul seguiu um modelo mais ou menos parecido com o japonês, com a exceção de que não contaram com o forte apoio americano. Não é nenhum segredo que o milagre econômico japonês contou com forte intervenção estatal. Eles também adotaram uma política de desvalorização da moeda. A China também vinha fazendo isso.
O que todos eles têm em comum e o ponto onde eu finalmente quero chegar é que somente depois que adquiriam infra-estrutura de ponta, depois que ampliaram substancialmente o nível educacional e sua indústria se tornou altamente competitiva é que passaram a defender o liberalismo econômico. E não poderia ser diferente: Agora que estão altamente competitivos não dependem tanto do Estado, aí compensa dizer que os outros precisam fazer a mesma coisa, como se as empresas dos países subdesenvolvidos tivessem as mesmas condições de competir no mercado global, mas não foi bem assim que os países atualmente desenvolvidos chegaram neste patamar.
Mas mesmo assim faço questão de ressaltar que muitos destes países ainda utilizam algumas medidas protecionistas. O Japão não permite a importação de arroz, os EUA são campeões na prática do dumping etc. Intervir na economia não se limita a elevar taxas de importação. Quando um país invade outro e força aquele a privatizar suas estatais (para as empresas do país invasor) ele está intervindo, e muito. Quando usam desculpas como “barreiras sanitárias” para impedir a entrada de produtos estrangeiros também estão praticando protecionismo e isso é o que mais tem atualmente.
Também não estou dizendo que a receita do bolo é aumentar a participação/interferência estatal na economia, não mesmo, o que eu queria é desconstruir esta ideia de que foi o liberalismo – e apenas ele – o responsável pela condição econômica dos países desenvolvidos.
Se analisarmos a história dos países desenvolvidos veremos que cada um teve suas próprias particularidades e mesmo nas questões em que adotaram uma estratégia comum o efeito foi diferente, ou seja, em primeiro lugar é essencial reconhecer que não existe uma fórmula padrão para o desenvolvimento das nações.
Só que dos países que seguiram uma linha efetivamente liberal desde o início eu conheço poucos, como Suíça e Bélgica. Os demais países hoje considerados desenvolvidos adotaram algumas estratégias interessantes e que são contrárias àquilo que os liberais defendem. Citarei alguns exemplos:
Estados Unidos:
A leitura econômica da guerra da secessão é que os estados do norte tinham uma indústria incipiente e almejavam desenvolvê-la, ao passo que o sul era mais agrário e baseado em platation. Os estados do sul exportavam grãos e algodão à Europa, sobretudo a Inglaterra, e também comercializavam com eles para obter os maquinários e outros produtos necessários ao seu desenvolvimento. O sul defendia um comércio mais aberto com a Inglaterra, mas o norte, vencedor, estabeleceu uma política protecionista com tributação elevada sobre as importações.
Claro, protecionismo e interferência Estatal não se resumem a esta política de importação, mas não estou falando de pouca coisa, os EUA foram reconhecidos como o país com as maiores taxas de importação durante quase todo o século XIX (mais que o dobro da nossa no mesmo período) e foi neste século que a economia americana mais cresceu.
Segue um artigo do Ricupero no qual ele fala exatamente isso e que os EUA passaram a seguir as premissas do liberalismo apenas no início do século XX: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S01 ... xt&tlng=es
Existem outras fontes a respeito. Recomendo a pesquisa sobre o assunto no google scholar e sobre a influência do pensamento listiano na economia americana (escola americana de economia política).
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Inglaterra
Quando os EUA praticavam esta política a Inglaterra defendia o oposto - a defesa de uma economia mais liberal - mas convém ressaltar que ela praticamente encabeçou a Revolução Industrial e era a potência econômica da época. Quero dizer o seguinte, defender o liberalismo quando o país já é uma potência econômica é uma coisa, mas defender o liberalismo quando se é subdesenvolvido é outra. A questão é: A Inglaterra efetivamente adotou as premissas do liberalismo para se desenvolver?
Como a Inglaterra ficou rica? Ela avançou muito com a Revolução Industrial, de fato, mas soube utilizar em larga escala o uso do Estado neste processo. Ela não apenas utilizou suas colônias como também exerceu forte influência sobre outros países como o próprio Brasil. Assim que nos tornamos independentes fizemos um acordo com a Inglaterra no qual todos os produtos que vinham deste país pagavam menos impostos que os demais. Até mesmo Portugal pagava mais do que a Inglaterra. E não houve contrapartida econômica no processo. O que historiadores afirmam é que a contraparte do acordo foi que a Inglaterra intermediou e apoiou o processo de independência do Brasil (reconhecimento internacional).
Outros tratados do tipo foram feitos com diferentes países, como o Tratado de Nanquim e por que não citar a Guerra do Ópio?
Quando países europeus começaram a recrutar trabalhadores especializados e engenheiros ingleses eles também criaram uma lei dificultando isso, assim como proibiram a exportação de maquinários que produziam tecidos de algodão e linho por várias décadas.
"Mediante regulamentações comerciais e industriais, tentou-se limitar as colônias ao fornecimento de produtos primários à Inglaterra e, assim, desestimular a implantação de qualquer manufatura que viesse a concorrer com a metrópole e reservar seus mercados para os comerciantes e fabricantes ingleses" (BRISCO, 1907, P.165 apud CHANG, 2002, p 95)
Com os demais países europeus que colonizaram outros países não foi diferente. O pacto colonial é um assunto rico que não convém detalhar aqui, mas tem toda uma política voltada à obtenção de privilégios comerciais às metrópoles. E por muito tempo deu certo.
Além da questão das colônias a Inglaterra também chegou a proibir a compra de tecidos de outros países como a Índia por décadas. A qualidade de seus tecidos era regular para ruim por muito tempo, mas com o passar das décadas (e enfiando estes tecidos goela abaixo em vários países) a qualidade foi aumentando. Aí, sim, quando estavam no topo aboliram este tipo de lei. Teve também Wool Act proibiu que as colônias inglesas exportassem lã para outros países, desbancando a indústria lanífica de países como a Irlanda. Também podemos citar as cornlaws, leis que visavam proteger os agricultores ingleses etc. Exemplos não faltam, estes são os que me recordo de agora.
Não sei quanto aos outros tigres asiáticos, mas a Coréia do Sul seguiu um modelo mais ou menos parecido com o japonês, com a exceção de que não contaram com o forte apoio americano. Não é nenhum segredo que o milagre econômico japonês contou com forte intervenção estatal. Eles também adotaram uma política de desvalorização da moeda. A China também vinha fazendo isso.
O que todos eles têm em comum e o ponto onde eu finalmente quero chegar é que somente depois que adquiriam infra-estrutura de ponta, depois que ampliaram substancialmente o nível educacional e sua indústria se tornou altamente competitiva é que passaram a defender o liberalismo econômico. E não poderia ser diferente: Agora que estão altamente competitivos não dependem tanto do Estado, aí compensa dizer que os outros precisam fazer a mesma coisa, como se as empresas dos países subdesenvolvidos tivessem as mesmas condições de competir no mercado global, mas não foi bem assim que os países atualmente desenvolvidos chegaram neste patamar.
Mas mesmo assim faço questão de ressaltar que muitos destes países ainda utilizam algumas medidas protecionistas. O Japão não permite a importação de arroz, os EUA são campeões na prática do dumping etc. Intervir na economia não se limita a elevar taxas de importação. Quando um país invade outro e força aquele a privatizar suas estatais (para as empresas do país invasor) ele está intervindo, e muito. Quando usam desculpas como “barreiras sanitárias” para impedir a entrada de produtos estrangeiros também estão praticando protecionismo e isso é o que mais tem atualmente.
Também não estou dizendo que a receita do bolo é aumentar a participação/interferência estatal na economia, não mesmo, o que eu queria é desconstruir esta ideia de que foi o liberalismo – e apenas ele – o responsável pela condição econômica dos países desenvolvidos.
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Re: Partido Novo
pois eu acho ótimo que esteja tendo esta quantidade de delatores, que apareçam mais e ajudem a limpar este país deste corja de vagabundos.Wingate escreveu:Do jeito que a coisa vai, alguém poderia criar o PDD (Partido Democrático dos Delatores). Futuros candidatos por este partido é que não faltam
Wingate
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Partido Novo
Relaxa, quando o PETE cair vão revogar essa Lei que Dilma criou, em nome das garantias constitucionais e bla bla bla.J.Ricardo escreveu:pois eu acho ótimo que esteja tendo esta quantidade de delatores, que apareçam mais e ajudem a limpar este país deste corja de vagabundos.Wingate escreveu:Do jeito que a coisa vai, alguém poderia criar o PDD (Partido Democrático dos Delatores). Futuros candidatos por este partido é que não faltam
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