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Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Luís Henrique
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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#31 Mensagem por Luís Henrique » Qui Out 24, 2013 10:41 am

bcorreia escreveu:
FCarvalho escreveu:Felipe, sabes dizer se há requisitos da MB definidos, e quais seriam estes, em termos de desempenho e cobertura, para os mísseis AAe e seus sistemas para as CV-3, pois os citados no texto são bem diferentes em alguns aspectos, como por exemplo o alcance, que vai de 15/20kms dos Umkonto até 70kms dos Barak 8.

A MB pretende algo a mais em defesa AAe para esta classe já desde agora, ou vislumbra dar um passo inicial e depois ver o que acontece, para saber como é que fica?

O sistema Aster estão no páreo?

edit: acrescento esta parte de uma notícia sobre a aquisição dos Pantsyr, que na parte naval dos requisitos indica alcance mínimo da ordem de 30 mil metros, e altura de 15 mil mts. Isto servirá como referência para as CV-3 ou somente para o Prosuper?

ENVELOPE MÍNIMO DE ENGAJAMENTO FOI DIMINUÍDO, PASSANDO DE ALCANCE HORIZONTAL DE 30KM PARA 20KM; PORÉM, FOI ACRESCENTADO O ENGAJAMENTO A PARTIR DE NAVIOS, NO QUAL O ENVELOPE MÍNIMO FOI MANTIDO EM 30KM
-

Dentre os “Requisitos Absolutos”, a “Função Engajar Alvos” (dentro do item 8 “Requisitos de Interfaces Externas”) teve algumas alterações importantes, o que inclui um novo subitem. Em 2012, a letra “b” do subitem 8.5 “Função Engajar Alvos” dizia que “o Sistema deve engajar, com efetividade, ameaças aeroespaciais em um envelope mínimo de 30.000 (trinta mil) metros de alcance horizontal e entre 30 (trinta) metros a 15.000 (quinze mil) metros de alcance vertical.”

Nos novos requisitos de 2013, esse texto foi alterado para “o Sistema deve engajar, com efetividade, ameaças aeroespaciais em um envelope mínimo de 20.000 (vinte mil) metros de alcance horizontal e entre 50 (cinquenta) metros a 15.000 (quinze mil) metros de alcance vertical.”

Na sequência, foi incluído um novo trecho, especificando essas exigências para o ambiente naval, o que não constava dessa parte na versão de 2012. O texto acrescentado foi: “quando instalados em navios, o Sistema deve engajar, com efetividade, ameaças aeroespaciais em um envelope mínimo de 30.000 (trinta mil) metros de alcance horizontal e entre 30 (trinta) metros a 15.000 (quinze mil) metros de alcance vertical.”

http://www.forte.jor.br/2013/09/10/pant ... ia-altura/

abs.
Pelo que tenho lido, a Denel pretende desenvolver o Umkonto-R com um alcance de 25kms e 12000 metros de altura, talvez mais, ficando próximo desses do Pantsyr, será que a negociação com um país com a Africa do Sul, que de certa forma precisa dessa parceria para ter o desenvolvimento não seria mais benéfica para nós do que uma parceria com os Russos?
Trata-se do Unkhonto ER, ER = Extended Range (alcance estendido) mas ele continua sendo IR (seu sensor de busca de alvos por infra vermelho).
O Unkhonto R seria outro projeto, que demandaria mais tempo (estimado em 10 anos) seria com sensor de busca RADAR, dai o R. E poderia ter um alcance BEM MAIOR.
Poderia ser um equivalente ao Aster 30.

Outra coisa, este Unkhonto ER poderá ter mais que 25 km de alcance. Parece que se o Brasil entrar no negócio, terá que ter MAIS QUE 30 km de alcance.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#32 Mensagem por Luís Henrique » Qui Out 24, 2013 10:46 am

Lucas Lasota escreveu:Amigos, gostaria de formular uma pergunta aparentemente simples, mas que pode produzir respostas complexas. A Marinha está planejando construir corvetas que possuem sistemas complexos de sensores (radares, sensores ópticos, sonares e softwares de comando e controle) e armamentos (canhões, mísseis, torpedos e meios aéreos como helicópteros navais). Sabemos que irá recorrer ao mercado externo para conseguir estes equipamentos, fazendo em território nacional a sistematização da plataforma de armas, em um conceito que nós conhecemos bem quando se trata da Embraer.

Pois bem, considerando que as escoltas modernas também compartilham de uma complexidade de sensores e armamentos do mesmo nível que as Cv-03 irão compor-se, o que impede de seguirmos adiante e nos focar na fabricação de escoltas mais poderosas, na classe de 6000 t., mesmo que não sejam o estado-da-arte, assim como não serão as Cv-03?
Eu também acho.
Seria o meu sonho.

Eu já disse isto aqui em outros tópicos, mas vou repeitir.

Fase 1 - Corveta CV3 (2.400T) - Atual
MAN-1
Unkhonto IR ER
Nacionalização de vários outros sensores, etc.

Fase 2 - Fragata F1 (~6.000T) - pós 2020
MAN-2 (supersônico)
Unkhonto IR ER block 2
Unkhonto R (defesa de área)
Nacionalização daquilo que não foi possível na fase 1
Melhoria dos itens que foram produzidos na fase 1




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#33 Mensagem por JL » Qui Out 24, 2013 11:23 am

Voltando a falar da propulsão:

Nenhum navio movido somente com motores diesel igualará a performance de uma propulsão com turbina a gás isto é fato. Não sei qual o nível de nacionalização que temos na manutenção destas turbinas, mas sei e isto foi um fato real que anos atrás várias turbinas estavam inoperantes em várias escoltas e naquela ápoca se quisesse se mover o navio ele teria que navegar somente com os motores diesel. Não sei como isto foi resolvido, nem como é o trâmite de manutenção das turbinas. Não sei nem se elas são retiradas e encaixotadas e mandas para o exterior para revisão.
Uma vez a bordo de uma das Tipo 22 a qual não recordo, um marinheiro comentou que aquele navio tinha um problema que eram as turbinas a gás, que consumiam muito combustível. Também sei e isto foi amplamente noticiado na época em que uma das Tipo 22 foi mandada para participar de um exercício conjunto com US NAVY. E se perguntava porque não enviaram uma das Niterói recentemente modernizadas e a resposta foi que somente aquela embarcação especifícia era a única fazendo 30 nós.
Hora a velocidade da Niterói é 30 nós com as turbinas, vejam qual é a velocidade real com os motores diesel.
Claro que o ideal era ter as turbinas a gás, mas do que adiante se não podemos manter bem as turbinas e temos problemas de combustível. Então deixemos as turbinas a gás para as fragatas estas sim devem ter do melhor e do que esta atualmente no estado da arte.

Seguindo a mesma linha de pensamento, creio que estas corvetas são a plataforma ideal para a utilização de toda uma linha de equipamentos e sensores de projeto nacional. Em detrimento da performance.
Como disse o material importado de primeira devem ir para as futuras fragatas.

Desta forma:
1- canhão de proa com alguma nacionalização. Lembro que o Irã com todos os embargados e uma indústria bem menor que a nosso, produz uma cópia pirata do Oto Melara de 76 mm o qual ele denomina de FARJ 27. Será que não é possível obter uma produção local em parte do canhão.
2-) Os SSM tem que ser o modelo nacional desenvolvido pela Marinha
3-) A torre remotamente controlada em desenvolvimento pelo Exército salvo engano a REMAX não teria aplicação nas corvetas;
4-) Iremos produzir aqui o Igla, também poderia ser incorporado reparados para defesa a curta distância;
5-) O sistema CIWS fica faltando, mas parece que o Millenium 35 mm é o mais caro do mercado, talvez o canhão Denel de 35 mm sul africano possa ser uma alternativa mais barata com algum indíce de nacionalização, lembrando que o Brasil não fabrica munição de 35 mm e sim produz munição de 40 mm.
6-) Lançadores de chaff já estão nacionalizados;
7-) Armamento ASW é um problema, tem que se importado não existe tempo hábil nem recursos para desenvolver um torpedo AS, neste ponto não gostaria de abrir mão da qualidade, pois submarino é submarino, a arma mais perigosa para quem esta na superfície do mar o MU 90 teria que ser o escolhido em virtude do gasto.
8-) Necessita também incorporar um sistema anti torpedo, que poderia ser nacional, um exemplo é o sistema turco ROKETSAN uma espécie de RBU ocidental, que lança foguetes alguma coisa para tentar destruir o torpedo, algo como um CIWS submarino. O Brasil podia desenvolver tal equipamento.
9-) Guerra eletrônica estamos bem avançados, equipamento nacional portanto.
10-) Quanto ao míssil antiaéreo eu deixaria no projeto o espaço exato para a colocação dos lançadores, deixaria a previsão para um sistema VLS ou não, assim como anda-se os acordos internacionais para a produção local eu instalaria na corveta o sistema. Mas ele deveria ser algo nacional ou então ter compatibilidade com outras plataformas.
11-) Gostaria de ver um radar nacional, mas acho que isto esta muito distante.

CONCLUSÃO

Sistemas e equipamentos, não necessáriamente armas de origem chinesa
deveriam ser estudados e testados, pois a China hoje é a potência do futuro, fabrica de tudo e esta sempre disposta a vende e ampliar os seus negócios, com menos restrições, isto poderia abrir caminho para novas parcerias. Nem tudo que a China hoje fabrica é de ma qualidade. Muitos produtos com marcas norte americanas de renome são fabricados na China, esta na hora de mudar esta opinião e acabar com o preconceito.

A corveta deveria ser um campo para integrar o máximo de sistemas nacionais, o que daria independência nacional, nos fortaleceria em um embargo internacional e facilitaria a exportação desta para países que tenham restrições de exportação de armas por parte de países do eixo norta americano.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#34 Mensagem por LeandroGCard » Qui Out 24, 2013 11:47 am

Marino escreveu:Leandro, vou aproveitar seu post para fazer alguns comentários.
A questão do nr de tripulantes eu já discuti algumas vezes aqui.
Nao devemos esquecer as diversas fainas que um navio de guerra TEM que executar. Transferência de óleo no mar é uma das fainas mais comuns e nas atuais Corvetas até o cozinheiro tem que guarnecer, faina de munição quando toda a tripulação participa, etc.
A manutenção e reparo de equipamentos no mar é outra faina. Equipamentos TEM que ser mantidos no mar, os cartões de manutenção preventiva tem que ser cumpridos, o reparo de um equipamento avariado tem que ser feito no mar.
Tudo isto é lição aprendida com as atuais Corvetas.
Marino,
As Inhaúma/Barroso que são mais antigas e precisam realizar as mesmas fainas não tem uma tripulação um tão grande. Entendo que isso gere os problemas que você mencionou, mas é de se esperar que um navio com o projeto 20 anos mais recente possa utilizar um desenho e equipamentos mais modernos e permitam reduzir a necessidade de mão de obra.

O que me preocupa é que se queira que estes navios cumpram as mesmas missões de longo curso das escoltas de maior porte. Evidentemente não dá para espremer todas as capacidades das Niterói e Type-22 em um casco com pouco mais da metade do tamanho, a tendência é exatamente a oposta, a de que para capacidades equivalentes os navios atuais sejam consideravelmente maiores. Se a MB pretende que estas corvetas cumpram todas as missões que estavam previstas para os escoltas novos de 6.000 ton, aí eu fico realmente muito preocupado... .


Não concordo com a retirada das turbinas.
O que os "estatísticos" nao levam em conta ao medirem em 4% o tempo de utilização das mesmas é que elas sao utilizadas no período de maior necessidade, em COMBATE, o que os engenheiros nao entendem, e quando alta velocidade é requerida.
Lembro que as Corvetas sao navios DE GUERRA, que cumprirão as mesmas tarefas que as fragatas, como ocorre HOJE na Esquadra e continuará a acontecer.
Bem, outros colegas aqui do fórum já colocaram as informações pertinentes sobre isso. Dá para obter desempenhos até superiores aos de navios que empregam sistemas CODOG/CODAG utilizando um CODAD com mais motores de desenho moderno. Inclusive pode-se empregar um acoplamento elétrico similar ao que se utiliza em submarinos, uma tecnologia na qual já estamos trabalhando (para os sub's) e que é mais eficiente, silenciosa, torna mais fácil combinar as potências dos diversos motores e é mais flexível em termos de geração de energia.

Lucas Lasota escreveu:Amigos, gostaria de formular uma pergunta aparentemente simples, mas que pode produzir respostas complexas. A Marinha está planejando construir corvetas que possuem sistemas complexos de sensores (radares, sensores ópticos, sonares e softwares de comando e controle) e armamentos (canhões, mísseis, torpedos e meios aéreos como helicópteros navais). Sabemos que irá recorrer ao mercado externo para conseguir estes equipamentos, fazendo em território nacional a sistematização da plataforma de armas, em um conceito que nós conhecemos bem quando se trata da Embraer.

Pois bem, considerando que as escoltas modernas também compartilham de uma complexidade de sensores e armamentos do mesmo nível que as Cv-03 irão compor-se, o que impede de seguirmos adiante e nos focar na fabricação de escoltas mais poderosas, na classe de 6000 t., mesmo que não sejam o estado-da-arte, assim como não serão as Cv-03?
Primeiramente, não existe um projeto de casco pronto e testado para um navio totalmente nacional deste porte. O desenvolvimento disso levaria pelo menos alguns anos sem ajuda externa. Neste caso a MB optou (no meu entender acertadamente) por adquirir logo um projeto já pronto e testado de navio deste tamanho, de alguém que já saiba como construí-los com tecnologia no estado da arte, permitindo assim que a incorporação das primeiras unidades à MB seja mais rápida, sua eficiência mais garantida, e que nossos engenheiros e técnicos tenham como absorver os últimos avanços no setor sem terem que atravessar um longo e custoso processo de tentativa-e-erro.

Além disso, escoltas maiores só fariam sentido se fossem equipadas com sistemas completos de defesa AAe, incluíndo radares e mísseis de longo alcance, bem como instalações completas para a operação de helis AS modernos, incluíndo boa quantidade de sonobóias e torpedos levados por estes. E some a isso um sistema de sonar rebocado de profundidade variável (necessário para combate a sub's em águas azuis) e mais a estrutura e o pessoal para manter e operar tudo isso. Acaba ficando muito mais caro, isso tudo levaria o preço dos navios da faixa dos US$350-450 milhões para acima dos 800 milhões.

É algo que a MB terá que bancar em algum momento, mas é um assunto distinto do destas corvetas, que deverão ter como função básica o patrulhamento próximo às nossas próprias águas territoriais.


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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#35 Mensagem por FCarvalho » Qui Out 24, 2013 11:50 am

Luís Henrique escreveu:
FCarvalho escreveu: Luís, uma nova versão naval do Pantsyr, salvo minha memória não me trai, só estará disponível e operacional em 2017. O requisito para as corvetas é para um sistema VL. Até agora não existem muitas notícias sobre aquela versão do Pantsyr e nem de suas características.
O que deve rolar é a escolha entre os sistemas citados no texto da Alide, pois estes tem que ser definidos agora, em função da finalização do projeto para as empresas que irão construir os navios.
abs.
A resposta está no seu post acima.
Acabamos de 'quase' fechar com os russos no Pantsir.
A corveta só ficará pronta em 2018 ou algum ano próximo deste.
O Pantsir naval estará pronto até lá.
Luis, pelo que foi exposto a público até agora sobre o projeto, esta primeira corveta irá ter um tempo de construção de longevos 4 anos. :shock:

Não sei porque levaríamos tanto tempo para fabricar um navio de apenas 3400 tns. Acho entre 24 e 30 meses seriam mais que suficiente, ainda mais se tratando de um navio conhecido, e que sabemos irá adotar soluções de engenharia naval modernas, tão flexíveis quanto modulares. Mesmo assim, se considerarmos que o início da construção está marcado para dezembro de 2014, então, salvo info em contrário, a primeira VC-3 só lá por volta de 2018 realmente.

Mas existe uma questão que coloquei ao Felipe e que não está clara no texto: a MB tem pressa em definir qual sistema irá adotar; neste sentido, quais requisitos ela estabeleceu para a defesa AAe destas corvetas? Sim, porque os Pantsyr são um sistema, conceitualmente falando, de média altura, enquanto os sistemas apontados no texto, em geral, são de curta.

Então fica a questão, pois o novo sistema naval russo, que ainda está na prancheta, me parece, num primeiro momento, segundo os critérios adotados pela MB, direcionado aos novos escoltas do Prosuper, e não as corvetas.

Assim, se formos levar em conta somente o que está escrito no texto, parece que a MB fechou a questão da DAAe das corvetas, num primeiro momento, em torno do curto alcance, em termos de altitude. Notar que no texto fala em cinco sistemas sendo analisados, mas somente quatro formam citados. O sistema teoricamente preferido da MB, o Aster, estaria de fora com o seu Aster 30? São questões que tem de ser definidas, e para ontem.

O que nos leva a outra questão. Se a MB prefere tanto assim os Aster para o Prosuper, o que a impede de colocar tal sistemas já agora nas CV-3? E se isto é verdade, porque então ela iria querer um Pantsyr naval, que ainda está em estudos para enquadrar-se nos parâmetros estabelecidos pela própria MB, mesmo que o fosse para o projeto das CV-3?

Além disso existe o Umkonto, no qual a MB já demonstrou interesse na participação do seu desenvolvimento, e que salvo engano, a Denel está procurando fazer evoluir versões de até 80kms de alcance e altitudes acima dos 25 mil metros.

Acredito portanto que vamos ter de esperar uma definição sobre este assunto, que segundo o texto, deve-se dar ainda no começo de novembro.

Eu, particularmente, aposto as minhas fichas na cooperação tecnológica-industrial com os sul-africanos, que além de oferecem um sistema suficientemente leve e bom para aquilo que se pretende com o casco/superestrutura na qual se baseia a CV-3, também trás consigo um peso simbólico, mas muitíssimo importante para a ala política deste projeto, das alianças estratégicas estabelecidas pelo GF. E isto com certeza deverá pesar muito na hora da decisão pelo almirantado.

abs.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#36 Mensagem por FCarvalho » Qui Out 24, 2013 12:09 pm

bcorreia escreveu:
FCarvalho escreveu:Felipe, sabes dizer se há requisitos da MB definidos, e quais seriam estes, em termos de desempenho e cobertura, para os mísseis AAe e seus sistemas para as CV-3, pois os citados no texto são bem diferentes em alguns aspectos, como por exemplo o alcance, que vai de 15/20kms dos Umkonto até 70kms dos Barak 8.
Pelo que tenho lido, a Denel pretende desenvolver o Umkonto-R com um alcance de 25kms e 12000 metros de altura, talvez mais, ficando próximo desses do Pantsyr, será que a negociação com um país com a Africa do Sul, que de certa forma precisa dessa parceria para ter o desenvolvimento não seria mais benéfica para nós do que uma parceria com os Russos?
bcorreia, a Denel está desenvolvendo/em fases de estudos, ao menos 4 versões do Umkonto, como visto na imagem abaixo. A A atual versão, a Bblock II IR-ER foi testada recentemente e atingiu um alcance de 20 kms. Para um sistema naval de curto alcance DAAe é algo justo, e a meu ver, em se tratando do tipo de navios/missão que as CV-3 exercerão, é mais do que bom.

http://www.armyrecognition.com/images/stories/africa/south_africa/missile_systems/umkhonto/Umkhonto_GBL_ground_based_air_defence_missile_launcher_system_Denel_South_Africa_African_army_defense_industry_640_001.jpg
http://www.armyrecognition.com/october_ ... 10132.html

Minha opinião pessoal é de que esta parceria com os Sul-africanos sereia extremamente benéfica a nós, e a MB por consequência. E sua inclusão nas CV-3 seria um ótimo passo inicial, no sentido de, no longo prazo, obtermos uma família de mísseis que venha a equipar todos os nossos próximos navios em suas mais diversas tonelagens. A Denel está buscando parcerias para isso. Agora se vamos aproveitar, ou não, em novembro saberemos.

abs.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#37 Mensagem por Lucas Lasota » Qui Out 24, 2013 12:15 pm

Muito obrigado aos amigos Luis Henrique e LeandroGCard pela pronta resposta.

De fato, a questão do casco é fundamental e problemática. A aparente complexidade da integração de sistemas de uma corveta não se iguala a de uma fragata nos portes que estamos tratando.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#38 Mensagem por bcorreia » Qui Out 24, 2013 1:05 pm

Luís Henrique escreveu:
bcorreia escreveu: Pelo que tenho lido, a Denel pretende desenvolver o Umkonto-R com um alcance de 25kms e 12000 metros de altura, talvez mais, ficando próximo desses do Pantsyr, será que a negociação com um país com a Africa do Sul, que de certa forma precisa dessa parceria para ter o desenvolvimento não seria mais benéfica para nós do que uma parceria com os Russos?
Trata-se do Unkhonto ER, ER = Extended Range (alcance estendido) mas ele continua sendo IR (seu sensor de busca de alvos por infra vermelho).
O Unkhonto R seria outro projeto, que demandaria mais tempo (estimado em 10 anos) seria com sensor de busca RADAR, dai o R. E poderia ter um alcance BEM MAIOR.
Poderia ser um equivalente ao Aster 30.

Outra coisa, este Unkhonto ER poderá ter mais que 25 km de alcance. Parece que se o Brasil entrar no negócio, terá que ter MAIS QUE 30 km de alcance.
Seria o Umkhonto-R, ao menos as matérias falando sobre o interesse da Marinha Brasileira sobre esses mísseis falam na versão Radar deles e não numa versão IR com alcance estendido

http://www.naval.com.br/blog/2012/04/18 ... com-denel/
http://www.strategypage.com/htmw/htada/ ... ofcomments




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#39 Mensagem por BrasilPotência » Qui Out 24, 2013 1:38 pm

Srs, excelentes notícias. Só para recapitular, não temos ainda o desenho congelado né? Devido a escolha da empresa e de detalhes como a adoção ou não do I-MAST, e vamos de VLS é isso???




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#40 Mensagem por Hammer-Nikit » Qui Out 24, 2013 11:25 pm

Entendo que o Pantsir naval é pesado demais para as CV3...

[]s Hammer




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#41 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Out 24, 2013 11:33 pm

Hammer-Nikit escreveu:Entendo que o Pantsir naval é pesado demais para as CV3...

[]s Hammer
Por que você acha isso?

Ele me parece leve e compacto o bastante até para navios bem menores.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#42 Mensagem por gabriel219 » Sex Out 25, 2013 12:33 am

Oficiais do DCTA acompanham demonstração do míssil Umkhonto na África do Sul
Por Gerson Victorio.
Imagem
Missil Umkhonto em exposição - Foto: Denel
Comitiva também negocia possibilidade de parceria em míssil BVR.
De Campo Grande - MS
No início de outubro, uma comitiva do DCTA - Departamento de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica, orgão subordinado ao Comando da Aeronáutica, esteve presente na África do Sul, na Base Aérea de Overberg para acompanhar os testes de voo do míssil superfície-ar Umkhonto IR, um míssel para defesa aérea e desenvolvido para suplantar ataques aéreos simultâneos.
O Umkhonto é lançado verticalmente e tem seu guiamento por infravermelho ou radar a bordo, a versão infravermelho- IR possui muito dos sistemas do A-Darter, missil ar-ar de quinta geração em que o Brasil participa de seu desenvolvimento em conjunto com a África do Sul.
A Força Aérea Brasileira e a sul-africana DENEL DYNAMICS assinaram o convêncio onde a MECTRON, de São José dos Campos, interior de São Paulo, será a integradora no Brasil. Acompanharam os testes o Tenente-Brigadeiro do Ar Gerson Nogueira Machado de Oliveira, Vice-Diretor do DCTA, Major-Brigadeiro do Ar Alvani Adão da Silva e o Chefe do Subdepartamento Técnico, Wander Almodovar Golfeto, reuniram-se também com representantes do Ministério da Defesa da África do Sul, para discutir a possibilidade de uma parceria futura entre os dois países para o desenvolvimento de um míssil ar-ar beyond visual range (BVR), ou seja, que tem capacidade de ser alcançar uma distância de 37km, ou superior.
Creio que o míssil BVR deva ser o Marlin.
Imagem
FONTE: Portal Defesa
http://portaldefesa.com/site/index.php/ ... o-sul.html




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#43 Mensagem por Penguin » Sex Out 25, 2013 12:12 pm

gabriel219 escreveu:
Oficiais do DCTA acompanham demonstração do míssil Umkhonto na África do Sul
Por Gerson Victorio.
Imagem
Missil Umkhonto em exposição - Foto: Denel
Comitiva também negocia possibilidade de parceria em míssil BVR.
De Campo Grande - MS
No início de outubro, uma comitiva do DCTA - Departamento de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica, orgão subordinado ao Comando da Aeronáutica, esteve presente na África do Sul, na Base Aérea de Overberg para acompanhar os testes de voo do míssil superfície-ar Umkhonto IR, um míssel para defesa aérea e desenvolvido para suplantar ataques aéreos simultâneos.
O Umkhonto é lançado verticalmente e tem seu guiamento por infravermelho ou radar a bordo, a versão infravermelho- IR possui muito dos sistemas do A-Darter, missil ar-ar de quinta geração em que o Brasil participa de seu desenvolvimento em conjunto com a África do Sul.
A Força Aérea Brasileira e a sul-africana DENEL DYNAMICS assinaram o convêncio onde a MECTRON, de São José dos Campos, interior de São Paulo, será a integradora no Brasil. Acompanharam os testes o Tenente-Brigadeiro do Ar Gerson Nogueira Machado de Oliveira, Vice-Diretor do DCTA, Major-Brigadeiro do Ar Alvani Adão da Silva e o Chefe do Subdepartamento Técnico, Wander Almodovar Golfeto, reuniram-se também com representantes do Ministério da Defesa da África do Sul, para discutir a possibilidade de uma parceria futura entre os dois países para o desenvolvimento de um míssil ar-ar beyond visual range (BVR), ou seja, que tem capacidade de ser alcançar uma distância de 37km, ou superior.
Creio que o míssil BVR deva ser o Marlin.
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FONTE: Portal Defesa
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Excelente notícia!!!




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#44 Mensagem por Túlio » Sex Out 25, 2013 12:55 pm

POWS, nem EU tinha lido essa notícia!!! :shock: :oops: :shock: :oops: :shock:

Matou a pau o Gérson véio: MY CONGRATZ (extensivas ao amigo GABRIEL, pois se ele não postasse aqui eu ficaria na ignorância)!!! :D :D :D :D




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#45 Mensagem por Brasileiro » Sex Out 25, 2013 2:18 pm

Uma coisa eu não entendi sobre o projeto dessa corveta.

Está claro que utilizarão rigorosamente a mesma hidrodinâmica do casco do projeto da Barroso. Então porque só construirão as 3 demais após os testem em mar da primeira? As 'características marinheiras' do casco atual da Barroso já não estão consolidadas?



abraços]




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