Fórum Defesa Brasil

Mas aí eu creio que se teria de alargar um pouco ou o chassis ou a largura dos eixos ou mesmo ambos, pois o subchassis eleva demais a VTR e seu CG, comprometendo sua maneabilidade em condições QT. Do modo que está, como já afirmei, é um carro para MOUT, se sair da estrada para QT é um desajeitado "sittin' duck", pouco vulnerável a minas e IEDs mas uma barbada para outros carros...

Túlio escreveu:Sobre a torre/peça, ainda sou mais a CMI CT CV 105, dá de relho na M68/L7 (se bem que Super Trunfo não é tudo, bem sei)...
Mas ainda acho (temo) que mesmo a versão 8 x 8 vá de 90 mm...

Meu caro Tulio,

Pelo que eu sempre entendi o CMI 105 mm é uma variação do L7/M68. Usa a mesma munição.

Como é um projeto recente foi desenvolvido para poder trabalhar com munição de maior pressão quando forem ofertadas no futuro.

No conjunto total ele tem a vantagem de: ter carregamento automatico e angulo maior de tiro em elevação.

Quem dá de relho nos L7/M68, é o recente canhão de alma lisa de 105 mm da Rheimetall, que inclusive usa munição consumivel (sem estojo) com uma pressão de 6.800 bar em vez dos aproximadamente 4.100 bar da munição dos L7/M68.

Outra possibilidade foi o canhão TIWS da Royal Ordnance, também com munição consumivel, oferecido para venda desde 1994.

Nunca houve venda.

Eu sei que a pressão da munição era mais alta do que os 4.100 bar da L7/M68, mas não consegui descobrir quanto era.

Para seu conhecimento!!!

Bacchi

Túlio escreveu:Mas aí eu creio que se teria de alargar um pouco ou o chassis ou a largura dos eixos ou mesmo ambos, pois o subchassis eleva demais a VTR e seu CG, comprometendo sua maneabilidade em condições QT. Do modo que está, como já afirmei, é um carro para MOUT, se sair da estrada para QT é um desajeitado "sittin' duck", pouco vulnerável a minas e IEDs mas uma barbada para outros carros...

Tulio, desconfiar se pode!

Ter certeza absoluta - sem um estudo muito mais aprofundado - não!

Outra coisa importante: ele não é pouco vulneravel a minas e IED. Ele é tão vulneravel quanto qualquer outro veiculo sobre rodas.

A vantagem dele (e de outros veiculos da mesma categoria) é a de dar uma grande proteção a tripulação.

Você vai encontrar dezenas de fotografias de veiculos MRAP imobilizados por minas e IEDs, mas sempre se mostrando que a tripulação, na gigantesca maioria dos casos, sobreviveu.

Bacchi

Está no artigo das torres, Mestre Bacchi: 20% a mais de pressão interna na câmara.

Ademais, a peça CT 105 Gun eleva a 42º, mais que o dobro do M68/L7, permitindo tiro indireto e/ou contra pontos altos (como prédios). Repito, é meio Super Trunfo mas alguma diferença deve fazer...

Abração!!!


Túlio

Túlio escreveu:Está no artigo das torres, Mestre Bacchi: 20% a mais de pressão interna na câmara.
Ademais, a peça CT 105 Gun eleva a 42º, mais que o dobro do M68/L7, permitindo tiro indireto e/ou contra pontos altos (como prédios). Repito, é meio Super Trunfo mas alguma diferença deve fazer...
Abração!!!
Túlio

Desculpe, mas o que é: "... Super Trunfo ..."?

Bacchi

P.S.: Eu comentei sobre a maior pressão (para quando houver munição disponivel) e sobre a maior elevação!!!

Super Trunfo é aquilo de a gente comparar meios por apenas uma ou outra capacidade, e ambos sabemos que não é tão simples.

O resto já está explicado.

Abração, Mestre!



Túlio

Cara... que excelente notícia!!

Para frente que se anda...

Ainda mais 8x8 - 105 mm

BZ EB!!

[]s
CB_Lima

Quem diria, né : )

Lywis escreveu: Só existe VBRMR 8x8, se será 90mm ou 105mm é que não se sabe, e é bom não dar ouvidos a qualquer boatos. Teve muita gente por aí dizendo ter fontes seguras de que o EB havia abandonado a ideia do veículo 8x8 e agora seria somente 6x6.

Na minha opinião, se a VBR fosse para ter um canhão de 90mm não seria necessário desenvolver uma versão 8x8.

knigh7 escreveu:

Lywis escreveu: Só existe VBRMR 8x8, se será 90mm ou 105mm é que não se sabe, e é bom não dar ouvidos a qualquer boatos. Teve muita gente por aí dizendo ter fontes seguras de que o EB havia abandonado a ideia do veículo 8x8 e agora seria somente 6x6.

Na minha opinião, se a VBR fosse para ter um canhão de 90mm não seria necessário desenvolver uma versão 8x8.

Eu também acho.

Minha maior dúvida agora é se o 8X8 está dentro do contrato inicial ou teremos um outro contrato.

Eu também tenho a "minha maior dúvida":

Se dentro dos pelotões de cavalaria mecanizada o Exército vai substituir os "Cascavel-90 mm" 6x6 por "Guarani-105 mm" 8x8, aquilo que o pelotão vai ganhar em poder de fogo, não vai perder em furtividade? Afinal, suponho que um "Guarani" 8x8 seja mais facilmente detectado do que uma viatura 6x6.

Ou não?

Também, nesse tipo de fração, o maior poder de fogo é assim tão importante? Na missão de reconhecimento, o combate não fica em segundo plano, sendo somente um acessório da função primordial, de ver sem ser visto, e informar o escalão superior?

Clermont escreveu:Também, nesse tipo de fração, o maior poder de fogo é assim tão importante? Na missão de reconhecimento, o combate não fica em segundo plano, sendo somente um acessório da função primordial, de ver sem ser visto, e informar o escalão superior?

Se você procurar meus posts anteriores você vai notar que eu já discuti este assunto do poder de fogo das unidades de reconhecimento "ad nauseam".

Eu devo ter repetido minha opinião pelo menos umas 10 vezes.

O interessante é que ninguem jamais discordou (nem concordou) com o que escrevi.

Foi como se eu não tivesse escrito!!!

Bacchi

Clermont escreveu:Eu também tenho a "minha maior dúvida":

Se dentro dos pelotões de cavalaria mecanizada o Exército vai substituir os "Cascavel-90 mm" 6x6 por "Guarani-105 mm" 8x8, aquilo que o pelotão vai ganhar em poder de fogo, não vai perder em furtividade? Afinal, suponho que um "Guarani" 8x8 seja mais facilmente detectado do que uma viatura 6x6.

Ou não?

Tanto na visão termal quanto por radar, o que disseram é que o Guarani foi desenvolvido para que tenha a menor visibilidade possível. Na época em que se projetou o Cascavel, sequer existia esta preocupação...
Já visualmente, como estamos falando em um prazo de quase 20 anos para se entregar tudo, nada impede que até lá sejam integrados a eles camuflagens digitais ou camada de mimetização, como a do camaleão e que já está sendo desenvolvida.


abraços]

Clermont escreveu: Eu também tenho a "minha maior dúvida":

Se dentro dos pelotões de cavalaria mecanizada o Exército vai substituir os "Cascavel-90 mm" 6x6 por "Guarani-105 mm" 8x8, aquilo que o pelotão vai ganhar em poder de fogo, não vai perder em furtividade? Afinal, suponho que um "Guarani" 8x8 seja mais facilmente detectado do que uma viatura 6x6.

O que vai aumentar de tamanho seria o canhão e a torre. Mas não muito. Acho que não se encaixa esse problema.

Clermont escreveu: Também, nesse tipo de fração, o maior poder de fogo é assim tão importante? Na missão de reconhecimento, o combate não fica em segundo plano, sendo somente um acessório da função primordial, de ver sem ser visto, e informar o escalão superior?

Mas será que vai ser apenas delimitado ao reconhecimento mesmo? Não pode desempenhar outras funções no campo de batalha, como engajamento de oportunidade, canhão de assalto (como o MGS da Bda Stryker), arma antipessoal com munição canister sendo a de 105mm bem mais potente que a de 90mm? Aliás, engajamento de alvos de oportunidade, canhão de assalto, são demandas típicas de veículos que estão na linha de frente, onde a VBR vai estar. E o 105mm tem um desempenho bem melhor para isso que o de 90mm.
Como bem pronunciou o Exército na nota, a viatura 8x8 proporciona uma flexibilidade maior. (Pode-se colocar um canhão de calibre mais potente, pode-se fazer uma viatura de socorro melhor, etc).


Aliás, se fosse apenas para reconhecimento, numa época de UAVs, bastava enchê-lo de sensores sem canhão algum.

Vc precisa de um canhão em unidades desse tipo, e pelos motivos que eu citei, o de 105mm é melhor.

Essa notícia foi excelente.