O 8º GAv
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Re: O 8º GAv
Retomando uma questão que se faz pertinente há tempos.
A FAB, e demais forças, precisam mesmo de um helo pesado? A priori sim, em vista das demandas individuais e também cooperativas entre elas.
Mas para que serve mesmo um helo pesado?
Em resumo, logística.
Todas as três ffaa's hoje se ressentem da ausência de um vetor que possa complementar a frota atual de helos medios pesados e leves que se dispõe.
BH e Caraval são muito bons para operações táticas, e cobrem razoavelmente as estratégicas, mas do ponto de vista do apoio a estas últimas, a existência de um helo pesado se faz sentir há tempos.
Na FAB existe uma miríade de atividades de apoio as operações da COMARA, principalmente, na região norte do país.
A Avex teria nele não apenas um complemento as aeronaves de asa fixa, mas a base para toda o transporte logísitco de curta e média distãncia tanto na região norte como centro oeste.
Já a MB disporia de um elemento de apoio tático e estratégico para as mais variadas funções, desde apoio ao CFN até guerra de minas, SAR, C-SAR, vigilância, patrulha e transporte pesado, obviamente.
Atualmente, no lado de cá do mundo existem apenas dois vetores comercializados: o CH-47F e o CH-53K, ambos americanos e muito, muito caros para o padrão orçamentário brasileiro. Se comprados novos, claro.
Existe a opção do FMS para usados, e até mesmo doação, mas aí entra a conta custo x benefício destes helos, via de regra muito usados e desgastados pelas forças militares americanas.
A Leonardo tem um acordo de venda do CH-47I, a versão para o exercito italiano. Mas comprar coisas em euro também pode não ser lá uma boa.
Resta o Mi-26T2 que supera em tudo praticamente os helos americanos. Mas é russo. Só aí as chances de sua adoção são bastante diminuídas, embora isso não gere definitivamente uma impossibilidade.
Por outro lado, chineses e russos estão trabalhando em um novo projeto de helo pesado que deve ficar pronto no começo da próxima década. O desenho final ainda não está definido, mas já se sabe que será um helo na faixa abaixo do Mi-26 e superior ao CH-53, hoje o maior e mais pesado helo ocidental.
abs.
A FAB, e demais forças, precisam mesmo de um helo pesado? A priori sim, em vista das demandas individuais e também cooperativas entre elas.
Mas para que serve mesmo um helo pesado?
Em resumo, logística.
Todas as três ffaa's hoje se ressentem da ausência de um vetor que possa complementar a frota atual de helos medios pesados e leves que se dispõe.
BH e Caraval são muito bons para operações táticas, e cobrem razoavelmente as estratégicas, mas do ponto de vista do apoio a estas últimas, a existência de um helo pesado se faz sentir há tempos.
Na FAB existe uma miríade de atividades de apoio as operações da COMARA, principalmente, na região norte do país.
A Avex teria nele não apenas um complemento as aeronaves de asa fixa, mas a base para toda o transporte logísitco de curta e média distãncia tanto na região norte como centro oeste.
Já a MB disporia de um elemento de apoio tático e estratégico para as mais variadas funções, desde apoio ao CFN até guerra de minas, SAR, C-SAR, vigilância, patrulha e transporte pesado, obviamente.
Atualmente, no lado de cá do mundo existem apenas dois vetores comercializados: o CH-47F e o CH-53K, ambos americanos e muito, muito caros para o padrão orçamentário brasileiro. Se comprados novos, claro.
Existe a opção do FMS para usados, e até mesmo doação, mas aí entra a conta custo x benefício destes helos, via de regra muito usados e desgastados pelas forças militares americanas.
A Leonardo tem um acordo de venda do CH-47I, a versão para o exercito italiano. Mas comprar coisas em euro também pode não ser lá uma boa.
Resta o Mi-26T2 que supera em tudo praticamente os helos americanos. Mas é russo. Só aí as chances de sua adoção são bastante diminuídas, embora isso não gere definitivamente uma impossibilidade.
Por outro lado, chineses e russos estão trabalhando em um novo projeto de helo pesado que deve ficar pronto no começo da próxima década. O desenho final ainda não está definido, mas já se sabe que será um helo na faixa abaixo do Mi-26 e superior ao CH-53, hoje o maior e mais pesado helo ocidental.
abs.
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Re: O 8º GAv
H225M "Caracal" no Brasil - Uma análise sobre este importante vetor
http://www.gbnnews.com.br/2020/01/h225m ... xJF7-d7nVJ
http://www.gbnnews.com.br/2020/01/h225m ... xJF7-d7nVJ
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Re: O 8º GAv
Em proveito da temática levantada no tópico da V FAE, apresento aqui um resumo do que pode ser as demandas da mesma missão de ligação e comando para os helos da FAB.
Tendo em vista que a FAB possui hoje apenas 5 esquadrões de helos, a saber o 1o\8o Gav, 3o\8o Gav, 5o\8o Gav e o 7o\8o Gav, além do 2o\10o Gav SAR e C-SAR oficial da FAB, todas equipadas com H-60 Black Hawk e H-36 Caracal. O Esquadrão Poti, o 2o\8o Gav está sendo desativado e não será comentado aqui face ao debate no tópico próprio dos AH-2.
Estes esquadrões são complementados pelo 1o\11o Gav esquadrão de treinamento situado em Natal e hoje equipado com os veteranos UH-50 Esquilo ainda das primeiras versões e já muito voados, estando em processo de início de substituição por um vetor ainda a ser definido entre FAB e MB.
Tendo em mente que a FAB deve atender não somente as suas necessidades em termos de apoio de transporte e logística, mas suas forças co-irmãs e demais órgãos públicos solicitantes, em todas as esferas do sistema federativo no país inteiro, faz-se mister dizer que a frota atual e sua organização não somente é pequena como insuficiente para atender a todas as demandas que lhes chegam.
Neste sentido é preciso considerar que a missão primária dos esquadrões de helo da força área é a missão SAR e C-SAR dentro do contexto de uma força aérea, com outras missões subsidiárias sendo atendidas na medida do possível com os mesmos helos com os quais os esquadrões atualmente possuem, no caso BH e Caracal. Ambos helos reconhecidos por suas muitas qualidades e também por serem máquinas de operação complexa e custosa e via de regra, utilizadas somente em missões que valha o preço de se emprego. Por outro lado, as missões de ligação fazem parte também da lista de ações primárias que devem ser atendidas por aqueles helos, sem que a FAB conte atualmente com um helo adequado para este tipo de emprego.
Olhando o quadro organizacional dos esquadrões do 8o Gav, é possível verificar que eles estão dispersos pelo país e são responsáveis por áreas do tamanho de países inteiros tendo que se desdobrar para atender as missões primárias e outras sempre em crescente demanda, principalmente as de cunho de ajuda humanitária nas mais diversas situações. Hoje os esquadrões estão baseados em Manaus(7o\8o Gav), Natal(1o\8o Gav), Rio de Janeiro(3o\8o Gav), Santa Maria(5o\8o Gav) e Campo Grande(2o\10o Gav). Nenhum deles conta mais do que 6 helos de um e outro modelo em suas dotações orgânicas.
Para tentar apaziguar esta situação a adoção de helos leves ou médio-leves naqueles esquadrões seria a solução de curto prazo mais oportuna e eficaz a fim de possibilitar que os esquadrões liberem seus helos principais para as missões primárias que lhes são impositivas e que não podem sofrer soluções de continuidade. Neste aspecto a Helibrás seria a candidata mais próxima a oferecer modelos dentro de custos e prazos pertinentes à prioridade que se der ao tema dentro da força aérea. Mas em se tranando de uma demanda mínima que, digamos, pode dispor a cada OM daquelas entre 4 e 6 helos leves para cumprir as missões subsidiárias, e obviamente as de ligação de comando, temos em mãos uma possível compra de até 30 unidades de novos helos.
O portfólio da Helibrás é bem conhecido no Brasil e envolve os modelos H120, H125, H-130, H135 e H145. A adoção de um ou dois modelos poderia atender às necessidades imediatas da FAB no que diz respeito as OM atuais que operam helos. Além de prover as missões de ligação de comando, elas podem ser equipadas para prover também SAR, MMI, ACISO, Ambulância Aérea, transporte de carga, C2, reconhecimento, observação avançada, VIP\VVIP, etc.
A FAB já utiliza o modelo H135 no GTE como helo VVIP, o que de certa forma o torna um forte candidato para ser empregado também como helo de ligação no 8o Gav.
Por outro lado existem também os modelos da Leonardo, da Bell Helicopters, e da Rostvertol concorrendo por fora. Todas estas empresas possuem e oferecem modelos de helos leves e leve-médios no Brasil, a exceção dos russos. A Leonardo em planta comercial de apoio pós venda e de logística em São Paulo, com planos de expansão, e seus modelos são bastante conhecidos e apreciados pelo público brasileiro na forma dos AW-109 e AW-119, principais helos vendidos por aqui, e com os AW-139 e AW149 com boa penetração de mercado também no nível superior. A Bell trabalha com os Bell 205 principalmente, além dos Bell 407 e 427 no mercado leve e médio leve. Os russos poderão tentar entrar no mercado sul americano com o seu novo Ansat, já em sua terceira ou quarta geração. Os italianos também podem tentar colocar o seu mais novo produto por aqui na forma do AW09, que é um projeto da empresa suiça Kopter comprada recentemente pela gigante italiana. É um helo monoturbina mas com características e espaço de biturbina.
Por fim, é preciso dizer que além destes esquadrões que a priori teriam a incumbência de receber tais helos de ligação, a FAB ainda poderia operar estes mesmos helos em esquadrilhas destacadas na região norte a fim de apoiar o CINDACTA 4 e as bases de desdobramento e bases aéreas nas regiões de fronteira visto que ao único esquadrão de helos em Manaus é impossível atender a toda a demanda que chega mesmo que dotados com os possíveis helos de ligação acima propostos. Desta forma, a mister afirmar que para uma melhor adequação das necessidades e das demandas operadas pela FAB na região amazônica, a introdução de esquadrilhas de helos leves e\ou médio leves pelo menos em Boa Vista e Porto Velho a fim de apoiar os esquadrões de A-29 localizados nestas cidades. Junte-se a eles uma possível em São Gabriel da Cachoeira e Iauretê, bases de desdobramento da FAB que poderiam atender a região do Alto Rio Negro, Alto Solimões e Alto Javari.
Notar que uma eventual revisão da extinção do Esquadrão Poti e sua transformação posterior em esquadrão de transporte poderia suscitar sua localização em Belém, de forma a "fechar" a cobertura de helos sobre a região norte como um todo.
Se estas 5 OM adicionais fossem efetivadas com a dotação dos helos aqui propostos, temos então uma demanda para outros 30 helos leve e\ou médio leve, com uma demanda geral para até até 60 helicópteros para emprego em missões de ligação de comando na força aérea brasileira. Não é um número significativo, e nem mesmo grande, mas próximo da realidade e das capacidades de operação que a FAB pode, e deve, promover no sentido e atender as missões primárias e subsidiárias que os esquadrões do 8o Gav recebe todos os dias.
A depender dos modelos escolhidos, que custam em média de US 2 a 5 milhões de dólares a unidade, um investimento de no máximo US 300 milhões de dólares, se muito, seria o suficiente para ampliar enormemente a capacidade da FAB de responder as muitas demandas que lhe chegam da sociedade, do poder público e dela mesma. Com certeza os resultados deste investimento se pagariam rapidamente e no curtíssimo prazo não só no número de vidas salvas e bens preservados, mas da manutenção da nossa presença efetiva e eficaz onde o Estado é mais necessário e precisa se fazer presente.
Tendo em vista que a FAB possui hoje apenas 5 esquadrões de helos, a saber o 1o\8o Gav, 3o\8o Gav, 5o\8o Gav e o 7o\8o Gav, além do 2o\10o Gav SAR e C-SAR oficial da FAB, todas equipadas com H-60 Black Hawk e H-36 Caracal. O Esquadrão Poti, o 2o\8o Gav está sendo desativado e não será comentado aqui face ao debate no tópico próprio dos AH-2.
Estes esquadrões são complementados pelo 1o\11o Gav esquadrão de treinamento situado em Natal e hoje equipado com os veteranos UH-50 Esquilo ainda das primeiras versões e já muito voados, estando em processo de início de substituição por um vetor ainda a ser definido entre FAB e MB.
Tendo em mente que a FAB deve atender não somente as suas necessidades em termos de apoio de transporte e logística, mas suas forças co-irmãs e demais órgãos públicos solicitantes, em todas as esferas do sistema federativo no país inteiro, faz-se mister dizer que a frota atual e sua organização não somente é pequena como insuficiente para atender a todas as demandas que lhes chegam.
Neste sentido é preciso considerar que a missão primária dos esquadrões de helo da força área é a missão SAR e C-SAR dentro do contexto de uma força aérea, com outras missões subsidiárias sendo atendidas na medida do possível com os mesmos helos com os quais os esquadrões atualmente possuem, no caso BH e Caracal. Ambos helos reconhecidos por suas muitas qualidades e também por serem máquinas de operação complexa e custosa e via de regra, utilizadas somente em missões que valha o preço de se emprego. Por outro lado, as missões de ligação fazem parte também da lista de ações primárias que devem ser atendidas por aqueles helos, sem que a FAB conte atualmente com um helo adequado para este tipo de emprego.
Olhando o quadro organizacional dos esquadrões do 8o Gav, é possível verificar que eles estão dispersos pelo país e são responsáveis por áreas do tamanho de países inteiros tendo que se desdobrar para atender as missões primárias e outras sempre em crescente demanda, principalmente as de cunho de ajuda humanitária nas mais diversas situações. Hoje os esquadrões estão baseados em Manaus(7o\8o Gav), Natal(1o\8o Gav), Rio de Janeiro(3o\8o Gav), Santa Maria(5o\8o Gav) e Campo Grande(2o\10o Gav). Nenhum deles conta mais do que 6 helos de um e outro modelo em suas dotações orgânicas.
Para tentar apaziguar esta situação a adoção de helos leves ou médio-leves naqueles esquadrões seria a solução de curto prazo mais oportuna e eficaz a fim de possibilitar que os esquadrões liberem seus helos principais para as missões primárias que lhes são impositivas e que não podem sofrer soluções de continuidade. Neste aspecto a Helibrás seria a candidata mais próxima a oferecer modelos dentro de custos e prazos pertinentes à prioridade que se der ao tema dentro da força aérea. Mas em se tranando de uma demanda mínima que, digamos, pode dispor a cada OM daquelas entre 4 e 6 helos leves para cumprir as missões subsidiárias, e obviamente as de ligação de comando, temos em mãos uma possível compra de até 30 unidades de novos helos.
O portfólio da Helibrás é bem conhecido no Brasil e envolve os modelos H120, H125, H-130, H135 e H145. A adoção de um ou dois modelos poderia atender às necessidades imediatas da FAB no que diz respeito as OM atuais que operam helos. Além de prover as missões de ligação de comando, elas podem ser equipadas para prover também SAR, MMI, ACISO, Ambulância Aérea, transporte de carga, C2, reconhecimento, observação avançada, VIP\VVIP, etc.
A FAB já utiliza o modelo H135 no GTE como helo VVIP, o que de certa forma o torna um forte candidato para ser empregado também como helo de ligação no 8o Gav.
Por outro lado existem também os modelos da Leonardo, da Bell Helicopters, e da Rostvertol concorrendo por fora. Todas estas empresas possuem e oferecem modelos de helos leves e leve-médios no Brasil, a exceção dos russos. A Leonardo em planta comercial de apoio pós venda e de logística em São Paulo, com planos de expansão, e seus modelos são bastante conhecidos e apreciados pelo público brasileiro na forma dos AW-109 e AW-119, principais helos vendidos por aqui, e com os AW-139 e AW149 com boa penetração de mercado também no nível superior. A Bell trabalha com os Bell 205 principalmente, além dos Bell 407 e 427 no mercado leve e médio leve. Os russos poderão tentar entrar no mercado sul americano com o seu novo Ansat, já em sua terceira ou quarta geração. Os italianos também podem tentar colocar o seu mais novo produto por aqui na forma do AW09, que é um projeto da empresa suiça Kopter comprada recentemente pela gigante italiana. É um helo monoturbina mas com características e espaço de biturbina.
Por fim, é preciso dizer que além destes esquadrões que a priori teriam a incumbência de receber tais helos de ligação, a FAB ainda poderia operar estes mesmos helos em esquadrilhas destacadas na região norte a fim de apoiar o CINDACTA 4 e as bases de desdobramento e bases aéreas nas regiões de fronteira visto que ao único esquadrão de helos em Manaus é impossível atender a toda a demanda que chega mesmo que dotados com os possíveis helos de ligação acima propostos. Desta forma, a mister afirmar que para uma melhor adequação das necessidades e das demandas operadas pela FAB na região amazônica, a introdução de esquadrilhas de helos leves e\ou médio leves pelo menos em Boa Vista e Porto Velho a fim de apoiar os esquadrões de A-29 localizados nestas cidades. Junte-se a eles uma possível em São Gabriel da Cachoeira e Iauretê, bases de desdobramento da FAB que poderiam atender a região do Alto Rio Negro, Alto Solimões e Alto Javari.
Notar que uma eventual revisão da extinção do Esquadrão Poti e sua transformação posterior em esquadrão de transporte poderia suscitar sua localização em Belém, de forma a "fechar" a cobertura de helos sobre a região norte como um todo.
Se estas 5 OM adicionais fossem efetivadas com a dotação dos helos aqui propostos, temos então uma demanda para outros 30 helos leve e\ou médio leve, com uma demanda geral para até até 60 helicópteros para emprego em missões de ligação de comando na força aérea brasileira. Não é um número significativo, e nem mesmo grande, mas próximo da realidade e das capacidades de operação que a FAB pode, e deve, promover no sentido e atender as missões primárias e subsidiárias que os esquadrões do 8o Gav recebe todos os dias.
A depender dos modelos escolhidos, que custam em média de US 2 a 5 milhões de dólares a unidade, um investimento de no máximo US 300 milhões de dólares, se muito, seria o suficiente para ampliar enormemente a capacidade da FAB de responder as muitas demandas que lhe chegam da sociedade, do poder público e dela mesma. Com certeza os resultados deste investimento se pagariam rapidamente e no curtíssimo prazo não só no número de vidas salvas e bens preservados, mas da manutenção da nossa presença efetiva e eficaz onde o Estado é mais necessário e precisa se fazer presente.
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Re: O 8º GAv
A pergunta que fica é: por que não no 2o\10o Gav cumprindo as missões SAR e C-SAR com 15 unidades a serem recebidas
https://www.airbus.com/en/products-serv ... nformation
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Re: O 8º GAv
Relembre a atuação da FAB em comunidades indígenas
Desde a sua criação, a FAB tem atuado para promover assistência aos povos tradicionais
https://www.aer.mil.br/noticias/mostra/ ... C3%ADgenas
Desde a sua criação, a FAB tem atuado para promover assistência aos povos tradicionais
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Re: O 8º GAv
Apesar da cobertura midiática ser extremamente eloquente sobre a situação dos yanomami, é fato que a FAB, e a Avex, tem tido o maior parte do trabalho em fazer a assistência as aldeias na reserva.
Não custa lembrar, novamente, que a FAB só tem aqui os C-925 e os Caravan, que cobrem mais de 80% das missões realizadas diariamente. E mesmo assim, não levam crédito por nada, como de costume.
É nessas horas que é bom lembrar que a FAB já quis ter helos pesados para operar na região norte, enquanto para EB e MB isto são apenas quimeras.
Em uma das matérias é possível ver da boca do oficial entrevistado que os K-390, que vieram do Esquadrão Gordo no RJ, fazem apenas uma missão por dia, desde Boa Vista, enquanto os CASA fazem de duas a três missões e os Caravan até seis missões por dia. Então dá para perceber o quanto se trabalha na ponta da aviação tática na região, vide as condições, ou a falta delas, na verdade.
Em todo caso, os 1o\7o Gav da FAB e o 4o Bavex estão provendo como podem os vetores necessários, principalmente os BH, embora eu ainda não tenha notado a presença ou não dos Jaguar do Exército, muito mais capazes que aqueles em transporte de pessoal e carga.
Nota-se claramente a ausência de um helo pesado nestas horas que poderia fazer o trabalho de dois ou três helos, ou mesmo de vários aviões, na ponte Boa Vista e PEF Surucucu.
Mas um motivo, e oportunidade, para as ffaa's reclamarem a si os recursos necessários para operar dentro daquilo que se espera delas na teoria.
Não custa lembrar, novamente, que a FAB só tem aqui os C-925 e os Caravan, que cobrem mais de 80% das missões realizadas diariamente. E mesmo assim, não levam crédito por nada, como de costume.
É nessas horas que é bom lembrar que a FAB já quis ter helos pesados para operar na região norte, enquanto para EB e MB isto são apenas quimeras.
Em uma das matérias é possível ver da boca do oficial entrevistado que os K-390, que vieram do Esquadrão Gordo no RJ, fazem apenas uma missão por dia, desde Boa Vista, enquanto os CASA fazem de duas a três missões e os Caravan até seis missões por dia. Então dá para perceber o quanto se trabalha na ponta da aviação tática na região, vide as condições, ou a falta delas, na verdade.
Em todo caso, os 1o\7o Gav da FAB e o 4o Bavex estão provendo como podem os vetores necessários, principalmente os BH, embora eu ainda não tenha notado a presença ou não dos Jaguar do Exército, muito mais capazes que aqueles em transporte de pessoal e carga.
Nota-se claramente a ausência de um helo pesado nestas horas que poderia fazer o trabalho de dois ou três helos, ou mesmo de vários aviões, na ponte Boa Vista e PEF Surucucu.
Mas um motivo, e oportunidade, para as ffaa's reclamarem a si os recursos necessários para operar dentro daquilo que se espera delas na teoria.
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Re: O 8º GAv
Esta operação em Roraima vem lembrar a quem acompanha o tema defesa que a FAB não possui helos em suas bases aéreas equipadas com os Super Tucano, no caso, Boa Vista e Porto Velho. Traduzindo em miúdos, estas OM são totalmente dependentes do apoio que o 7o\8o Gav possa prover a partir de Manaus, sendo que o esquadrão conta com somente 8 Black Hawk para apoiar a FAB em toda a região norte. Inclusive no que diz respeito a missões SAR para a FAB em pró de suas OM.
Da mesma forma a Avex dispõe somente de helos no 4o Bavex em Manaus, e agora uma mui humilde e tímida iniciativa do núcleo de aviação em Belém. São 4 BH, 6 a 8 Jaguar e uns 6 Pantera K2. A MB possui apenas 3 u 4 Esquilo no HU-3 em Manaus, e outros 3 H225M em Belém. Existe, ou existia a intenção de adicionar ao HU-3 undes do H225M, ou mesmo a criação de um novo esquadrão de helos para eles em Manaus, mas nada foi feito até agora.
Do ponto de vista prático, o EB está tentando aumentar a presença da Avex na região, como visto acima, enquanto a MB da mesma forma criou o UH-41 em Belém e, supostamente intenciona levar mais dos seus UH-15 para a região agora em Manaus. A FAB extinguiu o esquadrão Poti, o 2o\8o Gav, sem deixar nada no lugar. É visível a incapacidade das ffaa's em acolher e pronto e na medida necessária dentro do atual quadro de demandas civis, historicamente sempre crescentes, do poder público em função de atividades secundárias no plano do assistencialismo social que o caracteriza. Esta operação se presta simplesmente a tentar tapar o sol com a peneira, e nada mais. Uma articulação pontual, discricionária, e imediatista com vista ao curtíssimo prazo, sem maiores compromissos com o futuro além deste quadriênio.
Penso que é o caso da FAB, melhor dizendo, o ministério da defesa 'defender' junto ao cmte em chefe, e este junto as autoridades econômicas, também soluções de curtíssimo prazo para a inépcia governamental quanto ao investimento em mais helos para as forças armadas na região amazônica. Esta é uma demanda que pode ser atendida sem maiores problemas, seja buscando a Helibrás\Airbus Helicopters, SIkorsky, Bell ou a Leonardo. Vai de quem oferecer a melhor relação custo x benefício.
A Avex continua querendo mais 16 helos, enquanto a MB demanda pelo UHP que nunca saiu do papel, e a FAB pode receber também mais BH usados ou novos. O ideal a meu ver seria um modelo que fosse um helo médio leve para poder operar direto nas OM de fronteira, e também coubesse nos requisitos do UHP, de forma a se poder comprar quantidades substantivas deles para todas as forças de uma vez só ou em pacotes sequenciais.
Falando em helos novos, seria uma boa hora também para rever a questão de um helo pesado para as ffaa's. A operação Yanomami também está trazendo à luz, novamente, os hiatos que a falta de um modelo assim nos faz.
Da mesma forma a Avex dispõe somente de helos no 4o Bavex em Manaus, e agora uma mui humilde e tímida iniciativa do núcleo de aviação em Belém. São 4 BH, 6 a 8 Jaguar e uns 6 Pantera K2. A MB possui apenas 3 u 4 Esquilo no HU-3 em Manaus, e outros 3 H225M em Belém. Existe, ou existia a intenção de adicionar ao HU-3 undes do H225M, ou mesmo a criação de um novo esquadrão de helos para eles em Manaus, mas nada foi feito até agora.
Do ponto de vista prático, o EB está tentando aumentar a presença da Avex na região, como visto acima, enquanto a MB da mesma forma criou o UH-41 em Belém e, supostamente intenciona levar mais dos seus UH-15 para a região agora em Manaus. A FAB extinguiu o esquadrão Poti, o 2o\8o Gav, sem deixar nada no lugar. É visível a incapacidade das ffaa's em acolher e pronto e na medida necessária dentro do atual quadro de demandas civis, historicamente sempre crescentes, do poder público em função de atividades secundárias no plano do assistencialismo social que o caracteriza. Esta operação se presta simplesmente a tentar tapar o sol com a peneira, e nada mais. Uma articulação pontual, discricionária, e imediatista com vista ao curtíssimo prazo, sem maiores compromissos com o futuro além deste quadriênio.
Penso que é o caso da FAB, melhor dizendo, o ministério da defesa 'defender' junto ao cmte em chefe, e este junto as autoridades econômicas, também soluções de curtíssimo prazo para a inépcia governamental quanto ao investimento em mais helos para as forças armadas na região amazônica. Esta é uma demanda que pode ser atendida sem maiores problemas, seja buscando a Helibrás\Airbus Helicopters, SIkorsky, Bell ou a Leonardo. Vai de quem oferecer a melhor relação custo x benefício.
A Avex continua querendo mais 16 helos, enquanto a MB demanda pelo UHP que nunca saiu do papel, e a FAB pode receber também mais BH usados ou novos. O ideal a meu ver seria um modelo que fosse um helo médio leve para poder operar direto nas OM de fronteira, e também coubesse nos requisitos do UHP, de forma a se poder comprar quantidades substantivas deles para todas as forças de uma vez só ou em pacotes sequenciais.
Falando em helos novos, seria uma boa hora também para rever a questão de um helo pesado para as ffaa's. A operação Yanomami também está trazendo à luz, novamente, os hiatos que a falta de um modelo assim nos faz.
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Re: O 8º GAv
Recordar é viver.
Boeing oferece helicópteros pesados ao Exército brasileiro
https://www.defesanet.com.br/terrestre/ ... s-pesados/
Boeing oferece helicópteros pesados ao Exército brasileiro
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasi ... 200228.htm
Boeing oferece helicópteros pesados ao Exército brasileiro
https://www.defesanet.com.br/terrestre/ ... s-pesados/
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Re: O 8º GAv
Está rolando na internet uma informação de que a Usaf irá se desfazer de 37 HH60G Pave Hawk e uma quantidade de MQ-9 em favor de países aliadoo.
Se se concretizar a informação, é uma boa oportunidade para a FAB resolver todos os seus problemas de helos CSAR e SAR.
Dá até para "se livrar" dos 15 H225M que vão ficar sobrando,
Se se concretizar a informação, é uma boa oportunidade para a FAB resolver todos os seus problemas de helos CSAR e SAR.
Dá até para "se livrar" dos 15 H225M que vão ficar sobrando,
Carpe Diem
- FCarvalho
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Re: O 8º GAv
A Helibrás ganhou um novo presidente que fala português, mas sem o sotaque francês, e a FAB em termos de frota, tirando o velho desejo de ter Pave Hawks para equipar os esquadrões de helos, possui cerca de 15 H225M que estão em seu final de vida produtiva para serem entregues pela empresa em Minas Gerais.
Sabendo disto, a Airbus Helicopters está ensaiando jogar para a governo mais negócios em relação à manutenção da sua linha de produção no país. Comenta-se que seriam modelos H-160M e\ou H145M, além dos Esquilo que serão produzidos para FAB e MB, como vetores de treinamento. Um mockup deste último foi exposto na LAAD, equipado de forma a ilustrar as múltiplas capacidades do mesmo. Chamou bastante atenção na feita.
Em todo caso, o EB ficou de 16 com 15 helo a receber, enquanto FAB receberá também 15 helos e a MB apenas 14 das 16 unidades, já que estas últimas abriram mão dos H225M em favor dos H-125M para renovar de forma urgente a sua frota de helos de treinamento. A produção deve ser encerrada com 46 unidades produzidas das 50 contratadas originalmente.
Segundo diversas fontes abertas na internet, cada H225M custa entre 27 e 28 milhões de dólares a unidade. O valor deve variar para mais ou menos de acordo com os requisitos de cada cliente. No nosso caso, suponho que o valor unitário tenha sido bastante majorado devido as cláusulas de produção local e a nacionalização de sistemas acertados. Supondo que um novo acordo fosse acertado entre França e Brasil, visto que as ffaa's continuam demandando novos vetores, e as 50 unidades do Caracal não eram suficientes para dar conta de todas as demandas, temos:
EB - 16 helos médio porte para substituir Black Hawk e Cougar. sem prazo para efetivar compra;
FAB - 16 BH operacionais em Manaus e Porto Alegre, e 15 H225M operacionais em Natal, Rio de Janeiro, e agora em Campo Grande no lugar dos BH que serviam temporariamente lá em substituição aos UH-1H Huey aposentados. Ainda estou tentando confirmar a quantidade disponibilizada para aquela OM;
MB - não existe previsão ou planejamento de expansão da frota de UH-15 e UH-15A. Foi criada nova unidade em Belém, o HU-41, e tencionava-se novo esquadrão em Florianópolis. Os H225M estão operacionais em Belém, Rio de Janeiro, e recentemente em Rio Grande, RS. Os esquadrões de Manaus e Ladário continuam operando somente os Esquilo, também sem previsão de serem substituídos. As bases navais\GptoFuzNvs em Natal e Salvador não possuem meios aéreos de apoio. Foi criado recentemente o GptoFuzNvs de Santos, assim como está\estava sendo cogitada a criação de um novo esquadrão de helos na cidade em apoio ao 8o DN de São Paulo;
No EB, a doutrina da Avex ainda dispõe que um Bavex seja capaz de realizar um assalto aeromóvel com 1 Cia Inf, o que no caso dos H225M sugere cerca de 6 a 5 unidades. Um assalto completo em nível Btl Inf demandaria assim 20 a 24 helos por Bavex, caso fosse a intenção transportar o btl em uma única vaga, o que não consta na doutrina atual, o que lamento, visto a limitação das capacidades da própria Avex que isto impõe. No caso, se este item fosse superado, demanda do EB poderia chegar até 96 helos com os 4 Bavex atuais. Nem de longe um número realizável para os padrões do exército.
A FAB poderia dispor, caso fosse decidido pela homogeneização da frota, cerca de 40 H225M distribuídos entre os atuais 5 esquadrões, tomando como base os 8 helos BH em Manaus e Porto Alegre. Me parece que um sexto esquadrão poderia ser criado, ou no caso, recriado na forma do Esquadrão Poti, em Belém. A demanda teórica da FAB podendo chegar assim até 48 unidades. Se BH, Caracal ou outro modelo, ficamos por decidir.
Já no caso da MB, com 9 DN em todo o país, sendo que todos contam com OM de fuz nvs no mínimo em nível grupamento, e considerando que 1 CiaFuzNvs tem cerca de 208 tropas, seriam necessários 8 UH-15 para realizar um assalto aeromóvel com esta subunidade. Este seria a demanda básica teórica para atender qualquer DN e\ou GptoFuzNvs. Sendo assim, teríamos uma demanda teórica para 72 unidades. O antigo PEAMB da marinha solicitava 56 unidades de um helo médio de emprego geral. Estamos muito longe tanto de um como de outro referencial. Notar que no caso da FFE no Rio de Janeiro e seus 3 batalhões, seria o caso de dispor de 24 unidades apenas para atender esta GU. Algo também hoje muito longe da nossa realidade em qualquer prazo visível.
Resta dizer que o programa LHU da marinha nunca saiu do papel, e aguarda até hoje uma decisão em seu favor a fim de substituir finalmente os vetustos Esquilo nos HU. Os números apresentados inicialmente falavam em 60 unidades. O H-145M era um dos candidatos. Mas nada foi feito e a aviação naval continua sem solução. Não é preciso dizer que um helo desta categoria tem emprego certo em todas as 3 forças armadas. E que se comprado em quantidades relevantes, poderia manter as linhas de produção em Minas Gerais ainda por muitos anos, quiçá décadas, vide o nosso histórico orçamentário e de investimento em Defesa.
Bom, os H225M e sua linha de produção encontrarão o seu fim mais tardar até 2024, ou 2025 dependendo da boa vontade do erário público. Depois disso acabou para ele, e sua história no Brasil, ainda que as nossas demandas sejam muito maiores que a vontade de manter a Helibrás com as portas abertas. Seja com Esquilo ou outro helo qualquer.
Sabendo disto, a Airbus Helicopters está ensaiando jogar para a governo mais negócios em relação à manutenção da sua linha de produção no país. Comenta-se que seriam modelos H-160M e\ou H145M, além dos Esquilo que serão produzidos para FAB e MB, como vetores de treinamento. Um mockup deste último foi exposto na LAAD, equipado de forma a ilustrar as múltiplas capacidades do mesmo. Chamou bastante atenção na feita.
Em todo caso, o EB ficou de 16 com 15 helo a receber, enquanto FAB receberá também 15 helos e a MB apenas 14 das 16 unidades, já que estas últimas abriram mão dos H225M em favor dos H-125M para renovar de forma urgente a sua frota de helos de treinamento. A produção deve ser encerrada com 46 unidades produzidas das 50 contratadas originalmente.
Segundo diversas fontes abertas na internet, cada H225M custa entre 27 e 28 milhões de dólares a unidade. O valor deve variar para mais ou menos de acordo com os requisitos de cada cliente. No nosso caso, suponho que o valor unitário tenha sido bastante majorado devido as cláusulas de produção local e a nacionalização de sistemas acertados. Supondo que um novo acordo fosse acertado entre França e Brasil, visto que as ffaa's continuam demandando novos vetores, e as 50 unidades do Caracal não eram suficientes para dar conta de todas as demandas, temos:
EB - 16 helos médio porte para substituir Black Hawk e Cougar. sem prazo para efetivar compra;
FAB - 16 BH operacionais em Manaus e Porto Alegre, e 15 H225M operacionais em Natal, Rio de Janeiro, e agora em Campo Grande no lugar dos BH que serviam temporariamente lá em substituição aos UH-1H Huey aposentados. Ainda estou tentando confirmar a quantidade disponibilizada para aquela OM;
MB - não existe previsão ou planejamento de expansão da frota de UH-15 e UH-15A. Foi criada nova unidade em Belém, o HU-41, e tencionava-se novo esquadrão em Florianópolis. Os H225M estão operacionais em Belém, Rio de Janeiro, e recentemente em Rio Grande, RS. Os esquadrões de Manaus e Ladário continuam operando somente os Esquilo, também sem previsão de serem substituídos. As bases navais\GptoFuzNvs em Natal e Salvador não possuem meios aéreos de apoio. Foi criado recentemente o GptoFuzNvs de Santos, assim como está\estava sendo cogitada a criação de um novo esquadrão de helos na cidade em apoio ao 8o DN de São Paulo;
No EB, a doutrina da Avex ainda dispõe que um Bavex seja capaz de realizar um assalto aeromóvel com 1 Cia Inf, o que no caso dos H225M sugere cerca de 6 a 5 unidades. Um assalto completo em nível Btl Inf demandaria assim 20 a 24 helos por Bavex, caso fosse a intenção transportar o btl em uma única vaga, o que não consta na doutrina atual, o que lamento, visto a limitação das capacidades da própria Avex que isto impõe. No caso, se este item fosse superado, demanda do EB poderia chegar até 96 helos com os 4 Bavex atuais. Nem de longe um número realizável para os padrões do exército.
A FAB poderia dispor, caso fosse decidido pela homogeneização da frota, cerca de 40 H225M distribuídos entre os atuais 5 esquadrões, tomando como base os 8 helos BH em Manaus e Porto Alegre. Me parece que um sexto esquadrão poderia ser criado, ou no caso, recriado na forma do Esquadrão Poti, em Belém. A demanda teórica da FAB podendo chegar assim até 48 unidades. Se BH, Caracal ou outro modelo, ficamos por decidir.
Já no caso da MB, com 9 DN em todo o país, sendo que todos contam com OM de fuz nvs no mínimo em nível grupamento, e considerando que 1 CiaFuzNvs tem cerca de 208 tropas, seriam necessários 8 UH-15 para realizar um assalto aeromóvel com esta subunidade. Este seria a demanda básica teórica para atender qualquer DN e\ou GptoFuzNvs. Sendo assim, teríamos uma demanda teórica para 72 unidades. O antigo PEAMB da marinha solicitava 56 unidades de um helo médio de emprego geral. Estamos muito longe tanto de um como de outro referencial. Notar que no caso da FFE no Rio de Janeiro e seus 3 batalhões, seria o caso de dispor de 24 unidades apenas para atender esta GU. Algo também hoje muito longe da nossa realidade em qualquer prazo visível.
Resta dizer que o programa LHU da marinha nunca saiu do papel, e aguarda até hoje uma decisão em seu favor a fim de substituir finalmente os vetustos Esquilo nos HU. Os números apresentados inicialmente falavam em 60 unidades. O H-145M era um dos candidatos. Mas nada foi feito e a aviação naval continua sem solução. Não é preciso dizer que um helo desta categoria tem emprego certo em todas as 3 forças armadas. E que se comprado em quantidades relevantes, poderia manter as linhas de produção em Minas Gerais ainda por muitos anos, quiçá décadas, vide o nosso histórico orçamentário e de investimento em Defesa.
Bom, os H225M e sua linha de produção encontrarão o seu fim mais tardar até 2024, ou 2025 dependendo da boa vontade do erário público. Depois disso acabou para ele, e sua história no Brasil, ainda que as nossas demandas sejam muito maiores que a vontade de manter a Helibrás com as portas abertas. Seja com Esquilo ou outro helo qualquer.
Carpe Diem
Re: O 8º GAv
FAB recebe mais um H225M com capacidade de Reabastecimento em Voo
https://www.defesaaereanaval.com.br/avi ... nto-em-voo
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- FCarvalho
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Re: O 8º GAv
Eu não sei quantos H-36 a FAB tem com sonda Revo, mas dos 13 recebidos até agora, se 5 tiverem essa capacidade é muito.
Estes helos serão também empregados no 2o\10o Gav em Campo Grande em substituição aos Black Hawk, que voltam para seus esquadrões de origem.
Li que o Esquadrão Poti seria reativado também, só não sei se com os H-36 ou com Black Hawk, dado que ambos somam 15 e 16 unidades respectivamente na FAB.
Aparentemente a compra de mais BH foi descartada e a força aérea vai se virar com o que tem.
Estes helos serão também empregados no 2o\10o Gav em Campo Grande em substituição aos Black Hawk, que voltam para seus esquadrões de origem.
Li que o Esquadrão Poti seria reativado também, só não sei se com os H-36 ou com Black Hawk, dado que ambos somam 15 e 16 unidades respectivamente na FAB.
Aparentemente a compra de mais BH foi descartada e a força aérea vai se virar com o que tem.
Carpe Diem