Página 3 de 6
Re: UMA TURBINA PAR AO KC-390
Enviado: Qua Fev 16, 2011 9:27 am
por mauri
Colegas,
Pelo indicios que a GE tem dado nos últimos anos na imprensa local, ver-se que em breve ela estará produzindo suas turbinas auronauticas no Brasil com o financiamento do BNDES, visto que tem investimentos para produzir as turbinas a gas e eolicas em petropolise em outros estados.
Valor Online | 10/11/2010
Segundo anunciaram hoje os executivos da empresa, em evento no Rio de Janeiro, a GE Celma vai fabricar turbinas para Embraer.
SÃO PAULO - A fábrica especializada na manutenção de turbinas de avião da GE, a Celma, será expandida para abrigar também a produção de turbinas para a Embraer a produção na unidade deverá ter início a partir de 2012. A multinacional anunciou ainda a assinatura de um termo de cooperação com a Vale para a pesquisa no setor de energia. A cooperação será focada em projetos de armazenamento, geração e distribuição de energia. Na mesma linha, também foi assinado um acordo com a MRS Logística para o desenvolvimento de estudos para ampliação da malha ferroviária no país. Segundo informou a empresa, as pesquisas estarão focadas no desenvolvimento de sistemas de segurança e de modelos mais eficientes de transportes de cargas e passageiros. "As empresas vão criar tecnologias e novos equipamentos vão surgir em conjunto", afirmou o presidente mundial da GE Transportes, Lorenzo Simonelli.
GE vai montar centro de serviços no país
A GE anunciou ontem a construção de uma nova unidade no município da região serrana do Rio de Janeiro. Será um centro de serviços de manutenção de turbinas aeroderivadas, utilizadas em usinas termelétricas e em plataformas de petróleo, na geração de energia elétrica ou no acionamento mecânico, com gás ou outros combustíveis, como o etanol. O grupo de empresas GE planeja investir US$ 250 milhões no país até 2012. Inclui um centro de pesquisas, mas o Estado ainda não foi definido.
A multinacional já tem na cidade a GE Celma, especializada na manutenção de turbinas de avião. O investimento inicial na nova unidade será de US$ 10 milhões. Segundo a empresa, a proposta é atender além da demanda brasileira, clientes na América Latina. Hoje, esses serviços estão sendo realizados em pela GE no exterior. O início da operação está previsto para 2011 com a contratação de 30 técnicos e engenheiros de alta qualificação.
Em janeiro, a GE e a Petrobras firmaram contrato para o uso do etanol de cana-de-açúcar em um sistema de turbina a gás para a produção de energia elétrica em escala comercial na Usina Termelétrica de Juiz de Fora. A GE tem a perspectiva de que a demanda por eletricidade dobre nos próximos 20 anos. Assim sendo, vai aumentar a procura por combustíveis não convencionais, especialmente aqueles que ajudam a controlar as emissões de gases na atmosfera.
As turbinas aeroderivadas da GE estão presentes em várias das termelétricas do Brasil e em plataformas de petróleo. São mais de 3,6 mil delas instaladas em todo mundo. E segundo a GE a escolha do Brasil é apenas um primeiro passo nessa área uma vez que o país oferece outras oportunidades.
Em comunicado à imprensa, Darryl Wilson, vice-presidente de Turbinas a Gás Aeroderivadas para a GE Power & Water informou que o objetivo é ganhar em eficiência. "O novo centro cortará o tempo de serviço pela metade, eliminando altos custos de transporte, reduzindo o tempo dos clientes com o equipamento parado e diminuindo o prazo de entrega", afirmou.
No ano passado, a GE/Celma fechou contrato de US$ 1 bilhão com a Azul para manutenção de turbinas de aeronaves Embraer 190 e 195. O serviço começa a ser prestado em 2011 e tem duração de dez anos. Em 2009 firmou memorando de entendimento com a TAM para manutenção, reparo e inspeção de sua frota Boeing 777 equipada com turbinas GE por 12 anos. O acordo foi de US$ 345 milhões.
A GE Celma é um dos principais centros globais de serviços de aviação da companhia. Emprega cerca de mil profissionais em Petrópolis. A decisão da empresa pelo novo investimento no município, segundo a GE, leva em conta a infraestrutura já existente na região e a qualificação técnica da mão de obra. A nova instalação estará localizada num terreno de 7,9 mil metros quadrados. A proposta é também prestar serviços para máquinas movidas a gás natural, combustíveis líquidos ou etanol de cana de açúcar.
A Celma foi fundada na década de 1950. Produzia ventiladores e peças de carro. Depois, transformou-se em centro de manutenção de motores da Panair. Com o fim da companhia aérea, acabou sendo absorvida pela Força Aérea Brasileira e continuou atuando como oficina de turbinas. No início dos anos 1990, frente a dificuldades financeiras, foi privatizada. A GE formava o consórcio vencedor.
Fonte: Valor Econômico
Mauri
Re: UMA TURBINA PAR AO KC-390
Enviado: Qua Fev 16, 2011 11:47 am
por joao fernando
É, tem beneficios do governo pra enterrar as nossas pesquisas. Na China, essas empresas tem que se associar a empresas locais, e juntos, montar seus produtos com real transferencia de tecnologia
Aqui, se leva a TR3500 pra sala de aula, pro eterno looping estudantil do ITA, e fim de papo, tudo com dinheiro publico
Maravilha...
Re: UMA TURBINA PAR AO KC-390
Enviado: Qua Fev 16, 2011 11:59 am
por Boss
O setor privado daqui também só funciona com o governo metendo a brasa na bunda, né.
Re: UMA TURBINA PAR AO KC-390
Enviado: Qua Fev 16, 2011 12:19 pm
por Penguin
joao fernando escreveu:É, tem beneficios do governo pra enterrar as nossas pesquisas. Na China, essas empresas tem que se associar a empresas locais, e juntos, montar seus produtos com real transferencia de tecnologia
Aqui, se leva a TR3500 pra sala de aula, pro eterno looping estudantil do ITA, e fim de papo, tudo com dinheiro publico
Maravilha...
João,
Esse contrato da Petrobrás com a GE nada tem a ver com a falta de interesse do governo em desenvolver uma turbina nacional ou um fabricante de turbinas nacional.
O objeto desse contrato é utilizar etanol em turbinas GE estacionárias já em operação em termelétricas e plataformas de petróleo.
Em janeiro, a GE e a Petrobras firmaram contrato para o uso do etanol de cana-de-açúcar em um sistema de turbina a gás para a produção de energia elétrica em escala comercial na Usina Termelétrica de Juiz de Fora. A GE tem a perspectiva de que a demanda por eletricidade dobre nos próximos 20 anos. Assim sendo, vai aumentar a procura por combustíveis não convencionais, especialmente aqueles que ajudam a controlar as emissões de gases na atmosfera.
As turbinas aeroderivadas da GE estão presentes em várias das termelétricas do Brasil e em plataformas de petróleo. São mais de 3,6 mil delas instaladas em todo mundo. E segundo a GE a escolha do Brasil é apenas um primeiro passo nessa área uma vez que o país oferece outras oportunidades.
O contrato com a Vale parece ir em em outra direção:
A multinacional anunciou ainda a assinatura de um termo de cooperação com a Vale para a pesquisa no setor de energia. A cooperação será focada em projetos de armazenamento, geração e distribuição de energia.
Desenvolver produtos e serviços que suportem o crescimento econômico e infraestrutura necessária, possibilitando a pesquisa e o desenvolvimento de uma gama de tecnologias como
novas locomotivas, serviços e operações ferroviárias, sistemas de sinalização, armazenamento de energia, eletrificação, entre outros.
“Essa parceria é essencial para desenvolvermos tecnologias e soluções que possibilitem a
produção sustentável de energia, sobretudo para empresas como a Vale que demandam um consumo elevadíssimo desse insumo importante para o desenvolvimento da empresa e do setor de mineração”, afirmou o diretor do Instituto Tecnológico da Vale, Luiz Mello.
Os compromissos da Vale com este acordo também incluem a cooperação com a GE para discutir as prioridades e necessidades de desenvolvimento tecnológico em áreas de interesse para ambas as partes e participar das revisões periódicas e programas das tecnologias dos produtos e soluções da companhia.
Com a instalação do Centro de Pesquisas Global no Brasil, a GE reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do País e espera, com parcerias como essa com a Vale, poder contribuir para os problemas mais complexos do futuro, garantindo soluções de alta tecnologia para os gargalos de infraestrutura do Brasil.
http://inovabrasil.blogspot.com/2010/11 ... uisar.html
[]s
Re: UMA TURBINA PAR AO KC-390
Enviado: Qua Fev 16, 2011 1:08 pm
por FCarvalho
João, apenas uma ressalva.
Em qualquer país dito desenvolvido, a dinãmica das pesquisas dentro do Estado ocorrem em consonãcia com o mercado.
Empresas privadas só pesquisam aquilo que previsivelmente pode dar retorno financeiro. É o que a GE-Celma está fazendo. O governo deveria antes de mais nada, por exemplo, no caso das TR3500, se é que já não o fez, comunicar a Embraer, ou as empresas de aviação do país, sobre o eventual interesse comercial destas em uma trubina nacional.
Do contrário, ainda que a idéia seja boa e relevante para o desenvolvimento tecnológico do país, vai continuar nas sala de aula e nas pranchetas do ITA, até porque eles não vendem turbinas.
abs
Re: UMA TURBINA PAR AO KC-390
Enviado: Qua Fev 16, 2011 2:29 pm
por mauri
Presidente Dilma recebe Jeffrey Immelt, da GE
Hoje, às 9h30 desta quarta-feira, 16/2, enquanto sindicalistas protestavam em Brasilia contra o salário mínimo irrisório, a presidente Dilma Rousseff recebia, no Palácio do Planalto, Jeffrey Immelt (presidente e CEO mundial da General Electric/GE), O executivo anunciou investimentos de US$ 550 milhões no Brasil nos próximos três anos.
Re: UMA TURBINA PAR AO KC-390
Enviado: Qua Fev 16, 2011 2:39 pm
por mauri
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da General Electric no Brasil, João Geraldo Ferreira, afirmou nesta quarta-feira que o faturamento da empresa no país deve crescer "no mínimo" 30 por cento em 2011 em relação aos 2,6 bilhões de dólares apurados no ano passado.
Ferreira nversou com jornalistas após participar de reunião com a presidente Dilma Rousseff e com o presidente-executivo da GE, Jeff Immelt.
O executivo afirmou que "sem dúvida" a GE estará presente como fornecedora de equipamentos para a cadeia de produção da exploração petrolífera na camada pré-sal do litoral brasileiro e comentou que a companhia possui memorando de entendimentos com a Petrobras para estudar soluções de gargalos no setor.
"Temos expectativa de aumentar o relacionamento com a Petrobras", disse ele, acrescentando que, nos últimos seis meses, o grupo GE investiu 7 bilhões de dólares na aquisição de três empresas fabricantes de equipamentos para o setor petrolífero.
Na conversa com Dilma, Immelt detalhou o projeto já anunciado pela GE, que prevê a implantação de um centro de pesquisas no Rio de Janeiro. O plano de investimento da companhia no Brasil para os próximos dois anos é de 550 milhões de dólares, dos quais 100 milhões irão para o centro de pesquisas.
Além dos executivos, participaram da reunião com Dilma os ministros de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e do Desenvolvimento Indústria e Comércio, Fernando Pimentel.
GENTE CADÊ O JOBIM??? POR QUE NAO FOI???
Re: UMA TURBINA PAR AO KC-390
Enviado: Qua Fev 16, 2011 4:29 pm
por NovaTO
Se conseguirem desenvolver uma cadeia de fornecedores nacionais para as turbinas produzidas aqui, seria um grande feito. Isso poderia possibilitar em um futuro talvez não tão remoto uma GE-414 ou M-884E nacionalizada.
[]'s
Re: UMA TURBINA PAR AO KC-390
Enviado: Qua Fev 16, 2011 6:00 pm
por Bourne
mauri escreveu:
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da General Electric no Brasil, João Geraldo Ferreira, afirmou nesta quarta-feira que o faturamento da empresa no país deve crescer "no mínimo" 30 por cento em 2011 em relação aos 2,6 bilhões de dólares apurados no ano passado.
Ferreira nversou com jornalistas após participar de reunião com a presidente Dilma Rousseff e com o presidente-executivo da GE, Jeff Immelt.
O executivo afirmou que "sem dúvida" a GE estará presente como fornecedora de equipamentos para a cadeia de produção da exploração petrolífera na camada pré-sal do litoral brasileiro e comentou que a companhia possui memorando de entendimentos com a Petrobras para estudar soluções de gargalos no setor.
"Temos expectativa de aumentar o relacionamento com a Petrobras", disse ele, acrescentando que, nos últimos seis meses, o grupo GE investiu 7 bilhões de dólares na aquisição de três empresas fabricantes de equipamentos para o setor petrolífero.
Na conversa com Dilma, Immelt detalhou o projeto já anunciado pela GE, que prevê a implantação de um centro de pesquisas no Rio de Janeiro. O plano de investimento da companhia no Brasil para os próximos dois anos é de 550 milhões de dólares, dos quais 100 milhões irão para o centro de pesquisas.
Além dos executivos, participaram da reunião com Dilma os ministros de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e do Desenvolvimento Indústria e Comércio, Fernando Pimentel
GENTE CADÊ O JOBIM??? POR QUE NAO FOI???
Isso é política industrial Coisas como P&D, ToT, investimentos em unidades produtivas, criação de rede de fornecedores locais e parcerias visando e o abastecimento de grandes mercados em potencial como setor petrolífero e energia. A Defesa não parece ter sido convidada, talvez por não ser um mercado prioritário no Brasil no momento, mas em um futuro próximo pode mudar. Bastar comprarem as FA's começarem a demandar.
Re: UMA TURBINA PAR AO KC-390
Enviado: Qui Fev 17, 2011 8:19 am
por mauri
Bourne escreveu:mauri escreveu:
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da General Electric no Brasil, João Geraldo Ferreira, afirmou nesta quarta-feira que o faturamento da empresa no país deve crescer "no mínimo" 30 por cento em 2011 em relação aos 2,6 bilhões de dólares apurados no ano passado.
Ferreira nversou com jornalistas após participar de reunião com a presidente Dilma Rousseff e com o presidente-executivo da GE, Jeff Immelt.
O executivo afirmou que "sem dúvida" a GE estará presente como fornecedora de equipamentos para a cadeia de produção da exploração petrolífera na camada pré-sal do litoral brasileiro e comentou que a companhia possui memorando de entendimentos com a Petrobras para estudar soluções de gargalos no setor.
"Temos expectativa de aumentar o relacionamento com a Petrobras", disse ele, acrescentando que, nos últimos seis meses, o grupo GE investiu 7 bilhões de dólares na aquisição de três empresas fabricantes de equipamentos para o setor petrolífero.
Na conversa com Dilma, Immelt detalhou o projeto já anunciado pela GE, que prevê a implantação de um centro de pesquisas no Rio de Janeiro. O plano de investimento da companhia no Brasil para os próximos dois anos é de 550 milhões de dólares, dos quais 100 milhões irão para o centro de pesquisas.
Além dos executivos, participaram da reunião com Dilma os ministros de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e do Desenvolvimento Indústria e Comércio, Fernando Pimentel
GENTE CADÊ O JOBIM??? POR QUE NAO FOI???
Isso é política industrial Coisas como P&D, ToT, investimentos em unidades produtivas, criação de rede de fornecedores locais e parcerias visando e o abastecimento de grandes mercados em potencial como setor petrolífero e energia. A Defesa não parece ter sido convidada, talvez por não ser um mercado prioritário no Brasil no momento, mas em um futuro próximo pode mudar. Bastar comprarem as FA's começarem a demandar.
MAS BOURNE,
NÓS TEMOS UMA DEMANDA PARA 36 TURBINAS GE-414 DO F-18 OU DO GRIPEN E PODE PASSAR DE 100 UNIDADES A LONGO PRAZO, UMA BOA DEMANDA VOCE NAO ACHA NAO? E OLHE QUE ESSAS TURBINAS JA PODERIAM VIR, NO CASO DO F-18, COM A OPÇÃO DO BIOQUEROSENE BATIZADO, EM ESTUDO PELA GE AMERICANA .
MAURI
Re: UMA TURBINA PAR AO KC-390
Enviado: Qui Fev 17, 2011 9:29 am
por Bourne
36? A GE está de olha de mercado de dezenas ou centenas de turbinas que o Brasil tem todos os anos para as mais diversas aplicações, especialmente setor petrolífero e energia enfatizado na matéria. Investir meio bilhão de dólares e criar um centro de P&D é muita coisa.
Sobre os novos caças da FAB está em pauta a uns 20 anos e não saiu nada. Se a GE contar com os novos caças para investir alguma coisa no Brasil fecha as portas
Re: UMA TURBINA PAR AO KC-390
Enviado: Qui Fev 24, 2011 7:43 am
por mauri
Embraer revela novidades sobre o programa KC390
Escrito por Felipe Salles(ALIDE) Qua, 23 de Fevereiro de 2011 14:43
Nesta segunda-feira, 21 de fevereiro, aproveitando a realização do evento de apresentação do novo avião-radar para a Força Aérea da Índia, a Embraer aproveitou para chamar a imprensa especializada local e internacional para poder atualizar os principais temas ligados à empresa.
Coube a Fernando Ikedo, Diretor de Inteligência de Mercado para a área de Defesa, apresentar e discutir com os jornalistas brasileiros estes temas. A conversa começou com ele dizendo que o mercado reagiu muito bem ao anúncio da criação da nova entidade empresarial chamada “Embraer Defesa e Segurança”. Ainda não está definido que formato definitivo terá esta empresa, mas já se sabe que ela terá um conselho de administração próprio, distinto do conselho da Embraer tradicional. Isso, segundo Ikedo, “dará maior foco e velocidade na tomada de decisões”. A área de Defesa da Embraer existe na empresa desde seu início a 40 anos atrás, e conta com cerca de 1500 funcionários. A estimativa de vendas para 2011 é de US$850 milhões, com um backlog de produtos e serviços já contratados orçado em mais de US$3 bilhões. Atualmente, mais de trinta forças armadas já usam produtos fabricados pela Embraer e este número não para de crescer. Um exemplo disso, segundo Ikedo, é a recente compra pela Força Aérea da Mauritânia, na África, de um lote de Tucanos que anteriormente voavam na Força Aérea Francesa.
MPA (aeronave de patrulha marítima) futura
ALIDE perguntou para Ikedo porque que em sua última entrevista o VP de Defesa Orlando Neto tinha afirmado a ALIDE que a criação de um MPA é muito mais complexa do que todos os demais tipos de variantes militares dos aviões civis da Embraer.
O Diretor de Mercado da Embraer explicou que existem na realidade duas classes distintas de aeronaves de patrulha, a armada e a desarmada. A primeira objetiva identificar e atacar submarinos e navios de superfície, à distância, com mísseis, torpedos e minas. Já o segundo, é, essencialmente, uma versão atualizada do nosso P-95 Bandeirulha: um par de olhos que acompanha por longos períodos o movimento de navios civis na ZEE, combatendo diuturnamente ameaças como danos ambientais, pesca ilegal, pirataria e contrabando, além de realizar as cruciais missões de busca e salvamento sobre o mar. Para este segundo conjunto de missões, as mais simples, o EMB-145MP usado pelo México já se provou ser uma excelente solução atendendo à missão de vigilância e de “escuta”, a chamada inteligência de sinais (SigInt).
Ele concluiu, então, que a maior dificuldade na criação deste MPA antisubmarino e antisuperfície reside justamente na capacidade de lançamento de armamento moderno, um tipo de avião que, segundo a FAB, ela precisará ter entre 2018/2020 para poder substituir os seus P-3AM Orion.
Ele explicou que diferente do mercado civil, que é guiado principalmente por tendências de mercado, no mercado militar a maioria dos produtos nasce a partir de requerimentos claros definidos por uma única força aérea. Por isso, cabe a ela arcar com todos os custos de seu desenvolvimento. Perguntado sobre qual plataforma seria ideal para este hipotético substituto do Orion, Ikedo desconversou, alegando que tanto a família dos E-Jets como o KC-390 seriam excelentes opções de plataforma para o desenvolvimento deste novo programa, “quando ele for solicitado à Embraer pela FAB”.
KC390
Entrando no tema do novo cargueiro militar, Ikedo garantiu que o KC390 estava sendo desenvolvido para atender e para superar todas as características operacionais dos C-130 Hercules atualmente em uso ao redor do mundo, inclusive a operação na Antártica, que faz parte dos requerimentos centrais estipulados pela FAB. “O KC390 será uma aeronave multimissão, indo muito além dos simples transportes aerotático e aerologístico. Num slide da sua apresentação, eram claramente visíveis referências a evacuações aeromédicas, reabastecimento em vôo, operação em pistas não-pavimentadas e improvisadas.
Ikedo contou resumidamente a gênese do novo modelo, explicando que programa nasceu em 2005 como um estudo interno da Embraer visando produzir um cargueiro militar de médio porte. Nestes estudos, o pessoal de marketing da Embraer quebrou o mercado potencial em quatro faixas. A menor era a de aeronaves ”leves” (até 5 toneladas de "payload") compreendidas por aviões turbohélices leves incluindo aí o pequenino CASA 212, o PZL/An-28 e o Bandeirante, A faixa seguinte é a "média" que abarca do CASA 235 ao seu irmão maior C-295 e seu rival italiano C-27 além do jato ucraniano An-74 (entre 5 e 10 toneladas). Na categoria seguinte, os cargueiros “pesados” (de 10 a 20 toneladas de carga paga) estavam os C-130, An-12 e o C-160 Transall europeu. Na categoria Super Pesado (maior que 20 toneladas) estavam inseridos, por sua vez, o A400M, o C-17, o japonês C-2 e o Il-76
“A nossa análise do tamanho do mercado potencial se iniciou com o total de aeronaves capazes de transportar 5 a 20 tons de carga paga”, contou Ikedo. “Esse grupo abrangia 2800 aviões no total descartando a priori China, Coréia do Norte e Irã, países para onde provavelmente não seria nada fácil exportar por razões políticas. A etapa seguinte foi a de considerar unicamente aeronaves com mais de 25 anos de uso, por onde o número caiu para 1600 aviões a serem substituídos. Tirando deste total os grandes países produtores de cargueiros (EUA, Rússia e Ucrânia), chegamos ao número de 1000 aeronaves. Extraindo em seguida os países que já tem equacionado seu problema futuro de transporte militar, chegamos ao valor final de 700 aeronaves que poderiam ser substituídas por um avião da classe de peso e desempenho que nós queríamos construir. Segundo nossa avaliação, lutando por este mesmo segmento de mercado se encontram o A400M, o C-130J, C-27J, os Antonov An-72/74 e até mesmo os C-130 antigos modernizados.
Em 2007 foi anunciado na LAAD o inicio do desenvolvimento do “C-390”, neste ponto a idéias era a de fazer um avião que tivesse o máximo possível de componentes e sistemas em comum com a família E-Jet. A Embraer viu, então, que a FAB era um cliente perfeito, exatamente alinhado com os “filtros” que foram aplicados nos estudos para determinar o mercado potencial e que este conceito inicial não atenderia adequadamente às necessidades da FAB. Ele, a despeito de apresentar um preço de venda muito agressivo, não seria capaz de superar as capacidades operacionais do velho C-130. Ao levar em conta o vasto amplo input da FAB, foram necessários, novos motores, um novo rabo, revisar completamente o formato e o espaço interno do compartimento de carga e projetar uma nova asa com 40% mais área, otimizada para reduzir o seu arrasto transsônico.
“A FAB precisava de um avião que fizesse muita coisa além de transporte de carga e de paraquedistas, ele deveria também combater incêndios, realizar missões humanitárias, transportar feridos, transferir e receber combustível de outras aeronaves, etc,” continuou Fernando Ikedo. “Naquele ponto, as opções da FAB eram restritas, ou comprar os C-130J ou então encomendar da indústria nacional uma nova solução criada sob medida para seu problema. Na LAAD de 2009 pudemos anunciar a assinatura do contrato de desenvolvimento do novo cargueiro com a construção e certificação de dois protótipos.” Uma novidade neste caso foi a separação do contrato de desenvolvimento do contrato de fabricação, que só deve ser assinado após a entrega dos dois aviões iniciais para a FAB.
Na feira de Farnborough de 2009 a FAB anunciou sua intenção formal de compra de 28 aeronaves logo seguido pela Colômbia (12), Argentina (6), Chile (6), Portugal (6) e Republica Tcheca (2). Levando o programa para uma fase muito mais adiantada. Para Ikedo, a entrada destes países no programa foi uma negociação complexa negociada simultaneamente em três níveis distintos, governo-governo, força aérea-força aérea e finalmente Indústria-Indústria. Naturalmente o direito à participação industrial no programa estava atrelado a uma compra deste novo modelo pelos países parceiros. Fernando Ikedo, no entanto, alertou que as participações industriais de cada parceiro internacional ainda não estão totalmente determinadas, inclusive, o percentual de workshare industrial não necessariamente será diretamente proporcional ao número de aviões com o qual cada país se comprometeu até aqui. “Isso dependerá de vários fatores”, concluiu ele, “mas especialmente o nível de capacitação tecnológico de cada uma das indústrias locais”.
Ainda naquela feira aeronáutica inglesa, novas especificações técnicas foram apresentadas, com a carga paga máxima pulando de 19 toneladas (exatamente como o C-130), para respeitáveis 23 toneladas. Com uma melhora espetacular de desempenho operacional, esta nova carga máxima podia ser transportada em um vôo com o mesmo alcance previsto anteriormente para as 19 toneladas. O avião operaria a uma altitude máxima de 36.000 pés, voando a Mach 0,8 e comportaria no máximo 23,4 toneladas de combustível, desconsiderando-se o tanque extra, removível, usado para as operações de REVO. Num dos slides círculos concêntricos demonstravam que com uma carga de 19 toneladas o KC390 poderá ter um alcance de até 2000 milhas náuticas (NM), agora, se a carga transportada for cinco toneladas menor, este alcance saltará para 2600 NM.
Os KC390 naturalmente serão passíveis de ser reabastecidos em vôo, e a Embraer está trabalhando agora para dispô-los de receptáculo e/ou lança de acordo com o sistema usado pelas forças aéreas compradoras. Antagonicamente, quando ele mesmo for a aeronave transferidora de combustível, o KC390 apenas poderá reabastecer outras aeronaves equipadas com o sistema “Probe”. No estagio atual de desenvolvimento a Embraer já conta aos clientes que o novo avião será capaz de transportar blindados como o Pátria, o Boxer, o Stryker (sem precisar remover antes suas “gaiolas” antiminas terrestres), o LAV-25, o Urutu e também o blindado russo BMP-3. Ele também pode levar de uma só vez até três jipes do tamanho e peso do HMMWV (o "Humvee").
Para garantir que os dois motores turbofan do avião resistiriam às agruras das operações em pistas não-preparada, simulações de computador foram realizadas, que, ao final apenas validaram as escolhas da propulsão garantindo que a probabilidade de um objeto externo danificar o núcleo do motor (FOD) seria muito improvável. Para Ikedo essa é uma preocupação válida, mas poucas pessoas sabem que na realidade “as muitas pás do fan são normalmente mais resistentes do que as hélices de material composto, atualmente usadas nos aviões turboélice cargueiros”.
Para o desespero dos jornalistas em seguida o Diretor da Embraer levou o grupo para conhecer e explorar, sem o direito de fotografar, a mock-up (modelo 3D em escala real) feita de madeira do compartimento de carga do KC390. Esta foi a forma mais prática e simples que os engenheiros da Embraer encontraram para experimentar na primeira pessoa as dificuldade dos loadmasters teriam na operação de seu novo avião. A mock-up ficou pronta a uns oito meses e representa perfeitamente o interior e o exterior da fuselagem, mas não tem nem a empenagem traseira, nem asas ou ainda a cabine. Para quem apenas viu o KC390 em ilustrações, o primeiro contato com esta “representação dimensional” com “estrutura” feita em compensado é uma experiência impressionante.
O novo avião da Embraer é muito grande!
Internamente, o compartimento de cargas mede 17,7 metros de comprimento e dispõe de duas alturas de teto, 2,9m da cabine até um ponto atrás da estrutura da asa, passando para 3,20m daí até o seu extremo traseiro. Neste espaço podem ser acomodados facilmente até 80 soldados (ou 64 paraquedistas). A rampa traseira é enorme e a seção da porta aparenta ser bem maior do que a de um C-130. Ao contrário do Hercules, em que a porta superior entra na fuselagem ao abrir, no KC390 existem duas “pétalas” que se abrem para os lados e para fora na parte superior da fuselagem. Numa solução engenhosa, o KC390 conta com uma “porta corrediça interna estanque” instalada no alto do compartimento de carga. Ela desliza por trilhos laterais para se encaixar na rampa e vedar por completo a fuselagem. Desta maneira simples, pode-se garantir que a aeronave permanecerá devidamente pressurizada sem criar situações tecnicamente “impossíveis”, como, por exemplo, tentar vedar os encaixes das curvadas e complexas “pétalas” exteriores da porta. Outro estudo realizado validou que, mesmo com as turbinas ligadas, seria perfeitamente possível carregar e descarregar com grande facilidade e segurança pela traseira do avião pallets e outras cargas.
Um engenheiro da Embraer que trabalha com o mock-up contou a ALIDE que já foram ensaiados o carregamento e o desembarque do Astros II, do AP2A (uma viatura de combate a incêndios da FAB), do sistema de combate a incêndio MAFFS, dos jipes Land Rover, do Urutú atual e do RodoMapre (a cozinha industrial sobre rodas da FAB). Está ainda previsto testes semelhantes com os blindados Cascavel e M113.
Seguindo o exemplo de alguns dos mais novos membros da família de jatos executivos da empresa, o KC390 não contará mais com um manche tradicional, tendo agora um joystick lateral para que o piloto voe a aeronave. O avião, seguindo o exemplo dos E-Jets e dos Legacy 450 e 500, fará uso de um sistema “fly-by-wire” que reduzirá consideravelmente a carga de trabalho do piloto na cabine. Uma das maiores limitações do Hercules foi finalmente atacada, e, por isso, o novo avião conta com banheiros de verdade e também, seguindo o exemplo dos modernos aviões de longo curso, também terá um compartimento com macas para o descanso dos tripulantes adicionais que não estão voando naquele momento. Outras forças aéreas solicitaram, e a Embraer garantiu que o KC390, a despeito de ser um avião a jato, poderá ainda ser usado para reabastecer helicópteros em vôo, como hoje fazem alguns Hercules pelo mundo.
Ikedo contou que: “estamos a apenas um mês do anúncio público dos principais parceiros responsáveis pelos motores aviônicos e demais sistemas da nova aeronave. A Embraer já fez um documento de recomendações e sugestões e o encaminhou à FAB que está avaliando a opinião da empresa antes de ‘bater o martelo’, contou Fernando Ikedo. Perguntado, o Diretor da Embraer evitou dizer os nomes dos fabricantes dos motores alegando que “as turbinas terão cerca de 30.000 libras de potência cada e que elas virão dos ‘suspeitos de sempre’”
Inquirido sobre o potencial de complementariedade entre os programas do KC390 e o F-X2 para a compra do próximo caça da FAB, Ikedo reiterou que “não existe absolutamente nada a ver entre os dois programas, nenhuma intercessão”. Hoje a Embraer conta com 500 engenheiros dedicados ao programa, mas que esse número passará a 700 no final do ano e em 2012 ele crescerá mais ainda. Argüido sobre comentários recentes vindos de Brasília alegando que o Governo Americano teria condicionado o fornecimento das turbinas para o KC390 à escolha do F-18 Super Hornet como vencedor no F-X2, Ikedo foi sucinto: “não ouvi esta história, mas, acho isso muito improvável”.
O primeiro vôo do avião está previsto para 2014. Para concluir a apresentação, um slide revelava sem rodeios o que pensa a Embraer sobre este importante programa: “O KC390 vai redefinir todos os padrões existentes no seu segmento”.
Pelo que deu pra entender (grifados) as turbinas ja foram escolhidas, ne isso? o que voces acham?
Re: UMA TURBINA PAR AO KC-390
Enviado: Qui Fev 24, 2011 1:07 pm
por FCarvalho
Para garantir que os dois motores turbofan do avião resistiriam às agruras das operações em pistas não-preparada, simulações de computador foram realizadas, que, ao final apenas validaram as escolhas da propulsão garantindo que a probabilidade de um objeto externo danificar o núcleo do motor (FOD) seria muito improvável. Para Ikedo essa é uma preocupação válida, mas poucas pessoas sabem que na realidade “as muitas pás do fan são normalmente mais resistentes do que as hélices de material composto, atualmente usadas nos aviões turboélice cargueiros”.
Ikedo contou que: “estamos a apenas um mês do anúncio público dos principais parceiros responsáveis pelos motores aviônicos e demais sistemas da nova aeronave. A Embraer já fez um documento de recomendações e sugestões e o encaminhou à FAB que está avaliando a opinião da empresa antes de ‘bater o martelo’, contou Fernando Ikedo. Perguntado, o Diretor da Embraer evitou dizer os nomes dos fabricantes dos motores alegando que “as turbinas terão cerca de 30.000 libras de potência cada e que elas virão dos ‘suspeitos de sempre’”
Mauri, pelo destacado no texto a Embraer já "escolheu" os fornecedores das turbinas, e os indicou para para o abits da FAB. O interessante dessa nota, é que ela vem de encontro ao que a maioria aqui apostou na enquete, de que haverá mais de uma motorização possivel para o KC-390.
Mas se esta opção é válida para a Embraer, que foi feita olhando-se o mercado, ainda vamos ter que esperar este "um mês" para saber se a FAB irá referendar as indicações feitas.
Uma observação importante, é que deve chamar a atenção é que os "suspeitos de sempre" no caso da EMBRAER são, também, seus parceiros de sempre nos projetos civis, quer sejam, GE, P&W e Rolls Royce.
Agora é ver se essas parceiras conseguiram convencer a EMBRAER de embarcar junto com elas em seus novos projetos de turbinas, ou se a EMBRAER usou de conservadorismo e utilizará os velhos e conhecidos fans de sempre.
aguardemos.
ps: acho eu que a escolha das as turbinas irão deterninar não só o futuro da familia E170/190 como a de um possivel novo jato categoria 130/180 passageiros da Embraer. Mas isso é só achismo.
abs
Re: UMA TURBINA PAR AO KC-390
Enviado: Qui Fev 24, 2011 1:27 pm
por mauri
ps: acho eu que a escolha das as turbinas irão deterninar não só o futuro da familia E170/190 como a de um possivel novo jato categoria 130/180 passageiros da Embraer. Mas isso é só achismo.
Tambem estou com essa opinião, principalmente se for com turbina economica tipo LEAPX, olhe que esta turbina vai equipar, como cliente lançador, o Turbafan Chines com ate 200 lugares.
Mauri
Re: UMA TURBINA PAR AO KC-390
Enviado: Qua Mar 02, 2011 12:58 pm
por mauri
KC-390: Embraer recomenda para a Força Aérea Brasileira fornecedores de componentes para a aeronave
A Embraer apresentou para a Força Aérea Brasileira (FAB) uma lista recomendando fornecedores de motores, aviônicos, componentes estruturais e outros sistemas para o avião de transporte tático KC-390.
Como cliente de lançamento da aeronave e proprietária do projeto, a FAB irá tomar as decisões finais em breve sobre os parceiros que comporão a cadeia de abastecimento de componentes para a aeronave. Segundo a Embraer, essas definições poderão acontecer durante o corrente mês. A conclusão dessa etapa permitirá que o programa entre na fase de desenvolvimento conjunto com as empresas escolhidas e o congelamento do design do avião.........
Com uma capacidade projetada para carregar 23 toneladas de carga a uma distância de 2590 km, o KC-390 deverá ser equipado com um modelo de motor off-the-shelf (existente no mercado) com capacidade de gerar uma potência máxima de 130kN (13.600kg), categoria que inclui os turbofan CFM56 da CFM International e o V2500 da International Aero Engines.
Como parte do programa de desenvolvimento, uma maquete em tamanho natural do compartimento de carga construída nas instalações do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), localizado na cidade paulista de São José dos Campos, está servindo como ferramenta de avaliação funcional. Esta parte da aeronave está sendo dimensionada para acomodar até 80 passageiros ou até três veículos multi-uso sobre-rodas.
A Embraer revelou que está considerando a instalação de um boom de reabastecimento aéreo no avião, sem contudo, fornecer maiores detalhes. Anteriormente, a intenção era dotar o KC-390 somente com sistemas do tipo hose-and-drogue (mangueira retrátil).
Parece que a dúvida foi sanada!!!Mas será isso mesmo?? Eu tenho minhas duvidas!!
Mauri