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Presidential polls split Ukraine into east and west
The gap between opposition leader Viktor Yanukovych and Prime Minister Yulia Tymoshenko has narrowed to 2% and continues to fall rapidly following Sunday's presidential runoff in Ukraine, while preliminary statistics show several regions supporting one of the two candidates almost unanimously.
According to countrywide statistics, Yanukovych gained about 48% of the vote, and Tymoshenko garnered some 46%, with over 95% of the ballots counted.
Meanwhile, preliminary data show that most of the residents of the country's eight southern and eastern regions and the Crimean peninsula voted for Yanukovych, while 16 Ukraine's western and central regions and the capital, Kiev, supported Tymoshenko.
Yanukovych, the leader of the pro-Russian Party of Regions, received 80% of the vote in the Crimea, 84% in the Crimean city of Sevastopol, 91% in the Donetsk region, and 89% in the Lugansk region.
Tymoshenko, one of the leaders of the 2004 Orange Revolution, gained 87%, 88%, 84% and 72% in the Ivano-Frankivsk, the Ternopil, the Lviv and the Vinnitsy regions, respectively. She was also supported by 65% of the voters in the country's capital, Kiev.
Some analysts say a recent decision by Yushchenko to declare late Ukrainian nationalist leader Stepan Bandera the Hero of Ukraine could have contributed to the East-West split in the country.
Bandera, a leader of the Ukrainian national movement in Western Ukraine and the head of the Organization of Ukrainian Nationalists (OUN) in 1941-1959, is a controversial figure in Ukraine. He was accused by the Soviet authorities of numerous acts of murder and terrorism, but his mainly west Ukrainian supporters consider him a hero.
Yushchenko's move fueled fierce debate in the former Soviet state. Although Yanukovych has not openly condemned the president's January 22 decree, which sparked a wave of protests in the country's east, he said the new Ukrainian president should be the leader of the whole country, not of only one of its parts.
Tymoshenko supported Yushchenko's move, and as a result, the country's nationalists called for "all conscientious Ukrainian patriots" to vote for the prime minister to "overcome pro-Moscow Yanukovych."
Yanukovych has pledged to unite the country.
"In these elections, I believe that we have taken the first step towards the unification of the country," he said.
KIEV, February 8 (RIA Novosti)
Viktor Yanukovich vence segundo turno das eleições presidenciais da Ucrânia
Publicada em 08/02/2010 às 09h58m
O Globo Agências internacionais
KIEV - A Comissão Eleitoral Central da Ucrânia informou que Viktor Yanukovich saiu vitorioso das eleições presidenciais do país. Segundo os últimos dados divulgados pelo órgão, o ex-primeiro-ministro e chefe da oposição recebeu 48,23% dos votos contra 46,14% de Yulia Tymochenko, com 95% votos apurados.
A disputa entre o Gigante do Leste, com quase dois metros de altura, e a política sempre bem maquiada e com sua intocável trança, foi comparada por jornalistas ucranianos a um duelo entre "a bela e a fera". Os resultados do segundo turno indicam que a Ucrânia segue dividida em duas zonas: leste e sul, onde ucranianos votaram em massa pelo chefe do Partido das Regiões; e norte e oeste, onde residentes foram às urnas com a mesma intensidade pela primeira-ministra. A participação - 69,43%, foi superior à do primeiro turno.
Yanukovych foi candidato presidencial nas eleições anteriores, em 2004, onde foi descoberta a existência de fraudes para o favorecimento de sua candidatura, o que deu início aos protestos que caracterizaram a chamada "Revolução Laranja". Ele, que já foi duas vezes primeiro-ministro (de 2002 a 2004 e de 2006 a 2007), veio de uma família pobre do leste, falava ucraniano com sotaque porque o russo era o seu idioma materno, mas veio perdendo a imagem de rude, nos últimos anos, ao melhorar o seu ucraniano e até aprender inglês, para falar com a mídia estrangeira.
" A Ucrânia ficou ainda mais dividida depois que o russo, falado pela maioria da população do leste, perdeu o status de idioma oficial "
Pouco depois de tomar conhecimento da vitória provável, ele anunciou, como medida prioritária, que o russo voltará a ser idioma oficial do país, ao lado do ucraniano. A disputa entre os idiomas - o russo, que é falado no leste, e o ucraniano, no oeste - ganhou destaque depois que o atual presidente, Viktor Yushchenko, criou uma lei para que o ucraniano se tornasse o único idioma oficial.
- A Ucrânia ficou ainda mais dividida depois que o russo, falado pela maioria da população do leste, perdeu o status de idioma oficial - opina Yuri Yakimenko, do Instituto de Ciências Políticas de Kiev.
Yanukovych foi o mais votado no primeiro turno da eleição, no mês passado, com cerca de 10 pontos de vantagem sobre Tymoshenko. Ela ameaçou convocar seus simpatizantes a protestar nas ruas se fosse derrotada, dizendo que os protestos poderiam ser maiores do que os realizados na Revolução Laranja.
A vitória de Yanukovich é também uma vitória de Moscou, que já anunciou o envio de um novo embaixador para Kiev.
- A eleição de hoje (domingo) é o primeiro passo para a superação da crise - disse Yanukovich, ao votar, no domingo de manhã, em Kiev, defendendo "mais estabilidade e uma Ucrânia forte".
Tymochenko tentou conquistar pontos ao falar sobre "uma bela Ucrânia europeia", mas o sonho de ingresso do país na União Europeia, que a primeira-ministra prometeu conseguir até 2015, não foi bastante para fazer os adeptos que acamparam na rua no final de 2004, durante a revolução laranja, esquecerem a decepção causada pelas brigas constantes entre ela e o presidente Yushchenko.
" A eleição é o primeiro passo para a superação da crise "
A votação de domingo ocorreu após uma campanha acirrada, com muitos ataques pessoais e pouco debate sobre questões concretas de políticas. No sábado, o bloco político de Tymoshenko acusou partido de Yanukovych de impedir seus simpatizantes de supervisionar a votação na região de Donetsk, no leste do país.
Os aliados de Yanukovych rebateram com acusações de que alguns simpatizantes da primeira-ministra estariam alterando urnas em uma tentativa de anular votos do leste da Ucrânia.
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/ ... 807738.asp