Perseguição e julgamento de Nazistas.
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Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
terra.com.br
Carpinteiro que tentou matar Hitler terá monumento em Berlim
19 de outubro de 2010
Um carpinteiro que tentou assassinar Adolf Hitler e pagou com sua vida será homenageado em breve com um monumento comemorativo em Berlim, mais de 70 anos após a tentativa de usar uma bomba contra o ditador nazista.
A cidade de Berlim divulgou planos para construir, no ano que vem, uma silhueta de aço do rosto de Georg Elser de 17 metros de altura no distrito de Mitte, na rua onde ficava o prédio administrativo de Hitler.
"Homenagear Georg Elser próximo ao centro de poder do Terceiro Reich é um ato de dignidade e representa um triunfo tardio", disse o secretário estadual de Cultura, Andre Schmitz.
Elser escondeu uma bomba dentro de um pilar na cervejaria de Munique onde Hitler realizaria um discurso no dia 8 de novembro de 1939.
Mas por causa da névoa, Hitler pegou o trem para voltar a Berlim ao invés de seguir de avião, e portanto saiu mais cedo da cervejaria — 13 minutos antes do momento da explosão da bomba instalada por Elser.
Elser foi detido na fronteira com a Suíça na mesma noite, enviado a um campo de concentração, e morto em Dachau no dia 9 de agosto de 1945, semanas antes do fim da Segunda Guerra Mundial.
O artista belinense Ulrich Klages foi o criador do monumento, após vencer a competição "Memorial em Berlim para o Assassino de Hitler" realizada na Europa.
O memorial deve ser inaugurado no dia 8 de novembro de 2011, no 72o aniversário da tentativa de assassinato.
Carpinteiro que tentou matar Hitler terá monumento em Berlim
19 de outubro de 2010
Um carpinteiro que tentou assassinar Adolf Hitler e pagou com sua vida será homenageado em breve com um monumento comemorativo em Berlim, mais de 70 anos após a tentativa de usar uma bomba contra o ditador nazista.
A cidade de Berlim divulgou planos para construir, no ano que vem, uma silhueta de aço do rosto de Georg Elser de 17 metros de altura no distrito de Mitte, na rua onde ficava o prédio administrativo de Hitler.
"Homenagear Georg Elser próximo ao centro de poder do Terceiro Reich é um ato de dignidade e representa um triunfo tardio", disse o secretário estadual de Cultura, Andre Schmitz.
Elser escondeu uma bomba dentro de um pilar na cervejaria de Munique onde Hitler realizaria um discurso no dia 8 de novembro de 1939.
Mas por causa da névoa, Hitler pegou o trem para voltar a Berlim ao invés de seguir de avião, e portanto saiu mais cedo da cervejaria — 13 minutos antes do momento da explosão da bomba instalada por Elser.
Elser foi detido na fronteira com a Suíça na mesma noite, enviado a um campo de concentração, e morto em Dachau no dia 9 de agosto de 1945, semanas antes do fim da Segunda Guerra Mundial.
O artista belinense Ulrich Klages foi o criador do monumento, após vencer a competição "Memorial em Berlim para o Assassino de Hitler" realizada na Europa.
O memorial deve ser inaugurado no dia 8 de novembro de 2011, no 72o aniversário da tentativa de assassinato.
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Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
Mossad descobriu Mengele no Brasil, mas não o deteve
Serviço secreto de Israel temia que ação provocasse nova crise diplomática
Em 1962, israelenses capturaram Eichmann em Buenos Aires, mas a Argentina protestou e expulsou o embaixador
MARCELO NINIO
DE JERUSALÉM
O Mossad sabia desde 1962 que o criminoso nazista Josef Mengele vivia escondido no Brasil e chegou a preparar a operação para prendê-lo.
O plano do serviço de espionagem israelense era repetir o que havia sido feito dois anos antes na Argentina, quando seus agentes capturaram Adolf Eichmann, um dos arquitetos do extermínio alemão de 6 milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial.
A revelação é do ex-chefe do Mossad Rafi Eitan, 84, o comandante da operação secreta que levou Eichmann em 1960 para Israel, onde o nazista foi julgado e punido com a forca.
“Fui ao Brasil com outro agente em 1962 e confirmamos que Mengele vivia sob identidade falsa nos arredores de São Paulo”, contou Eitan à Folha. “Na volta, começamos a preparar a operação para capturá-lo, mas o governo acabou desistindo.”
MORTE
Mengele morreu afogado em 1979 em Bertioga, litoral de São Paulo, sem jamais responder pelas atrocidades que cometeu como chefe do serviço médico do campo de concentração de Auschwitz (Polônia), entre 1943 e 1945.
Sua ossada foi encontrada em 1985 no cemitério de Embu das Artes, num das ações policiais mais notórias do delegado Romeu Tuma, morto nesta semana. Mais de 20 anos antes, entretanto, o médico alemão que ficou conhecido como o “Anjo da Morte” pelas experiências sádicas que realizava com prisioneiros já era alvo do Mossad.
Rafi Eitan conta que Mengele estava no topo da lista de nazistas procurados pelo Mossad no fim da década da 50, ao lado de Eichmann e de Heinrich Müller, o chefe da Gestapo (polícia secreta).
A lista fora preparada a pedido do então premiê de Israel, David Ben Gurion, que queria dar ao mundo um exemplo de justiça.
“Ele achava que o julgamento de um alto dirigente nazista no país dos judeus seria a melhor forma de mostrar que a história não se repetiria”, lembra Eitan. Eichmann permanece até hoje como o único réu executado pelo Estado de Israel.
A caça aos demais foragidos não parou depois da captura de Eichmann na Argentina. Segundo Eitan, Mengele foi localizado em 1962 e sua identificação foi confirmada 100% por ele próprio por meio de comparação com fotografias. A partir daí teve início a etapa de coleta de dados para permitir a elaboração da operação de captura.
Mas questões internas e externas mudariam os planos. Entre os motivos da desistência de Israel esteve o receio de que uma nova operação clandestina abalasse as relações com o Brasil.
A captura de Eichmann gerou séria crise com a Argentina, que indignou-se com a violação de sua soberania e expulsou o embaixador israelense no país. Segundo Eitan, Israel não quis correr o risco de que o mesmo ocorresse com o Brasil.
Também surgiram preocupações mais imediatas, entre elas a revelação de que a Alemanha estava ajudando o Egito, na época o principal inimigo de Israel, a desenvolver um programa de mísseis.
“Uma operação de captura exige muito tempo e recursos e nos anos seguintes surgiram outras prioridades, como a Guerra dos Seis Dias [1967]“, diz o ex-espião.
Segundo Eitan, a descoberta de que Mengele estava em São Paulo desde a década de 60 não foi compartilhada com o governo brasileiro porque Israel achava que, se ela fosse divulgada, a comunidade alemã no país daria um jeito de ajudá-lo a escapar. “Decidimos guardar a informação até ter uma chance de agir, mas ela nunca veio”, diz o ex-chefe do Mossad.
Sobre a polêmica em torno da identificação da ossada de Mengele, que foi colocada em dúvida na época da descoberta feita por Romeu Tuma, Eitan é categórico. Segundo ele, amostras do DNA enviadas a Israel comprovaram que o alemão de identidade falsa que se afogou em Bertioga em 1979 era mesmo o “Anjo da Morte”.
Fonte: FSP via CCOMSEX, Plano Brasil
Serviço secreto de Israel temia que ação provocasse nova crise diplomática
Em 1962, israelenses capturaram Eichmann em Buenos Aires, mas a Argentina protestou e expulsou o embaixador
MARCELO NINIO
DE JERUSALÉM
O Mossad sabia desde 1962 que o criminoso nazista Josef Mengele vivia escondido no Brasil e chegou a preparar a operação para prendê-lo.
O plano do serviço de espionagem israelense era repetir o que havia sido feito dois anos antes na Argentina, quando seus agentes capturaram Adolf Eichmann, um dos arquitetos do extermínio alemão de 6 milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial.
A revelação é do ex-chefe do Mossad Rafi Eitan, 84, o comandante da operação secreta que levou Eichmann em 1960 para Israel, onde o nazista foi julgado e punido com a forca.
“Fui ao Brasil com outro agente em 1962 e confirmamos que Mengele vivia sob identidade falsa nos arredores de São Paulo”, contou Eitan à Folha. “Na volta, começamos a preparar a operação para capturá-lo, mas o governo acabou desistindo.”
MORTE
Mengele morreu afogado em 1979 em Bertioga, litoral de São Paulo, sem jamais responder pelas atrocidades que cometeu como chefe do serviço médico do campo de concentração de Auschwitz (Polônia), entre 1943 e 1945.
Sua ossada foi encontrada em 1985 no cemitério de Embu das Artes, num das ações policiais mais notórias do delegado Romeu Tuma, morto nesta semana. Mais de 20 anos antes, entretanto, o médico alemão que ficou conhecido como o “Anjo da Morte” pelas experiências sádicas que realizava com prisioneiros já era alvo do Mossad.
Rafi Eitan conta que Mengele estava no topo da lista de nazistas procurados pelo Mossad no fim da década da 50, ao lado de Eichmann e de Heinrich Müller, o chefe da Gestapo (polícia secreta).
A lista fora preparada a pedido do então premiê de Israel, David Ben Gurion, que queria dar ao mundo um exemplo de justiça.
“Ele achava que o julgamento de um alto dirigente nazista no país dos judeus seria a melhor forma de mostrar que a história não se repetiria”, lembra Eitan. Eichmann permanece até hoje como o único réu executado pelo Estado de Israel.
A caça aos demais foragidos não parou depois da captura de Eichmann na Argentina. Segundo Eitan, Mengele foi localizado em 1962 e sua identificação foi confirmada 100% por ele próprio por meio de comparação com fotografias. A partir daí teve início a etapa de coleta de dados para permitir a elaboração da operação de captura.
Mas questões internas e externas mudariam os planos. Entre os motivos da desistência de Israel esteve o receio de que uma nova operação clandestina abalasse as relações com o Brasil.
A captura de Eichmann gerou séria crise com a Argentina, que indignou-se com a violação de sua soberania e expulsou o embaixador israelense no país. Segundo Eitan, Israel não quis correr o risco de que o mesmo ocorresse com o Brasil.
Também surgiram preocupações mais imediatas, entre elas a revelação de que a Alemanha estava ajudando o Egito, na época o principal inimigo de Israel, a desenvolver um programa de mísseis.
“Uma operação de captura exige muito tempo e recursos e nos anos seguintes surgiram outras prioridades, como a Guerra dos Seis Dias [1967]“, diz o ex-espião.
Segundo Eitan, a descoberta de que Mengele estava em São Paulo desde a década de 60 não foi compartilhada com o governo brasileiro porque Israel achava que, se ela fosse divulgada, a comunidade alemã no país daria um jeito de ajudá-lo a escapar. “Decidimos guardar a informação até ter uma chance de agir, mas ela nunca veio”, diz o ex-chefe do Mossad.
Sobre a polêmica em torno da identificação da ossada de Mengele, que foi colocada em dúvida na época da descoberta feita por Romeu Tuma, Eitan é categórico. Segundo ele, amostras do DNA enviadas a Israel comprovaram que o alemão de identidade falsa que se afogou em Bertioga em 1979 era mesmo o “Anjo da Morte”.
Fonte: FSP via CCOMSEX, Plano Brasil
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Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
Esse imprestável do Hitler tinha uma sorte inacreditável, nesse atentado e mais outros dois ele só foi salvo pelo puro acaso (ou o diabo protegia ele). Pena que ele morreu antes da libertação de Dachau, seria um grande orgulho para o povo da Alemanhã tê-lo vivo.FOXTROT escreveu:terra.com.br
Carpinteiro que tentou matar Hitler terá monumento em Berlim
19 de outubro de 2010
Um carpinteiro que tentou assassinar Adolf Hitler e pagou com sua vida será homenageado em breve com um monumento comemorativo em Berlim, mais de 70 anos após a tentativa de usar uma bomba contra o ditador nazista.
A cidade de Berlim divulgou planos para construir, no ano que vem, uma silhueta de aço do rosto de Georg Elser de 17 metros de altura no distrito de Mitte, na rua onde ficava o prédio administrativo de Hitler.
"Homenagear Georg Elser próximo ao centro de poder do Terceiro Reich é um ato de dignidade e representa um triunfo tardio", disse o secretário estadual de Cultura, Andre Schmitz.
Elser escondeu uma bomba dentro de um pilar na cervejaria de Munique onde Hitler realizaria um discurso no dia 8 de novembro de 1939.
Mas por causa da névoa, Hitler pegou o trem para voltar a Berlim ao invés de seguir de avião, e portanto saiu mais cedo da cervejaria — 13 minutos antes do momento da explosão da bomba instalada por Elser.
Elser foi detido na fronteira com a Suíça na mesma noite, enviado a um campo de concentração, e morto em Dachau no dia 9 de agosto de 1945, semanas antes do fim da Segunda Guerra Mundial.
O artista belinense Ulrich Klages foi o criador do monumento, após vencer a competição "Memorial em Berlim para o Assassino de Hitler" realizada na Europa.
O memorial deve ser inaugurado no dia 8 de novembro de 2011, no 72o aniversário da tentativa de assassinato.
Não existia Israel em 1945.Túlio escreveu:Eu fico pensando é se um dia o jogo virar e Israelenses começarem a ser julgados em Cortes Internacionais pelo que fizeram e fazem a outros, igual ou pior ao que fizeram a eles um dia...
Ambos são criminosos.FOXTROT escreveu:Vejamos:
"Nos domicílios de ambos, foram encontrados um exemplar dos estatutos da associação e outros documentos e revistas vinculados à ideologia do grupo, ao anti-semitismo e ao revisionismo do Holocausto judeu,[/b] além de artigos laudatórios sobre Adolf Hitler e Rudolf Hess."[/b]
Está sentença abre um precedente muito perigoso, desde quando estar na posse de revistas é crime? Quem é o verdadeiro criminoso, aquele que compra e lê, ou aquele que coloca no mercado esse material e ganha milhões?
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Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
Isso não exime Israel de pagar pelos seus crimes hoje... e dai que não existia Israel em 1945???
Hoje as cortes internacionais para o julgamento pelos crimes contra a humanidade ainda existe, não era uma coisa somente do fim da 2° GM.
Valeu!
Hoje as cortes internacionais para o julgamento pelos crimes contra a humanidade ainda existe, não era uma coisa somente do fim da 2° GM.
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Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
Mossad descobriu Mengele no Brasil, mas não o deteve
Com todo respeito acho que estão inventando histórias. Os antigos integrantes do Mosssad agora querem fingir que sabiam das coisas. Não sabiam mer#a nenhuma. É o que em psicologia chamam de mecânismos de compensação, "eu sabia desde o início" já falava o Chapolim Colorado, personagem da série do Chavez na TV.
Com todo respeito acho que estão inventando histórias. Os antigos integrantes do Mosssad agora querem fingir que sabiam das coisas. Não sabiam mer#a nenhuma. É o que em psicologia chamam de mecânismos de compensação, "eu sabia desde o início" já falava o Chapolim Colorado, personagem da série do Chavez na TV.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
Não, você não entendeu o que quis dizer. O que eu disse é que não existia Israel em 1945, portanto israelenses não podem justificar abusos com base no que feito aos judeus e outros povos.Francoorp escreveu:Isso não exime Israel de pagar pelos seus crimes hoje... e dai que não existia Israel em 1945???
Hoje as cortes internacionais para o julgamento pelos crimes contra a humanidade ainda existe, não era uma coisa somente do fim da 2° GM.
Valeu!
Pois é, eu não acredito muito nessa história não. O pessoal que integrava o Mossad na década de 60 ainda era em grande parte sobreviventes do Holocausto, eles jamais deixariam passar a oportunidade de enforcarem Mengele em Tel Aviv simplesmente porque poderia irritar o Brasil, e naquela época o Brasil não tinha condições de esboçar uma resposta mais firme que a da Argentina.delmar escreveu:Mossad descobriu Mengele no Brasil, mas não o deteve
Com todo respeito acho que estão inventando histórias. Os antigos integrantes do Mosssad agora querem fingir que sabiam das coisas. Não sabiam mer#a nenhuma. É o que em psicologia chamam de mecânismos de compensação, "eu sabia desde o início" já falava o Chapolim Colorado, personagem da série do Chavez na TV.
David Ben Gurion era primeiro ministro nessa época, ele jamais teria desistido.
Editado pela última vez por Left Hand of God em Dom Out 31, 2010 5:49 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
Mas o Mengele afogou-se sozinho ou teve ajuda?
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Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
Opa. Boa pergunta.tflash escreveu:Mas o Mengele afogou-se sozinho ou teve ajuda?
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Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
Além do mais, nesta época, o Brasil ainda extraditava nazistas, como extraditou um comandante de campo de extermínio. Foi só depois, aí pelos começos dos anos 1970, que algum eminente "homem de notável saber jurídico", descobriu, não se sabe como, que extraditar criminosos de guerra nazistas "era contrário às mais elevadas tradições jurídicas brasileiras". Por isto, Gustav Franz Wagner, um carniceiro SS do campo de concentração de Sobibor, não foi extraditado, e acabou suicidando-se ou "sendo suicidado", para não criar problemas.delmar escreveu:Mossad descobriu Mengele no Brasil, mas não o deteve
Com todo respeito acho que estão inventando histórias. Os antigos integrantes do Mosssad agora querem fingir que sabiam das coisas. Não sabiam mer#a nenhuma. É o que em psicologia chamam de mecânismos de compensação, "eu sabia desde o início" já falava o Chapolim Colorado, personagem da série do Chavez na TV.
Se os israelenses tivessem sabido da presença de Mengele, poderiam ter pedido a extradição em 1962. Apesar da bagunça política que o Brasil passava, eu quero acreditar que a minha nação não se desonraria, ao ponto de permitir, de forma proposital, que um monstro abominável como Mengele, escapasse do destino que merecia: morrer na ponta de uma corda, e não afogado num acidente, depois de velho.
A sorte do Brasil é que não há mais nenhum grande criminoso nazista solto. Porque, se houvesse e estivesse no Brasil, eminentes "homens de notável saber jurídico" de alto-calibre como Gilmar Mendes, negariam a extradição para Israel ou para a Alemanha, porque lá ele seria condenado à prisão perpétua. Esta penalidade que as nossas cláusulas pétreas proíbem...
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Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
Afogou-se na beirinha da praia. Teve um ataque cardíaco, desmaiou dentro dágua e danou-se. Quando os amigos que estavam juntos, sentados numa barraca ao lado da praia, perceberam que ele estava em dificuldade correram para ajuda-lo mas já era tarde. A morte e a identidade dele permaneceu em segredo por vários anos. Quando foi revelada ninguém acreditou de início. Um fim tão banal e medíocre para um personagem e uma história tão cheia de mistérios. Por isto muita gente quer colocar mais emoção, um enredo melhor, uma conspiração no final, estilo Hollywood. Não se conformam com um final tão sem graça, sem emoção.Left Hand of God escreveu:Opa. Boa pergunta.tflash escreveu:Mas o Mengele afogou-se sozinho ou teve ajuda?
Mas no final medíocre talvez esteja, justamente, o inusitado, o não pensado.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
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Clube bósnio é multado por presença de bandeira nazista no estádio
11 de novembro de 2010
SARAJEVO, 11 Nov 2010 (AFP) -A Federação Bósnia de Futebol (N/FSBIH) informou nesta quinta-feira que puniu um clube da primeira divisão, Siroki Brijeg, por nada ter feito ante a presença de uma bandeira nazista hasteada por torcedores em uma partida recente.
"Siroki Brijeg foi sancionado com multa de 20 mil marcos (10.200 euros) e com a proibição da presença do público em uma partida", precisou a N/FSBIH em um comunicado.
O incidente ocorreu no domingo, quando a equipe local Siroki Brijeg (sul) enfrentava em casa o Sarajevo.
Em uma foto publicada em um site na Internet local, Sarajevo-x, torcedores exibem uma bandeira nazista junto a outra do Vaticano.
As partidas entre Siroki Brijeg e Sarajevo têm sido regularmente palco de incidentes nos últimos anos.
A maioria dos torcedores do Sarajevo é muçulmana, enquanto que a torcida do Siroki Brijeg é formada por croatas da Bósnia.
Quinze anos depois da guerra da Bósnia (1992-95), as tensões continuam existindo entre as principais comunidades do país: sérvia, muçulmana e croata.
Clube bósnio é multado por presença de bandeira nazista no estádio
11 de novembro de 2010
SARAJEVO, 11 Nov 2010 (AFP) -A Federação Bósnia de Futebol (N/FSBIH) informou nesta quinta-feira que puniu um clube da primeira divisão, Siroki Brijeg, por nada ter feito ante a presença de uma bandeira nazista hasteada por torcedores em uma partida recente.
"Siroki Brijeg foi sancionado com multa de 20 mil marcos (10.200 euros) e com a proibição da presença do público em uma partida", precisou a N/FSBIH em um comunicado.
O incidente ocorreu no domingo, quando a equipe local Siroki Brijeg (sul) enfrentava em casa o Sarajevo.
Em uma foto publicada em um site na Internet local, Sarajevo-x, torcedores exibem uma bandeira nazista junto a outra do Vaticano.
As partidas entre Siroki Brijeg e Sarajevo têm sido regularmente palco de incidentes nos últimos anos.
A maioria dos torcedores do Sarajevo é muçulmana, enquanto que a torcida do Siroki Brijeg é formada por croatas da Bósnia.
Quinze anos depois da guerra da Bósnia (1992-95), as tensões continuam existindo entre as principais comunidades do país: sérvia, muçulmana e croata.
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Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
Errado, quem adquire livros, revistas e filmes sobre guerras, nazismo e etc JAMAIS PODERÁ SER CONSIDERADO CRIMINOSO, considerando que esses produtos são colocados no mercado sem qualquer restrição.Left Hand of God escreveu:Esse imprestável do Hitler tinha uma sorte inacreditável, nesse atentado e mais outros dois ele só foi salvo pelo puro acaso (ou o diabo protegia ele). Pena que ele morreu antes da libertação de Dachau, seria um grande orgulho para o povo da Alemanhã tê-lo vivo.FOXTROT escreveu:terra.com.br
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Um carpinteiro que tentou assassinar Adolf Hitler e pagou com sua vida será homenageado em breve com um monumento comemorativo em Berlim, mais de 70 anos após a tentativa de usar uma bomba contra o ditador nazista.
A cidade de Berlim divulgou planos para construir, no ano que vem, uma silhueta de aço do rosto de Georg Elser de 17 metros de altura no distrito de Mitte, na rua onde ficava o prédio administrativo de Hitler.
"Homenagear Georg Elser próximo ao centro de poder do Terceiro Reich é um ato de dignidade e representa um triunfo tardio", disse o secretário estadual de Cultura, Andre Schmitz.
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Mas por causa da névoa, Hitler pegou o trem para voltar a Berlim ao invés de seguir de avião, e portanto saiu mais cedo da cervejaria — 13 minutos antes do momento da explosão da bomba instalada por Elser.
Elser foi detido na fronteira com a Suíça na mesma noite, enviado a um campo de concentração, e morto em Dachau no dia 9 de agosto de 1945, semanas antes do fim da Segunda Guerra Mundial.
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O memorial deve ser inaugurado no dia 8 de novembro de 2011, no 72o aniversário da tentativa de assassinato.
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Ambos são criminosos.FOXTROT escreveu:Vejamos:
"Nos domicílios de ambos, foram encontrados um exemplar dos estatutos da associação e outros documentos e revistas vinculados à ideologia do grupo, ao anti-semitismo e ao revisionismo do Holocausto judeu,[/b] além de artigos laudatórios sobre Adolf Hitler e Rudolf Hess."[/b]
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Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
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Os neonazistas são bem mais que meia dúzia, afirma delegadoAna Cláudia Barros
A recente identificação de 25 gangues de skinheads pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), em São Paulo, e a participação de movimentos de ultra direita no ato de apoio ao deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) no último sábado (9), na Avenida Paulista, colocam em debate a presença, cada vez mais evidente, de grupos neonazistas no Brasil.
Mas há motivos reais para preocupação? Para o delegado Paulo César Jardim, da Primeira Delegacia de Policia de Porto Alegre, a resposta é sim, sobretudo, diante da possibilidade de conexão com outros tipos de criminosos. Responsável pelo comando do Grupo de Combate ao Movimento Neonazista da Polícia do Rio Grande do Sul, Jardim destaca que a quantidade de seguidores dos ideiais de Adolf Hitler é "bem maior do que a meia dúzia que as pessoas pensam".
Sem revelar pormenores, o delegado, que, no ano passado, alertou o senador Paulo Paim (PT-RS) sobre possível ataque, expressa preocupação particular em relação à proximidade com a Argentina, país escolhido por oficiais nazistas como refúgio após a Segunda Guerra Mundial.
Sobre o perfil dos integrantes desses grupos, Jardim afirma que, em geral, são jovens entre 17 e 30 anos, de classes sociais diversas, movidos pelo ódio a judeus, homossexuais e negros. Ele destaca ainda que há diferenças entre os movimentos neonazistas do Sul e os de São Paulo.
- De forma nazi mais pura, encontramos no Rio Grande do Sul. Em São Paulo, vemos uma mescla. Há pessoas que se dizem neonazistas, mas são negras, mestiças. Estão meio confusas na ideologia. Mas em São Paulo, as tribos são muito maiores.
Confira a entrevista.
Terra Magazine - Como é o trabalho desenvolvido pelo grupo de combate ao movimento neonazista da Polícia do Rio Grande do Sul e que tipo de informações já foram levantadas?
Paulo César Jardim - É claro que não posso te dizer a forma como estamos trabalhando e o que conseguimos levantar, porque é um trabalho de inteligência. Eles são espertos do outro lado, são uma célula do mal. Dá para ver com base em tudo que estão propugnando por aí.
Posso dizer que estamos monitorando o movimento neonazista no Rio Grande do Sul há mais de 10 anos. Temos inúmeras prisões. Mais de 35 pessoas já foram indiciadas em inquéritos policiais e denunciadas por formação de quadrilha, tentativa de homicídio. Alguns estão na condição de foragido.
Quando o senhor se refere às tentativas de homicídio, está falando de crimes de ódio contra negros e homossexuais?
Contra negros, homossexuais e judeus. Esse pessoal entende que negros, judeus e homossexuais são sub-raça e há uma necessidade de fazer uma "oxigenação social", eliminando o que consideram subespécie.
No final do ano passado, conseguimos abortar cinco células que estavam no Rio Grande do Sul. Era um grupo, eu diria, de tamanho bastante preocupante.
O que o senhor considera como "tamanho bastante preocupante"?
Quando nós encontramos bombas nas células... Encontramos farto material de propaganda, farto material de livros de convencimento, além de munições. Quando nós chegamos a constatação de que essas bombas são iguais àquelas que explodiram em São Paulo, durante a Parada Gay, onde houve feridos e mortos.
Chegamos à conclusão de que a situação era preocupante. Nós temos depoimentos que diziam qual era o objetivo (do grupo). O objetivo era explodir Sinagogas e agredir o movimento da passeata livre, aqui, no Rio Grande do Sul. Graças a Deus, conseguimos abortar isso.
No final do ano passado, desmontamos mais uma célula onde encontramos material de propaganda contra o senador Paulo Paim (PT-RS).
E como tem sido a atuação da polícia diante dessas informações?
Continuamos com o trabalho de monitoramento. Sabemos quem são, onde andam, o que fazem. Esperamos que não façam nada, que continuem com suas convicções, mas fiquem nessa de proselitismo só, porque a partir do momento que decidirem cometer ilícito penal, temos todas as condições de agir. Por isso, o monitoramento.
Quando se fala em neonazistas, a primeira referência são grupos europeus. Há quem diga que os grupos daqui, do Brasil, são compostos por meia dúzia, que tentam importar este modelo.
Acho que as pessoas estão muito equivocadas.
Quantos neonazistas o senhor estima que há por aqui?
É bem maior do que essa meia dúzia que as pessoas pensam. Só de indiciados, temos mais de 35. O movimento não é só em Porto Alegre. Ele se estende pelo Rio Grande do Sul, com diversos segmentos... Se a senhora sabe que o Rio Grande do Sul é fronteira com a Argentina, país onde os oficiais nazistas, quando no final da Segunda Guerra, se refugiaram...
Há ligação entre movimentos neonazistas brasileiros e argentinos?
Só posso dizer que estamos preocupados com a Argentina aqui perto.
A preocupação é referente a outros países vizinhos também?
É um movimento internacional, com mais de 60 anos, que prega o prazer pelo ódio. Em algumas cartas que encontramos em células, em conversas entre eles, havia coisas assim: "meu ódio continua o mesmo", "meu ódio aumentou", "meu ódio não vai acabar nunca", "o meu ódio é sair do presídio e dar um tiro na cara de um judeu". Eles falam isso com orgulho.
Há razões para preocupação de fato?
Enquanto estivermos mantendo esse controle que estamos mantendo, enquanto eles souberem desse controle, acho que podemos ter uma relativa tranquilidade. A preocupação maior é quando eles se aproximam com outros vínculos, tipo bandidos, marginais.
Isso tem ocorrido?
Essa é a nossa preocupação. Essa é a nossa tensão maior.
Qual o perfil dos integrantes dessas células? Existe um definido?
Temos uma faixa de idade que varia de 17, 18 anos até 25, 30 anos. Às vezes, um pouco mais, porque muitos deles estão envelhecendo. Vários deles têm conhecimento doutrinário. Alguns têm algum nível de conhecimento, principalmente, em relação à simbologia. Daí já parte para um estudo em função das tatuagens que eles usam. Dependendo do tipo da tatuagem, sei mais ou menos qual a filosofia ou o que já fizeram, porque as tatuagens para eles funcionam como medalhas.
A que classe social esses grupos pertencem em geral?
Temos alguns casos de pessoas bem situadas socialmente, inclusive, com apoio dos pais. Temos outros casos de pessoas bastante simples, que eu diria que são os mais grossos, truculentos. Tudo bem que todos são truculentos. Dentro da doutrina deles, não podem deixar, por exemplo, de praticar arte marcial. Isso consta nos códigos de conduta deles que eu tenho apreendido aqui. Eles têm que exercitar alguma arte marcial para quando forem enfrentar o inimigo, possam ter condições de vencê-los.
Mas não tenho dúvidas de que são grandes convardes. Só atacam em grupo de quatro, cinco contra um. Essa é a regra. Nunca há um ataque de um para um. Dois para um é muito raro. Dois para um acontece quando vão apunhalar, esfaquear por traição. Mas num ataque direto, como normalmente funciona, são aqueles brutamontes contra um mais fraco. É a regra.
Essas articulações entre células acontecem também pela internet? Há fóruns, páginas neonazistas...
Posso lhe dizer uma coisa? Não acredite muito no que está na internet. É um jogo de inteligência. Para um lado e para o outro.
O senhor está dizendo que eles plantam pistas falsas para dificultar a ação da polícia?
Claro. Estamos num jogo de inteligência no qual eles tentam nos enganar, nos ludibriar. Como a minha avó dizia: "O passarinho canta de um lado, mas está lá, do outro".
Recentemente, foram descobertas 25 gangues de skinheads em São Paulo. Há uma troca de informações entre as polícias?
Sim. O pessoal de São Paulo e do Rio Grande do Sul conversa muito. Eles vêm a Porto Alegre, nós vamos a São Paulo. A senhora lembra o seguinte: o Sul do Brasil é basicamente originário de colonização alemã, italiana, polonesa. Não esquece que já tivemos, no Rio Grande do Sul, o partido nazista, funcionando de forma oficial na década de 1930. Aqui, também, nasceu o movimento integralista.
Baseado nessas informações que vocês, da polícia, trocam, o que se pode dizer sobre o movimento neonazista no Brasil? A concentração maior é, de fato, no Sul do País?
De forma nazi mais pura, encontramos no Rio Grande do Sul. Em São Paulo, vemos uma mescla. Há pessoas que se dizem neonazistas, mas são negras, mestiças. Estão meio confusas na ideologia. Se bem que há tribos neonazi que realmente têm esse sentimento de ódio. Mas em São Paulo, as tribos são muito maiores. Tem os hooligans também.
Aqui, tivemos uma tentativa do movimento neonazi de se infiltrar na torcida geral do Grêmio. Eles foram expulsos da torcida. Não tentariam na torcida do Internacional, porque historicamente é um clube de negros.
O senhor falou de uma aproximação com a Argentina, que preocupava. Agora, e com a Europa?
Na Europa, o movimento neonazi é muito forte em Portugal. Eu diria que se fosse me preocupar em relação a Europa, Portugal seria o País de maior relevância.
Os neonazistas são bem mais que meia dúzia, afirma delegadoAna Cláudia Barros
A recente identificação de 25 gangues de skinheads pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), em São Paulo, e a participação de movimentos de ultra direita no ato de apoio ao deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) no último sábado (9), na Avenida Paulista, colocam em debate a presença, cada vez mais evidente, de grupos neonazistas no Brasil.
Mas há motivos reais para preocupação? Para o delegado Paulo César Jardim, da Primeira Delegacia de Policia de Porto Alegre, a resposta é sim, sobretudo, diante da possibilidade de conexão com outros tipos de criminosos. Responsável pelo comando do Grupo de Combate ao Movimento Neonazista da Polícia do Rio Grande do Sul, Jardim destaca que a quantidade de seguidores dos ideiais de Adolf Hitler é "bem maior do que a meia dúzia que as pessoas pensam".
Sem revelar pormenores, o delegado, que, no ano passado, alertou o senador Paulo Paim (PT-RS) sobre possível ataque, expressa preocupação particular em relação à proximidade com a Argentina, país escolhido por oficiais nazistas como refúgio após a Segunda Guerra Mundial.
Sobre o perfil dos integrantes desses grupos, Jardim afirma que, em geral, são jovens entre 17 e 30 anos, de classes sociais diversas, movidos pelo ódio a judeus, homossexuais e negros. Ele destaca ainda que há diferenças entre os movimentos neonazistas do Sul e os de São Paulo.
- De forma nazi mais pura, encontramos no Rio Grande do Sul. Em São Paulo, vemos uma mescla. Há pessoas que se dizem neonazistas, mas são negras, mestiças. Estão meio confusas na ideologia. Mas em São Paulo, as tribos são muito maiores.
Confira a entrevista.
Terra Magazine - Como é o trabalho desenvolvido pelo grupo de combate ao movimento neonazista da Polícia do Rio Grande do Sul e que tipo de informações já foram levantadas?
Paulo César Jardim - É claro que não posso te dizer a forma como estamos trabalhando e o que conseguimos levantar, porque é um trabalho de inteligência. Eles são espertos do outro lado, são uma célula do mal. Dá para ver com base em tudo que estão propugnando por aí.
Posso dizer que estamos monitorando o movimento neonazista no Rio Grande do Sul há mais de 10 anos. Temos inúmeras prisões. Mais de 35 pessoas já foram indiciadas em inquéritos policiais e denunciadas por formação de quadrilha, tentativa de homicídio. Alguns estão na condição de foragido.
Quando o senhor se refere às tentativas de homicídio, está falando de crimes de ódio contra negros e homossexuais?
Contra negros, homossexuais e judeus. Esse pessoal entende que negros, judeus e homossexuais são sub-raça e há uma necessidade de fazer uma "oxigenação social", eliminando o que consideram subespécie.
No final do ano passado, conseguimos abortar cinco células que estavam no Rio Grande do Sul. Era um grupo, eu diria, de tamanho bastante preocupante.
O que o senhor considera como "tamanho bastante preocupante"?
Quando nós encontramos bombas nas células... Encontramos farto material de propaganda, farto material de livros de convencimento, além de munições. Quando nós chegamos a constatação de que essas bombas são iguais àquelas que explodiram em São Paulo, durante a Parada Gay, onde houve feridos e mortos.
Chegamos à conclusão de que a situação era preocupante. Nós temos depoimentos que diziam qual era o objetivo (do grupo). O objetivo era explodir Sinagogas e agredir o movimento da passeata livre, aqui, no Rio Grande do Sul. Graças a Deus, conseguimos abortar isso.
No final do ano passado, desmontamos mais uma célula onde encontramos material de propaganda contra o senador Paulo Paim (PT-RS).
E como tem sido a atuação da polícia diante dessas informações?
Continuamos com o trabalho de monitoramento. Sabemos quem são, onde andam, o que fazem. Esperamos que não façam nada, que continuem com suas convicções, mas fiquem nessa de proselitismo só, porque a partir do momento que decidirem cometer ilícito penal, temos todas as condições de agir. Por isso, o monitoramento.
Quando se fala em neonazistas, a primeira referência são grupos europeus. Há quem diga que os grupos daqui, do Brasil, são compostos por meia dúzia, que tentam importar este modelo.
Acho que as pessoas estão muito equivocadas.
Quantos neonazistas o senhor estima que há por aqui?
É bem maior do que essa meia dúzia que as pessoas pensam. Só de indiciados, temos mais de 35. O movimento não é só em Porto Alegre. Ele se estende pelo Rio Grande do Sul, com diversos segmentos... Se a senhora sabe que o Rio Grande do Sul é fronteira com a Argentina, país onde os oficiais nazistas, quando no final da Segunda Guerra, se refugiaram...
Há ligação entre movimentos neonazistas brasileiros e argentinos?
Só posso dizer que estamos preocupados com a Argentina aqui perto.
A preocupação é referente a outros países vizinhos também?
É um movimento internacional, com mais de 60 anos, que prega o prazer pelo ódio. Em algumas cartas que encontramos em células, em conversas entre eles, havia coisas assim: "meu ódio continua o mesmo", "meu ódio aumentou", "meu ódio não vai acabar nunca", "o meu ódio é sair do presídio e dar um tiro na cara de um judeu". Eles falam isso com orgulho.
Há razões para preocupação de fato?
Enquanto estivermos mantendo esse controle que estamos mantendo, enquanto eles souberem desse controle, acho que podemos ter uma relativa tranquilidade. A preocupação maior é quando eles se aproximam com outros vínculos, tipo bandidos, marginais.
Isso tem ocorrido?
Essa é a nossa preocupação. Essa é a nossa tensão maior.
Qual o perfil dos integrantes dessas células? Existe um definido?
Temos uma faixa de idade que varia de 17, 18 anos até 25, 30 anos. Às vezes, um pouco mais, porque muitos deles estão envelhecendo. Vários deles têm conhecimento doutrinário. Alguns têm algum nível de conhecimento, principalmente, em relação à simbologia. Daí já parte para um estudo em função das tatuagens que eles usam. Dependendo do tipo da tatuagem, sei mais ou menos qual a filosofia ou o que já fizeram, porque as tatuagens para eles funcionam como medalhas.
A que classe social esses grupos pertencem em geral?
Temos alguns casos de pessoas bem situadas socialmente, inclusive, com apoio dos pais. Temos outros casos de pessoas bastante simples, que eu diria que são os mais grossos, truculentos. Tudo bem que todos são truculentos. Dentro da doutrina deles, não podem deixar, por exemplo, de praticar arte marcial. Isso consta nos códigos de conduta deles que eu tenho apreendido aqui. Eles têm que exercitar alguma arte marcial para quando forem enfrentar o inimigo, possam ter condições de vencê-los.
Mas não tenho dúvidas de que são grandes convardes. Só atacam em grupo de quatro, cinco contra um. Essa é a regra. Nunca há um ataque de um para um. Dois para um é muito raro. Dois para um acontece quando vão apunhalar, esfaquear por traição. Mas num ataque direto, como normalmente funciona, são aqueles brutamontes contra um mais fraco. É a regra.
Essas articulações entre células acontecem também pela internet? Há fóruns, páginas neonazistas...
Posso lhe dizer uma coisa? Não acredite muito no que está na internet. É um jogo de inteligência. Para um lado e para o outro.
O senhor está dizendo que eles plantam pistas falsas para dificultar a ação da polícia?
Claro. Estamos num jogo de inteligência no qual eles tentam nos enganar, nos ludibriar. Como a minha avó dizia: "O passarinho canta de um lado, mas está lá, do outro".
Recentemente, foram descobertas 25 gangues de skinheads em São Paulo. Há uma troca de informações entre as polícias?
Sim. O pessoal de São Paulo e do Rio Grande do Sul conversa muito. Eles vêm a Porto Alegre, nós vamos a São Paulo. A senhora lembra o seguinte: o Sul do Brasil é basicamente originário de colonização alemã, italiana, polonesa. Não esquece que já tivemos, no Rio Grande do Sul, o partido nazista, funcionando de forma oficial na década de 1930. Aqui, também, nasceu o movimento integralista.
Baseado nessas informações que vocês, da polícia, trocam, o que se pode dizer sobre o movimento neonazista no Brasil? A concentração maior é, de fato, no Sul do País?
De forma nazi mais pura, encontramos no Rio Grande do Sul. Em São Paulo, vemos uma mescla. Há pessoas que se dizem neonazistas, mas são negras, mestiças. Estão meio confusas na ideologia. Se bem que há tribos neonazi que realmente têm esse sentimento de ódio. Mas em São Paulo, as tribos são muito maiores. Tem os hooligans também.
Aqui, tivemos uma tentativa do movimento neonazi de se infiltrar na torcida geral do Grêmio. Eles foram expulsos da torcida. Não tentariam na torcida do Internacional, porque historicamente é um clube de negros.
O senhor falou de uma aproximação com a Argentina, que preocupava. Agora, e com a Europa?
Na Europa, o movimento neonazi é muito forte em Portugal. Eu diria que se fosse me preocupar em relação a Europa, Portugal seria o País de maior relevância.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
Só pode estar a brincar! deixem-me adivinhar: só investigou fontes em Português!!! É completamente falso e difamatório! Portugal é na Europa um dos países mais tolerantes a outras raças. O movimento neo-nazi existe mas tem muito pouca expressão. Onde é que fizeram a investigação, onde é que estão os números?O senhor falou de uma aproximação com a Argentina, que preocupava. Agora, e com a Europa?
Na Europa, o movimento neonazi é muito forte em Portugal. Eu diria que se fosse me preocupar em relação a Europa, Portugal seria o País de maior relevância.
Vê-se pelo numero de votos que a extrema-direita tem. Uma das menores percentagens na Europa e pelos poucos casos de violência ou discriminação social. Na Europa de leste por exemplo, retiram-se pessoas negras das publicidades e as claques de futebol são um ninho de neo-nazis.
Kids - there is no Santa. Those gifts were from your parents. Happy New Year from Wikileaks
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Re: Perseguição e julgamento de Nazistas.
tflash escreveu:Só pode estar a brincar! deixem-me adivinhar: só investigou fontes em Português!!! É completamente falso e difamatório! Portugal é na Europa um dos países mais tolerantes a outras raças. O movimento neo-nazi existe mas tem muito pouca expressão. Onde é que fizeram a investigação, onde é que estão os números?O senhor falou de uma aproximação com a Argentina, que preocupava. Agora, e com a Europa?
Na Europa, o movimento neonazi é muito forte em Portugal. Eu diria que se fosse me preocupar em relação a Europa, Portugal seria o País de maior relevância.
Vê-se pelo numero de votos que a extrema-direita tem. Uma das menores percentagens na Europa e pelos poucos casos de violência ou discriminação social. Na Europa de leste por exemplo, retiram-se pessoas negras das publicidades e as claques de futebol são um ninho de neo-nazis.
Conhecendo os portugueses como eu conheço, só posso dizer de eles são o povo mais tolerante da Europa concerteza. O que tem maior flexibilidade étnica.