Satélites

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Re: Satélites

#31 Mensagem por ZeRo4 » Qua Ago 24, 2011 1:55 pm

Leandro G. Card! PQP! tbm concordo com isso! que se faça outra coisa com esse dinheiro. A piada está indo longe demais!




Editado pela última vez por ZeRo4 em Qua Ago 24, 2011 8:35 pm, em um total de 1 vez.
As GATs e RPs estão em toda cidade!

Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..." ;)
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Re: Satélites

#32 Mensagem por Centurião » Qua Ago 24, 2011 8:01 pm

O programa espacial brasileiro precisa ser repensado e reiniciado.




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Re: Satélites

#33 Mensagem por Penguin » Qua Ago 24, 2011 8:27 pm

DELTA22 escreveu:E dos embargos que programa CBERS sofreu dos nossos "amigos" do 'North' ninguém fala, nem os chineses por milagre de São Serapião não sabem que isso ocorreu???... Então, tá! :roll: :roll:

Só uma estorinha que lembro: O CBERS-3 precisava de um transistor de potência para o sistema de transmissão das imagens. Nossos "bondosos" "amigos" do 'North' embargaram a venda do componente. Teve que se mudar o circuito para usar válvulas TWTA compradas na França!!! E não querem que o projeto atrase... :?

[]'s a todos.
Delta,

Os americanos cansaram de avisar que não haveria nenhuma cooperação da parte deles para com um projeto SINO-brasileiro.

Mesmo se não tivessem avisado, todos minimamente informados estão carecas de saber que não se pode enviar certos componentes voltados para certos usos para a China. Não legalmente.

Se o gerente do projeto que desenvolveu o sistema de transmissão de imagens não sabia disso, algo elementar, ele e quem o escolheu deveriam ser responsabilizados.

[]s




Editado pela última vez por Penguin em Qui Ago 25, 2011 8:05 am, em um total de 3 vezes.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Satélites

#34 Mensagem por Carlos Mathias » Qua Ago 24, 2011 11:23 pm

Os americanos cansaram de avisar que não haveria nenhuma cooperação da parte deles para com um projeto SINO-brasileiro.
SINO=Qualquer país, nação, tribo, aldeia, vila, amontoado de gente...




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Re: Satélites

#35 Mensagem por Penguin » Qui Ago 25, 2011 7:05 am

Carlos Mathias escreveu:
Os americanos cansaram de avisar que não haveria nenhuma cooperação da parte deles para com um projeto SINO-brasileiro.
SINO=Qualquer país, nação, tribo, aldeia, vila, amontoado de gente...
:lol:

sino-
(latim tardio Sina, China, do árabe çinn)
elem. de comp.
Exprime a noção de chinês, precedendo muitas vezes outros nomes de povos (ex.: sino-japonês, sinologia).




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Carlo M. Cipolla
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Re: Satélites

#36 Mensagem por GustavoB » Seg Dez 05, 2011 4:33 pm

Brasil terá nova política espacial com participação privada para estimular a produção de satélites

05/12/2011 - 12h29
Pesquisa e Inovação
Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Agência Espacial Brasileira (AEB) já acertou o modelo da nova política espacial que visa a estimular a produção nacional de satélites e o domínio de tecnologias consideradas críticas pelo governo para o desenvolvimento de satélites de comunicações, de observação espacial e de meteorologia. A nova política estará na Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação que a presidenta Dilma Rousseff lançará ainda este mês.

A proposta ainda inclui a criação do Conselho Nacional de Política Espacial, vinculado à Presidência da República, e um novo do modelo de governança para projetos de satélite. A ideia é replicar a forma de gestão do programa do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB) – em que um comitê diretor (no caso, composto pelo MCTI, Ministério da Defesa, Ministério das Comunicações e Telebras) aprova planos, orçamentos, cronogramas para a construção do equipamento e é o responsável final pela operação do sistema.

O SGB, criado para atender a demandas militares, e o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) serão construídos em parceria entre a Telebras e a Embraer. No começo do mês passado, as duas empresas assinaram um memorando de entendimento para constituição de sociedade (com participação de 51% da Embraer e 49% da Telebras).

“A escolha da Embraer como parceira da empresa que ficará responsável pela construção do satélite vai permitir a formação de um consórcio maior de empresas dispostas a investir em um projeto que é caro e demanda recursos intensivos”, afirmou Marco Antonio Raupp, presidente da AEB, em audiência pública na semana passada na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) no Senado Federal.

O desenho de governança do projeto da SGB esvaziou as participações do Instituto Nacional de Políticas Espaciais (Inpe) e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) na antiga política espacial e criou um arranjo institucional, com a participação da iniciativa privada, o que pode, segundo Raupp, dar mais agilidade à indústria nacional.

“Isso é um corolário da nossa política de incrementar o número de projetos e passar esses projetos para as empresas, não ficar nas mãos exclusivas dos institutos de governo. Por que esses institutos de governo estão sob o regime legal que atrapalha demais a condução de um projeto industrial. Não é o universo legal adequado para a execução de um projeto. É o óbvio ululante, mas tem que dizer”, defendeu o presidente da AEB, Marco Antonio Raupp, em entrevista à Agência Brasil após a audiência.

A preocupação do presidente da agência é “criar carga para a indústria para que ela tenha condições de investir em capacitação”. A falta de continuidade das encomendas do programa espacial brasileiro é apontada por especialistas como um dos entraves para o estabelecimento, no Brasil, de uma indústria no setor.

Membro da CCT, o senador Walter Pinheiro (PT-BA) defendeu a parceria público-privada entre a Telebras e a Embraer. “É uma parceria importante. Cabe ao governo brasileiro um controle maior para que esse investimento possa ser feito e que a gente possa ter domínio sobre a operação, a destinação e o uso do satélite.”




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Re: Satélites

#37 Mensagem por Boss » Ter Dez 06, 2011 2:49 pm

Boa notícia.

E vou ficar atento à essa Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação...

Considero o MCTI como o ministério que melhor trabalhou esse ano.




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Re: Satélites

#38 Mensagem por DELTA22 » Ter Dez 06, 2011 3:12 pm

Outra boa notícia, já esperada...
05/12/2011 - Comemoração dos 40 anos do Acordo Brasil-Alemanha

No dia 24 de outubro, na presença do Diretor do DCTA, Ten Brig Pohlmann, do Diretor do DLR, Prof. Wörner e o Presidente da AEB, Dr. Raupp foram comemorados os 40 anos da cooperação na área aeroespacial entre o Brasil e a Alemanha.

As comemorações se iniciaram com a inauguração de uma maquete do foguete de sondagem VSB-30, cedida ao Memorial Aeroespacial Brasileiro pelo IAE. O foguete é um exemplo bem sucedido da cooperação e vem sendo lançado da base sueca de Esrange para atender o programa europeu de microgravidade.

O passo seguinte foi a assinatura pelo Ten Brig Pohlmann do DCTA, pelo Prof. Wörner do DLR e pelo Eng. Raupp da AEB do Protocolo de Intenções para o Desenvolvimento do VLM-1 com a finalidade de atender a missão SHEFEX 3. Esta assinatura concluiu o entendimento firmado entre o Ministro da Ciência e Tecnologia, Aluísio Mercadante, e o Astronauta Thomas Reiter, então diretor de espaço do DLR, em abril deste ano durante o encerramento do Ano Brasil-Alemanha em Ciência, Tecnologia e Inovação. O foguete de três estágios irá colocar, a partir de Alcântara, o veículo SHEFEX 3 em uma trajetória suborbital de reentrada atmosférica a 100 km de altitude. Uma outra versão do mesmo foguete VLM-1, com estágio orbitalizador distinto, será utilizada para colocar microsatélites em órbita baixa.

O encontro se concluiu com um Workshop comemorativo no auditório Lacaz Neto do ITA, realizado nos dias 25 e 26 de outubro, em que foram apresentados os diferentes projetos realizados na área espacial ao longo destes 40 anos, prestadas homenagens aos participantes destes projetos e apresentadas as propostas futuras para trabalhos conjuntos. Constaram do Workshop apresentações do Programa SHEFEX, incluindo o SHEFEX 2 que deverá ser lançado em março da base norueguesa de Andoya pelo foguete brasileiro VS-40, além de uma apresentação do Programa de Microssatélites da AEB. O Workshop terminou com apresentações de trabalhos de cooperação na área aeronáutica.

Também como parte das comemorações foram lançados dois foguetes no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI): o ORION, no dia 25 de novembro, e o VS-30, no dia 2 de dezembro. Esta operação, denominada Operação Brasil-Alemanha marcou os 40 anos do acordo tecnológico internacional entre o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e o Centro Espacial da Alemanha (DLR).

Os principais objetivos da operação foram o lançamento e rastreamento do foguete de sondagem VS-30 V08 com uma carga útil científica portando dois experimentos: um do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e outro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Fonte: Comunicação Social - DCTA ( http://www.cta.br/noticias/estrutura.php?id=321 )




"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
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Re: Satélites

#39 Mensagem por BrasileiroBR » Sex Abr 20, 2012 2:28 pm

Satélite brasileiro estudará buracos negros

Imagem

O primeiro satélite astronômico brasileiro já teve sua configuração definida. A informação é do cientista responsável pela missão, que está sendo planejada para voar em janeiro de 2017.

"Os instrumentos já estão completamente definidos", diz João Braga, pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Ciências Espaciais), em São José dos Campos.

Batizada em homenagem ao físico brasileiro Cesar Lattes (1924-2005), a espaçonave é o ponto culminante do primeiro esforço de desenvolvimento de satélites científicos conduzido pelo Brasil.

Originalmente, o que veio a se tornar a configuração original do Lattes consistia em dois satélites diferentes, um voltado para astrofísica (Mirax) e outro para observação da Terra (Equars).

O planejamento das duas missões, separadas, havia começado em 2000. Contudo, uma mudança estratégica do programa sugeriu a combinação das duas numa só, o que gera uma configuração curiosa: a parte de cima do satélite passará o tempo todo olhando para o céu, enquanto a de baixo estará sempre mirando a Terra.

Os dispositivos das duas missões estarão embarcados na chamada Plataforma Multimissão (PMM), uma espécie de "carcaça de satélite genérica" que pode ser usada para propósitos diferentes.

Não será a primeira missão da PMM (que deve ser usada inicialmente pelo satélite de monitoramento Amazônia-1), mas a ideia é que se torne a primeira a ter o sistema de controle de atitude (que determina a orientação da nave no espaço) desenvolvido totalmente no Brasil.

O Lattes fará uma varredura do céu em busca de sinais de fontes de raios X. Essa radiação altamente energética costuma vir de objetos astrofísicos interessantes e misteriosos, como os buracos negros, e seu estudo pode ajudar a identificar a natureza de diversos fenômenos ainda pouco compreendidos.

Um dos aspectos interessantes da missão é que ela fará um monitoramento constante de grande parte do céu em busca dessas fontes. "O fato é que o céu em raios X é supervariável e até hoje nenhuma missão fez um acompanhamento sistemático", diz Braga. "Vamos monitorar o comportamento transiente, em todas as escalas de tempo, de segundos a meses."

Com isso, espera-se fazer descobertas na dinâmica de objetos como buracos negros, identificando, por exemplo, o processo de acreção.

Buracos negros são objetos tão densos que nada consegue escapar de sua gravidade, nem mesmo a luz. Os raios X são emanados de suas imediações, onde costumam se formar discos de acreção --material prestes a ser engolido pelo objeto. Com o Lattes, será possível investigar a fundo esse processo.

VERSATILIDADE

Enquanto os detectores de raios X --desenvolvidos pelo Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, nos Estados Unidos-- ficam apontados para o céu, outros instrumentos, destinados a monitorar a atmosfera terrestre, ficam apontados para baixo.

A disputa entre duas missões concorrentes num mesmo satélite poderia se tornar um problema, mas nesse caso tudo confluiu bem, segundo João Braga.

"Tivemos de mudar um pouco nossa estratégia de observação. Antes, quando o Mirax era uma missão solo, a ideia era observar a região do centro da galáxia de forma fixa. Mas agora, para conciliar com as necessidades do Equars, que precisa estar apontado para a Terra, vamos fazer um monitoramento móvel de mais da metade do céu."

Segundo o pesquisador, a mudança não ocasionou perda científica. "Embora, para um alvo específico, você tenha menos tempo ininterrupto de observação, você passa a ter uma região do céu muito maior."

O Lattes deve ficar a cerca de 650 km de altitude, numa órbita com 15 graus de inclinação, com relação ao equador terrestre. O satélite, com seus 500 kg, deve ser lançado por um foguete estrangeiro, contratado comercialmente.

Nenhum dos lançadores que poderiam partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, tem a configuração certa para fazer o serviço. Para o brasileiro VLS, o Lattes é pesado demais. Para o ucraniano Cyclone-4, é leve demais.
http://www.circuitomt.com.br/editorias/ ... egros.html




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Re: Satélites

#40 Mensagem por Loki » Ter Mai 29, 2012 6:40 pm

Embraer e Telebras assinam acordo para criar empresa de satélite
Embraer terá 51% do capital da Visiona Tecnologia Espacial.
Nova empresa terá sede em São José dos Campos (SP).
Do G1, com Reuters



Comente agora
A Embraer e a Telebras assinaram nesta terça-feira (29) um acordo para criar a Visiona Tecnologia Espacial, empresa que atuará no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), conforme Memorando de Entendimento anunciado em novembro de 2011.
A Telebras terá 49% do capital social da companhia, enquanto a Embraer terá 51%.
"O objetivo inicial da (nova) empresa é atuar no Satélite Geoestacionário Brasileiro, que visa atender às necessidades de comunicação satelital do governo federal, incluindo o Programa Nacional de Banda Larga e um amplo espectro de transmissões estratégicas de defesa", informaram as empresas em comunicado.
Assim como a própria Embraer, a Visiona terá sede em São José dos Campos (SP) e atuará em parceria com entidades de ensino e pesquisa aeroespacial do país.
“Este projeto representa um passo histórico para o avanço da prontidão tecnológica e industrial do setor espacial no Brasil, e a Embraer tem satisfação e orgulho de ser a parceira estratégica da Telebras e do Estado Brasileiro nesse importante desenvolvimento para nossa nação”, disse Frederico Curado, diretor-presidente da Embraer.
Para o presidente da Telebras, Caio Bonilha, “o satélite brasileiro permitirá a ampliação do acesso à internet a milhões de lares brasileiros. Além disso, a posse e a operação de um satélite através do Brasil propiciará não somente a segurança necessária às transmissões de informações das redes estratégicas do governo federal, mas também a autonomia do processo de desenvolvimento tecnológico aeroespacial”.


Abraço

Loki




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Re: Satélites

#41 Mensagem por denilson » Sex Mar 22, 2013 11:33 am

Decisão sobre satélite com argentinos sai até julho

O projeto Sabiá-Mar, um satélite de observação oceanográfica que representa a maior parceria entre Brasil e Argentina na área espacial, receberá um veredito nos próximos meses. Ele patina desde 2007 e precisa de uma definição até julho, segundo o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho. Uma comissão bilateral mista prepara um relatório conclusivo sobre as soluções técnicas que poderão ser adotadas no projeto e suas necessidades orçamentárias. "Não vamos mais nos estender. Chegaremos a um ponto, ainda neste ano, em que ou o deslanchamos ou o paramos definitivamente", resumiu Coelho.

O Sabiá-Mar, com lançamento previsto para 2019 nos planos da AEB, ampliará a capacidade dos dois países de levantar informações sobre a região sul do Oceano Atlântico. Isso permitirá observar a cor das águas marinhas, monitorar a exploração petrolífera, gerenciar as zonas costeiras e contribuir com a atividade pesqueira, entre outras aplicações.

Algumas questões já estão, segundo Coelho, praticamente definidas: os recursos para tirar o projeto serão divididos igualmente entre os dois países e não haverá a necessidade de criar uma empresa nacional, como a que foi constituída por Brasil e Ucrânia, para lançar o foguete Cyclone-4. O governo brasileiro faz questão de usar no projeto a plataforma multimissão desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Coelho demonstra entusiasmo pelo satélite conjunto e diz que ele pode até atenuar disputas dentro do Mercosul. "A cooperação científica atua como facilitadora da aproximação entre os dois países. É muito mais fácil usar, como instrumento de aproximação, áreas em que não existe grande conflito de interesses."

Para ele, o projeto pode ajudar na integração das cadeias produtivas, com o fornecimento de materiais por indústrias brasileiras e argentinas. Coelho faz, no entanto, uma ressalva importante: "A gente não pode se dar ao luxo de ficar fazendo satélites sem conversar com os usuários, para ver qual é o interesse deles." Ou seja, antes de seguir adiante com o projeto, é preciso ter certeza de que haverá uso das informações produzidas. São potenciais usuários do Sabiá-Mar o próprio Inpe, agências de monitoramento ambiental e empresas privadas.

Outro projeto listado entre as prioridades do programa espacial é o satélite geoestacionário de defesa e comunicações estratégicas. Ele dará um sistema de comunicação mais seguro e independente ao governo, na área militar, e acesso das populações residentes em áreas remotas à internet de banda larga. O lançamento está previsto para 2014, mas se trata de "um desafio muito grande", diz Coelho.

As empresas interessadas em atuar como fornecedoras de equipamentos do satélite têm até meados de abril para entregar suas propostas à Visiona, uma joint venture entre a Embraer e a Telebras, que foi contratada pela AEB para fazer o gerenciamento dos futuros contratos.

O projeto já tem investimento aprovado de R$ 720 milhões. De acordo com Coelho, há cláusulas que exigem a "criação de oportunidades de absorção de tecnologia" às instituições brasileiras. Isso significa que a empresa que oferecer mais oportunidades ganhará pontos na seleção das propostas. "É o que denominamos absorção de conhecimento, o que acontece quando equipes brasileiras vão trabalhar junto com as estrangeiras, sem necessariamente tratar-se de cláusula de transferência de tecnologia. A transferência exige um processo mais complicado, exige que a empresa candidata a receber essa tecnologia esteja preparada para isso e possa usá-la assim que ela estiver disponível. Estamos preparando as nossas empresas para que possam se valer desse conhecimento em negócios futuros." (DR)




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Re: Satélites

#42 Mensagem por mauri » Qui Abr 18, 2013 10:21 am

Olha nosso satélite estacionário andando,,,,,

No último dia 8, oito propostas foram entregues à Visiona. Apresentaram suas ofertas as europeias Astrium e Thales Alenia Space, as norte-americanas Boeing e Space Systems Loral, a japonesa Mitsubishi Electric, a Israel Aerospace Industries (IAI), e a russa ISS Reshetnev. As propostas da IAI e Reshetnev tem como parceira a canadense MDA, que seria responsável pelo fornecimento das cargas úteis das bandas Ka e X. É curioso observar o fato de que a MDA é controladora da Loral, adquirida em 2012.

O "Short List", que sairá em maio, escolherá 3 proposta que seguiram no páreo, a escolhida será aquela que oferecer melhores condições de transferência de tecnologia e comprometimento de nacionalização.

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Re: Satélites

#43 Mensagem por denilson » Qui Abr 18, 2013 1:40 pm

Short List = Long History, by F-X.




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Re: Satélites

#44 Mensagem por mauri » Qui Abr 18, 2013 9:45 pm

denilson escreveu:Short List = Long History, by F-X.

Espero que não!!Afinal ninguém ganha com isso!!Alem do mais, a Embraer está a frente da escolha.


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Re: Satélites

#45 Mensagem por mauri » Sáb Mai 04, 2013 5:45 pm

VISIONA - Pré-selecionados 3 Fornecedores para o Satélite Brasileiro
Imagem
A VISIONA Tecnologia Espacial S.A. divulgou hoje que, como parte de suas atribuições no projeto do sistema do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), pré-selecionou três empresas para o fornecimento do satélite do sistema:

- Mitsubishi Electric Corporation – MELCO;
- Space Systems/Loral ,e,
- Thales Alenia Space.

A partir desta pré-seleção, que se baseou em requisitos técnicos, operacionais, econômicos e de transferência de tecnologia, partirá para a etapa final do processo de seleção, em conformidade com as especificações da TELEBRAS, operadora do satélite, bem como do Termo de Referência elaborado pelos Ministérios das Comunicações, da Defesa e de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Sobre a Visiona

Criada em maio de 2012, a Visiona é uma associação entre a Embraer S.A., que detém 51% do capital, e a Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras), que possui 49% das ações. A empresa atua como integradora do sistema SGDC, que visa atender às necessidades de comunicação satelital do Governo Federal, incluindo o Programa Nacional de Banda Larga e um amplo espectro de transmissões estratégicas na área de defesa.

Surpresa!!!FICARAM DE FORA OS RUSSOS(RESHTNEV), AMERICANOS(BOEING E LOCKHEED E A EADS(ASTRIUM).

O CAMINHO ESTA ABERTO PRA MAIS UMA INVESTIDA FRANCESA(THALES), SÓ QUE TEM UMA CONCORRÊNCIA FORTE DOS CANADENSES E AMERICANOS, SERÁ QUE VAMOS GANHAR ALGO COM ISSO?


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