Fórum Defesa Brasil

DELTA22 escreveu:

Brazilian Space escreveu:(...) em resumo DELTA 22, a função desse motor é outra.

Forte abraço

Duda Falcão

Funções diferentes não significam necessariamente que não podem ser semelhantes em quesitos construtivos e de desenvolvimento.

[]'s.

Bom DELTA 22, quanto a isto não vou debater contigo, pois conheço meus limites, afinal não sou engenheiro, no entanto, é como lhe disse, a iniciativa caberia IAE e não foi feita. Portanto, acho que o assunto se encerra.

Forte abraço

Duda Falcão

Prezado Delta22


Entendi perfeitamente o seu ponto de vista.

Existe sim num futuro próximo interesse em aproximação ao IAE, aliás membros da minha equipe fizeram parte do LPL e estão agora no ASE do IAE, já existe um contato. Conversei pessoalmente com o Dr. Paulo Moraes Jr. e existe a possibilidade do motor de 1 KN ser utilizado no SARA.

Meus propulsosres, como tinha comentado, utilizam o peróxido de hidrogênio, e é este o meu principal interesse, o que difere um pouco dos interesses do pessoal de propulsão líquida do IAE.

Considero o peróxido de hidrogênio o "curinga" dos propelentes, pode ser um fantástico oxidante com densidade da ordem de 1400 Kg/m3 (contra 1140 Kg/m3 do oxigênio líquido) e pode ser um excelente monopropelente para ser utilizado em sistemas de controle de atitude, por exemplo, e em geradores de gás para turbo-bomba, muito utilizados pelos Russos e pelos americanos no início do programa espacial, e hoje está sendo retomado sua utilização.

Vamos lembrar que os ingleses construiram o lançador Black Arrow que utilizava peróxido de hidrogênio / querosene e colocou seu primeiro satélite em 1971. Aliás todo programa espacial britânico foi baseado no peróxido de hidrogênio, ao contrário do Francês inicialmente utilizou o ácido nítrico e terebentina no Diamant A e depois migrou para os derivados de hidrazina e tetróxido de nitrogênio (tóxicos e muito mais perigosos).

Abraços e vamos trocando informações

Eng. Miraglia
www.edgeofspace.org
www.foguete.org
www.minifoguete.org

miraglia escreveu:Amigos

Os projetos da "Edge of Space" envolvem a utilização principalmente do peróxido de hidrogênio com combustíveis como etanol entre outros que serão testados.
O motor citado o L5 do IAE utiliza Etanol / LOX , antes do IAE pensar em desenvolver um motor a propelente líquido eu na minha dissertação de Mestrado pelo ITA em 1994 sugeri o desenvolvimento de um moto LOX / Etanol de 1 KN para demosnstração de tecnologia.
Os projetos da "Edge of Space" não tem compromisso algum com o IAE ou INPE, apenas com a FAPESP a qual aprovou nosso projeto como inovação tecnológica no programa PIPE.

Saudações a todos

Eng. Miraglia
http://www.edgeofspace.org
http://www.foguete.org
http://www.minifoguete.com

Então não existe compromisso com o IAE por divergências de opiniões técnicas? O senhor não acha que um projeto como esse que talvez vise proporções maiores que provavelmente estarão fora do alcance da FAPESP não deveria, a princípio, ter apoio do IAE? A idéia não é ser fornecedor do PEB?

Prezado RenaN

Eu como pesquisador na área aeroespacial e especialista em propulsão líquida optei por questões técnicas pesquisa pessoal com propelentes utilizando o peróxido de hidrogênio, não existe nenhuma divergência técnica com relação ao IAE, pelo contrário a solução LOX / Etanol é historicamente perfeita é o mesmo propelente das V-2, gosto desta solução. Tenho certeza que o IAE apoiará e em especial a AEB.
Já tenho um projeto UNIESPAÇO na AEB para o desenvolvimento de software de simulação de motores foguete a propelente líquido.
Ser fornecedor do PEB é uma meta, mas queremos ser parceiros de idéias e de novas tecnlogias, não simples fabricantes de componentes.

[ ]s
Miraglia

Os propulsores à base de peróxido de hidrogênio tem impulso específico baixo para serem empregados nos motores principais de foguetes maiores que os de sondagem, mas podem perfeitamente ser utilizados em sistemas de controle de atitude em estágios superiores de foguetes lançadores de baixo custo e alta confiabilidade, ou em configuração bi-propelente até mesmo no propulsor principal de estágios finais de foguetes lançadores.

O desempenho não seria o maior possível, misturas à base de oxigênio líquido ou hidrazina teriam desempenho melhor, mas o H2O2 é imbatível em termos de custos e simplicidade. E esta é a tendência atual no desenvolvimento de sistemas de lançamento de cargas espaciais, a busca pelo menor custo por kg, e não a da máxima eficiência.

Por isso os estudos com este combustível/oxidante tem grande mérito e devem ter o maior apoio possível.


Leandro G. Card

miraglia escreveu:Prezado RenaN

Eu como pesquisador na área aeroespacial e especialista em propulsão líquida optei por questões técnicas pesquisa pessoal com propelentes utilizando o peróxido de hidrogênio, não existe nenhuma divergência técnica com relação ao IAE, pelo contrário a solução LOX / Etanol é historicamente perfeita é o mesmo propelente das V-2, gosto desta solução. Tenho certeza que o IAE apoiará e em especial a AEB.
Já tenho um projeto UNIESPAÇO na AEB para o desenvolvimento de software de simulação de motores foguete a propelente líquido.
Ser fornecedor do PEB é uma meta, mas queremos ser parceiros de idéias e de novas tecnlogias, não simples fabricantes de componentes.

[ ]s
Miraglia

Miraglia,
Entendo, no entanto pergunto, não seria possível haver sequer uma parceria de trocas de experiências com o IAE?

[]'s

RenaN

Com certeza a parceria com o IAE é perfeitamente possível, e eu gostaria muito de estar contribuindo para o desenvolvimento dos propulsores líquidos, como o L75 e sugerindo novas possibilidades de motores. Estamos de portas abertas para troca de informação técnica.

O nosso colega LeandroGCard anteriormente disse algo muito importante, o custo por kg em órbita precisa ser reduzido, e o primeiro passo é a utilização de propelentes mais baratos e "verdes" e a eliminação da turbo-bomba. A exemplo dos antigos lançadores franceses Diamant A e B e projetos como o "Sea Dragon" e projetos como a empresa "Air Launch", veja o link http://www.airlaunchllc.com/index.htm

A propulsão híbrida também é uma grande solução.

Eng. Miraglia
www.edgeofspace.org
www.minifoguete.com
www.foguete.org