Olá galera,
Bem, aí seguem as respostas:
Carlos Mathias,
Carlos Mathias escreveu:Voar baixo contra um r-99 não adianta nada, se é isso que se quiz dizer.
Na verdade, adianta sim. O vôo a baixa atitude continua sendo até hoje um sério agravante para detecção de aeronaves, mesmo para os mais modernos radares "Pulso-Doppler"(criados justamente para combater isso).
O radar do R-99A pode detectar alvos voando baixo, mas isso é, com certeza, mais difícil. O Alvo será detectado mais próximo do avião e etc.. Talvez ele nem seja detectado dependendo da situação.
Realmente os russos tem seus interesses, mas achar que a restrição seria a mesma imposta por americanos, aí já é forçar um pouco.
Eu não disse isso. Tanto que falei que os Russos estavam até dispostos a vender equipamentos que os EUA se recusam a oferecer.
Vejamos o exemplo da Índia, cara o radar dos Su-30MKI é até melhor que o russo e eles integraram um monte de armas nos aviões russos, prá mim isso é um sinal claro de domínio de tecnologia.
Pra mim isso é sinal claro de dependência de material Russo. Mas, não é somente dele, pois a Índia também tem o rabo preso com a França para operar seus Mirage2000.
O que acontece nesses casos é que a "Matrix"(Rússia) auxília o país operador a integrar certos sistemas, pois isso está em contrato. Mas transferência de tecnologia existe muito mais como consequência de uma política séria do Governo, e não como consequência de determinado avião.
O LCA(esse é o avião?
) é uma consequência da política de tentativa de autonomia da Índia, e não resultado da compra dos SU-30.
A China acaba de comprar o s-300, um puta sistema, sabe quando que os EUA vão vender patriot ou coisa parecida prá nós? NUNCA.
E daí? O que eles conseguiram além disso? Compraram um excelente sistema de mísseis RUSSOS, não CHINESES. Eles não têm AUTONOMIA em caso de uma Guerra. Estão dependentes dos Russos para a sua defesa aérea baseada nesse sistema.
Não importa que o sistema seja excelente e tal. Pra mim o mais importante é o país buscar a sua independência nessa área. Conseguir sua autonomia é estratégica. O Brasil deveria pensar nisso ao invés de pensar "Nossa, como os Russos são legais, estão oferecendo até Su-35!". Deveríamos é estar de luto por existir um FX pois, se tívessemos investido mais na aeronáutica no passado, talvez hoje pudessemos comprar um caça nacional capaz, como fazem EUA, França, Rússia... Ou então entrar em consórsios internacionais com outros países como fazem Alemanha, Inglaterra e etc..
O AMX foi um começo, mas isso não basta. Precisamos desenvolver aqui nossos sistemas de armas, e não tão e somente achar que estamos seguros por operar um sistema estrangeiro que não temos como produzir e só nos complica a logística.
Sabe quando nós vamos integrar alguma coisa a algum avião americano?NUNCA.
MAA-1 no F-5E/F
é um belo exemplo(bem atrasado, admito).
O r-99 é excelente arma, mas dizer que o caça pode ser qualquer um ou que não vala NADA...
Olha, não digo que o caça não vale nada Carlos. Digo que a importância individual do mesmo diminuiu, e muito.
Vou te dar um exemplo: A pouco tempo os EUA decidiram equipar a Força aérea(USAF), Marinha(USN) e corpo de fuzileiros Navais(USMC) com o mesmo avião, adaptado para suas funções diferentes, que você conhece que é o JSF(F-35).
Do ponto de vista da plataforma em si, tal decisão não faz tanto sentido, e os EUA poderiam buscar aviões diferentes otimizados para missões específicas a que destinam nas suas forças, como fazem hoje com os F-15, Harrier, F-18, etc..
Mas do ponto de vista Logístico isso é um golpe de mestre. Serão economizados milhões e milhões com manutenção com a existência de apenas um vetor. Haverá integração na manutenção, nas táticas, nos treinamentos inter-forças. Enfim, os meios estarão integrados, e isso é muito mais importante e eficaz que hoje, onde existe uma certa individualização dos aviões de combate.
Integração é TUDO. Você pode ter um F-22 até, se ele não se integrar adequadamente à sua Força, a eficácia dele será em muito reduzida.
Acho que num combate entre um f-5 e um Su-35 por exemplo realmente o Su poderia ser pego de surpresa, mas o radar do Su alcança 400km contra alvos grandes
Bota grande nisso!
O alcance de detecção diminui em escala geométrica. Somente com RCS muito grandes ele conseguiria esse milagre.
Se você fizer o gráfico de Alcance de Detecção X RCS do alvo, verá que ele será um gráfico de função exponencial, o que significa que o alcance de detecção diminui pacas com uma pequena redução de RCS.
PS: Eu vi um gráfico falando exatamente do N011M "Bars" do Su-35 e posso te confirmar isso.
mais ou menos o alcance do r-99
O alcance do R-99A é de 450km(dependendo do RCS) e tem um Azimute de 300 a 360 graus. O Azimute do N011 é de 90 graus.
Agora, admito que se você quer discutir FX denovo, eu não pretendo fazer análise de SU Vs Gripen Vs Mirage. Tanto que no meu exemplo eu usei um F-15 só pra evitar esse tipo de comparação.
ainda mais contra um alvo cheio de superfícies reflexivas(ao radar), daí não seria difícil imaginar que o piloto ficaria esperto, daí se ele visse o f-5 chegando, bastaria uma olhada e o HMD mandaria um R-73E(+-40km/90 graus OBS).
Basta o F-5 voar a baixa altura e fora do Azimute do radar do SU. Pronto, assim ele usa o terreno para se camuflar e não é detetado pelo radar. Depois é só subir por baixo do SU e disparar um WVR AAM sem ligar o radar e... adios.
lembrando que mísseis guiados por calor não alertam seus alvos quando disparados. Tem um sistema que faz isso, parece que se chama MAWS, tenho que pesquisar melhor sobre ele.
Se não vê-lo, o f-5 teria que rezar para derrubá-lo com um missíl, porque aí a surpresa já era, imagine se for uma dupla, voando afastada e com um datalink. Vindo por trás, poderia ser detectado pelo radar traseiro, daí acabou.
Como assim "A surpresa já era" Carlos? Mísseis Guiados por Calor não alertam seus alvos como os Guiados por radar fazem(que podem ser detectados por um RWR).
Heheh, acredite ou não, eu estaria com esse pessoal
É mesmo né, também deve ser o caso dos mísseis franceses, do gripen,mas engraçado, não vejo ninguém falar que o mica não presta ou que o gripen é só propaganda, fora eu é claro.
Eu alguma hora falei que o armamento Russo é só propaganda? São bons, claro, mas não se encaixam na nossa filosofia de operação.
Na guerra do golfo, mesmo com toda a superioridade em números, tecnologia e treinamento um vetusto mig-25 explodiu um f-18 em pedacinhos com seu r-40, mas aí não vale, só vale quando não funciona.
Na mesma Guerra os F-15 armado com AIM-7 Sparrow e AIM-9M também fizeram em pedacinhos não apenas um, mas DEZENAS de caças como o MIG-29/23/25 e MirageF-1.
Sabe qual era a principal diferença entre Iraque e a Coalizão? Nem era tanto a tecnologia ou os números(embora esses fatores tivessem grande influencia) mas as Forças da Coalizão estavam INTEGRADAS, as do Iraque estavam "desintegradas"(literalmente
) e operavam baseados em suas plataformas de maneira individual, e não como uma Força Conjunta.
Por essas e outras que mesmo contando com os "invencíveis" caças MiG-29 eles levaram um chocolate.
Quero dizer que isso não depende tanto do Vetor. Se o Iraque, Iuguslávia e etc... operassem caças Ocidentais e os Ocidentais operassem caças Russos(os caças mudassem de lado) o resultado seria o mesmo, não pelos vetores ,que são excelentes, mas pelo fator da organização operacional.
Não entendo porque o meu Su-35 tem que ser um mistério tão indecifrável e o jurássico f-5 tão maravilhoso...
Não é indecifrável. Vou repetir pela vigésima centésima quadragésima vez que as peças de diferentes padrões DIFICULTAM, mas não INVIABILIZAM a operação dele.
Barraca de feira por barraca de feira, o r-99 também é, aliás qualquer um que ligue o radar e para ele(r-99) existe o ks-não-sei-o-que, que atira longe prá cacete.
Ahh tá! Então os Russos vão nos vender um inexistente míssil Anti-AWACS???!!
O único míssil de longo alcance operacional que eles têm é o AA-9 "Amos", que equipa o MiG-31 "Foxhound", similar ao AIM-54, mas esse eles não venderam pra ninguém(pelo que eu saiba).
Muitos desses mísseis Carlos, são meros projetos. Ainda não existem operacionalmente. Me falam do tal R-77M a tantos séculos, que ele é demais, porém até hoje nunca se viu esse tão alardeado armamento.
É isso aí. Qualquer coisa, é só comentar.
Zero,
Zero4 escreveu:Realmente o caso do F-15C vs. F-5E é interessante, mas a vantagem é talvez em combates únicos, aviões como o F-15, F-14, Su-27/35 e Mig-31 são conhecidos por poder realizar a função conhecida como "mini-AWACS" o que poderia resultar numa espécie de "parede radar" se forem utilizados vários caças junto com o recurso do data-link.
Excelente colocação. Na verdade o exemplo do combate 1 X 1 foi meramente ilustrativo. Na realidade isso raramente acontece. Mas, de qualquer forma, isso pode ser usado para formações de mais de 1 avião.
A capacidade de "Mini-Awacks" é um grande passo, mas não se compara com um AWACS de verdade, tanto em azimute quanto em capacidade de processamento. Com certeza essa formação varreria um grande volume de céu a sua frente, mas os lados e a traseira ficariam sem detecção alguma(supondo falta de suporte de um AEW&C). Uma esquadrilha(apoiada por aviões-radar) de caça poderia ser vetorada por esse vão enorme e atacar a formação por trás ou pelo lado com um WVR, ou até um BVR quando receberam a posição exata da formação via data-link com o AEW&C.
Agora a minha dúvida ai é, será que o F-5E com o radar desligado seria capaz de ser guiado pelo R-99A ou radares em terra, chegar a uma distância considerável do F-15C para que dispare seus mísseis WVR antes que o F-15C detecte o F-5E e dispare um míssel BVR ?!
Claro que pode, desde que o Eagle não tenha um AWACS apoiando ele também. Mas ele(o F-5) vai ter que voar em uma rota que evite o radar do F-15 e chegar por um ângulo não visível e seu radar desligado. Após isso, é só disparar o WVR e "correr pro abraço"
.
isto é uma dúvida que sempre tive... eu penso que não, se alguém puder trazer mais dados eu agradeceria. Claro que nessa história estou descartando o lance do angulo de azimute... coisa que também nunca pensei até por entender pouco de aviões.
O "ângulo de azimute" é o ângulo de abertura que o radar varre uma determinada área de céu a sua frente. Olhando por cima, se você traçasse um plano no mesmo plano do caça, naquele plano(desculpe a repetição) o radar varreria um arco de circunferência de x graus. Esse ângulo "X" é o Azimute.
Obviamente o radar não procura alvos apenas em um plano, ele se varre tanto horizontalmente(ângulo azimute) quanto verticalmente(ângulo de elevação) e, no fim das contas, acaba procurando alvos em uma espécie de cunha-esférica.
Todas essas informações são colocadas no MFD do avião em uma forma conhecida como "B-Scope"(pelo menos no F-16 é assim).
O Azimute máximo do radar do Su-35 é de 90 graus, o F-15E deve ser similar, enquanto isso um AEW&C pode ter um azimute de 360 graus! procura alvos em uma esfera completa, essa é a grande diferença. Por isso que eles são vetores estratégicos.
Sobre os F-5BR + R-99A estarem em desvantagem perante aos Mig-29 foi uma estupidez tremenda minha cara, provavelmente na hora pensei nos F-5E não modernizados e acabei colocando o BR no texto! Mas realmente concordo com você... o F-5BR + R-99A estão numa imensa vantagem perante ao Mig-29 sozinho! mesmo este sendo mais capaz que o F-5BR.
Que estupidez que nada cara. Isso é um pensamento muito comum e pouco tempo atrás eu pensava a mesma coisa. Precisamos entender que o vetor não é mais tudo. Individualmente ele pode ser forte pacas, mas no contexto geral a falta de apoio e informações pode torná-lo quase inútil.
É o que acontece com os MiG-29 desse exemplo dado por você.
Quando eu relacionei carros com aviões, me equivoquei e "esqueci" de escrever o outro lado... o de carros usados! na verdade estaria comparando Aviões e Carros usados e novos... no caso de carros novos, a manutenção é praticamente troca de óleo, quando compramos carros usados ou "semi-novos" temos outras preocupações além do óleo... tipo correias, freio, parte elétrica, motor e etc.
Aí eu tenho que admitir que não sei muito sobre a quantidade de manutenção X idade do avião. Achava que o aumento de preço se dava principalmente pelo aumento de custo de aquisição de peças de reposição. MAs acho que você está certo.
Sobre Rússia/EUA eu também concordo cara, mas até ganharmos nossa independência vai demorar! entretando como o Carlos citou acima, se desejarmos comprar um S-300 creio que os Russos nos venderiam sem muitos problemas... Mas se tentarmos adquirir um Patriot, vamos ter um sonoro não!
Como eu disse pouco acima, precisamos pensar mais em desenvolver nossos sistemas aqui com algum tipo de parceria do que comprar um super sistema que apenas nos deixará dependente de outro país.
Eles poderiam oferecer os S-300, mas será que ensinariam como se fabrica? Toda a tecnologia envolvida? Dando assim de bandeja todo o dinheiro e esforço gasto durante anos pela Rússia para desenvolvê-lo? Acho que não cara.
(...)mas se tentarmos entrar em um acordo com os EUA para participar do JSF, eles iriam até rir.
Mas, sabia que eles chegaram a oferecer o JSF pra nós? Se foi pra esnobar ou não eu não sei, só sei que a gente recusou por não ter $$$ em caixa.
Plinio,
Plinio escreveu:O que gostaria de ressaltar, é que deveríamos ter um vetor que tbm pudesse anular tbm a vantagem tecnica que um Mig-29MRCA pode ter em combate com um F-5M em um ambiente que conte com a ausência dos
R-99s e que deixa ambos no ¨mano-a-mano¨ , novamente vem a necessidade de uma aeronave mais capaz para tal, e no FX , temos o Gripen e Su-35 como candidatos a esta situação, embora tenha´preferência pelo Super Flanker.
Fala cara, tudo certo?
No "mano a mano" a situação complica um pouco, mas admitindo que estaríamos sendo atacados, os F-5M poderiam contar também com apoio de radares de terra. Né mesmo?
Vejo nestas últimas versões dos Mig-29s, aeronaves muito capazes, é uma pena que suas chances por aki sejam quase que nulas, pois cairiam muito bem para FAB.
Pois é, parece até que nem a RAC-MIG quer vencer essa concorrência!
hehehe não se esforçam pô!
Quem sabe com a concretização destas vendas para Venezuela e Chile possam dar um pouco mais de credibilidade a esta excelente aeronave.
O Chile não iria comprar F-16C/D?
Sobre a mensagem do PT, concordo com praticamente tudo que ele escreveu. Não vou alongar mais ainda essa mensagem
Abraço a todos
César