Conflitos em África

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Enlil
Sênior
Sênior
Mensagens: 8577
Registrado em: Seg Ago 18, 2008 1:23 am
Agradeceu: 7 vezes
Agradeceram: 28 vezes

Re: Conflitos em África

#31 Mensagem por Enlil » Dom Mar 07, 2010 6:25 pm

Atualizado em 7 de março, 2010 - 17:16 (Brasília) 20:16 GMT

Novos confrontos na Nigéria deixam 'dezenas de mortos'

O presidente em exercício da Nigéria, Goodluck Johnathan, colocou em alerta máximo as forças de segurança atuando na região central do país depois de uma nova onda de viol
ência sectária perto da cidade de Jos, neste domingo.


Testemunhas disseram à BBC ter visto mais de cem corpos no vilarejo de Dogo-Nahawa, a maioria deles de mulheres e crianças.

Um porta-voz da Cruz Vermelha na região, Robin Waudo, disse à BBC que seus médicos estão atendendo pessoas feridas com facões e queimaduras, e com membros fraturados.

"Neste momento, os confrontos se acalmaram e os militares estão tentando controlar a situação", afirmou.

Em janeiro, pelo menos 200 pessoas foram mortas durante confrontos em Jos, que fica na divisa entre o norte, de maioria muçulmana, e o sul do país, de maioria cristã.

Outas milhares tiveram de deixar a região.

Em 2008, conflitos étnicos e religiosos também deixaram centenas de mortos.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... osml.shtml




WalterGaudério
Sênior
Sênior
Mensagens: 13539
Registrado em: Sáb Jun 18, 2005 10:26 pm
Agradeceu: 56 vezes
Agradeceram: 201 vezes

Re: Conflitos em África

#32 Mensagem por WalterGaudério » Dom Mar 07, 2010 9:09 pm

Enlil escreveu:Atualizado em 7 de março, 2010 - 17:16 (Brasília) 20:16 GMT

Novos confrontos na Nigéria deixam 'dezenas de mortos'

O presidente em exercício da Nigéria, Goodluck Johnathan, colocou em alerta máximo as forças de segurança atuando na região central do país depois de uma nova onda de viol
ência sectária perto da cidade de Jos, neste domingo.


Testemunhas disseram à BBC ter visto mais de cem corpos no vilarejo de Dogo-Nahawa, a maioria deles de mulheres e crianças.

Um porta-voz da Cruz Vermelha na região, Robin Waudo, disse à BBC que seus médicos estão atendendo pessoas feridas com facões e queimaduras, e com membros fraturados.

"Neste momento, os confrontos se acalmaram e os militares estão tentando controlar a situação", afirmou.

Em janeiro, pelo menos 200 pessoas foram mortas durante confrontos em Jos, que fica na divisa entre o norte, de maioria muçulmana, e o sul do país, de maioria cristã.

Outas milhares tiveram de deixar a região.

Em 2008, conflitos étnicos e religiosos também deixaram centenas de mortos.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... osml.shtml
Pode investigar direitinho que tem interesses petrolíferos no meio. Mais do mesmo em Africa.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Enlil
Sênior
Sênior
Mensagens: 8577
Registrado em: Seg Ago 18, 2008 1:23 am
Agradeceu: 7 vezes
Agradeceram: 28 vezes

Re: Conflitos em África

#33 Mensagem por Enlil » Dom Mar 07, 2010 9:11 pm

Certo e líquido, Walter. [].




Enlil
Sênior
Sênior
Mensagens: 8577
Registrado em: Seg Ago 18, 2008 1:23 am
Agradeceu: 7 vezes
Agradeceram: 28 vezes

Re: Conflitos em África

#34 Mensagem por Enlil » Seg Mar 08, 2010 3:53 pm

Atualizado em 8 de março, 2010 - 09:11 (Brasília) 12:11 GMT

Violência sectária teria causado a morte de 500 pessoas na Nigéria

Autoridades nigerianas estimaram que cerca de 500 pessoas foram mortas durante a onda de violência sectária ocorrida na cidade de Jos, centro da Nigéria, na madrugada de domingo.


Relatos de testemunhas registrados na imprensa local dão conta de que grupos muçulmanos da etnia Hausa-Fulani invadiram por volta das 3h00 da manhã o vilarejo majoritariamente cristão de Dogo-Nahawa.

O repórter da BBC Richard Hamilton informou que os invasores chegaram atirando e, quando as pessoas começaram a fugir de suas casas, eram mortas a golpes de facão. O ataque teria durado quase três horas e deixado também cerca de 50 casas incendiadas.

Segundo Martin Plaut, editor para a África da BBC, a emissora recebeu fotos da área que mostram corpos de crianças e mulheres enfileirados.

Um porta-voz da Cruz Vermelha na região, Robin Waudo, disse à BBC que seus médicos estão atendendo pessoas feridas com facões e queimaduras, e com membros fraturados.

"Neste momento, os confrontos se acalmaram e os militares estão tentando controlar a situação", afirmou.

O presidente em exercício da Nigéria, Goodluck Johnathan, colocou em alerta máximo as forças de segurança atuando na região central do país depois dessa nova onda de violência.

O ataque teria sido uma vingança pela morte de centenas de pessoas em janeiro, após confrontos entre cristãos e muçulmanos nos arredores de Jos. A região passou a ficar sob toque de recolher desde então.

A cidade de Jos tem sido palco de violência nos últimos anos justamente por estar posicionada na divisa entre o norte, de maioria muçulmana, e o sul do país, de maioria cristã.

'Provocação aos cristãos'

A estimativa de 500 mortos foi feita pelo fórum cristão do estado de Plateau e confirmada por Gregory Yenlong, comissionário de informação do governo local, em entrevista a jornalistas nigerianos no vilarejo de Dogo-Nahawa.

O jornal nigeriano The Guardian relatou que o fórum cristão havia divulgado um comunicado em que condena o ataque classificado como "uma provocação aos cristãos".

"Dogo Nahawa é uma comunidade cristã. As testemunhas dizem que os militantes muçulmanos Hausa-Fulani vieram cantando 'Allahukabar' (exclamação muçulmana que exalta Alah) e invadiram as casas, cortando seres humanos, incluindo crianças e mulheres com suas facas e facões", diz o comunicado.

Os cristãos também protestam contra uma suposta omissão das forças armadas nigerianas. O comunicado relata que as forças de segurança teriam sido avisadas pelos cristãos do início do ataque, mas só teriam respondido ao chamado duas horas depois.

Peter Gyang, líder da comunidade local, disse ao The Guardian que os moradores da região não vão mais respeitar o toque de recolher.

"Nós seremos forçados a entrarmos em nossas casas às 6h00 da tarde, mas os invasores continuariam vindo e nos atacando sem qualquer intervenção do Exército ou da polícia. Então, não haverá mais toque de recolher para que nós possamos nos proteger".

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... _vdm.shtml




Enlil
Sênior
Sênior
Mensagens: 8577
Registrado em: Seg Ago 18, 2008 1:23 am
Agradeceu: 7 vezes
Agradeceram: 28 vezes

Re: Conflitos em África

#35 Mensagem por Enlil » Qui Mar 18, 2010 6:42 pm

Sudão fecha cessar-fogo em Darfur

Medida caminho para negociações com grupos rebeldes em área de conflito

18 de março de 2010 | 12h 27

AE-AP - Agencia Estado

O governo do Sudão e alguns grupos rebeldes de Darfur assinaram hoje um cessar-fogo, a segunda medida deste tipo em menos de um mês com uma importante facção, o que abre caminho para negociações políticas antes de um amplo acordo de paz. A trégua foi assinada pelo representante do governo sudanês Ghazi Salah Eddin Atabani e por Al-Tijani Al-Sissi, líder do Movimento Liberação e Justiça, uma organização que inclui vários grupos rebeldes pequenos de Darfur que recentemente se uniram para negociar com o governo.

"Estamos muito perto de alcançar a paz agora e esta é a hora de todos os lados se comprometerem com o desenvolvimento do processo", disse o príncipe do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al-Thani, cujo país mediou as conversações. O vice-presidente do Sudão, Ali Osman Taha, que compareceu à cerimônia de assinatura, prometeu que seu governo estará completamente comprometido em levar adiante as conversações políticas para que um acordo de paz final seja alcançado.

O acordo ocorreu menos de um mês depois do o governo sudanês ter assinado um pacto semelhante em Doha com o mais poderoso grupo rebelde, o Movimento pela Justiça e Igualdade.

Numa dispendiosa cerimônia de assinatura, o primeiro-ministro do Catar, xeque Hamad Bin Jassem Al Thani, disse que a assinatura do cessar-fogo foi feita com o conhecimento do Movimento pela Justiça e Igualdade e que o Catar havia aceitado a mediação com o amplo apoio da Liga Árabe.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que cerca de 300 mil pessoas morreram e que 2,7 milhões tenham sido desalojadas desde que integrantes de tribos africanas da vasta e árida região oeste de Darfur pegaram em armas contra o governo central, dominado pelos árabes, reclamando de discriminação, falta de representação política e negligência.


http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 6008,0.htm




Avatar do usuário
EDSON
Sênior
Sênior
Mensagens: 7303
Registrado em: Sex Fev 16, 2007 4:12 pm
Localização: CURITIBA/PR
Agradeceu: 65 vezes
Agradeceram: 335 vezes

Re: Conflitos em África

#36 Mensagem por EDSON » Qui Abr 01, 2010 10:32 am

Imagem


Jean-Philippe Rémy
Enviado especial a Lagos (Nigéria)
Lana Lim

Um alerta, enviado por meio de mensagem eletrônica cerca de meia hora antes, havia avisado que tudo iria explodir no palácio do governador local do Estado do Delta, no sul petrolífero da Nigéria. Na hora marcada, uma, e depois duas explosões. Feridos, pânico.

Em Warri, dia 15 de março, o Movimento de Emancipação do Delta do Níger (MEND) atingiu o governo da Nigéria. Uma conferência de acompanhamento do acordo de anistia de junho de 2009, no delta, parado desde a doença do presidente Umaru Yar’Adua, deveria acontecer no gabinete do governador.

O chefe do Estado desapareceu em novembro, mas seu estado de saúde, segundo fonte diplomática, o havia tornado ausente “há meses”. Ora, Umaru Yar’Adua havia tentado pôr um fim à “guerra do petróleo”, desencadeada em 2008 pelos grupos armados do delta a fim de parar com cinquenta anos de exploração do óleo bruto sem benefícios para as comunidades locais. Durante os nove primeiros meses desse ano, a Nigéria havia perdido US$ 20 bilhões (R$36 bilhões) em receitas. Foram centenas de mortos no delta.
Grupo rebelde nigeriano Mend declara guerra em área de reserva de petróleo


Os rebeldes estavam ganhando a “guerra econômica”. Nessas condições, o dispositivo da Força Armada Conjunta (JTF) havia sido reforçado, sendo que uma ofensiva foi realizada em maio de 2009 contra os acampamentos dos milicianos, ao passo que um processo de anistia era iniciado, levando a um cessar-fogo no verão de 2009. Foi então que se deteriorou a saúde do presidente Yar’Adua, o “presidente fantasma”. Uma batalha se iniciou pelo poder, paralisando o processo de paz, levando o MEND a declarar o fim do cessar-fogo em janeiro. No início de março, o vice-presidente, Goodluck Jonathan, se instalou na liderança do Estado. E assim a Nigéria se viu governada por um Ijaw, o quarto maior grupo étnico do país, e o maior do delta.

Jamais isso havia acontecido em toda a história moderna e atormentada do país. Um homem da região poderia conseguir a paz? Nada garantia isso.

“Ninguém acreditava nesse programa (de anistia)”, explica, dando de ombros, um observador, membro de uma organização internacional presente na Nigéria. “Ele foi aceito porque muito dinheiro mudou de mãos. As companhias petroleiras pagavam. Nesse caso, foi o governo que pagou”.

Wole Soyinka, Prêmio Nobel de Literatura (1986), acredita que “o processo foi uma iniciativa corajosa do presidente Yar’Adua, mas foi mal organizada, mal pensada”.

O orçamento previsto para a anistia foi estabelecido em 65 bilhões de nairas (R$771 milhões), e 20 mil rebeldes se inscreveram para serem convocados. Várias fontes falam de 6 mil a 8 mil milicianos, uma avaliação que levou em conta o uso pelos grupos armados da mão-de-obra dos “cults”, gangues locais, como os Icelanders ou os Outlaws.

As somas gastas levaram a uma trégua. Ela permitiu que as companhias petroleiras retomassem parte de suas atividades. A produção subiu para cerca de 2 milhões de barris por dia, sem garantir a pacificação do delta.

Chris Newsom, da rede Stakeholder Democracy Network, presente na região há dez anos, está desiludido: “O dinheiro compra a paz... somente até amanhã. O que a lei de anistia propõe aos milicianos? “Fique em casa assim que encostar no dinheiro”. É instituir uma extorsão da paz. E o delta ainda está em um estado lamentável”.
Leia mais notícias dos jornais internacionais:


Grande parte do volume financeiro do processo de paz, cuja gestão é cercada da mais completa opacidade, foi captada pelos principais comandantes, segundo mais de uma fonte. Saídos das baias do delta, eis que estão atualmente instalados nas cidades, desenvolvendo, segundo um conhecedor da questão, uma “casta do Hummer”, inspirados no nome do caro veículo 4 x 4 americano. Paralelamente, uma onda de pequenos chefes, excluídos da partilha, organizam ações para garantir sua existência. “Quanto mais barulho eles fazem em campo, mais serão ouvidos na mesa de negociações”, analisa Chris Newsom.

Entretanto, Goodluck Jonathan busca por soluções para sua região de origem. Para Kathryn Nwajiaku, professora de Oxford e especialista no delta, ele é “o homem do momento”, capaz de conduzir negociações decisivas a respeito do delta. “Um Ijaw no comando do país é algo imenso do ponto de vista simbólico. Os rebeldes que desejarem poderão tratar com ele muito mais do que com qualquer outra autoridade nigeriana”, diz.

As autoridades do delta, membros da sociedade civil, hoje são consultadas sobre esse assunto. É o caso de Edwin Clark, de Ankio Briggs ou de Oronto Douglas, personalidades influentes no delta. Mas uma parte desses dirigentes de grupos armados se recusa a pôr um fim à violência somente com base no programa de anistia.

Henry Okah, líder do MEND libertado dentro do processo de paz, não vê nenhum futuro nas negociações em curso. Em entrevista pelo telefone, ele garantiu: “Milhares de rebeldes esperam nas baias. Os verdadeiros. Não os canalhas que se inscreveram no programa de anistia para receber 65 mil nairas (R$ 771) por mês. O combate recomeçará, e será duro, muito duro. Nós queremos que os petroleiros vão embora, lutamos pela libertação de nossa região, não por um punhado de dólares”.

Os últimos ataques foram conduzidos por um outro partido, o Joint Revolutionary Council (JRC) que prega “a divisão da Nigéria”, ou em outras palavras, a secessão. O JRC lançou vários ataques recentes contra instalações petroleiras. Cynthia White (pseudônimo), a porta-voz do JRC, nos declarou por e-mail: “Não esperamos nada do novo governo. Esse homem (Goodluck Jonathan) só tem alguns meses em seu cargo, e depois ele voltará para seu vilarejo”.




Avatar do usuário
P44
Sênior
Sênior
Mensagens: 55649
Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
Localização: O raio que vos parta
Agradeceu: 2869 vezes
Agradeceram: 2531 vezes

Re: Conflitos em África

#37 Mensagem por P44 » Qui Abr 01, 2010 10:33 am

Publicação: 01-04-2010 12:44 | Última actualização: 01-04-2010 13:31
Primeiro-ministro da Guiné-Bissau libertado pelos militares
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, foi libertado depois de esta manhã ter sido sequestrado por militares, avança a RDP.


O primeiro-ministro da Guiné Bissau foi reconduzido por militares para o seu gabinete, no Palácio do Governo, e está neste momento reunido com oficiais superiores na presença de alguns membros do Governo, disseram à Lusa fontes governamentais.

Em frente à sede do Governo, começam a juntar-se centenas de pessoas que dirigem palavras de solidariedade para com o chefe de Governo, Carlos Gomes Júnior, e palavras de repúdio aos militares.

"Não queremos mais golpes de Estado", é uma das palavras de ordem.

O Presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, encontra-se no seu gabinete na Presidência e não foi envolvido nas movimentações militares desta manhã em Bissau.

Não há indicações de evoluções na situação do chefe das Forças Armadas, Zamora Induta, que foi feito refém por militares no quartel-general na capital.

PM e chefe das Forças Armadas feitos reféns por militares

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, e o chefe das Forças Armadas, Zamora Induta, foram feitos reféns por militares hoje de manhã na capital guineense.

Fontes diplomáticas e de organizações internacionais disseram à Lusa que António Indjai, vice-chefe das Forças Armadas, tinha assumido o comando da instituição militar e que, além de Carlos Gomes Júnior e de Zamora Induta, tinha sido detido um grupo de oficiais superiores.

O ex-comandante da Armada Bubo Na Tchuto, que estava refugiado nas instalações da ONU em Bissau há meses, e sobre o qual pende uma acusação anterior de tentativa de golpe de Estado, foi retirado do local e escoltado por militares para parte incerta.

Portugueses estão bem, diz secretário de Estado das Comunidades

Os portugueses residentes na Guiné-Bissau estão bem e não há registos de incidentes, disse hoje secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

"Todos os portugueses estão bem", disse António Braga à Agência Lusa, acrescentando que está a "acompanhar a situação".

O governante disse ainda que "não há notícias de qualquer incidente com portugueses".

Residem oficialmente na Guiné-Bissau 2.208 portugueses, estando a maioria concentrada em Bissau.




Lusa




*Turn on the news and eat their lies*
Avatar do usuário
marcelo l.
Sênior
Sênior
Mensagens: 6097
Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
Agradeceu: 138 vezes
Agradeceram: 66 vezes

Re: Conflitos em África

#38 Mensagem por marcelo l. » Qua Abr 07, 2010 9:24 am

Da série a insanidade humana continua...


PÉ NA ÁFRICA - Por que a família tradicional de Uganda está sob ameaça?
DAVID BAHATI - Nossa tradição diz que a família é chefiada por um homem e uma mulher. Se nós não protegermos isso, há o perigo de termos famílias chefiadas por dois homens, ou duas mulheres. Temos nossos valores. Isso não inclui a homossexualidade. Nós acreditamos que a pessoa não nasce com isso. É algo que é aprendido, e tudo que é aprendido pode ser “desaprendido”. É como aprender a fumar. Eventualmente, se torna um vício. As pessoas aprendem a abusar das drogas.

PÉ NA ÁFRICA - O sr. está dizendo que as pessoas ficam viciadas em homossexualidade?
BAHATI - As pessoas aprendem [a serem gays] e ficam viciadas nisso.

PÉ NA ÁFRICA - E é possível “desaprender” a ser homossexual?
BAHATI - Elas podem “desaprender”, podem ser curadas.

PÉ NA ÁFRICA - O sr. diz isso baseado em quê?
BAHATI - Há muita evidência disso. Há cientistas que estudaram isso.

PÉ NA ÁFRICA - O sr. pode citar um?
BAHATI - Há um sueco, que investiu muito dinheiro no estudo disso. Mas há outro ponto: se você é homossexual, você tem três vezes mais chances de contrair HIV do que um ser humano normal.

PÉ NA ÁFRICA - Quem diz isso?
BAHATI - Pesquisas sobre a Aids. Além disso, a homossexualidade pode reduzir a expectativa de vida em quase 20 anos. Você pode destruir seu reto. Alguns precisam usar fraldas, como crianças.

PÉ NA ÁFRICA - O sr. também tem evidência científica disso?
BAHATI - Há evidência abundante. Você pode pesquisar em qualquer boa biblioteca, na internet.

PÉ NA ÁFRICA - O sr. pode me dar o nome de um cientista?
BAHATI - Posso te mandar depois. Não tenho aqui agora.

PÉ NA ÁFRICA - A vida sexual não deveria ser uma questão privada?
BAHATI - Em Uganda, há uma tendência que ameaça nossas crianças. Vemos pessoas usando dinheiro para recrutar crianças em escolas e promover uma agenda de homossexualidade. Qualquer sexo entre homem e homem não é sexo, é abuso do sexo.

PÉ NA ÁFRICA - Muitos países avançados vivem bem tendo gays, como EUA, Canadá, países europeus. A sociedade deles não parece ameaçada. Por que seria diferente em Uganda?
BAHATI - Não é certo que o tecido moral dos EUA, Reino Unido ou África do Sul esteja bem. Não está. Foi totalmente destruído.

PÉ NA ÁFRICA - Por quê?
BAHATI - Se o homem se desvia do caminho para o qual Deus o criou, há algo de errado. Deus nos criou para nos casarmos e para a procriação.


PÉ NA ÁFRICA - Por que o sr. incluiu a pena de morte para alguns casos?
BAHATI - Essa é uma proposta ainda. O ponto-chave é focar no princípio do projeto. O ponto é: a homossexualidade é correta?

PÉ NA ÁFRICA - Quando o sr. pede pena de morte para “criminosos seriais”, quem define o que é isso?
BAHATI - É uma pessoa que já foi condenada por homossexualismo. É um cara mau.

PÉ NA ÁFRICA - Mas pena de morte?
BAHATI - Vamos focar no núcleo da proposta. Homossexualidade é um direito humano? Nós acreditamos que não deve ser.

PÉ NA ÁFRICA - Também se prevê pena de morte para quem administrar alguma substância “estupefaciente” a alguém antes de ter relação homossexual. Tomar uma cerveja antes do ato conta?
BAHATI - Estamos falando aqui sobre drogas específicas. Cerveja é droga?

PÉ NA ÁFRICA - Mas aqui se fala em “coisa” que cause esse efeito. Cerveja é uma “coisa”...
BAHATI - A lei será seguida pelo governo de maneira razoável.

PÉ NA ÁFRICA - Prisão perpétua para a prática da homossexualidade não é um exagero?
BAHATI - O que não seria duro demais? Que punição você daria para alguém que está tentando destruir nossas crianças?

PÉ NA ÁFRICA - Essa lei não pode ser usada de maneira abusiva? Bastará “acusar” alguém de homossexualidade...
BAHATI - Não temos história de abusar da lei.

PÉ NA ÁFRICA - Mas pode acontecer uma caça às bruxas...
BAHATI - Uma caça às bruxas acontece só quando alguém está fazendo algo certo. Se alguém está fazendo algo errado e é preso por um cidadão na rua, isso não é caça às bruxas.

PÉ NA ÁFRICA - O seu projeto defende abertamente a censura.
BAHATI - Sim. Nossas crianças devem acessar informação em TV, ou na internet, livre de conteúdo homossexual.

PÉ NA ÁFRICA - Quem define o que é isso?
BAHATI - O Estado deve estabelecer o que é bom ou mau.

PÉ NA ÁFRICA - Isso não é um retrocesso?
BAHATI - Não há liberdade absoluta. Mesmo o vento sopra numa direção.

PÉ NA ÁFRICA - Um jornalista em Uganda poderia escrever uma matéria num jornal sobre a Parada Gay de São Francisco?
BAHATI - Não, porque seria mostrar um lado positivo dos gays.

PÉ NA ÁFRICA - Mas seria apenas relatar que houve a parada. Não dizer que é algo bom, apenas relatar um fato.
BAHATI - Mas qual a razão para isso? Nada dessa bobagem será autorizada.

PÉ NA ÁFRICA - O seu projeto será aprovado?
BAHATI - 95% da população de Uganda é contrária à homossexualidade. Os deputados representam as pessoas. Temos apoio suficiente no Parlamento.

PÉ NA ÁFRICA - E o presidente?
BAHATI - Sei que o presidente não apoia a homossexualidade.

PÉ NA ÁFRICA - O que o sr. achou da reação internacional, inclusive do presidente Obama?
BAHATI - Temos grande admiração por Obama, mas não acredito que promover homossexualidade é a mudança que procuramos. É o mal que devemos combater. Os países desenvolvidos têm valores duplos. De um lado promovem democracia, de outro sufocam democracia. Esse projeto está passando por um processo democrático.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
WalterGaudério
Sênior
Sênior
Mensagens: 13539
Registrado em: Sáb Jun 18, 2005 10:26 pm
Agradeceu: 56 vezes
Agradeceram: 201 vezes

Re: Conflitos em África

#39 Mensagem por WalterGaudério » Qua Abr 07, 2010 1:52 pm

marcelo l. escreveu:Da série a insanidade humana continua...


PÉ NA ÁFRICA - Por que a família tradicional de Uganda está sob ameaça?
DAVID BAHATI - Nossa tradição diz que a família é chefiada por um homem e uma mulher. Se nós não protegermos isso, há o perigo de termos famílias chefiadas por dois homens, ou duas mulheres. Temos nossos valores. Isso não inclui a homossexualidade. Nós acreditamos que a pessoa não nasce com isso. É algo que é aprendido, e tudo que é aprendido pode ser “desaprendido”. É como aprender a fumar. Eventualmente, se torna um vício. As pessoas aprendem a abusar das drogas.

PÉ NA ÁFRICA - O sr. está dizendo que as pessoas ficam viciadas em homossexualidade?
BAHATI - As pessoas aprendem [a serem gays] e ficam viciadas nisso.

PÉ NA ÁFRICA - E é possível “desaprender” a ser homossexual?
BAHATI - Elas podem “desaprender”, podem ser curadas.

PÉ NA ÁFRICA - O sr. diz isso baseado em quê?
BAHATI - Há muita evidência disso. Há cientistas que estudaram isso.

PÉ NA ÁFRICA - O sr. pode citar um?
BAHATI - Há um sueco, que investiu muito dinheiro no estudo disso. Mas há outro ponto: se você é homossexual, você tem três vezes mais chances de contrair HIV do que um ser humano normal.

PÉ NA ÁFRICA - Quem diz isso?
BAHATI - Pesquisas sobre a Aids. Além disso, a homossexualidade pode reduzir a expectativa de vida em quase 20 anos. Você pode destruir seu reto. Alguns precisam usar fraldas, como crianças.

PÉ NA ÁFRICA - O sr. também tem evidência científica disso?
BAHATI - Há evidência abundante. Você pode pesquisar em qualquer boa biblioteca, na internet.

PÉ NA ÁFRICA - O sr. pode me dar o nome de um cientista?
BAHATI - Posso te mandar depois. Não tenho aqui agora.

PÉ NA ÁFRICA - A vida sexual não deveria ser uma questão privada?
BAHATI - Em Uganda, há uma tendência que ameaça nossas crianças. Vemos pessoas usando dinheiro para recrutar crianças em escolas e promover uma agenda de homossexualidade. Qualquer sexo entre homem e homem não é sexo, é abuso do sexo.

PÉ NA ÁFRICA - Muitos países avançados vivem bem tendo gays, como EUA, Canadá, países europeus. A sociedade deles não parece ameaçada. Por que seria diferente em Uganda?
BAHATI - Não é certo que o tecido moral dos EUA, Reino Unido ou África do Sul esteja bem. Não está. Foi totalmente destruído.

PÉ NA ÁFRICA - Por quê?
BAHATI - Se o homem se desvia do caminho para o qual Deus o criou, há algo de errado. Deus nos criou para nos casarmos e para a procriação.


PÉ NA ÁFRICA - Por que o sr. incluiu a pena de morte para alguns casos?
BAHATI - Essa é uma proposta ainda. O ponto-chave é focar no princípio do projeto. O ponto é: a homossexualidade é correta?

PÉ NA ÁFRICA - Quando o sr. pede pena de morte para “criminosos seriais”, quem define o que é isso?
BAHATI - É uma pessoa que já foi condenada por homossexualismo. É um cara mau.

PÉ NA ÁFRICA - Mas pena de morte?
BAHATI - Vamos focar no núcleo da proposta. Homossexualidade é um direito humano? Nós acreditamos que não deve ser.

PÉ NA ÁFRICA - Também se prevê pena de morte para quem administrar alguma substância “estupefaciente” a alguém antes de ter relação homossexual. Tomar uma cerveja antes do ato conta?
BAHATI - Estamos falando aqui sobre drogas específicas. Cerveja é droga?

PÉ NA ÁFRICA - Mas aqui se fala em “coisa” que cause esse efeito. Cerveja é uma “coisa”...
BAHATI - A lei será seguida pelo governo de maneira razoável.

PÉ NA ÁFRICA - Prisão perpétua para a prática da homossexualidade não é um exagero?
BAHATI - O que não seria duro demais? Que punição você daria para alguém que está tentando destruir nossas crianças?

PÉ NA ÁFRICA - Essa lei não pode ser usada de maneira abusiva? Bastará “acusar” alguém de homossexualidade...
BAHATI - Não temos história de abusar da lei.

PÉ NA ÁFRICA - Mas pode acontecer uma caça às bruxas...
BAHATI - Uma caça às bruxas acontece só quando alguém está fazendo algo certo. Se alguém está fazendo algo errado e é preso por um cidadão na rua, isso não é caça às bruxas.

PÉ NA ÁFRICA - O seu projeto defende abertamente a censura.
BAHATI - Sim. Nossas crianças devem acessar informação em TV, ou na internet, livre de conteúdo homossexual.

PÉ NA ÁFRICA - Quem define o que é isso?
BAHATI - O Estado deve estabelecer o que é bom ou mau.

PÉ NA ÁFRICA - Isso não é um retrocesso?
BAHATI - Não há liberdade absoluta. Mesmo o vento sopra numa direção.

PÉ NA ÁFRICA - Um jornalista em Uganda poderia escrever uma matéria num jornal sobre a Parada Gay de São Francisco?
BAHATI - Não, porque seria mostrar um lado positivo dos gays.

PÉ NA ÁFRICA - Mas seria apenas relatar que houve a parada. Não dizer que é algo bom, apenas relatar um fato.
BAHATI - Mas qual a razão para isso? Nada dessa bobagem será autorizada.

PÉ NA ÁFRICA - O seu projeto será aprovado?
BAHATI - 95% da população de Uganda é contrária à homossexualidade. Os deputados representam as pessoas. Temos apoio suficiente no Parlamento.

PÉ NA ÁFRICA - E o presidente?
BAHATI - Sei que o presidente não apoia a homossexualidade.

PÉ NA ÁFRICA - O que o sr. achou da reação internacional, inclusive do presidente Obama?
BAHATI - Temos grande admiração por Obama, mas não acredito que promover homossexualidade é a mudança que procuramos. É o mal que devemos combater. Os países desenvolvidos têm valores duplos. De um lado promovem democracia, de outro sufocam democracia. Esse projeto está passando por um processo democrático.
Em Uganda a homossexualidade será tratada a pau!!!




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Avatar do usuário
marcelo l.
Sênior
Sênior
Mensagens: 6097
Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
Agradeceu: 138 vezes
Agradeceram: 66 vezes

Re: Conflitos em África

#40 Mensagem por marcelo l. » Sex Abr 09, 2010 8:34 am

Africa's Forever Wars
BY JEFFREY GETTLEMAN
http://www.foreignpolicy.com/articles/2 ... s?page=0,2


There is a very simple reason why some of Africa's bloodiest, most brutal wars never seem to end: They are not really wars. Not in the traditional sense, at least. The combatants don't have much of an ideology; they don't have clear goals. They couldn't care less about taking over capitals or major cities -- in fact, they prefer the deep bush, where it is far easier to commit crimes. Today's rebels seem especially uninterested in winning converts, content instead to steal other people's children, stick Kalashnikovs or axes in their hands, and make them do the killing. Look closely at some of the continent's most intractable conflicts, from the rebel-laden creeks of the Niger Delta to the inferno in the Democratic Republic of the Congo, and this is what you will find.

What we are seeing is the decline of the classic African liberation movement and the proliferation of something else -- something wilder, messier, more violent, and harder to wrap our heads around. If you'd like to call this war, fine. But what is spreading across Africa like a viral pandemic is actually just opportunistic, heavily armed banditry. My job as the New York Times' East Africa bureau chief is to cover news and feature stories in 12 countries. But most of my time is spent immersed in these un-wars.

I've witnessed up close -- often way too close -- how combat has morphed from soldier vs. soldier (now a rarity in Africa) to soldier vs. civilian. Most of today's African fighters are not rebels with a cause; they're predators. That's why we see stunning atrocities like eastern Congo's rape epidemic, where armed groups in recent years have sexually assaulted hundreds of thousands of women, often so sadistically that the victims are left incontinent for life. What is the military or political objective of ramming an assault rifle inside a woman and pulling the trigger? Terror has become an end, not just a means.

This is the story across much of Africa, where nearly half of the continent's 53 countries are home to an active conflict or a recently ended one. Quiet places such as Tanzania are the lonely exceptions; even user-friendly, tourist-filled Kenya blew up in 2008. Add together the casualties in just the dozen countries that I cover, and you have a death toll of tens of thousands of civilians each year. More than 5 million have died in Congo alone since 1998, the International Rescue Committee has estimated.

Of course, many of the last generation's independence struggles were bloody, too. South Sudan's decades-long rebellion is thought to have cost more than 2 million lives. But this is not about numbers. This is about methods and objectives, and the leaders driving them. Uganda's top guerrilla of the 1980s, Yoweri Museveni, used to fire up his rebels by telling them they were on the ground floor of a national people's army. Museveni became president in 1986, and he's still in office (another problem, another story). But his words seem downright noble compared with the best-known rebel leader from his country today, Joseph Kony, who just gives orders to burn.

Even if you could coax these men out of their jungle lairs and get them to the negotiating table, there is very little to offer them. They don't want ministries or tracts of land to govern. Their armies are often traumatized children, with experience and skills (if you can call them that) totally unsuited for civilian life. All they want is cash, guns, and a license to rampage. And they've already got all three. How do you negotiate with that?

The short answer is you don't. The only way to stop today's rebels for real is to capture or kill their leaders. Many are uniquely devious characters whose organizations would likely disappear as soon as they do. That's what happened in Angola when the diamond-smuggling rebel leader Jonas Savimbi was shot, bringing a sudden end to one of the Cold War's most intense conflicts. In Liberia, the moment that warlord-turned-president Charles Taylor was arrested in 2006 was the same moment that the curtain dropped on the gruesome circus of 10-year-old killers wearing Halloween masks. Countless dollars, hours, and lives have been wasted on fruitless rounds of talks that will never culminate in such clear-cut results. The same could be said of indictments of rebel leaders for crimes against humanity by the International Criminal Court. With the prospect of prosecution looming, those fighting are sure never to give up.

How did we get here? Maybe it's pure nostalgia, but it seems that yesteryear's African rebels had a bit more class. They were fighting against colonialism, tyranny, or apartheid. The winning insurgencies often came with a charming, intelligent leader wielding persuasive rhetoric. These were men like John Garang, who led the rebellion in southern Sudan with his Sudan People's Liberation Army. He pulled off what few guerrilla leaders anywhere have done: winning his people their own country. Thanks in part to his tenacity, South Sudan will hold a referendum next year to secede from the North. Garang died in a 2005 helicopter crash, but people still talk about him like a god. Unfortunately, the region without him looks pretty godforsaken. I traveled to southern Sudan in November to report on how ethnic militias, formed in the new power vacuum, have taken to mowing down civilians by the thousands.

Even Robert Mugabe, Zimbabwe's dictator, was once a guerrilla with a plan. After transforming minority white-run Rhodesia into majority black-run Zimbabwe, he turned his country into one of the fastest-growing and most diversified economies south of the Sahara -- for the first decade and a half of his rule. His status as a true war hero, and the aid he lent other African liberation movements in the 1980s, account for many African leaders' reluctance to criticize him today, even as he has led Zimbabwe down a path straight to hell.

These men are living relics of a past that has been essentially obliterated. Put the well-educated Garang and the old Mugabe in a room with today's visionless rebel leaders, and they would have just about nothing in common. What changed in one generation was in part the world itself. The Cold War's end bred state collapse and chaos. Where meddling great powers once found dominoes that needed to be kept from falling, they suddenly saw no national interest at all. (The exceptions, of course, were natural resources, which could be bought just as easily -- and often at a nice discount -- from various armed groups.) Suddenly, all you needed to be powerful was a gun, and as it turned out, there were plenty to go around. AK-47s and cheap ammunition bled out of the collapsed Eastern Bloc and into the farthest corners of Africa. It was the perfect opportunity for the charismatic and morally challenged.

In Congo, there have been dozens of such men since 1996, when rebels rose up against the leopard skin-capped dictator Mobutu Sese Seko, probably the most corrupt man in the history of this most corrupt continent. After Mobutu's state collapsed, no one really rebuilt it. In the anarchy that flourished, rebel leaders carved out fiefdoms ludicrously rich in gold, diamonds, copper, tin, and other minerals. Among them were Laurent Nkunda, Bosco Ntaganda, Thomas Lubanga, a toxic hodgepodge of Mai Mai commanders, Rwandan genocidaires, and the madman leaders of a flamboyantly cruel group called the Rastas.

I met Nkunda in his mountain hideout in late 2008 after slogging hours up a muddy road lined with baby-faced soldiers. The chopstick-thin general waxed eloquent about the oppression of the minority Tutsi people he claimed to represent, but he bristled when I asked him about the warlord-like taxes he was imposing and all the women his soldiers have raped. The questions didn't seem to trouble him too much, though, and he cheered up soon. His farmhouse had plenty of space for guests, so why didn't I spend the night?

Nkunda is not totally wrong about Congo's mess. Ethnic tensions are a real piece of the conflict, together with disputes over land, refugees, and meddling neighbor countries. But what I've come to understand is how quickly legitimate grievances in these failed or failing African states deteriorate into rapacious, profit-oriented bloodshed. Congo today is home to a resource rebellion in which vague anti-government feelings become an excuse to steal public property. Congo's embarrassment of riches belongs to the 70 million Congolese, but in the past 10 to 15 years, that treasure has been hijacked by a couple dozen rebel commanders who use it to buy even more guns and wreak more havoc.

Probably the most disturbing example of an African un-war comes from the Lord's Resistance Army (LRA), begun as a rebel movement in northern Uganda during the lawless 1980s. Like the gangs in the oil-polluted Niger Delta, the LRA at first had some legitimate grievances -- namely, the poverty and marginalization of the country's ethnic Acholi areas. The movement's leader, Joseph Kony, was a young, wig-wearing, gibberish-speaking, so-called prophet who espoused the Ten Commandments. Soon, he broke every one. He used his supposed magic powers (and drugs) to whip his followers into a frenzy and unleashed them on the very Acholi people he was supposed to be protecting.

The LRA literally carved their way across the region, leaving a trail of hacked-off limbs and sawed-off ears. They don't talk about the Ten Commandments anymore, and some of those left in their wake can barely talk at all. I'll never forget visiting northern Uganda a few years ago and meeting a whole group of women whose lips were sheared off by Kony's maniacs. Their mouths were always open, and you could always see their teeth. When Uganda finally got its act together in the late 1990s and cracked down, Kony and his men simply marched on. Today, their scourge has spread to one of the world's most lawless regions: the borderland where Sudan, Congo, and the Central African Republic meet.

Child soldiers are an inextricable part of these movements. The LRA, for example, never seized territory; it seized children. Its ranks are filled with brainwashed boys and girls who ransack villages and pound newborn babies to death in wooden mortars. In Congo, as many as one-third of all combatants are under 18. Since the new predatory style of African warfare is motivated and financed by crime, popular support is irrelevant to these rebels. The downside to not caring about winning hearts and minds, though, is that you don't win many recruits. So abducting and manipulating children becomes the only way to sustain the organized banditry. And children have turned out to be ideal weapons: easily brainwashed, intensely loyal, fearless, and, most importantly, in endless supply.

In this new age of forever wars, even Somalia looks different. That country certainly evokes the image of Africa's most chaotic state -- exceptional even in its neighborhood for unending conflict. But what if Somalia is less of an outlier than a terrifying forecast of what war in Africa is moving toward? On the surface, Somalia seems wracked by a religiously themed civil conflict between the internationally backed but feckless transitional government and the Islamist militia al-Shabab. Yet the fighting is being nourished by the same old Somali problem that has dogged this desperately poor country since 1991: warlordism. Many of the men who command or fund militias in Somalia today are the same ones who tore the place apart over the past 20 years in a scramble for the few resources left -- the port, airport, telephone poles, and grazing pastures.

Somalis are getting sick of the Shabab and its draconian rules -- no music, no gold teeth, even no bras. But what has kept locals in Somalia from rising up against foreign terrorists is Somalia's deeply ingrained culture of war profiteering. The world has let Somalia fester too long without a permanent government. Now, many powerful Somalis have a vested interest in the status quo chaos. One olive oil exporter in Mogadishu told me that he and some trader friends bought a crate of missiles to shoot at government soldiers because "taxes are annoying."

Most frightening is how many sick states like Congo are now showing Somalia-like symptoms. Whenever a potential leader emerges to reimpose order in Mogadishu, criminal networks rise up to finance his opponent, no matter who that may be. The longer these areas are stateless, the harder it is to go back to the necessary evil of government.

All this might seem a gross simplification, and indeed, not all of Africa's conflicts fit this new paradigm. The old steady -- the military coup -- is still a common form of political upheaval, as Guinea found out in 2008 and Madagascar not too long thereafter. I have also come across a few non-hoodlum rebels who seem legitimately motivated, like some of the Darfurian commanders in Sudan. But though their political grievances are well defined, the organizations they "lead" are not. Old-style African rebels spent years in the bush honing their leadership skills, polishing their ideology, and learning to deliver services before they ever met a Western diplomat or sat for a television interview. Now rebels are hoisted out of obscurity after they have little more than a website and a "press office" (read: a satellite telephone). When I went to a Darfur peace conference in Sirte, Libya, in 2007, I quickly realized that the main draw for many of these rebel "leaders" was not the negotiating sessions, but the all-you-can-eat buffet.

For the rest, there are the un-wars, these ceaseless conflicts I spend my days cataloging as they grind on, mincing lives and spitting out bodies. Recently, I was in southern Sudan working on a piece about the Ugandan Army's hunt for Kony, and I met a young woman named Flo. She had been a slave in the LRA for 15 years and had recently escaped. She had scarred shins and stony eyes, and often there were long pauses after my questions, when Flo would stare at the horizon. "I am just thinking of the road home," she said. It was never clear to her why the LRA was fighting. To her, it seemed like they had been aimlessly tramping through the jungle, marching in circles.

This is what many conflicts in Africa have become -- circles of violence in the bush, with no end in sight.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Avatar do usuário
P44
Sênior
Sênior
Mensagens: 55649
Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
Localização: O raio que vos parta
Agradeceu: 2869 vezes
Agradeceram: 2531 vezes

Re: Conflitos em África

#41 Mensagem por P44 » Sex Mai 28, 2010 12:28 pm

Angola mulls Chinese military deals
Fri May 28, 7:20 am ET

LUANDA (AFP) – Angola is considering asking the Chinese army and Chinese weapons companies for help in modernising its military, the chief of staff of the Angolan Armed Forces said Friday.

"Studies are under way into the re-equipping and the modernisation of our forces, with a view toward cooperation with the armed forces... and the defence industry in China," Francisco Furtado said on national radio after meeting with his Chinese counterpart Chen Bingde.

Chen was on his first visit to Angola to give about one million dollars (805,000 euros) worth of computer equipment to Luanda, and to discuss consolidating bilateral cooperation deals signed in 2008.

China is heavily involved in Angola's reconstruction after 27 years of civil war that ended in 2002.

The southern African country has already received at least five billion dollars in credit from Beijing -- repaid in oil -- but the World Bank believes up to eight billion dollars more has not been publicised.
http://news.yahoo.com/s/afp/20100528/wl ... 2014/print




*Turn on the news and eat their lies*
Avatar do usuário
EDSON
Sênior
Sênior
Mensagens: 7303
Registrado em: Sex Fev 16, 2007 4:12 pm
Localização: CURITIBA/PR
Agradeceu: 65 vezes
Agradeceram: 335 vezes

Re: Conflitos em África

#42 Mensagem por EDSON » Sáb Ago 07, 2010 11:02 am

Intensos combates em Mogadicío.




Um tanque é alvejado várias vezes.




Avatar do usuário
marcelo l.
Sênior
Sênior
Mensagens: 6097
Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
Agradeceu: 138 vezes
Agradeceram: 66 vezes

Re: Conflitos em África

#43 Mensagem por marcelo l. » Dom Nov 20, 2011 11:43 am

http://www.nytimes.com/2011/08/18/world ... ref=africa

Islamist Group With Possible Qaeda Links Upends Nigeria


MAIDUGURI, Nigeria — A shadowy Islamist insurgency that has haunted northern Nigeria — surviving repeated, bloody efforts to eliminate it — appears to be branching out and collaborating with Al Qaeda’s affiliates, alarming Western officials and analysts who had previously viewed the militants here as a largely isolated, if deadly, menace.

In Nigeria, an Islamist Insurgency Strengthens

Just two years ago, the Islamist group stalking police officers in this bustling city seemed on the verge of extinction. In a heavy-handed assault, Nigerian soldiers shelled its headquarters and killed its leader, leaving a grisly tableau of charred ruins, hundreds dead and outmatched members of the group, known as Boko Haram, struggling to fight back, sometimes with little more than bows and arrows.

Now, insurgents strike at the Nigerian military, the police and opponents of Islamic law in near-daily assaults and bombings, using improvised explosive devices that can be detonated remotely and bear the hallmarks of Al Qaeda in the Islamic Maghreb, Western officials and analysts say. Beyond the immediate devastation, the fear is that extremists bent on jihad are spreading their reach across the continent and planting roots in a major, Western-allied state that had not been seen as a hotbed of global terrorism.

cont.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Avatar do usuário
marcelo l.
Sênior
Sênior
Mensagens: 6097
Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
Agradeceu: 138 vezes
Agradeceram: 66 vezes

Re: Conflitos em África

#44 Mensagem por marcelo l. » Ter Nov 22, 2011 8:54 pm

Deixei só um pedaço do artigo sobre a tese de Newt Gingrich sobre o Congo

http://blog.foreignpolicy.com/posts/201 ... _the_congo

Mas ele tem uma visão bastante rósea da administração colonial belga de 1908 - quando o governo em Bruxelas formalmente assumiu a administração da colônia - até a independência em 1960:

"Colonialismo belga era de fato um modelo de governo tecnocrático. É analisada e planejada para o desenvolvimento econômico congolês com um rigor que, virtualmente, nenhum dos estados agora independente Africano pode igualar. Os belgas estavam muito mais conscientes do que os britânicos ou os franceses do necessidade de desenvolver toda a sociedade a partir do camponês mais para trás até a pós-graduação da universidade mais avançada. "

Gingrich considera que as práticas belgas no Congo - as políticas de educação, em particular - vale a pena analisar desde que o governo colonial foi capaz de implementar as suas políticas sem qualquer resistência a partir de qualquer uma população disenfranchised congolês ou um governo desinteressado belga.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Avatar do usuário
marcelo l.
Sênior
Sênior
Mensagens: 6097
Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
Agradeceu: 138 vezes
Agradeceram: 66 vezes

Re: Conflitos em África

#45 Mensagem por marcelo l. » Sex Nov 25, 2011 9:46 am

http://edition.cnn.com/2011/11/24/world ... ?hpt=wo_t3


Editor's note: Award-winning film maker Fiona Lloyd-Davies is one of the UK's most experienced foreign documentary and current affairs program makers. She has been making films about human rights issues in areas of conflict since 1992. She writes for CNN as part of special coverage on the Democratic Republic of Congo as the country heads to the polls on November 28.
(CNN) -- From the first time you step into eastern Congo, you find yourself surrounded by the exotic and extraordinary, be it flora and fauna or the just plain incongruous -- the severed wing of a Russian aircraft stored on the side of the road, or a boy with a gun.
The place is pulsating with the heat and energy of a population of people fighting to survive just one more day. But the violence here is as intense as this intoxicating, heady mix of Africa at its best and worst.

Eastern Congo has been called the "rape capital of the world" by U.N. Special Representative Margot Wallstrom. Reports record that 48 women are raped every hour. I have been working in the region for 10 years and have seen a tragic development in this unpunished crime against the heart of society.
I first went to a town called Shabunda, deep in the forest. It was October 2001 and circumstances brought me to Congo rather than Afghanistan. A small twin-engined plane was the only way in. And out.
It was the height of the war and I was with a returning team from the medical NGO Medecins Sans Frontieres (MSF). They had pulled out because of the regular attacks on the town, but had decided it was safe to bring their team of three back: there was such a need for medical help here.
As the plane taxied its way precariously down the grass airstrip, we knew we were waving goodbye to the only escape route we had. I was there for a week.
Stay at home and face starvation. Or, go out to the fields for food and be raped. Most women chose the latter.
Fiona Lloyd-Davies
A week hearing terrifying stories of torture and rape. Multiple rapes. Violent, brutal rape. Rape with sticks and guns, even bayonets.
Women told me of their daily choice -- to stay at home and face starvation. Or, go out to the fields for food and be raped. Most women chose the latter. It had become the norm.
The war continued until 2003, when a peace treaty was signed. Officially, the fighting came to an end, but it didn't stop. Nor did the rape.
I returned to Shabunda in 2005 to find the women I had interviewed and photograph four years earlier. It was an unsettling search, for most of those women had died or disappeared in the forest after an attack, never to be seen again.
The new women I met had similar tales of horror. But there was a twist. The people I spoke to this time related organized rape camps, with daily roll-calls. There was a new efficiency in the rape, it had become an integrated part of the rebel forces lives. As these women told me, it was now systematic.
Some years later, in 2009, I returned to make a film about rape and found a disturbing new trend.
Women told me how they expected to be raped. Not once but many times. The women I met, spoke of gang rapes, three or four times. Sometimes it was "only" two soldiers, more often gangs of men,10, 20, over and over again.
Many had conceived children and the girl children, some just babies only a few months old, were being raped as well.
Many had conceived children and the girl children, some just babies only a few months old, were being raped as well.
Fiona Lloyd-Davies
Rape has now become generational.
In Panzi hospital, Bukavu, Dr. Mukwege, a general surgeon continues to work tirelessly to repair these damaged women. I met one of his patients. She was a cheerful little girl, it was impossible not to be drawn to her smile.
The nurse saw me playing with her said: "You know she's HIV-positive." She was just three years old. Her twin sister had been killed when she and her mother had been raped. This little girl had been conceived from rape.
It makes difficult reading, but not nearly as difficult as it is for the women survivors, who are living with the consequences and stigma of rape.
Not least one particular woman, Masika Katsuva. She's tiny, barely five foot tall but is a giant of a personality. Her story has inspired many of us, it is so bleak but also hopeful because she's providing an answer to these women.
The African beauty empowering women
Like so many women survivors, she too was rejected when she and her two teenage daughters were raped by militia men. Her husband was murdered in front of her, chopped up and she was forced to eat his private parts.
Her two daughters Rachel and Yvette were 15 and 13 years old, and both of them conceived children. Masika's husband's family rejected them and she brought her daughters and their babies to a market town hugging the shore of Lake Kivu to try and rebuild their lives.
This year I made a film about her and her work. She's taking care of 170 women at the moment, they call her Mama Masika. Over the past 10 years she's helped more than 6,000 victims of rape, providing them with a wide range of care -- practical, medical and psychological.
She has created a community in an area that is not regularly attacked, providing support to anyone who wants it, and she uses a farm to bring them together.
That field is their hope, their therapy and their source of food and income. They come to this refuge as victims, punished by the violation of rape, blamed and rejected by their families and the local community.
Masika has become a mother figure to the women and their children -- the results of rape -- and as they plant, tend, harvest and finally sell their crops they begin to heal together.
Masika tries to dream of a better future, but she's also realistic. She wants her women to be able to stop doing manual labor in the fields and learn skills like sewing. But for that to happen, she believes, the fighting and the rape must stop.
She looks me in the eye, and with a sigh, says: "But I don't see either the rape or the fighting ending today."




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Responder