Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.
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Guerra
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#31
Mensagem
por Guerra » Seg Jun 16, 2008 6:17 pm
JL escreveu:Troca um carro de combate por uma casamata, não parece ser uma boa escolha, como disse, o espaldão deve ter condições para que o veículo de ré e combate em movimento ou como os israelenses fizeram na defesa da colina de Golan em 1973, troque de posição de tiro.
Na maioria dos combates modernos as defesas estáticas se deram mal.
JL, eu não acredito que um exército como o iraquiano por mais despedaçado que estivesse não soubesse disso. Pois se foi o equipamento americano que virou a mesa na guerra contra o Irã. É obvio que eles sabiam muito bem com quem estavam combatendo e como combater.
Deve haver uma explicação logica.
O que pesa na tática é a missão, terreno e inimigo, por isso eu ´penso como o Helio.
Quanto aos Cascaveis Iraquianos gostaria de dar as seguintes considerações:
- Foram divulgados fotos de alguns Cascaveis Iraquianos semi-enterrados guarnecendo posições. Entretanto não se pode concluir que os Iraquianos utilizavam este recurso com frequencia. Eu particularmente acho muito perigoso a gente generalizar a partir de umas fotos. Me lembro bem quando discutiamos sobre os FX que só porque os EUA utilizaram em um exercicio aéreo um aspirador para tirar qualquer impureza de um aeroporto antes de decolar F-16s, que alguns foristas chegaram a conclusão de que os F-16 SEMPRE necessitariam deste equipamento.Como ficou provado mais tarde que os F-16 operam em todos os fronts sem restrições(inclusive no Egito e no deserto do Atacama no Chile) esta teoria se dissipou.
-Já ví muitas fotos de outros blindados na mesma situação, tais como Sherman semi enterrados e utilizando toras para proteger uma posição na II Guerra, AMX13 Israelenses semi-enterrados da mesma forma dos Iraquianos, etc...
- Vejo este expediente até como uma boa opção para defender uma posição, pois além da silhueta do blindado ficar bem baixa, dificultando o acerto de projéteis do inimigo, no caso do Cascavel que só pode disparar com precisão com o veículo parado, a "trincheira oferece uma boa chance de disparar projéteis com mais chances de acertar o inimigo.
É claro que oferece também inconvenientes, mas é uma opção tática que tem suas vantagens sem dúvida.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Gerson Victorio
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#32
Mensagem
por Gerson Victorio » Seg Jun 16, 2008 7:59 pm
helio escreveu:
Olá Gerson
Na verdade foram construidos 3 protótipos, sendo o ultimo preparado para receber uma torre para canhão 20mm. Este não chegou a ser finalizado, mas a carroceria já estava pronta, só faltando a torre. Estava pintado de primer vermelho
Salve helio,
obrigado por complementar a informação. Não sabia que chegou a existir o terceiro protótipo do Charrua, só por curiosidade, essa torre de 20mm era igual a torre com o mesmo calibre que chegaram a instalar do Urutu da Engesa na sua versão anti-aérea? qual sua opnião sobre o Charrua?
abraços
Gerson
de volta a Campo Grande - MS.
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#33
Mensagem
por helio » Seg Jun 16, 2008 10:13 pm
Gerson
Tenho uma foto dele na fábrica , mas somente com o orificio para colocar a torre, na verdade ela nunca chegou a ser instalada.
A Motopeças cansou de esperar a assinatura de um contrato com o EB(esperaram 10 anos) para fabricar o Charrua e desistiram do projeto. Este veículo ao contrário do Osorio, dependia exclusivamente de uma encomenda do EB.
Nunca soube se na realidade o EB tinha algum interesse real pelo Charrua.
Um abraço
Hélio
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#34
Mensagem
por Moccelin » Ter Jun 17, 2008 11:51 am
Com o preço dos M-113 na época a resposta é que provavelmente não tinham... O fim da Guerra Fria foi o balde de água fria na indústria de defesa mundial, principalmente dos países que não ajudaram sua indústria de alguma forma.
The cake is a lie...
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helio
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#35
Mensagem
por helio » Ter Jun 17, 2008 2:02 pm
Vilmar
Permita-me discordar. O M-113 é de uma classe diferente do Charrua.
O M113 tem 9ton, tem blindagem de aluminio, pode ser aerotransportado
O Charrua tem 17ton, e não pode ser aerotransportado
O M113 comporta uma guarnição de 11 soldados e o Charrua 22
O Charrua tecnológicamente possui um motor e suspensão muito mais moderno que os M113-B
O que acho que aconteceu é que com o Charrua teria que modificar toda a doutrina de VBTP para acompanhar os blindados. Não sei dizer quanto custaria cada Charrua, mas na época o EB não tinha intenção de aumentar a sua frota de VBTP .
O Charrua não foi baseado no M113 e sim no M59, tanto é que antes de fazer o protótipo do Charrua, pegaram um M59 para servir de base. Queria apenas saber se o Charrua era um requisito do EB ou foi projetado primeiro para depois oferecer ao EB. Pergunto isto pois na época haviam muitos blindados que foram projetados no Brasil visando a exportação: Ogum,Jararaca,Sucuri, Osório. Talvez o Charrua também faz parte deste rol.
Um abraço
Hélio
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capsantanna
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#36
Mensagem
por capsantanna » Qui Jun 19, 2008 3:49 pm
Comentaram que a blindagem do Cascavel e do Urutu eram iguais. Não é bem assim.
Pelo que me lembro de ter lido na década de 80, em revistas especializadas, a blindagem do Cascavel aguentava .50, como um todo e a blindagem frontal algo mais forte, como 20 mm. Já o Urutu, só aguentava o 7,62. O .50 furava a blindagem dele (até mesmo a frontal).
Também li que tinham desenvolvido uma blindagem "diferente" para o Osório. Falava-se que era baseada ou semelhante à CHOBRAM (não sei como se escreve) inglesa, com uso de cerâmica no "sanduiche".
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Moccelin
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#37
Mensagem
por Moccelin » Qui Jun 19, 2008 5:26 pm
Sim, fala-se da blindagem melhor do Osório, PORÉM os protótipos existentes não possuem a tal blindagem, eles são com blindagem bi-metálica, assim como o Urutu e o Cascavel, porém com mais espessura, claro.
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jambockrs
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#38
Mensagem
por jambockrs » Qui Jun 19, 2008 5:27 pm
eligioep escreveu:(...) Quanto à dos EE9/11, não tinha por que ser maior, pois são viaturas leves de reconhecimento e não de ataque, quanto muito de segurança de flancos, jamais de ataque frontal. (...)
Prezado
eligioep: Se o Cascavel é considerado veículo leve de reconhecimento, não sei porque equipa-lo com um canhão de noventa milímetros! Antes usassem um canhão de trinta milímetros e o blindassem de forma mais pesada.
Um abraço e ateh mais...
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#39
Mensagem
por helio » Qui Jun 19, 2008 5:57 pm
capsantanna escreveu:Comentaram que a blindagem do Cascavel e do Urutu eram iguais. Não é bem assim.
Pelo que me lembro de ter lido na década de 80, em revistas especializadas, a blindagem do Cascavel aguentava .50, como um todo e a blindagem frontal algo mais forte, como 20 mm. Já o Urutu, só aguentava o 7,62. O .50 furava a blindagem dele (até mesmo a frontal).
Também li que tinham desenvolvido uma blindagem "diferente" para o Osório. Falava-se que era baseada ou semelhante à CHOBRAM (não sei como se escreve) inglesa, com uso de cerâmica no "sanduiche".
CapSantana
Na verdade depende do tiro. Como a frente do Cascavel é em formato angular, é natural que suporte tiros de certos calibres. Mas se o tiro for frontal( entrar a 90º) o tiro de .50 vara o blindado.
Quanto ao calibre do canhão de um blindado leve que o Jambocks escreveu, acho que o calibre influencia mas também pela sofisticação ´da instalação. O que eu quero dizer que um blindado leve geralmente tem como doutrina 2 apenas pessoas na torre( ao invés de 3 no MBT). Nos blindados leves o comandante do carro é também o municiador( tem que ser preferencialmente destro para poder indroduzir o projétil mais rápidamente) , e fica situado no lado esquerdo da torre. No lado direito fica o artilheiro.
Por ser um blindado leve, suas missões permitem que o comandante faça as 2 funções, coisa impossivel num MBT.
Um abraço
Hélio
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#40
Mensagem
por eligioep » Sex Jun 20, 2008 10:59 am
jambockrs escreveu:Prezado eligioep: Se o Cascavel é considerado veículo leve de reconhecimento, não sei porque equipa-lo com um canhão de noventa milímetros! Antes usassem um canhão de trinta milímetros e o blindassem de forma mais pesada.
Um abraço e ateh mais...
jambockrs,
caso ele recebesse blindagem maior, ele perderia a sua grande mobilidade, sua principal característica, e seu canhão 90mm é para sua auto-defesa. Quanto ao 30 mm, de pouco efeito é (pelo menos na época era...) contra blindagens de blindados, no caso de auto-defesa.... Para reconhecimento "pesado", se é que existe isso, existiam os MBT (no nosso caso M41), com mais blindagem e o mesmo canhão. Hoje temos M60 e Leopard nesta função. Att
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JL
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#41
Mensagem
por JL » Sex Jun 20, 2008 1:16 pm
Alguém pode informar quais eram as espessuras das chapas da blindagem dos protótipos: Osório da Engesa e do Tamoyo I da Bernardini.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
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Guerra
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#42
Mensagem
por Guerra » Sáb Jun 21, 2008 8:42 pm
helio escreveu: Queria apenas saber se o Charrua era um requisito do EB ou foi projetado primeiro para depois oferecer ao EB. Pergunto isto pois na época haviam muitos blindados que foram projetados no Brasil visando a exportação: Ogum,Jararaca,Sucuri, Osório. Talvez o Charrua também faz parte deste rol.
Eu semprei acreditei que o EB encomendou o charrua. Porque o charrua, ao contrario do M113, era possivel fazer tudo o que era previsto na nossa doutrina de combate com fuzileiros blindados.
Só como exemplo, o desembarque do GC no charrua levava metade do tempo do M 113.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Carlos Mathias
#43
Mensagem
por Carlos Mathias » Sáb Jun 21, 2008 11:02 pm
E com tudo isso não vingou, puta merda...

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joao fernando
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#44
Mensagem
por joao fernando » Dom Jun 22, 2008 2:31 pm
Mas CM, vc realmente acha que um pais que nunca vai para a guerra (o maximo são 20 unidades de Urutu lá naquele pais da america cental que esqueci o nome) realmente vai gastar grana em caças, veiculos de transporte e outros??? Eu acho que não...

Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Luiz Bastos
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#45
Mensagem
por Luiz Bastos » Dom Jun 22, 2008 6:11 pm
Sensacional galera.
E o OGUM ?
Pra que servia aquilo?
Parecia de brinquedo.
Que motor tinha? de Enceradeira ?
Fui
