MST: ORGANIZAÇÃO CLANDESTINA

[rodrigo]

Um movimento que leva pito do sr. Raul Jungman está com sua moral mais rasteira do que c* de cobra!

[Kratos]

Preparem-se que a Itaipu será invadida em breve.

[Edu Lopes]

Ilegal, e dai?

Fórum do MST tem apoio do PT e de Chávez

Governo federal também colabora, enviando homens da Força Nacional

Roldão Arruda

Um conjunto de ativistas políticos e ambientalistas - oriundos de 37 países - desembarca hoje em Parauapebas, município do sudeste do Pará. Vão participar do Fórum Social Carajás 2009, organizado pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) e pela Via Campesina, com o propósito de debater os problemas sociais e ambientais da região, cujas montanhas abrigam a maior província mineral de ferro do mundo, explorada pela empresa Vale.

O evento terá a duração de três dias: na terça-feira os visitantes viajam para Belém, onde irão participar da abertura do Fórum Social Mundial. Para organizá-lo o MST e a Via contaram com a colaboração da Prefeitura de Parauapebas, dirigida pelo PT, e do Ministério da Justiça, que ontem desembarcou 80 homens da Força de Segurança Nacional no aeroporto da cidade.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, também colabora. Durante o fórum será lançada a pedra fundamental de uma escola agroecológica, cuja construção contará com recursos venezuelanos.

Pela programação percebe-se que o propósito real do encontro é apresentar a região aos visitantes. Estão previstas apenas três horas de reuniões, com a apresentação de painéis sobre projetos econômicos na região. No restante do tempo, os convidados participarão de atos políticos e farão visitas a assentamentos, à barragem de Tucuruí, à área de exploração de minérios. Também assistirão à inauguração de um estádio, com o nome do revolucionário Che Guevara.

A escolha do local - onde se concentra a parte mais expressiva das operações de mineração da Vale - é uma espécie de provocação. O MST defende a reestatização da empresa, privatizada no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, e no ano passado organizou ações na região, com o intuito de atingir as operações da mineradora.

A lista de convidados anunciados no site da prefeitura na internet inclui os nomes da cubana Aleida Guevara, filha de Che e militante do Partido Comunista de Cuba; a nicaraguense Edis Vielma Sosa, ex-guerrilheira e dirigente do Movimento pelo Resgate do Sandinismo; e a venezuelana Edis Vielma Sosa, que faz a ligação entre o MST e o governo de seu país para a construção da escola agroecológica.

AMIGOS

A presença venezuelana é mais um indicador do estreitamento das relações entre o MST e o governo da Venezuela. Chávez já colaborou com os sem-terra na construção de uma escola agroecológica no Paraná. Em contrapartida os sem-terra estão fornecendo assessoria técnica e pedagógica ao Instituto Universitário Latino-americano Paulo Freire, que o presidente venezuelano quer transformar num grande centro de formação agrícola. João Pedro Stédile, principal líder do MST, e Chávez costumam se tratar como amigos.

A população de Parauapebas, com 170 mil habitantes, cresce 16% ao ano - uma das mais altas taxas do País.


Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 2135,0.php

[Marino]

O Globo MST contra o Brasil
DOUGLAS FALCÃO e RENATO

Recentes reportagens noticiam a mobilização de movimentos sociais brasileiros, patrocinada pelo Paraguai, que busca apoio para as mudanças propostas pelo presidente Fernando Lugo em relação ao contrato da hidrelétrica de Itaipu.

Emissários do governo paraguaio vêm mantendo contato com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Confederação Única dos Trabalhadores (CUT), entre outros movimentos ligados ou simpáticos à chamada Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), criada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a fim de pressionar o governo brasileiro a aumentar o valor pago pela energia de Itaipu e reavaliar a dívida referente à obra da hidrelétrica, de modo que o Paraguai, na prática, deixe de honrar com sua parte.

O eterno líder do MST, João Pedro Stédile, já vestiu uma improvável fantasia de embaixador informal do Paraguai no Brasil e confirmou a distribuição, entre a "militância", de "documentos e argumentos do povo do Paraguai". Se preciso for, fará "manifestações de solidariedade ao povo do Paraguai". Um dos negociadores paraguaios confirmou a estratégia "de guerrilha" . A campanha também está sendo levada a universidades e ao Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil.

O viés ideológico é claro. Os governos "bolivarianos" fazem uso de sua principal tática: esvaziar as instituições democráticas dos países latino-americanos, apelando para grupos que se movimentam fora das instâncias formais, como o MST, desde que sob controle dos "líderes bolivarianos". Tudo sob o argumento de que governo e "vontade do povo" se exercem sempre por meio de assembleias.

O tabuleiro da diplomacia entre governos é relegado a segundo plano e um obscuro jogo passa a ser travado com base em velhos conceitos de informação e contrainformação, que devem povoar o imaginário das viúvas saudosas do falido regime soviético.

O MST e outros movimentos supostamente defensores de ideais "sociais", negando de antemão os direitos do Brasil sobre Itaipu, cuja construção foi integralmente paga pelo contribuinte brasileiro, mobilizam-se pela duvidosa demanda paraguaia. Mostram-se subservientes ao interesse estrangeiro e buscam conquistar nossa opinião pública por meio do assembleísmo de massas, uma das maiores ameaças à democracia. Nele, o indivíduo perde sua condição de cidadão, titular de um voto, e passa a integrar um rebanho que aguarda o sinal de seu líder.

De se notar que o assembleísmo tem vida curta. Após a tomada do poder pelos "valorosos" bolivarianos, como se deu na Venezuela, na Bolívia e no Equador, a liberdade de expressão e os direitos individuais são rapidamente cerceados ou suprimidos, sob o argumento de que a "revolução" não pode ser ameaçada por quem defenda "ideias discrepantes", tudo sob o manto do governo "eleito". É a nova roupagem das ditaduras na América Latina do século XXI.

E o Brasil? O que faz para enfrentar a situação de Itaipu? Por determinação do Palácio do Planalto, a tão criticada Agência Brasileira de Inteligência (Abin) entrou em cena e deverá monitorar os passos do MST e o governo do presidente paraguaio Fernando Lugo, enquanto o Itamaraty mostra-se tímido. Na prática, o governo joga essencialmente o mesmo jogo obscuro, inclusive levando funcionários de Itaipu a reuniões com movimentos sociais.

Assim, a reação diplomática oficial fica relegada a segundo plano e o governo brasileiro limita-se a disputar o apoio "popular" dos nossos sem-terra com o governo paraguaio. O parlamento brasileiro, tão desgastado, sequer é ouvido e a democracia representativa, garantidora da defesa dos direitos individuais, mais uma vez aparece soterrada por uma dúzia de líderes de "movimentos sociais" .

O governo brasileiro, mais uma vez, confere ao MST um status indevido, ao dar satisfação de sua política externa soberana a um movimento "social" que, não satisfeito em sequer possuir registro formal e reiteradamente optar pelo caminho da ilegalidade ao violar direitos de cidadãos e descumprir decisões de tribunais brasileiros, ainda resolveu patrocinar os interesses do sr. Fernando Lugo - tão legítimos quanto o uísque paraguaio -, contra o Brasil e, por consequência, contra o contribuinte brasileiro, que periga pagar duas vezes pela obra da hidrelétrica. A ressaca promete ser dolorosa e duradoura.

[irlan]

rapaz, tenho que admitir, não esperava ler uma matéria dessa no globo..

[Kratos]

E o Brasil? O que faz para enfrentar a situação de Itaipu? Por determinação do Palácio do Planalto, a tão criticada Agência Brasileira de Inteligência (Abin) entrou em cena e deverá monitorar os passos do MST e o governo do presidente paraguaio Fernando Lugo, enquanto o Itamaraty mostra-se tímido. Na prática, o governo joga essencialmente o mesmo jogo obscuro, inclusive levando funcionários de Itaipu a reuniões com movimentos sociais.

Se viêssemos num páis sério, governados por pessoas sérias, e de cidadãos sérios, o presidente já teria determinado a resolução do problema MST/Via-Campesina. E nisso vamos caminhando de novo pra 1964.

[rodrigo]

Alta Tensão I

O gestores do sistema elétrico nacional estão em alta tensão pelos próximos 30 dias. As hidrelétricas de Tucuruí e Itaipu estão na agenda de invasão de grupos irregulares ligados ao MST e para repercutir durante o Fórum Social Mundial.

Atingidos por hidrelétricas da Amazônia realizam assembléias
http://www.defesanet.com.br/mst/25_yrs_6.htm


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Alta Tensão II

O que foi visto como uma capitulação ao governo boliviano na negociação sobre o volume de gás a ser comprado nos próximos meses, foi de fato uma ação estratégica. Alertados pela área de inteligência o governo preferiu manter as térmicas à gás em funcionamento, mesmo com o excelente volume de água das hidrelétricas. É preferível ter a geração de eletricidade próxima aos centros consumidores, do que nas hidrelétricas passíveis de invasão e dependentes dos frágeis linhões.

http://www.defesanet.com.br/dn/23JAN09.htm

[Clermont]

Alta Tensão II

O que foi visto como uma capitulação ao governo boliviano na negociação sobre o volume de gás a ser comprado nos próximos meses, foi de fato uma ação estratégica. Alertados pela área de inteligência o governo preferiu manter as térmicas à gás em funcionamento, mesmo com o excelente volume de água das hidrelétricas. É preferível ter a geração de eletricidade próxima aos centros consumidores, do que nas hidrelétricas passíveis de invasão e dependentes dos frágeis linhões.

http://www.defesanet.com.br/dn/23JAN09.htm

Deixa ver se eu entendi: quer dizer, então, que o ministro da energia cancelou a compra do tal gás, sob argumentos técnicos de que não era necessário. Vem, então, o seu Inácio da Silva, e dá a contra-ordem. O ministro - que ama muito o seu carguinho - diz que a nova contra-ordem foi por razões técnicas e não políticas.

O seu Inácio, de público, desmente o ministro - que, continua no seu carguinho: ele o ama muito - e diz que foi, sim, por razões políticas que foi mantida a compra do gás boliviano. Todo mundo, então, acha que seu Inácio fez isto, só para puxar o saco do seu Morales (coisa curiosa: devia ser o seu Morales a puxar o saco do seu Inácio. Ou não?)

Finalmente, descobrimos a verdade: seu Inácio - com a perspicácia de um Sun Tzu, na verdade, não estava puxando o saco do seu Morales. Não. Seu Inácio, estratégicamente, pensou:

- Se os companheiros do MST sacanearem as hidrelétricas, eu já tenho o gás aí, à disposição!

Mas, vem cá: não seria mais "estratégico", simplesmente, não comprar o gás, e mandar um aviso claro para os líderes do MST, que irá ocorrer reação do governo? Deixando claro que, se houver alguma invasão deste tipo, que coloque a segurança energética do Brasil em perigo, o governo federal vai usar todo o seu poder armado, incluindo não só a polícia federal, mas, principalmente, o Exército, para debelar as ações hostis.

Ah! Mas, já ia esquecendo. O governo Inácio da Silva não pode fazer uma ameaça dessas. O governo Inácio da Silva tem uma "biografia"; ele tem compromisso com os movimentos das lutas populares. Portanto, se o MST deixar o Brasil inteiro à luz de velas, vai ficar por isso mesmo.

É, pensando melhor, talvez tenha sido, mesmo, "estratégica" a decisão de gastar dinheiro do contribuinte, comprando gás do seu Morales, gás que, ao que tudo indica, não seria necessário...

Ai, ai, ai. Onde estava Inácio da Silva com suas "estratégias", quando a gente precisava dele, na Guerra do Paraguai...

[bruno mt]

Discordo Clermont, por mais que eu odeie o MST eu não posso sair por ai caçando o "movimento", pela simples razão de que eles ainda não fizeram nada. O Governo desta vez fez certinho, eles estão vigiando, caso ocorra a invasão ele age, o máximo que ele pode fazer é botar pessoal disfarçado ali pois se botar o EB ou a PF seria uma provocação ao paraguai. O que tinha de ser feito foi feito e tem mais, você já deve ter viajado de carro e visto os "linhões" que a reportagem falou, não há dificuldade alguma de derrubar aquilo, ou seja, teríamos que escutar o Paraguai por um coisa que não teria real eficiência alguma, embora nós não acreditemos mas o MST e cia também pensam. Antes que começarem com "comuna;petista e etc." não gosto nem nunca gostei do LULA, e a corja deles, mas desta vez estão agindo corretamente.

ou você faria diferente?

[Clermont]

ou você faria diferente?

Sim. Eu usaria a lei.

Alguma coisa que já devia ter sido feita, décadas atrás, para lidar com as insolências deste tipo de movimento. Mas que nem o atual governo, nem o anterior, quiseram utilizar.

De qualquer forma, eu digitei, "mandar um aviso", não sugeri que jogassem Stédile & Cia no meio do Atlântico (embora a idéia não seja de todo má). Um aviso de que jamais se toleraria uma ação como está sendo indicada pelo texto. De que tal coisa seria considerada - como verdadeiramente é - um atentado nacional.

O fato é que eu não engulo e não aceito que o governo do Brasil tenha de utilizar estes métodos tortuosos (vamos-comprar-gás-pensando-no-MST). Não, não vamos comprar gás porra nenhuma (se não for realmente, necessário) e vamos impor a Lei a esta horda selvagem.

Simples assim.

[bruno mt]

sim, concordo em numero, gênero e grau. só quis dizer que desta vez o governo agiu coretamente(já que o que devia ter ocorrido anteriormente não ocorreu).

[Marino]

http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2 ... 5262-1.htm

[Túlio]

Sim. Eu usaria a lei.

Eu também: a LEI DO PORRETE!!!

[irlan]

Crise, reação contra os sem-terra e a falta de providências podem agravar a violência rural
Vasconcelo Quadros - BRASÍLIA

O conflito no acampamento da Fazenda Consulta, em São Joaquim do Monte, no agreste pernambucano, pôs na agenda da reforma agrária uma inquietante realidade: os sem-terra do MST, que historicamente foram alvos de chacinas e massacres, agora recusam o papel de vítima e estão partindo para o confronto com o mesmo poder bélico dos fazendeiros. A chacina que resultou na morte de quatro seguranças da milícia contratada pelo proprietário das duas fazendas invadidas foi o primeiro caso nos últimos 25 anos em que só morreram os adversários do MST e marca uma reviravolta nos conflitos rurais.
O delegado que investiga o caso, Luciano Soares, afirma que as circunstâncias em que o crime ocorreu demonstram um equilíbrio de forças, embora desta vez os sem-terra tenham levado a melhor. – Pelo que se observou eles estavam prontos, armados e tão preparados quanto os seguranças – disse o delegado, que anotou outra mudança nas táticas de proteção nos acampamentos de lona preta, cujo estilo contraria a da legítima defesa alegada pelos sem-terra: – Dois seguranças morreram na hora e outros dois tentaram fugir. Foram alcançados 800 metros adiante e mortos – conta Soares.

Nesta segunda-feira Soares conclui o inquérito com o indiciamento do dirigente do MST na região, Aluciano Ferreira dos Santos, de 31 anos, e Paulo Alves Cursino, 62, este acusado de guardar as armas dos sem-terra - ambos por quatro homicídios qualificados. Líder desde 2005 e com forte influência entre os sem-terra, Aluciano é uma das promessas do MST na região. Por cautela, segundo o delegado, foi levado para uma prisão em Caruaru. No entendimento da polícia e do Ministério Público, a legitima defesa teria sentido se a ação dos sem-terra tivesse se limitado ao local do conflito. O delegado confirma, no entanto, que o estopim do tiroteio foi a ação dos seguranças, que voltaram ao acampamento para tentar tomar a máquina que um sem-terra usou para fotografá-los portando ostensivamente pistolas e rifles. Os sem-terra dispararam quando o rapaz, com uma arma apontada para sua cabeça, caiu desmaiado. O que houve em seguida foi uma explosão de violência.

O MST é o mais organizado dos movimentos que lutam pela reforma agrária e também o de maior capilaridade. Em Pernambuco, liderada pelo catarinense Jaime Amorim, um ex-suboficial do Exército, localiza-se seu núcleo mais radical, cuja atuação é pautada também pela violência normalmente empregada pelos fazendeiros para fazer frente às invasões.

– O MST mudou de tática. Receio que esse tipo de ação possa ocorrer também em outras regiões do país – diz o cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília (UNB), que estuda os conflitos pela terra.

Assim que o episódio ganhou o noticiário, a direção do MST tratou de antecipar-se. Informou que o movimento repudia a violência e que a chacina de Pernambuco foi provocada pela milícia armada. – Como outros movimentos sociais, fomos historicamente vítimas do latifúndio e do agronegócio – diz a nota. Amparado em dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), da igreja católica, o movimento cita o fúnebre balanço em que morreram, de 2005 a 2007, cerca de 1,5 mil trabalhadores rurais, todos eles em cenários semelhantes ao conflito da Fazenda Consulta.

Segundo Fleischer, a perda de popularidade em função das ações violentas e o fato de tornar-se alvo cada vez mais frequente das autoridades em várias regiões do país (da condenação verbalizada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, às ações do governo e justiça gaúchas fechando escolas e sugerindo a desativação do movimento) podem empurrar os sem-terra para uma posição mais radical ainda. Nos últimos cinco anos o governo Lula distribuiu cerca de R$ 47 milhões aos movimentos, cerca de quatro vezes mais do que no período de Fernando Henrique Cardoso, onde Gilmar Mendes era o Advogado Geral da União (AGU).

– O MST tem 100 mil pessoas disponíveis para realizar invasões. Temo uma reação violentíssima dos militantes – alerta o cientista político. Ele acha que há riscos de invasões articuladas em maior número das ocorridas no carnaval no Pontal do Paranapanema, em São Paulo, e conflitos com mais mortes do que as registradas em Pernambuco. Outro fator agravante, segundo Fleischer, é a tentativa de promover o estrangulamento financeiro do MST.

– Não me surpreenderia se aparecer uma nova Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) que impeça repasses de verbas federais ou de uma pressão política sobre o Banco Central para proibir a entrada de recursos externos dos quais o movimento depende, especialmente da Alemanha e Holanda – diz Fleischer. Segundo ele, a crise financeira e seus reflexos - desemprego e mais miséria - funcionará como combustível às invasões de terras, aumentando o contingente de pobres que acabarão caindo nas mãos dos movimentos sociais pela reforma agrária.

O estilo militarista dos sem-terra de Pernambuco

Ex-ministro da Reforma Agrária, o deputado pernambucano Raul Jungmann (PPS), histórico adversário político do MST, diz que as mortes do carnaval representam a crônica de conflito anunciado em que a corda rompeu, pela primeira vez, do lado dos seguranças. Ele afirma que o episódio torna público um fato que já tradição entre os sem-terra:

– O MST faz treinamento militar e tem grupos armados. Quem duvidar, que experimente entrar no QG do Jaime Amorim, na Fazenda Normadia, em Caruaru. É um verdadeiro bunker. Ele criou um estilo militarista. Nem a polícia entra – acusa o deputado. – O Jungmann não teve coragem para fazer a reforma agrária e ainda deixou no ministério a herança que hoje atrapalha. A violência nunca interessou ao MST – responde Gilmar Mauro, um dos líderes nacionais do movimento. Jungmann diz que, além de generosos repasses de verbas, no governo Lula as superintendências regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foram loteadas por militantes egressos do MST.

– Não foi entregue formalmente, mas os sem-terra têm o controle cartográfico do Incra – diz Jungmann. O Ministério do Desenvolvimento Agrário e o órgão negam. O ministro Guilherme Cassel, do MDA, garante que os recursos se destinam ao apoio aos programas de plantio e que todos os repasses passam por rigorosa auditoria executada pelos órgãos de controle do governo.

O presidente da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA), Octávio Alvarenga, também alerta que, se as autoridades não agirem rápido, a crise financeira pode levar mais violência às áreas rurais.

– A instabilidade no campo é resultado da bolha capitalista. Não acredito em violência de grandes proporções, mas não há dúvida de que o caldeirão pode explodir – conclui Alvarenga. (V.Q.)

fonte:http://www.defesanet.com.br/0903_rfbr/00001.htm

[Túlio]

Aqui no RS o Ministério Público está encurralando a cambada...