O BOPE tem alguns fatos a seu favor. Em que pese sua deficiência em armamentos (maldita politicagem), não há tropa no país que tenha mais experiência de combate urbano que essa unidade. Porque eu posso falar isso? Porque eu quero que me apontem unidade militar que entre em combate todo santo dia. Feita pra isso? Não faz mais que a obrigação? Pode ser. Mas é fato. Pior se não fizesse.
É verdade que a topografia da cidade é peculiar, mas o curso de operações especiais não se resume ao combate em favelas. Tampouco as atribuições da unidade. Seus integrantes não raro têm cursos em outras unidades de operações especiais pelo país. Como exemplo, um dos capitães que estava conosco em nossa visita ao Batalhão tinha o curso de Comanf, entre vários outros. Vários deles tinham acabado de voltar de Brasília onde passaram pelo curso de explosivos do DPF. Agora, se são mais experimentados e especializados na missão mais corriqueira, não poderia se esperar o contrário.
As dezenas de fotos e placas de agradecimentos das unidades militares e policiais do Brasil e do exterior, que preenchem uma enorme parede da sede do Batalhão, são uma mostra do quão é conceituada a unidade.
Agora, opinião é opinião. Ninguém precisa concordar com quem diz que é a melhor. Podem criar vários itens para se chegar a essa conclusão. Não é do meu interesse esse tipo de disputa. Só acho que não reconhecer a qualidade da unidade vai além da ignorância (no sentido fiel da palavra) do assunto. Mas também não vou discutir isso.
Vi, ouvi, questionei e debati muitas coisas sobre a unidade e tirei minhas conclusões. A maioria não pode ser comentada. O BOPE não é invencível, mas achar que é só mais uma unidade, lamento dizer, é estar enganado.
Seguem algumas fotos da visita. Infelizmente minha máquina deu pane no dia. Tirei algumas fotos com o celular, que vejo depois se tem alguma boa pra postar. Essas abaixo foram tiradas por outras pessoas e enviadas a mim pelo Rodrigo.
Nessa primeira foto, alguns dos armamentos utilizados pelo BOPE. Alguns fuzis de precisão, fuzis automáticos para todos os gostos (FAL, G-3, M-4, Ak-47...), pistolas, granadas... Lá atrás, não dá pra ver, estava a metralhadora Hk-21.
Um dos famosos "Caveirões". A quantidade de marca de tiros é impressionante. Notamos duas perfurações visíveis na parte da frente, perto do motor, causada por munição perfurante. Para verem o nível das coisas. E tem gente que acha que é fácil. De amarelo na foto um dos capitães. As duas mulheres são amigas do Rodrigo.
Armas que foram usadas na nossa sessão de tiro. Munição, com direito a traçante, cortesia gentilmente oferecida pela ADA.
Este que vos escreve, lamentavelmente acima do seu peso padrão devido à gula antes, durante e depois das Festas (
), brincando um pouquinho. Observando mais ao longe, o Rodrigo.
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