FAB compra F5 jordanianos

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Plinio Jr
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#31 Mensagem por Plinio Jr » Seg Out 01, 2007 7:51 pm

GERSON VICTORIO escreveu:
Opss...pelo que ja lí...não foi assim no começo

Os americanos tinham no F-4 toda uma doutrina voltada para o combate com a antiga URSS, com mísseis guiados semi-ativos e tal voltados para atacarem os grandes bombardeiros e suas escoltas em grande altitute, tanto que dispensaram em algumas versões do F-4 o canhão interno, no Vietnam os americanos se viram num aperto danado contra os MIG-15 e 17 com táticas bem inteligentes destes últimos que sempre exploravam a baixa e média altitude, isso ja foi amplamente divulgado, a coisa so se reverteu depois que mudou-se todo uma doutrina, incluse com programas como TOPGUN, mas isso e uma longa historia, o que ficou desse episódio é que não se pode substimar o seu oponente, mesmo aquele que tem uma "inferioridade" tecnológica, pois a capacidade de luta de um povo está no seu principal elemento...o homem.


Concordo em partes, muitos dos problemas obtidos pelos pilotos dos F-4s nos céus do Vietnã devem-se a diversos aspectos:

- Confiabilidade dos mísseis, tanto AIM-9 quanto AIM-7 na fase inicial do conflito, o que acabava trazendo boa parte dos combates para dogfihts, algo que o F-4 não fora projetado, pois não tinha canhões, rapidamente resolvido com a introdução de pods centrais SUU-16A de 20 mm .

Isto pode ser exemplificado durante a operação BOLO em 02/01/1967, quando foram necessários 28 mísseis disparados para abater 07 Mig-21s s/ perdas.

- Outro problema tbm, era de carater politico, onde haviam várias restrições para atuação da FA´s americanas, durante boa parte da guerra, as bases vietnamitas não foram atacadas graças a estas restrições e os pilotos vietnamitas tiraram proveito disto.

O percentual das vitórias dos F-4s sobre os Migs vietnamitas (3x1)sempre foi favorável ao caça americano, mas numa margem bem menor que o obtido em conflitos anteriores por outros vetores em conflitos como Coréia e II Guerra.

O conceito Top Gun traria mudanças significativas mesmo no final da guerra, mas somente para os pilotos da USN e USMC e não para os pilotos da USAF, que realizavam grande parte das operações aéreas .

A introdução de novos sistemas, mísseis, munição inteligente e principalmente a liberação das restrições nas atividades aéreas sobre o Vietnã em 1972 é que acabou trazendo muitos beneficios aos americanos e trazendo a guerra em um outro nivel, muito mais dificil para as defesas vietnamitas, forçando-os a voltar a mesa de negociações....




¨Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão ¨- Eça de Queiroz
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#32 Mensagem por faterra » Seg Out 01, 2007 8:02 pm

:shock: :shock: :oops: :oops: :oops:

Vai jogar dinheiro fora assim lá na casa do c*****o!
Depois chora que o cobertor é curto, que não tem grana para comprar papel higiênico, e por aí a fora.
Tem alguma coisa muito errada ou, no mínimo, muito esquisita acontecendo na FAB. Na minha leiga opinião, a simples "modernização" dos caças fabianos já era um desperdício. Agora gastar dinheiro na procura e aquisição de sucatas? E ainda vão modernizá-las? A grana que será desperdiçada neste despropósito - compra + modernização de "novos" F5's + modernização dos F5's fabianos já daria para comprar quase a totalidade da quantidade mínima de caças previstos no FX-1, e em um prazo muito menor.

Quiron escreveu:
Espero que caiam todos no caminho.


Alitson escreveu:
Claro e deveriamos colocar vc e mais alguns com essa cabeça dentro, o que vc acha?
Ta achando que vida de piloto nada vale?


Isto é o que mais choca. A falta de respeito da FAB pela vida de seus pilotos, ao expô-las no translado destas sucatas.




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Um abraço!
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#33 Mensagem por ThomasDWeiss » Seg Out 01, 2007 8:10 pm

Sem os F-5EM sendo modernizados a FAB teria de fazer como o Chile - comprar F-16 modernizados dez anos atras que tem cerca de 25 anos de uso num pacote sem nenhum acesso a tecnologia, por um custo pelo menos 3 vezes do programa F-5EM.




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#34 Mensagem por faterra » Seg Out 01, 2007 8:33 pm

Quantos F-5's, modernizados ou não, estão realmente operacionais na FAB hoje?

A quanto tempo que eles estão assim?

Quanto tempo mais vai demorar para que eles estejam realmente operacionais?

Sem falar nos A-1's, que nem armamento decente têm, e nunca tiveram.
Aliás, os mísseis que equipam os F-5's, devem ser fantasias, a julgar pelo que é explicitado neste Fórum.

Pergunta real:

+/- 12 vetores novos e no estado da arte - vamos considerar os previstos no FX-1 mesmo - substituiriam os caças fabianos que estão realmente operacionais?




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#35 Mensagem por orestespf » Seg Out 01, 2007 8:47 pm

Com todo respeito aos nobres amigos do DB, mas tem horas que viajam muito por aqui. A FAB não está comprando mais F-5 da forma que está se colocando aqui. Todos sabemos que ela só tem 3 bi-places e considera este número baixo (alguém tem dúvida?). Todos sabem que para comprar mais bi-places é necessário comprar mais alguns mono-places.

A leitura que deve ser feita é: a FAB conseguiu comprar (ou não?) os seus F-5 bi-places, nada mais do que isso. Estes serão modernizados também. E quanto ao tal F-5EM que apareceu no DOU? Acredito que tenha sido erro ou que alguns destes também serão modernizados, mas não os 11 adquiridos.

Gostemos ou não, a FAB apostou suas fichas na modernização dos F-5 e me parece bastante satisfeita com o resultado (não me refiro a demora no cronograma ou problemas ainda não resolvidos).

O F-5 não é o caça que a FAB deseja para o FX, longe disso, a coisa não vai ficar por aí. Porém sabemos que este vetor (modernizado) ainda incomoda e muito, seu maior problema é o alcance. É um caça de ponto e não de grandes profundidades, e nas suas funções realiza muito bem as missões.

A FAB ainda aposta em um número elevado de vetores de combate, por isso o processo de modernização dos F-5 e A-1, mesmo que tardiamente. Claro que ela irá adquirir novos caças, mas não se pode imaginar que um dado vetor escolhido será o substituto imediato dos atuais meios. O processo é gradual, portanto tais modernizações (mesmo atrazadas) ainda são pertinentes.

O lance é o seguinte: o Chile modernizou seus F-5, a Argentina modernizou seus A-4, e por aí vai. Ok! Mas, gostemos ou não, "demos sorte"! Não houve a menor possibilidade de conflito armado nestes últimos 15 anos. A modernização deles já não é tão atual quanto as nossas, nada que menospreze o trabalho feito e nem inviabilize a operacionalidade, efetividade e combatividade destes vetores dos nossos vizinhos. O nosso erro foi a demora, mas ela veio, está aí e parece ser do interesse da FAB, tanto que insiste na tese de modernização, se não fosse assim, não iria adiante.

Muito se fala aqui sobre a modernização dos M-2000C. Tirem isso da cabeça, pelo menos por hora. Seria uma estupidez descumunal modernizar um vetor usado para o padrão de um que foi oferecido anos atrás e que foi rejeitado. Claro que seria natural a tal modernização, ainda mais se algumas células extras vierem, mas não antes da aquisição de novos vetores (novos mesmo).

Vejo o cenário assim: modernização dos A-1 e F-5 mais aquisição de novos vetores (qual o escolhido? rsrs). Com a "aposentadoria" dos A-1 e F-5, espera-se que a maioria seja substituída pelo novo vetor, mas não necessariamente todos. Ou alguém imagina que se o escolhido for um Rafale ou SU (por exemplo), a FAB teria cerca de 120 vetores deste modelo?

Se a FAB estiver pensando em um F-35, por exemplo, a escolha natural seria mesmo o F-16, pois seria o substituto natural para os atuais caças. Se o escolhido for Rafale, seria razoável imaginar mais M-2000 usados e estes seriam os substitutos naturais dos atuais meios (tenho minhas dúvidas, pois os Miragens usados estão meio surrados). Se o escolhido for SU, aí danou-se (amo este vetor, mas...). Por quê? Porque ele não seria top (não é de 5ª geração) e não seria substituto de ninguém atual. E o Gripen, não poderia, tipo o Gripen + Rafale ou Gripen + SU? Talvez... Mas aí sou eu que pergunto: será que não passa pela cabeça do povo da FAB ter um vetor de 5ª geração no futuro? Ou será que os caras abandonaram esta possibilidade?


Saudações cordiais,

Orestes




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#36 Mensagem por FABIO » Seg Out 01, 2007 9:12 pm

orestes concordo com voçe e acho que a fab vai modernizar os 11 f-5.




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#37 Mensagem por Gerson Victorio » Seg Out 01, 2007 10:16 pm

Orestes,

Só posso concluir que temos pensamentos muito semelhantes em relação a FAB e sua tentativa de melhorias, muitas vezes esses pensamentos são motivos de chacotas, sei que quando combatidos não estão atacando minha pessoa, na verdade, nem me preocupo com isso, cada um acredita em sua convicções, sendo isso bem natural, eu só tento não me afastar muito da realidade dos fatos, é bem verdade que ela tem sido cruel e frustante, mas num país com a toda sorte de problemas que temos, as soluções nem sempre são as fáceis, e não só na defesa, a falta de visão é geral.

abraços

Gerson




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????

#38 Mensagem por Al Zarqawi » Seg Out 01, 2007 11:00 pm

orestespf escreveu:Com todo respeito aos nobres amigos do DB, mas tem horas que viajam muito por aqui. A FAB não está comprando mais F-5 da forma que está se colocando aqui. Todos sabemos que ela só tem 3 bi-places e considera este número baixo (alguém tem dúvida?). Todos sabem que para comprar mais bi-places é necessário comprar mais alguns mono-places.

A leitura que deve ser feita é: a FAB conseguiu comprar (ou não?) os seus F-5 bi-places, nada mais do que isso. Estes serão modernizados também. E quanto ao tal F-5EM que apareceu no DOU? Acredito que tenha sido erro ou que alguns destes também serão modernizados, mas não os 11 adquiridos.

Gostemos ou não, a FAB apostou suas fichas na modernização dos F-5 e me parece bastante satisfeita com o resultado (não me refiro a demora no cronograma ou problemas ainda não resolvidos).

O F-5 não é o caça que a FAB deseja para o FX, longe disso, a coisa não vai ficar por aí. Porém sabemos que este vetor (modernizado) ainda incomoda e muito, seu maior problema é o alcance. É um caça de ponto e não de grandes profundidades, e nas suas funções realiza muito bem as missões.

A FAB ainda aposta em um número elevado de vetores de combate, por isso o processo de modernização dos F-5 e A-1, mesmo que tardiamente. Claro que ela irá adquirir novos caças, mas não se pode imaginar que um dado vetor escolhido será o substituto imediato dos atuais meios. O processo é gradual, portanto tais modernizações (mesmo atrazadas) ainda são pertinentes.

O lance é o seguinte: o Chile modernizou seus F-5, a Argentina modernizou seus A-4, e por aí vai. Ok! Mas, gostemos ou não, "demos sorte"! Não houve a menor possibilidade de conflito armado nestes últimos 15 anos. A modernização deles já não é tão atual quanto as nossas, nada que menospreze o trabalho feito e nem inviabilize a operacionalidade, efetividade e combatividade destes vetores dos nossos vizinhos. O nosso erro foi a demora, mas ela veio, está aí e parece ser do interesse da FAB, tanto que insiste na tese de modernização, se não fosse assim, não iria adiante.

Muito se fala aqui sobre a modernização dos M-2000C. Tirem isso da cabeça, pelo menos por hora. Seria uma estupidez descumunal modernizar um vetor usado para o padrão de um que foi oferecido anos atrás e que foi rejeitado. Claro que seria natural a tal modernização, ainda mais se algumas células extras vierem, mas não antes da aquisição de novos vetores (novos mesmo).

Vejo o cenário assim: modernização dos A-1 e F-5 mais aquisição de novos vetores (qual o escolhido? rsrs). Com a "aposentadoria" dos A-1 e F-5, espera-se que a maioria seja substituída pelo novo vetor, mas não necessariamente todos. Ou alguém imagina que se o escolhido for um Rafale ou SU (por exemplo), a FAB teria cerca de 120 vetores deste modelo?

Se a FAB estiver pensando em um F-35, por exemplo, a escolha natural seria mesmo o F-16, pois seria o substituto natural para os atuais caças. Se o escolhido for Rafale, seria razoável imaginar mais M-2000 usados e estes seriam os substitutos naturais dos atuais meios (tenho minhas dúvidas, pois os Miragens usados estão meio surrados). Se o escolhido for SU, aí danou-se (amo este vetor, mas...). Por quê? Porque ele não seria top (não é de 5ª geração) e não seria substituto de ninguém atual. E o Gripen, não poderia, tipo o Gripen + Rafale ou Gripen + SU? Talvez... Mas aí sou eu que pergunto: será que não passa pela cabeça do povo da FAB ter um vetor de 5ª geração no futuro? Ou será que os caras abandonaram esta possibilidade?


Saudações cordiais,

Orestes



Tudo bem,

Com todo respeito,escreveu,escreveu e nada disse.Em primeiro lugar deve ter mais atenção em sua concordância verbal,pois o sujeito em alguns casos não concorda com o complemento direto.Mais uma retificação e passo a citar "atrazado",não é com "z" é com "s".Mais,você que se acha muito prolixo,espero que muitos dos nossos internautas,não confundam a fonética "icso",com "ch",tal o lixo toxico com que nos brindou.
É que senhor é muito metido a ser o enfático,o eloquente por isso deveria ter mais atenção com o vernáculo.
Indo de encontro ao tema em si,o Brasil é um país que merece respeito(por tudo inerente,grandiosidade,localização estratégica no hemisfério Sul,seu papel no mundo,etc,etc,etc,)contudo para ser respeitado é preciso se dar ao respeito.
Os F-5(vejam-se os países que operam tal peça de museu),já tiveram sua época,assim como eu e muitos de nós,penso ser um conceito muito tímido para um país que tem aspirações,mais elevadas.Posso ser um sonhador,mas almejo um algo mais,e estamos muito longe do aceitável,desculpem muitos foristas que tanto estima tenho,mas não posso deixar batido,um conceito tão limitador de nossa política de defesa.


Abraços,




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#39 Mensagem por faterra » Seg Out 01, 2007 11:11 pm

Caro Orestes,

“Viajar” é o exercício que mais se tem feito neste Fórum nos últimos meses.
Concordo com você que a FAB queira mais F-5F e que para conseguir estas 3 unidades biplaces está comprando mais 8 ou 9 F-5E monoplaces.
Seria maquiavélico demais imaginar que ela os queira para FX.
Mas, uma vez aqui, quantos destes F-5E’s não serão reformados/modernizados? Tomo o exemplo dos Impalas, que a FAB os teria adquirido para servir de almoxarifado para os Xavantes e que acabaram entrando em operação, sob o argumento que estavam melhores que os Xavantes – não sei se houve remoção destes para o almoxarifado, o que, caso negativo, serviu apenas para aumentar as unidades “operacionais” e seus custos. Não ficarei admirado se a FAB seguir esta mesma linha com os F-5’s.
O maior problema, a meu ver, é que o descaso foi tamanho que deixaram a situação chegar à este ponto caótico: a necessidade urgente de recompor toda a frota ao mesmo tempo, o que, de fato, não há recurso disponível. Nem os EUA repõe/atualiza sua frota desta forma – o que não é nenhuma novidade para qualquer forista.
Respondendo às questões que levantei em meu 2º post, não saberemos os reais rendimentos operacionais dos F-5’s, o que é mais do que compreensível, mas, baseando nos informes postados nos diversos tópicos, eu creio que os 10 ou 12 vetores novos mono/biplaces, no estado da arte, e que, por ventura, fossem adquiridos a algum tempo atrás, dariam conta do recado muito mais eficientemente e com custos muito mais baixos e, hoje, ela não teria esta necessidade urgente de estar correndo atrás de sucatas para suprir as necessidades até a chegada dos novos vetores. Hoje ela estaria comprando mais vetores novos mono/biplaces até atingir ao número necessário para completar seus esquadrões.
Levando em conta a situação financeira deplorável da FAB acho a aquisição e reforma/modernização de sucatas um despedício enorme de esforço, tempo e dinheiro, sem falar no adiamento constante da aquisição definitiva dos novos vetores.
Deixo claro que não duvido, de forma alguma, da capacidade da FAB de saber o que precisa ou não para o cumprimento de sua missão. Isto é apenas um modesto desabafo de um desiludido entusiasta.




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Um abraço!
Fernando Augusto Terra
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#40 Mensagem por orestespf » Seg Out 01, 2007 11:37 pm

GERSON VICTORIO escreveu:Orestes,

Só posso concluir que temos pensamentos muito semelhantes em relação a FAB e sua tentativa de melhorias, muitas vezes esses pensamentos são motivos de chacotas, sei que quando combatidos não estão atacando minha pessoa, na verdade, nem me preocupo com isso, cada um acredita em sua convicções, sendo isso bem natural, eu só tento não me afastar muito da realidade dos fatos, é bem verdade que ela tem sido cruel e frustante, mas num país com a toda sorte de problemas que temos, as soluções nem sempre são as fáceis, e não só na defesa, a falta de visão é geral.

abraços

Gerson


Olá Gerson,

penso da mesma forma. Existem vários problemas no que diz respeito a FAB, problemas orçamentários (culpa dos governos, não há como negar), problemas com a própria FAB (também não há como negar). Quanto a FAB podemos dizer que houve má administração, falta de planejamento, briga interna (disputa), projetos equivocados, demora na decisão, etc.

Eu não sei o que mais pesa/pesou na FAB, mas acho que um dos pontos mais delicados é a disputa interna pelo "poder". Veja o caso do ex-comandante e o atual, completamente diferente. O anterior priorizava a aviação de transporte (importantíssima, para incômodo de alguns do DB. rsrsrs) e o atual (perdido?? rsrsrs) parece dar valor a outros quesistos.

Por mais que alguns daqui se rebelem, uma força aérea não é constituída apenas de vetores de combate. Tá certo que a aviação de combate é a vitrine da força, mas esta não se faz operacional apenas nesta modalidade, nem em tempos de guerra. O entusiasmo no direciona a esta modalidade, mas está longe de ser o ponto final e fundamental, mesmo em conflitos armados.

Rigorosamente falando, um F-5M e um A-1M seriam mais do que suficiente no nosso cenário regional, mesmo hoje com uma Venezuela com seus Sukhoi's. Não me preocupo com o Chile, está distante e além do mais é um país amigo (hoje). A Venezuela tem um muro a sua frente (Amazônia), na verdade um inferno a enfrentar. Então...

E a Argentina? Sem a mínima chance hoje e num futuro próximo, já foi sua época. Um F-5M e A-1M é mais do que suficiente para enfrentá-los. E o outros vizinhos? Sem comentários... Podem gerar muitos problemas, claro, mas enfrentarão muito mais.

Chega, vou ver o ministro da defesa na TV... rsrrs

Abs,

Orestes




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#41 Mensagem por Pablo Maica » Ter Out 02, 2007 12:01 am

Tah bom agora vcs vão ficar reclamando só pq os F-5 são velhos, caros e mto voados? :mrgreen:


Um abraço e t+ :D




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#42 Mensagem por Dhoff » Ter Out 02, 2007 12:02 am

Na minha opinião de leigo, creio que a fab esta no caminho certo colocando a doutrina acima de qualquer vetor, neste momento,o que adianta comprar uma ferrari se na sua vida so dirigiu fusca.

Abraços




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Re: ????

#43 Mensagem por orestespf » Ter Out 02, 2007 12:08 am

zocuni escreveu:
orestespf escreveu:Com todo respeito aos nobres amigos do DB, mas tem horas que viajam muito por aqui. A FAB não está comprando mais F-5 da forma que está se colocando aqui. Todos sabemos que ela só tem 3 bi-places e considera este número baixo (alguém tem dúvida?). Todos sabem que para comprar mais bi-places é necessário comprar mais alguns mono-places.

A leitura que deve ser feita é: a FAB conseguiu comprar (ou não?) os seus F-5 bi-places, nada mais do que isso. Estes serão modernizados também. E quanto ao tal F-5EM que apareceu no DOU? Acredito que tenha sido erro ou que alguns destes também serão modernizados, mas não os 11 adquiridos.

Gostemos ou não, a FAB apostou suas fichas na modernização dos F-5 e me parece bastante satisfeita com o resultado (não me refiro a demora no cronograma ou problemas ainda não resolvidos).

O F-5 não é o caça que a FAB deseja para o FX, longe disso, a coisa não vai ficar por aí. Porém sabemos que este vetor (modernizado) ainda incomoda e muito, seu maior problema é o alcance. É um caça de ponto e não de grandes profundidades, e nas suas funções realiza muito bem as missões.

A FAB ainda aposta em um número elevado de vetores de combate, por isso o processo de modernização dos F-5 e A-1, mesmo que tardiamente. Claro que ela irá adquirir novos caças, mas não se pode imaginar que um dado vetor escolhido será o substituto imediato dos atuais meios. O processo é gradual, portanto tais modernizações (mesmo atrazadas) ainda são pertinentes.

O lance é o seguinte: o Chile modernizou seus F-5, a Argentina modernizou seus A-4, e por aí vai. Ok! Mas, gostemos ou não, "demos sorte"! Não houve a menor possibilidade de conflito armado nestes últimos 15 anos. A modernização deles já não é tão atual quanto as nossas, nada que menospreze o trabalho feito e nem inviabilize a operacionalidade, efetividade e combatividade destes vetores dos nossos vizinhos. O nosso erro foi a demora, mas ela veio, está aí e parece ser do interesse da FAB, tanto que insiste na tese de modernização, se não fosse assim, não iria adiante.

Muito se fala aqui sobre a modernização dos M-2000C. Tirem isso da cabeça, pelo menos por hora. Seria uma estupidez descumunal modernizar um vetor usado para o padrão de um que foi oferecido anos atrás e que foi rejeitado. Claro que seria natural a tal modernização, ainda mais se algumas células extras vierem, mas não antes da aquisição de novos vetores (novos mesmo).

Vejo o cenário assim: modernização dos A-1 e F-5 mais aquisição de novos vetores (qual o escolhido? rsrs). Com a "aposentadoria" dos A-1 e F-5, espera-se que a maioria seja substituída pelo novo vetor, mas não necessariamente todos. Ou alguém imagina que se o escolhido for um Rafale ou SU (por exemplo), a FAB teria cerca de 120 vetores deste modelo?

Se a FAB estiver pensando em um F-35, por exemplo, a escolha natural seria mesmo o F-16, pois seria o substituto natural para os atuais caças. Se o escolhido for Rafale, seria razoável imaginar mais M-2000 usados e estes seriam os substitutos naturais dos atuais meios (tenho minhas dúvidas, pois os Miragens usados estão meio surrados). Se o escolhido for SU, aí danou-se (amo este vetor, mas...). Por quê? Porque ele não seria top (não é de 5ª geração) e não seria substituto de ninguém atual. E o Gripen, não poderia, tipo o Gripen + Rafale ou Gripen + SU? Talvez... Mas aí sou eu que pergunto: será que não passa pela cabeça do povo da FAB ter um vetor de 5ª geração no futuro? Ou será que os caras abandonaram esta possibilidade?


Saudações cordiais,

Orestes



Tudo bem,

Com todo respeito,escreveu,escreveu e nada disse.Em primeiro lugar deve ter mais atenção em sua concordância verbal,pois o sujeito em alguns casos não concorda com o complemento direto.Mais uma retificação e passo a citar "atrazado",não é com "z" é com "s".Mais,você que se acha muito prolixo,espero que muitos dos nossos internautas,não confundam a fonética "icso",com "ch",tal o lixo toxico com que nos brindou.
É que senhor é muito metido a ser o enfático,o eloquente por isso deveria ter mais atenção com o vernáculo.
Indo de encontro ao tema em si,o Brasil é um país que merece respeito(por tudo inerente,grandiosidade,localização estratégica no hemisfério Sul,seu papel no mundo,etc,etc,etc,)contudo para ser respeitado é preciso se dar ao respeito.
Os F-5(vejam-se os países que operam tal peça de museu),já tiveram sua época,assim como eu e muitos de nós,penso ser um conceito muito tímido para um país que tem aspirações,mais elevadas.Posso ser um sonhador,mas almejo um algo mais,e estamos muito longe do aceitável,desculpem muitos foristas que tanto estima tenho,mas não posso deixar batido,um conceito tão limitador de nossa política de defesa.


Abraços,


Caro Zuconi,

agradeço humildemente por chamar-me a atenção pelo o erro crasso. Não vou me desculpar pelo "tradicional erro de digitação", prefiro assumir o ônus do erro, mesmo sabendo a forma correta da grafia.

Por outro lado, mesmo sendo um catedrático em matemática (ou que não justifica absolutamente nada) dou valor a melhor expressão da gramática, não me preocupando em um fórum com questões pontuais, apenas "digito" sem me preocupar com as devidas verificações gramaticais (deveria fazer isto). Algo relativo ao mundo eletrônico... rsrsrs

Por outro lado, quem corrige deve ser corrigido, não é mesmo? rsrsrs Não se escreve "MAIS" (que designa aumento, grandeza, superioridade ou comparação) e se "MAS" (que exprime oposição ou restrição; porém, todavia, entretanto, no entanto, contudo) onde se expressou. Além do mais em todos os idiomas que aprendi se usa espaçamento após ponto e vírgulas, etc. Ou fez isso propositalmente? rsrsrsrs

Não sou superabundante (prolixo) em meus posts, pelo contrário, sou singelo, apenas tento expor idéias e não fazer jus a um assento na ABL. Lembro (não foi o caso do erro gramatical cometido) que uso e abuso de trocadilhos intencionais, usando expressões ou grafias semelhantes com o intuito "mais abrangente". Normalmente uso aspas para chamar a atenção nestes casos.

Não sou "admitido ao convívio íntimo" e/ou "muito familiarizado" (metido) ao enfatismo, apenas preocupo-me com os excessos cometidos por aqui. De qualquer forma, agradeço a atenção dispensada aos erros perpetrados.

Quanto ao F-5... Opiniões são opiniões, não se discute. Nunca ouvi, li ou vi alguém de expressão em sã consciência dizer que o F-5 faz parte de uma política de defesa. Este faz parte de um projeto imediatista de defesa, seja por falta de opção, seja por questões orçamentárias. Não defendo o F-5 e nem o critico, apenas constatei o que acontece atualmente na FAB, ou seja, a necessidade de mais vetores "bi-place".


Mui cordialmente,

Orestes




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Tudo bem.

#44 Mensagem por Al Zarqawi » Ter Out 02, 2007 12:26 am

Tudo bem,

Não tem nada,não.É que também posto mensagens num veículo informal,e também sou formado na área das matemáticas,e como há dias atrás foi algo intransigente com minha concordância verbal,do qual fez muito bem,penso que também um pouco de auto crítica não faz mal a ninguém.Se,não sou um Fernando Pessoa a escrever,longe disso também não merecia tais comentários da sua parte.Fica o reparo.

Fique bem,




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#45 Mensagem por orestespf » Ter Out 02, 2007 12:37 am

faterra escreveu:Caro Orestes,

“Viajar” é o exercício que mais se tem feito neste Fórum nos últimos meses.
Concordo com você que a FAB queira mais F-5F e que para conseguir estas 3 unidades biplaces está comprando mais 8 ou 9 F-5E monoplaces.
Seria maquiavélico demais imaginar que ela os queira para FX.
Mas, uma vez aqui, quantos destes F-5E’s não serão reformados/modernizados? Tomo o exemplo dos Impalas, que a FAB os teria adquirido para servir de almoxarifado para os Xavantes e que acabaram entrando em operação, sob o argumento que estavam melhores que os Xavantes – não sei se houve remoção destes para o almoxarifado, o que, caso negativo, serviu apenas para aumentar as unidades “operacionais” e seus custos. Não ficarei admirado se a FAB seguir esta mesma linha com os F-5’s.
O maior problema, a meu ver, é que o descaso foi tamanho que deixaram a situação chegar à este ponto caótico: a necessidade urgente de recompor toda a frota ao mesmo tempo, o que, de fato, não há recurso disponível. Nem os EUA repõe/atualiza sua frota desta forma – o que não é nenhuma novidade para qualquer forista.
Respondendo às questões que levantei em meu 2º post, não saberemos os reais rendimentos operacionais dos F-5’s, o que é mais do que compreensível, mas, baseando nos informes postados nos diversos tópicos, eu creio que os 10 ou 12 vetores novos mono/biplaces, no estado da arte, e que, por ventura, fossem adquiridos a algum tempo atrás, dariam conta do recado muito mais eficientemente e com custos muito mais baixos e, hoje, ela não teria esta necessidade urgente de estar correndo atrás de sucatas para suprir as necessidades até a chegada dos novos vetores. Hoje ela estaria comprando mais vetores novos mono/biplaces até atingir ao número necessário para completar seus esquadrões.
Levando em conta a situação financeira deplorável da FAB acho a aquisição e reforma/modernização de sucatas um despedício enorme de esforço, tempo e dinheiro, sem falar no adiamento constante da aquisição definitiva dos novos vetores.
Deixo claro que não duvido, de forma alguma, da capacidade da FAB de saber o que precisa ou não para o cumprimento de sua missão. Isto é apenas um modesto desabafo de um desiludido entusiasta.



Salve Fernando!

Penso da mesma forma que o amigo, ou seja, um misto de indignação e dúvida. Também tenho minhas preocupações com o uso destes F-5 "novos".

Entendo as suas preocupações e comparação com os Impalas, mas acho que é bem diferente. A FAB estava (está) sucateada, comprou os Impalas como fonte de "reposição" de peças para os seus Xavantes, ou seja, precisava fazer os Xavantes voarem. Porém os Impalas estavam em melhores condições. Então fez a escolha lógica, já que preciso voar, vou usar o que se encontra em melhores condições. Acho muito natural.

Quanto aos F-5 penso assim: a FAB queria mais bi-places (fato), foi a compra. E por que não comprou os da Arábia Saudita? Talvez por falta de grana mesmo, apesar de várias especulações, inclusive que estes poderiam ser moeda de troca com os EF-2000. Muito improvável... rsrsrs

Nunca imaginei que a FAB pudesse comprar um lote de F-5 (bi e mono) para modernizar todos, com os que aqui se encontram, mesmo sabendo que já rolou um papo de que a FAB gostaria de ter 80 F-5M (lembra?).

Meu ponto de vista: a FAB (e as demais forças) quer e precisa se modernizar (sentido lato), mas isso não é simples, precisa de verbas e tempo. O que seria mais natural hoje (mesmo tardiamente): modernizar o que tem e comprar novos vetores. Ou seja, exatamente o que ela está fazendo.

Um vetor não é como um carro de passeio que trocamos constamente, pode e deve ser modernizado. A FAB dispõe de um número expressivo de vetores que podem ser recuperados, não apenas os caças, mas também os de transporte. Por exemplo, o que seria melhor, modernizar os Bandeirantes ou comprar os Casa-212? Por que engavetaram estes últimos? rsrsrs

Mas tem uma parte do seu post que discordo (mas posso estar errado): que é melhor abandonar a "velharia" e optar por material novo. Não se esqueça que o novo sai muito mais caro do que o preço do vetor anunciado. Precisa-se investir em logística, manutenção, armamento, treinamento, doutrina, etc. A infra-estrutura para se ter um novo vetor é muito mais caro do que se pensa, muito mais caro do que o preço de um vetor. Claro que isso tudo se paga com a nova escolhas, mas demora, não é simples. É preciso assegurar que existam orçamentos no futuro, independente do governo que se encontra no poder. Já imaginou um governo que faz uma grande compra e outro que corta a verba? Seria uma loucura, não faz sentido algum.

Primeiro a gente garante "o da comida", depois a gente "polpa" e quando for possível a gente "comprar", mas sabendo que é preciso uma "reserva" para manter operacional a nova aquisição. Acho que é por aí...


Grande abraço,

Orestes




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