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Re: PIRANHA III C
Enviado: Qua Set 19, 2007 4:38 pm
por PRick
RenaN escreveu:PRick escreveu:Isso já foi respondido, em uma msg anterior de minha autoria. Aqui no tópico.
[]´s
Sim PRick, eu li sua mensagem. Daí surgiu minha curiosidade.
Em que basicamente a ONU tem gastos? Desde alimentação dos militares até aquisição de equipamentos?
A ONU paga o relativo a salários e demais despesas do contingente. Excluindo a compra do material, a ONU paga é o desgaste do material que está sendo utilizado. Não tem sentido a ONU pagar o material que não é para ela ou dela. Ela paga a deteriozação do material que está sendo empregado, a amortização pelo desgaste. Assim, os Piranhas não serão pagos, mas o desgate deles, a perda de um blindado durante a missão, essa será paga pela ONU.
[ ]´s
Enviado: Qua Set 19, 2007 9:27 pm
por fabioglobo10
Dieneces escreveu:Além de possuir capacidades muito inferiores ao Piranha IIIC , o Guará não possui capacidade anfíbia , Fabio.
Como eu mesmo mencionei no post anterior:
fabioglobo10 escreveu:A capacidade anfíbia do Piranha IIIC e seu tamanho (principalmente por ser 8x8) não agrega em nada às operações nas favelas.
Pelo contrário, só atrapalha, logo no início da Minustah os militares do EB reportaram que as tropas de outras nações que empregam veículos 8x8 estavam tendo problemas para manobrarem nas ruas e vielas estreitas das favelas haitianas e passavam "aperto" quando eram emboscados. Recentemente saiu uma reportagem no Defesanet sobre a tropa uruguaia que perdeu um veículo 8x8 em uma emboscada, como segue:
"Os dois blindados seguem em velocidade reduzida pelas principais ruas de sua zona de ação. O trânsito quase pára toda vez que passamos. “O OT-64 é um blindado muito grande e pesado para as ruas de Porto Príncipe, gostaria de um Urutu ou um veículo blindado mais leve”, conta o Major Coelho."
"O Teniente Blanco tinha bons motivos para recear pela minha segurança. Em 2005 um desses blindados se acidentou e causou a única baixa uruguaia nessa missão. Em 23 de dezembro de 2006, durante uma patrulha na área de Bois Neuf, um OT-64 foi atacado de diversas posições, “identificávamos o local dos disparos e respondíamos com nosso canhão 7.62mm. Os tiros silenciavam e de repente começam em outro local. Para piorar, nosso carro pára, o motor enguiça e ficamos no meio do fogo cruzado. Os tiros ricocheteavam na blindagem do veículo e o barulho era insurdecedor; entramos em pânico, estávamos em meio à guerra e não tínhamos o que fazer. Nosso capitão disse: “ou saímos ou morreremos aqui”, pedimos apoio urgente às tropas da Minustah que estavam próximas. Tivemos que abandonar o veículo deixando armas e farta munição”, conta um militar que não quis se identificar. "
http://www.defesanet.com.br/missao/haiti_07_6.htmResumindo: Esses são meus principais argumentos.
Mas como você bem mencionou, com certeza eles não foram adquiridos exclusivamente para emprego no Haiti e já faz um bom tempo que o CFN estava carente de um VBTP sobre rodas com capacidade anfíbia.
Por isso:
fabioglobo10 escreveu:Se essa compra do Mowag Piranha IIIC pelo CFN se justificar pela necessidade da MB em operar um VBTP (pois sabemos que seus EE-11 Urutu já foram aposentados a muito tempo) e desenvover um doutrina de emprego para tal, não tenho nada contra, pois sabemos que um similar nacional vai demorar muito tempo e os resultados podem ser questionáveis (essa licitação para o programa VBTP-MR do EB foi um tanto esquisita).
Sem dúvida alguma o Piranha IIIC é um veículo avançado e deverá ser muito bem empregado. Vamos aguardar para ver os resultados.
Saudações cordiais.
Enviado: Qua Set 19, 2007 9:30 pm
por Vinicius Pimenta
fabioglobo10 escreveu:Se essa compra do Mowag Piranha IIIC pelo CFN se justificar pela necessidade da MB em operar um VBTP (pois sabemos que seus EE-11 Urutu já foram aposentados a muito tempo) e desenvover um doutrina de emprego para tal, não tenho nada contra, pois sabemos que um similar nacional vai demorar muito tempo e os resultados podem ser questionáveis (essa licitação para o programa VBTP-MR do EB foi um tanto esquisita).
Óbvio que é por aí. E TAMBÉM pela necessidade no Haiti.
No entanto, se a justificativa for para sua utilização na missão do Haiti (MINUSTAH), na minha opinião não faz muito sentido. Se tinham necessidade de um veículo blindado para proteção das tropas, melhor seria encomendarem o Guará 4x4 da Avibrás (é lógico que com proteção adicional e tudo mais que tiverem direito...), que é um veículo mais leve e que se desloca melhor em locais estreitos como as vielas típicas das favelas. A capacidade anfíbia do Piranha IIIC e seu tamanho (principalmente por ser 8x8) não agrega em nada às operações nas favelas. O Guará é um veículo de maior mobilidade e emprega o chassis UNIMOG que já é utilizado pelo CFN em seus caminhões leves (o custo de operação e manutenção seria teoricamente mais baixo). Seu custo de aquisição é com certeza mais baixo e poderíamos comprá-lo em maior quantidade. Além do mais estaríamos apoiando e prestigiando a indústria nacional e colocando o Guará 4x4 à prova, uma ótima oportunidade para testá-lo em condições reais.
Como dito, não faria sentido comprar um veículo apenas para uma missão. Que fique claro, os Piranha foram adquiridos por uma necessidade que os CFN observaram no Haiti. Significa dizer que, se houve necessidade lá, é porque há uma lacuna no poder da tropa que precisa ser coberta. Os Urutus foram aposentados e não houve substituição. E essa necessidade de substituição, que já era antiga, acabou sendo comprovada no Haiti.
Portanto, foram adquiridos os veículos que fossem ser úteis para o CFN. Deve-se ter em mente que, após o Haiti, os veículos serão utilizados pelo CFN no restante de suas missões. Os veículos não serão jogados fora! Por isso, devem ser úteis para a tropa! Facilmente percebe-se a necessidade de um veículo anfíbio. Até o EB quer um veículo anfíbio! O próprio Urutu é!
O Guará não creio que sequer devesse ser citado, já que trata-se de um veículo de outra categoria. Não há como comparar um 4x4 com um 8x8. Seria o mesmo que dizer ao EB que use um Cascavel num cenário que se deva usar um MBT.
Enviado: Qua Set 19, 2007 9:32 pm
por Vinicius Pimenta
Sniper escreveu:Não estou atirando nos mensageiros, mas vejamos:
Esta semana um colega disse que um conhecido da manutenção da FAB o relatou que os C-295 já estão com rachaduras na fuselagem. Isso com pouco mais de 1 ano de operação.
Agora após alguns mêses de recebimento e adestramentos vemos relatos de problemas com os Piranha.
EADS-CASA e MOWAG são empresas muito respeitadas e seus respectivos produtos muito conceituados sendo operados pelas melhores FA's do planeta. Porque será que só no Brasil eles dão problema?
Resta saber até que ponto isso é "notícia", se é que me entende.
Enviado: Qua Set 19, 2007 9:35 pm
por Dieneces
É isso o que penso , Fábio . Tivesse uma maior fartura orçamentária , a MB teria adquirido , além dos IIIC , alguns RG-33/Iguana/Cougar ou similares , mais propícios à operação de patrulha urbana e em maior número também , 7 Piranhas é piada .
Enviado: Qua Set 19, 2007 9:35 pm
por Vinicius Pimenta
Fabio, entendo sua preocupação e concordo até com ela. No entanto, creio que esses veículos 8x8 como os do Uruguai não têm as mesmas capacidades e são de projeto bem mais antigo que os Piranha. Eu acredito que eles saibam o que estão fazendo. E mesmo que os Piranha possam ter maiores dificuldades que um Urutu por lá, após o Haiti serão ainda mais importantes para a tropa.
Enviado: Qua Set 19, 2007 9:37 pm
por Vinicius Pimenta
Estou relendo minha primeira mensagem ao Fábio e estou achando que ela está parecendo um pouco arrogante ou sei lá. Então desde já quero deixar claro que não foi minha intenção, ok? Desculpem se pareceu.
Enviado: Qua Set 19, 2007 9:45 pm
por fabioglobo10
Vinicius Pimenta escreveu:Fabio, entendo sua preocupação e concordo até com ela. No entanto, creio que esses veículos 8x8 como os do Uruguai não têm as mesmas capacidades e são de projeto bem mais antigo que os Piranha. Eu acredito que eles saibam o que estão fazendo. E mesmo que os Piranha possam ter maiores dificuldades que um Urutu por lá, após o Haiti serão ainda mais importantes para a tropa.
Concordo plenamente. Como já mencionei e vocês bem lembraram, ele é de outra categoria e extremamente necessário para o CFN, pois preencherá uma lacuna aberta a anos pela aposentadoria dos Urutu. Também duvido que os fuzileiros marquem bobeira por lá.
Mas vou ser chato: Como os Land Rover se mostraram inadequados para as patrulhas nas favelas Haitianas, deveriam ser substituídos pelo Guará 4x4, que é um projeto nacional, homologado pelo EB (apesar deste ter torcido o nariz para o mesmo) e que merecia ser posto à prova. O EB também poderia fazer o mesmo para ajudar.
Abraços.
Enviado: Qua Set 19, 2007 9:49 pm
por fabioglobo10
Vinicius Pimenta escreveu:Estou relendo minha primeira mensagem ao Fábio e estou achando que ela está parecendo um pouco arrogante ou sei lá. Então desde já quero deixar claro que não foi minha intenção, ok? Desculpem se pareceu.
Se a preocupação é essa pode relaxar, não achei nada demais. Isso é normal, eu também às vezes tento enfatizar alguma coisa e acaba parecendo arrogância.
No stress.
Enviado: Qua Set 19, 2007 9:55 pm
por Vinicius Pimenta
fabioglobo10 escreveu:Vinicius Pimenta escreveu:Fabio, entendo sua preocupação e concordo até com ela. No entanto, creio que esses veículos 8x8 como os do Uruguai não têm as mesmas capacidades e são de projeto bem mais antigo que os Piranha. Eu acredito que eles saibam o que estão fazendo. E mesmo que os Piranha possam ter maiores dificuldades que um Urutu por lá, após o Haiti serão ainda mais importantes para a tropa.
Concordo plenamente. Como já mencionei e vocês bem lembraram, ele é de outra categoria e extremamente necessário para o CFN, pois preencherá uma lacuna aberta a anos pela aposentadoria dos Urutu. Também duvido que os fuzileiros marquem bobeira por lá.
Mas vou ser chato: Como os Land Rover se mostraram inadequados para as patrulhas nas favelas Haitianas, deveriam ser substituídos pelo Guará 4x4, que é um projeto nacional, homologado pelo EB (apesar deste ter torcido o nariz para o mesmo) e que merecia ser posto à prova. O EB também poderia fazer o mesmo para ajudar.
Abraços.
A solução foi blindar os Land Rover.
Enviado: Qua Set 19, 2007 9:55 pm
por Vinicius Pimenta
fabioglobo10 escreveu:Vinicius Pimenta escreveu:Estou relendo minha primeira mensagem ao Fábio e estou achando que ela está parecendo um pouco arrogante ou sei lá. Então desde já quero deixar claro que não foi minha intenção, ok? Desculpem se pareceu.
Se a preocupação é essa pode relaxar, não achei nada demais. Isso é normal, eu também às vezes tento enfatizar alguma coisa e acaba parecendo arrogância.
No stress.
Enviado: Qua Set 19, 2007 10:01 pm
por fabioglobo10
Vinicius Pimenta escreveu:A solução foi blindar os Land Rover.
Mesmo assim não é a solução ideal, pois aquelas placas de aço adaptadas não protegem adequadamente os soldados em caso de um tiroteio mais intenso, como uma emboscada por exemplo, onde também são jogadas granadas, coquetéis molotov...
Enviado: Qua Set 19, 2007 10:11 pm
por Vinicius Pimenta
fabioglobo10 escreveu:Vinicius Pimenta escreveu:A solução foi blindar os Land Rover.
Mesmo assim não é a solução ideal, pois aquelas placas de aço adaptadas não protegem adequadamente os soldados em caso de um tiroteio mais intenso, como uma emboscada por exemplo, onde também são jogadas granadas, coquetéis molotov...
Sem dúvida. Resta saber se o custo/benefício de operar uma viatura como o Guará seria bom.
Re: PIRANHA III C
Enviado: Qua Set 19, 2007 10:52 pm
por RenaN
PRick escreveu:RenaN escreveu:PRick escreveu:Isso já foi respondido, em uma msg anterior de minha autoria. Aqui no tópico.
[]´s
Sim PRick, eu li sua mensagem. Daí surgiu minha curiosidade.
Em que basicamente a ONU tem gastos? Desde alimentação dos militares até aquisição de equipamentos?
A ONU paga o relativo a salários e demais despesas do contingente. Excluindo a compra do material, a ONU paga é o desgaste do material que está sendo utilizado. Não tem sentido a ONU pagar o material que não é para ela ou dela. Ela paga a deteriozação do material que está sendo empregado, a amortização pelo desgaste. Assim, os Piranhas não serão pagos, mas o desgate deles, a perda de um blindado durante a missão, essa será paga pela ONU.
[ ]´s
Ah sim, agora entendi. É o que faz sentido.
Valeu PRick.
dúvida
Enviado: Qui Set 20, 2007 12:01 am
por MARCOS RIBEIRO
Curiosidade .........o LAV-25 usado pelos marines norte-americanos e pela NATO é o mesmo blindado porém sem torre e canhão?????
Grato a quem souber