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Enviado: Dom Nov 04, 2007 1:50 pm
por Dieneces
Edu Lopes escreveu:
O Tucano da Embraer armará a Blackwater

No governo de um presidente que propôs a criação de um imposto mundial sobre o comércio das armas, a Embraer negocia a venda de um Super Tucano EMB 314 com a empreiteira de segurança americana Blackwater.

Trata-se de um turboélice leve de ataque, apropriado para treinamento e missões de contra-insurreição (ou de insurreição). A empresa já vendeu esses aviões para a FAB e a Força Aérea Colombiana. Tudo indica que é a primeira vez que exporta semelhante armamento para uma empresa privada. Logo para a Blackwater, atolada em denúncias de malfeitorias praticadas pelas suas milícias no Iraque.

Em meados de Agosto, a Blackwater confirmou a negociação, com uns poucos comentários. Da Embraer nem uma palavra. Uma empresa vende, outra compra, e ninguém teria nada a ver com isso se a exportação de aviões de ataque para empresas privadas não envolvessem políticas de Estado. O governo dos Estados Unidos, na defesa dos seus interesses, veta importações de equipamentos para o projeto do satélite sino-brasileiro. A empresa Opto, de São Carlos, teve uma compra cancelada pelo fornecedor da Califórnia.

Fundada por veteranos das tropas de elite da Marinha Americana, a Blackwater recruta seus craques pelo mundo afora, inclusive nos desativados plantéis dos aparelhos de segurança do Chile e da África do Sul. Paga a partir de US$ 3 mil a um soldado. Seu contrato com o Departamento de Estado totaliza US$ 1,2 bilhão. Um relatório do Congresso Americano informa que, desde 2005, a empresa se envolveu em 195 tiroteios no Iraque. Em 163 casos atirou primeiro. O governo de Bagdá chegou a mandá-la embora, mas recuou.

Nosso Guia comprará (para o país) o risco de se tornar fornecedor de armas e, talvez, de instrutores, para uma empresa de segurança que está sendo investigada pelo Congresso americano, é detestada num pedaço do Islã e tem mau olhado na África e na América Latina. A Blackwater é uma multinacional de segurança, comprometida com a defesa dos interesses do governo americano, desobrigada dos compromissos dos Estados soberanos. Sua principal concorrente no Iraque, a DynCorp, já está na Colômbia e na Bolívia. Há alguns anos ela tinha um plantel fluente em espanhol, disponível para operar em Cuba no pós-Fidel. A Blackwater montou um braço aéreo em 2003 e suspeita-se que seus aviões de transporte sirvam à rede de prisões clandestinas que os Estados Unidos têm pelo mundo afora. (O Super Tucano não tem nada a ver com isso. Carrega no máximo duas pessoas).

Fonte: Coluna do Elio Gaspari no jornal O Globo de 04/11/07.


Há uns domingos atrás na sua coluna o Elio Gaspari falava que o Paquistão estava entrando no projeto do míssil que o Brasil e a África do Sul estão desenvolvendo e fiquei pensando se seria uma boa pra gente afinal a Índia é um parceiro mais interessante e por certo não gostaria nada de ver um inimigo mortal num projeto desses. O Brasil tem mais a perder com isso já que o mercado indiano é enorme.
Toda essa lenga-lenga por um único Tucaninho...Super , é verdade....

Enviado: Dom Nov 04, 2007 4:52 pm
por WalterGaudério
Dieneces escreveu:
Edu Lopes escreveu:
O Tucano da Embraer armará a Blackwater

No governo de um presidente que propôs a criação de um imposto mundial sobre o comércio das armas, a Embraer negocia a venda de um Super Tucano EMB 314 com a empreiteira de segurança americana Blackwater.

Trata-se de um turboélice leve de ataque, apropriado para treinamento e missões de contra-insurreição (ou de insurreição). A empresa já vendeu esses aviões para a FAB e a Força Aérea Colombiana. Tudo indica que é a primeira vez que exporta semelhante armamento para uma empresa privada. Logo para a Blackwater, atolada em denúncias de malfeitorias praticadas pelas suas milícias no Iraque.

Em meados de Agosto, a Blackwater confirmou a negociação, com uns poucos comentários. Da Embraer nem uma palavra. Uma empresa vende, outra compra, e ninguém teria nada a ver com isso se a exportação de aviões de ataque para empresas privadas não envolvessem políticas de Estado. O governo dos Estados Unidos, na defesa dos seus interesses, veta importações de equipamentos para o projeto do satélite sino-brasileiro. A empresa Opto, de São Carlos, teve uma compra cancelada pelo fornecedor da Califórnia.

Fundada por veteranos das tropas de elite da Marinha Americana, a Blackwater recruta seus craques pelo mundo afora, inclusive nos desativados plantéis dos aparelhos de segurança do Chile e da África do Sul. Paga a partir de US$ 3 mil a um soldado. Seu contrato com o Departamento de Estado totaliza US$ 1,2 bilhão. Um relatório do Congresso Americano informa que, desde 2005, a empresa se envolveu em 195 tiroteios no Iraque. Em 163 casos atirou primeiro. O governo de Bagdá chegou a mandá-la embora, mas recuou.

Nosso Guia comprará (para o país) o risco de se tornar fornecedor de armas e, talvez, de instrutores, para uma empresa de segurança que está sendo investigada pelo Congresso americano, é detestada num pedaço do Islã e tem mau olhado na África e na América Latina. A Blackwater é uma multinacional de segurança, comprometida com a defesa dos interesses do governo americano, desobrigada dos compromissos dos Estados soberanos. Sua principal concorrente no Iraque, a DynCorp, já está na Colômbia e na Bolívia. Há alguns anos ela tinha um plantel fluente em espanhol, disponível para operar em Cuba no pós-Fidel. A Blackwater montou um braço aéreo em 2003 e suspeita-se que seus aviões de transporte sirvam à rede de prisões clandestinas que os Estados Unidos têm pelo mundo afora. (O Super Tucano não tem nada a ver com isso. Carrega no máximo duas pessoas).

Fonte: Coluna do [color=red]Elio Gaspari no jornal O Globo de 04/11/07.[/color]


Há uns domingos atrás na sua coluna o Elio Gaspari falava que o Paquistão estava entrando no projeto do míssil que o Brasil e a África do Sul estão desenvolvendo e fiquei pensando se seria uma boa pra gente afinal a Índia é um parceiro mais interessante e por certo não gostaria nada de ver um inimigo mortal num projeto desses. O Brasil tem mais a perder com isso já que o mercado indiano é enorme.
Toda essa lenga-lenga por um único Tucaninho...Super , é verdade....


Dá uma olhada no pulha que escreveu a matéria...

Enviado: Seg Dez 17, 2007 7:18 pm
por rodrigo
Análise da Blackwater feita pelo EB:

http://www.coter.eb.mil.br/0apic/comando/071213a.htm