EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
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vilmarmoccelin escreveu:A questão é bem simples... Existe a exigência de os desenhos (e outros conteúdos intelectuais) serem do EB por um motivo ÓBVIO: evitar a bagunça que era a manutenção dos Urutus e Cascavéis, que usavam peças mecânicas de caminhões mas tinham uma lista numérica de peças específica, que poucos distribuidores tinham, que fazia o preço das peças ser infinitamente maior do que o preço de mercado... Por exemplo, o mesmo diferencial era usado em caminhão e nos Cascavéis, porém, na hora de comprar um rolamento, por exemplo, o EB pedia um "rolamento XXX do diferencial traseiro do Urutu" e as empresas que tinham a lista de peças do URUTU, feitas pela ENGESA, que já havia falido, colocavam o preço lá em cima... Mesmo sendo o mesmo rolamento de um caminhão muito usado...
Isso aconteceu porque os projetos, com as listas numéricas das peças, estavam 100% nas mãos da Engesa, e com a falência dessa uma pequena lista de distribuidores que possuia essas relações numéricas acabaram ficando com uma espécie de monopólio...
E o outro detalhe é bem simples... NENHUMA empresa 100% nacional tem capacidade hoje de participar de uma empreitada dessas (pra mim a Avibrás tinha, não sei porque largou mão da concorrência), então sobrou pra única empresa verdadeira mente forte no setor, e que ESTÁ VENDENDO produtos de defesa...
Após a falência da ENGESA o EB conseguiu na justiça absorver toda a massa falida da mesma, inclusive todos os desenhos e projetos de blindados, incluindo-se aí o famoso EE-T1 Osório (sem falar nos protótipos). Tudo isso passou a pertencer à IMBEL, que está nas mãos do EB, mesmo que muito mal administrada...
Portanto, essa estória de que os "part numbers" do fabricante estariam encarecendo a reposição de peças não faz muito sentido, pois os mesmos agora pertencem à IMBEL (portanto ao EB) e a única justificativa para que o EB não tomasse nenhuma providência para reverter essa situação seria o simples descaso ou incompetência...
Já a AVIBRAS está enfrentando sérios problemas financeiros e seus últimos projetos não foram bem sucedidos ou não tiveram continuidade por falta de recursos, vide Guará 4x4 (excelente projeto de blindado, mas que o EB torceu o nariz), ASTROS III (na minha opinião desnecessário para nossa realidade) e AV-MT-300 (armamento que seria estratégico e de grande poder de dissuasão, mas que mais uma vez nossos brilhantes comandantes torceram o nariz).
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fabioglobo10 escreveu:vilmarmoccelin escreveu:A questão é bem simples... Existe a exigência de os desenhos (e outros conteúdos intelectuais) serem do EB por um motivo ÓBVIO: evitar a bagunça que era a manutenção dos Urutus e Cascavéis, que usavam peças mecânicas de caminhões mas tinham uma lista numérica de peças específica, que poucos distribuidores tinham, que fazia o preço das peças ser infinitamente maior do que o preço de mercado... Por exemplo, o mesmo diferencial era usado em caminhão e nos Cascavéis, porém, na hora de comprar um rolamento, por exemplo, o EB pedia um "rolamento XXX do diferencial traseiro do Urutu" e as empresas que tinham a lista de peças do URUTU, feitas pela ENGESA, que já havia falido, colocavam o preço lá em cima... Mesmo sendo o mesmo rolamento de um caminhão muito usado...
Isso aconteceu porque os projetos, com as listas numéricas das peças, estavam 100% nas mãos da Engesa, e com a falência dessa uma pequena lista de distribuidores que possuia essas relações numéricas acabaram ficando com uma espécie de monopólio...
E o outro detalhe é bem simples... NENHUMA empresa 100% nacional tem capacidade hoje de participar de uma empreitada dessas (pra mim a Avibrás tinha, não sei porque largou mão da concorrência), então sobrou pra única empresa verdadeira mente forte no setor, e que ESTÁ VENDENDO produtos de defesa...
Após a falência da ENGESA o EB conseguiu na justiça absorver toda a massa falida da mesma, inclusive todos os desenhos e projetos de blindados, incluindo-se aí o famoso EE-T1 Osório (sem falar nos protótipos). Tudo isso passou a pertencer à IMBEL, que está nas mãos do EB, mesmo que muito mal administrada...
Portanto, essa estória de que os "part numbers" do fabricante estariam encarecendo a reposição de peças não faz muito sentido, pois os mesmos agora pertencem à IMBEL (portanto ao EB) e a única justificativa para que o EB não tomasse nenhuma providência para reverter essa situação seria o simples descaso ou incompetência...
Já a AVIBRAS está enfrentando sérios problemas financeiros e seus últimos projetos não foram bem sucedidos ou não tiveram continuidade por falta de recursos, vide Guará 4x4 (excelente projeto de blindado, mas que o EB torceu o nariz), ASTROS III (na minha opinião desnecessário para nossa realidade) e AV-MT-300 (armamento que seria estratégico e de grande poder de dissuasão, mas que mais uma vez nossos brilhantes comandantes torceram o nariz).
Pera ai Fabio, tudo que pertencia a ENGESA pertence ao Banco do Brasil e não a IMBEL. Inclusive os dois Osórios estão com o EB por serem material bélico, mas pertencem ao banco.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Dieneces escreveu:Busca a torre/canhão de 105mmdo Centauro , a metralhadora remotamente controlada do Patria e a torre remotamente controlada Rafael Typhoon por exemplo , a torre ORCWS também da Rafael , já dará um visual de ponta , a OWS-25R é outra que tem boas chances até porque italiana . Sugiro uma torre do lança morteiro Bofors AMOS também.
- Pode colocar a torre CT-CV 105 mm da CMI Defence, que já é certo.
- A remotamente controlada é a RCWS 12.7 da Rafael feita sob licença aqui, que o pessoal chama de REMAX, para dar aquela cara de "made in Brazil"; como fazem com o Saber X-60, que é o ELTA EL/M-2106-NG, o Morteiro Raiado, que é o TDA 120, etc...
- A torre para canhão é a RCWS-30, se tiver $$$ ou um desenho tripulado da CMI (mais provável), com uma pequena possibilidade da Denel CT30.
- O morteiro vai ser o Soltam CARDOM 120mm com kit semi-automático, ou o TDA 2R2M francês, com boa possibilidade deste, se o $$$ baixar. Aliás a TDA tem boa chances, pois nos vendeu o projeto que resultou no Morteiro 120mm raiado do CTEx. Estes morteiros não ficam em torre, mas sim internos no chassis, atirando por uma abertura no teto.
PS: não é achismo, é info do CTEx.
Alexandre Beraldi escreveu:Dieneces escreveu:Busca a torre/canhão de 105mmdo Centauro , a metralhadora remotamente controlada do Patria e a torre remotamente controlada Rafael Typhoon por exemplo , a torre ORCWS também da Rafael , já dará um visual de ponta , a OWS-25R é outra que tem boas chances até porque italiana . Sugiro uma torre do lança morteiro Bofors AMOS também.
- Pode colocar a torre CT-CV 105 mm da CMI Defence, que já é certo.
- A remotamente controlada é a RCWS 12.7 da Rafael feita sob licença aqui, que o pessoal chama de REMAX, para dar aquela cara de "made in Brazil"; como fazem com o Saber X-60, que é o ELTA EL/M-2106-NG, o Morteiro Raiado, que é o TDA 120, etc...
- A torre para canhão é a RCWS-30, se tiver $$$ ou um desenho tripulado da CMI (mais provável), com uma pequena possibilidade da Denel CT30.
- O morteiro vai ser o Soltam CARDOM 120mm com kit semi-automático, ou o TDA 2R2M francês, com boa possibilidade deste, se o $$$ baixar. Aliás a TDA tem boa chances, pois nos vendeu o projeto que resultou no Morteiro 120mm raiado do CTEx. Estes morteiros não ficam em torre, mas sim internos no chassis, atirando por uma abertura no teto.
PS: não é achismo, é info do CTEx.
Só vou botar os links.
1_ http://www.army-guide.com/eng/product3085.html
2_ http://www.israeli-weapons.com/weapons/ ... /RCWS.html
3_ http://www.rafael.co.il/marketing/area. ... &docID=994
4_ http://www.army-guide.com/eng/product1849.html
Vlws Abraços
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Faz tempo que venho 'babando' nessa torre CMI CT-CV... deve ser o sonho de qualquer cavalariano hehehehehe...
Se o "Cascavel III" vier com ela mesmo (que é dado como certo) o nosso blindado de reconhecimento vai ter um armamento mais capaz que os nossos MBTs!!! E as características delas também são bem interessantes (no papel, não sei na realidade)... Tem CITV, que da a ela a capacidade Hunter/Killer, que nenhum dos nossos MBTs tem (ou terá, já que o Leo 1A5 também não tem), capacidade de realizar tiros "Beyond Line of Sight", que é ideal para poder operar em regiões montanhosas (e urbanas também), que vai tornar nossa Cavalaria Mecanizada mais apta a operar no sudeste...
Mas deve ser o olho da cara
Alguém sabe como será feita a aquisição dessas torres? Fabricadas aqui sob licença ou só compradas? Eu acredito que siga a mesma linha do Cascavel 1... Primeiro compramos, e depois, finalmente, construimos um modelo nacional, mas estou só chutando.
Se o "Cascavel III" vier com ela mesmo (que é dado como certo) o nosso blindado de reconhecimento vai ter um armamento mais capaz que os nossos MBTs!!! E as características delas também são bem interessantes (no papel, não sei na realidade)... Tem CITV, que da a ela a capacidade Hunter/Killer, que nenhum dos nossos MBTs tem (ou terá, já que o Leo 1A5 também não tem), capacidade de realizar tiros "Beyond Line of Sight", que é ideal para poder operar em regiões montanhosas (e urbanas também), que vai tornar nossa Cavalaria Mecanizada mais apta a operar no sudeste...
Mas deve ser o olho da cara

Alguém sabe como será feita a aquisição dessas torres? Fabricadas aqui sob licença ou só compradas? Eu acredito que siga a mesma linha do Cascavel 1... Primeiro compramos, e depois, finalmente, construimos um modelo nacional, mas estou só chutando.
The cake is a lie...
vilmarmoccelin escreveu:Faz tempo que venho 'babando' nessa torre CMI CT-CV... deve ser o sonho de qualquer cavalariano hehehehehe...
Se o "Cascavel III" vier com ela mesmo (que é dado como certo) o nosso blindado de reconhecimento vai ter um armamento mais capaz que os nossos MBTs!!! E as características delas também são bem interessantes (no papel, não sei na realidade)... Tem CITV, que da a ela a capacidade Hunter/Killer, que nenhum dos nossos MBTs tem (ou terá, já que o Leo 1A5 também não tem), capacidade de realizar tiros "Beyond Line of Sight", que é ideal para poder operar em regiões montanhosas (e urbanas também), que vai tornar nossa Cavalaria Mecanizada mais apta a operar no sudeste...
Mas deve ser o olho da cara![]()
Alguém sabe como será feita a aquisição dessas torres? Fabricadas aqui sob licença ou só compradas? Eu acredito que siga a mesma linha do Cascavel 1... Primeiro compramos, e depois, finalmente, construimos um modelo nacional, mas estou só chutando.
Mas as fotos tiradas do Piranha III com esta torre, parecem indicar peso e tamanho demais para o veículo, ele fica todo curvado para trás, é preciso pensar bem para fazer um veículo equilibrado, talvez a solução do Striker seja mais inteligente, um canhão sem torre ou tripulação.

[ ]´s
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Texto sobre o teste do Centauro no EB:
Blindado Italiano IVECO FIAT-OTO MELARA 8x8 "CENTAURO" B-1, que sem dúvida poderia vir a ser uma ótima aquisição para equipar alguns Regimentos de Cavalaria Mecanizado do Exército, em substituição aos nossos já antiquados EE-9 CASCAVEL. O carro possui particularidades interessantes, como o compartimento do comandante que se situa do lado esquerdo e não no direito como nos demais veículos similares.
Sua suspensão, muito macia, difere de todas as que estamos acostumados a verem blindados do nosso Exército. O sistema de rodagem possui apenas um diferencial, o qual posiciona-se na segunda roda, da frente para traseira, seu esquema é em forma de "H", onde o diferencial transmite o movimento para as rodas de cada lado, mediante caixas de transmissão. O sistema de controle de pressão do ar nos pneus é controlado pelo motorista, permitindo modificar a pressão de 1,5 a 4,5 bar. O sistema de freio dispõe de quatro circuitos independentes com discos ventilados. Seu pneus, sem câmara, do tipo Run-flat, permite continuar sua marcha mesmo depois de furados, por aproximadamente 80Km, sendo o que no Brasil se chama "pneus à prova de balas". A suspensão é do tipo independente McPherson, com amortecedores hidropneumáticos e dois braços oscilantes fixados ao casco e ao cubo de cada uma das rodas. O veículo desloca-se com grande facilidade em terrenos acidentados e lamacentos dentro do local designado para estas provas, inclusive mantendo sistema de rotação de 360º de sua torre em pleno movimento do carro. Possui também um sistema anti-incêndio e anti-explosões, um no compartimento do motor e outro no setor de combate, com sensores IR/UV que detectam um súbito aumento da temperatura atuando em milésimos de segundos sobre os extintores.
Seu sistema de tiro é todo computadorizado, podendo ser usado pelo Comandante do Carro ou pelo atirador, o sistema de mira é paralelo e não convergente como nos nossos CC LEOPARD, dando a distância em metros e o sistema de laser confirma o local exato em que o tiro será certeiro. Transporta 40 projéteis de 105mm, sendo 14 na torre e 26 no casco e possui 8 lançadores de granadas fumígenas. O recuo do canhão no interior do carro é bastante macio, não dando solavancos.
O interior do CENTAURO é bastante amplo e confortável para os 4 ocupantes: motorista, comandante do carro, atirador e municiador; possuindo ar condicionado.
Possui além das escotilhas, uma porta traseira que dá acesso ao interior do veículo, e ao conjunto de baterias, possuindo espaço para transportar outros equipamentos e até mesmo dois a quatro soldados.
Funciona normalmente na versão 6x8, podendo transformar-se rapidamente num 8x8, através de um sistema manual em que as duas rodas dianteiras passam a ter tração, quando em uso nesta versão. A quarta roda pode também funcionar com um ângulo bem menor que as duas dianteiras, quando o veículo necessita fazer manobras em locais estreitos, e com velocidade inferior a 20km/h, com velocidade maior a roda bloqueia automaticamente, evitando que o carro possa sair de traseira em curvas acentuadas. Isto diminui em muito o seu raio de curva, sendo capaz de virar com mais facilidade do que um Jeep, por exemplo.
Todo o carro vem provido de pontos, sobre os quais podem ser acopladas blindagens ativas e reativas, para aumentar ainda mais a sua proteção. Sua blindagem básica é bem similar à dos nossos blindados de rodas, não tendo nada de muito sofisticado, sendo que o veículo pode alcançar velocidade máxima de 103km/h em estradas. Seu tanque de combustível requer 520 litros de diesel, o que lhe dá uma autonomia de 800 Km.
O carro é muito barulhento, principalmente no seu lado esquerdo, pois além do motor, o escapamento do mesmo é jogado para baixo na lateral do carro, no sentido oposto ao da escotilha do motorista, provocando grande nuvem de poeira por onde passa, facilitando desta forma sua localização.
Existem outras versões que estão sendo desenvolvidas, como o Veículo de Infantaria e o Transporte de Tropas. Pretendem ainda produzir versões autopropulsadas com canhões de l55mm, veículo de recuperação, ambulância e porta-morteiro de 120 mm.
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- Guerra
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E sobre o PUMA
Dando prosseguimento aos testes em veículos blindados, 4x4, 6x6 e 8x8, que
visam num futuro próximo a substituição dos EE-9 Cascavel e EE-11 Urutu, o Exército
por intermédio do Centro de Instrução de Blindados General Walter Pires (CIBld) e em
conjunto com o Centro de Avaliação do Exército (CAEx) testaram o blindado PUMA na
configuração 4x4.
O veículo enviado ao Brasil para testes é o protótipo do PUMA 4x4, um pouco
diferente, principalmente na altura, em relação ao modelo de série adotado pelo Exército
Italiano, e ao contrário do CENTAURO, este pertence ao fabricante. Seu preço,
dependendo da versão varia entre US$200 a 350 mil dólares a unidade.
A primeira vista o veículo impressiona pela suas delgadas linhas, muito pequeno,
mas aparentando força. O acesso ao seu interior se dá através de três amplas portas,
sendo duas situadas na lateral dianteira do veículo, uma de cada lado e a terceira no
centro na traseira, possuindo um interior amplo para as suas dimensões e bemconfortável.
O modelo em questão veio inicialmente equipado com uma torre para
metralhadora .50, calibre este largamente usado no Brasil, equipada com visor para tiro
noturno, mas que no decorrer do testes efetuados pelo Exército, e devido a problemas
técnicos, ela foi retirada e substituída por uma manual. No Exército Italiano ele possui
torre para míssil antitanque TOW, ou Míssil Milan (antitanque), ou Matra Bae
Dynamics (ar-superfície), podendo ainda utilizar metralhadoras nos calibres 7,62mm ou
12,7mm (.50).
O compartimento do motorista fica num compartimento confortável, do lado
esquerdo do veículo tendo na parte frontal o volante, com direção hidráulica, muito
macia e de fácil manejo; na lateral esquerda os instrumentos do painel, velocímetro,
marcador de combustível, temperatura, etc, e na direita os sistemas de alavanca de
marchas e o bloqueador de diferencial. O banco do motorista possui acionamento
hidráulico para seu melhor posicionamento dentro do veículo, com escotilha aberta ou
fechada. Possui três periscópios para visão, sendo o central um sistema passivo de visão
noturna, na versão italiana. Neste veículo existe sobre a cúpula do motorista um "santoantônio"
a título de proteção no caso de o veículo vir a capotar, mas que serviu muito
bem para evitar que a vegetação atingisse os tripulantes que estavam muitas das vezes
com suas cabeças para fora, mas protegidos por capacetes.
Quanto à tripulação, que é de três homens sentados, em bancos simétricos, sendo
que os dois laterais estão ao lado das portas, que possui uma seteira e um visor, enquanto
que o do meio possui regulagem de altura manual dando acesso á escotilha onde se
encontra acoplado uma metralhadora .50, e na posição fechada é possível ter uma ampla
visão através de cinco periscópios, acoplados ao anel giratório, manual, da torre,
possibilitando uma visão bem privilegiada de quase 360º.
Um sistema de rádio, o mesmo usado nos carros de combate M-41, foi instalado
no interior do veículo para testes de comunicação, acoplando-se perfeitamente aos
demais componentes internos.
Possui um compartimento traseiro bem amplo, se levado em conta, as dimensões
do veículo, possuindo uma grande escotilha retangular na parte superior e uma ampla
porta traseira, permitindo cargas e mais soldados (dois ou três).
O Puma é impulsionado por um motor Iveco turbo diesel, 4 cilindros, l80hp, tipo
8042 TCA. Possui caixa de marcha com 5 a frente e 1 a ré, do tipo automática,
construída sob licença da firma alemã Renk. Vale ressaltar que além das cinco marchas é
possível usar mais três, mudando de lugar a alavanca, que permitem que o veículo só
ande de primeira, segunda ou terceira, de acordo com as necessidades do terreno,
independente das demais, voltando logo em seguida a posição normal. Possui um
excelente torque, vencendo rapidamente locais íngremes sem qualquer problema e
retomando rapidamente a velocidade.
Outra curiosidade é que toda vez que o freio é acionado, automaticamente se
reduz duas marchas, evitando desta forma trancos no veículo, tornando muito cômodo e
macio o seu interior, dando um maior conforto.
Possui ainda um bloqueio de diferencial de três posições, trabalhando no sentido
longitudinal ele equilibra em partes iguais (50%) a tração das rodas dianteiras com as
traseiras. Numa segunda e terceira posição ele joga toda a tração (100%) só para as rodas
traseiras ou só para as dianteiras, o que praticamente dificulta em muito a possibilidade
de atolar, e isto foi comprovado in loco. O Puma é um 4x4 o tempo todo.
Sua suspensão é do tipo independente nas quatro rodas, com componentes
idênticos em cada uma delas, possuindo amortecedores hidropneumáticos, e barras
estabilizadoras, o que lhe confere uma suavidade espetacular nos deslocamentos nos
mais variados tipos de terreno onde foram efetuados os testes: tanto em subidas e
descidas íngremes com quase 60º, terreno irregular com inclinação de quase 30º,
atoleiros, riachos e estradas vicinais. Sua potência de tração é dada pelas rodas dianteiras
e traseiras, e cada uma delas conta com sistema de freio a disco, possuindo: dois
diferenciais e uma caixa de transferência ao centro, ligados por eixos cardam. Alcança
uma velocidade máxima de 100 Km/h em estradas e possui autonomia de 700 Km. Seu
raio de curva é de apenas 6m, podendo superar com facilidade obstáculos de até 70 cm
de profundidade.
O PUMA possui ainda capacidade para ser transportado num helicóptero
Chinook ou num C-130 HÉRCULES (por exemplo), devido às suas pequenas
dimensões. Ou no futuro substituto do BUFFALO na FAB.
Foi testado pelo Exército não só no Rio de Janeiro, no Centro de Instrução de
Blindados, a época, como também foi recentemente levado para o sul do país, para
testes, no Campo de Instrução Saican, próximo a Rosário do Sul, RS, tendo percorrido
mais de 4.000 Km, sem apresentar grandes problemas. Também foi levado para o campo
de provas da MOTOPEÇAS em Sorocaba, SP, onde foi exaustivamente testado em
rampas, vaus e travessias em tanques com água, se portando muito bem nestes testes
ocorridos em novembro/dezembro de 2001.
Sem sombra de dúvida é um excelente veículo para cumprir as missões de
reconhecimento nos mais variados tipos de terreno dentro de nosso território.
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Acabei de postar algo que tem haver com esse tópico quem quiser dar uma olhada
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=9966&start=105
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PRick escreveu:vilmarmoccelin escreveu:Faz tempo que venho 'babando' nessa torre CMI CT-CV... deve ser o sonho de qualquer cavalariano hehehehehe...
Se o "Cascavel III" vier com ela mesmo (que é dado como certo) o nosso blindado de reconhecimento vai ter um armamento mais capaz que os nossos MBTs!!! E as características delas também são bem interessantes (no papel, não sei na realidade)... Tem CITV, que da a ela a capacidade Hunter/Killer, que nenhum dos nossos MBTs tem (ou terá, já que o Leo 1A5 também não tem), capacidade de realizar tiros "Beyond Line of Sight", que é ideal para poder operar em regiões montanhosas (e urbanas também), que vai tornar nossa Cavalaria Mecanizada mais apta a operar no sudeste...
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Alguém sabe como será feita a aquisição dessas torres? Fabricadas aqui sob licença ou só compradas? Eu acredito que siga a mesma linha do Cascavel 1... Primeiro compramos, e depois, finalmente, construimos um modelo nacional, mas estou só chutando.
Mas as fotos tiradas do Piranha III com esta torre, parecem indicar peso e tamanho demais para o veículo, ele fica todo curvado para trás, é preciso pensar bem para fazer um veículo equilibrado, talvez a solução do Striker seja mais inteligente, um canhão sem torre ou tripulação.![]()
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Cara, discordo nesse ponto... A torre tem 5 tons só...
Em algumas fotos (principalmente as do material de divulgação da própria arma) ele realmente está com uma aparência meio estranha, mas provavlmente nessas fotos a torre foi colocada para testes, talvez não adaptando bem para o carro... Mas outros veículos 8x8 com canhões 105mm e muitos pindurucalhos as torres (e os carros em sí) não ficaram com aparência estranha ou grande demais, é só ver as fotos do Centauro, inclusive da FIAT-IVECO Centauro!!!!



The cake is a lie...
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SGT GUERRA escreveu:fabioglobo10 escreveu:vilmarmoccelin escreveu:A questão é bem simples... Existe a exigência de os desenhos (e outros conteúdos intelectuais) serem do EB por um motivo ÓBVIO: evitar a bagunça que era a manutenção dos Urutus e Cascavéis, que usavam peças mecânicas de caminhões mas tinham uma lista numérica de peças específica, que poucos distribuidores tinham, que fazia o preço das peças ser infinitamente maior do que o preço de mercado... Por exemplo, o mesmo diferencial era usado em caminhão e nos Cascavéis, porém, na hora de comprar um rolamento, por exemplo, o EB pedia um "rolamento XXX do diferencial traseiro do Urutu" e as empresas que tinham a lista de peças do URUTU, feitas pela ENGESA, que já havia falido, colocavam o preço lá em cima... Mesmo sendo o mesmo rolamento de um caminhão muito usado...
Isso aconteceu porque os projetos, com as listas numéricas das peças, estavam 100% nas mãos da Engesa, e com a falência dessa uma pequena lista de distribuidores que possuia essas relações numéricas acabaram ficando com uma espécie de monopólio...
E o outro detalhe é bem simples... NENHUMA empresa 100% nacional tem capacidade hoje de participar de uma empreitada dessas (pra mim a Avibrás tinha, não sei porque largou mão da concorrência), então sobrou pra única empresa verdadeira mente forte no setor, e que ESTÁ VENDENDO produtos de defesa...
Após a falência da ENGESA o EB conseguiu na justiça absorver toda a massa falida da mesma, inclusive todos os desenhos e projetos de blindados, incluindo-se aí o famoso EE-T1 Osório (sem falar nos protótipos). Tudo isso passou a pertencer à IMBEL, que está nas mãos do EB, mesmo que muito mal administrada...
Portanto, essa estória de que os "part numbers" do fabricante estariam encarecendo a reposição de peças não faz muito sentido, pois os mesmos agora pertencem à IMBEL (portanto ao EB) e a única justificativa para que o EB não tomasse nenhuma providência para reverter essa situação seria o simples descaso ou incompetência...
Já a AVIBRAS está enfrentando sérios problemas financeiros e seus últimos projetos não foram bem sucedidos ou não tiveram continuidade por falta de recursos, vide Guará 4x4 (excelente projeto de blindado, mas que o EB torceu o nariz), ASTROS III (na minha opinião desnecessário para nossa realidade) e AV-MT-300 (armamento que seria estratégico e de grande poder de dissuasão, mas que mais uma vez nossos brilhantes comandantes torceram o nariz).
Pera ai Fabio, tudo que pertencia a ENGESA pertence ao Banco do Brasil e não a IMBEL. Inclusive os dois Osórios estão com o EB por serem material bélico, mas pertencem ao banco.
Então têm "boi na linha" meu camarada! Eu já li por aí mais de uma vez que todo o acervo tecnológico da ENGESA está em posse do EB, exemplo:
http://clipping.planejamento.gov.br/Not ... Cod=224588
... e que os protótipos existentes também foram ganhos na justiça pelo EB: http://www.defesanet.com.br/noticia/oso ... osorio.htm
* O segundo parágrafo informa que os protótipos agora pertencem à união.