Mulheres... outra vez...
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Mulher supera homens no curso de sargentos
Inédito: É a primeira vez na história da escola
Mulher supera homens no curso de sargentos
Francisco Gomes
A segundo-sargento Ana Magina
Pela primeira vez no curso de formação de sargentos do Exército, ministrado há já 32 anos, uma mulher foi classificada como o melhor aluno, tendo arrecadado três prémios escolares e ultrapassado os 75 colegas, entre os quais quatro do sexo feminino.
A segundo-sargento de Infantaria Ana Cristina Pinto Magina, de 24 anos, foi o aluno mais bem classificado do 32.º curso de formação de sargentos, ministrado na Escola de Sargentos do Exército (ESE), nas Caldas da Rainha.
O curso, que já formou mais de sete mil sargentos, admite desde 1992 a frequência de alunos do sexo feminino, mas é a primeira vez que uma mulher chega ao fim com a melhor nota (terminou com 16,99 valores), resultado da soma do mérito escolar com o desempenho físico.
Numa cerimónia presidida pelo comandante da Instrução do Exército, Ana Magina recebeu prémios por ter ficado em primeiro lugar no 32.º curso, um dos quais instituído pela Academia Geral Básica de Suboficiais de Espanha, e por ser a melhor na arma de Infantaria.
Natural de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, a aluna concluiu o 12.º ano na área de Desporto e em vez de ingressar na universidade preferiu enveredar pelo meio castrense e concorreu à ESE. Foi seleccionada e fez o primeiro ano nesta escola e o segundo ano na Escola Prática de Infantaria (EPI), em Mafra.
“Se a nota de mérito físico tivesse mais peso do que o mérito escolar, não atingiria o primeiro lugar”, admitiu a militar, considerando que o ano passado na EPI foi “muito puxado, porque a componente física esteve sempre muito presente”.
A segundo-sargento vai agora entrar no quadro permanente do Exército, ficando como instrutora do módulo de morteiros da EPI.
Maximino Magina, pai da militar, disse sentir-se muito orgulhoso e reconheceu que a sua vontade era que a filha estudasse na área civil, já que na família não há outros militares de carreira. “Mas ela está lá porque gosta” e agora “vai meter o pessoal a alinhar pela tropa”, afirma.
A mãe da aluna, Emília Magina, disse que “valeu a pena o sacrifício”, fazendo notar que a filha tem “levado para casa as ‘medalhas’ das dificuldades da vida militar, como as nódoas negras que vão aparecendo”.
Francisco Gomes (Caldas da Rainha)
Mulher supera homens no curso de sargentos
Francisco Gomes
A segundo-sargento Ana Magina
Pela primeira vez no curso de formação de sargentos do Exército, ministrado há já 32 anos, uma mulher foi classificada como o melhor aluno, tendo arrecadado três prémios escolares e ultrapassado os 75 colegas, entre os quais quatro do sexo feminino.
A segundo-sargento de Infantaria Ana Cristina Pinto Magina, de 24 anos, foi o aluno mais bem classificado do 32.º curso de formação de sargentos, ministrado na Escola de Sargentos do Exército (ESE), nas Caldas da Rainha.
O curso, que já formou mais de sete mil sargentos, admite desde 1992 a frequência de alunos do sexo feminino, mas é a primeira vez que uma mulher chega ao fim com a melhor nota (terminou com 16,99 valores), resultado da soma do mérito escolar com o desempenho físico.
Numa cerimónia presidida pelo comandante da Instrução do Exército, Ana Magina recebeu prémios por ter ficado em primeiro lugar no 32.º curso, um dos quais instituído pela Academia Geral Básica de Suboficiais de Espanha, e por ser a melhor na arma de Infantaria.
Natural de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, a aluna concluiu o 12.º ano na área de Desporto e em vez de ingressar na universidade preferiu enveredar pelo meio castrense e concorreu à ESE. Foi seleccionada e fez o primeiro ano nesta escola e o segundo ano na Escola Prática de Infantaria (EPI), em Mafra.
“Se a nota de mérito físico tivesse mais peso do que o mérito escolar, não atingiria o primeiro lugar”, admitiu a militar, considerando que o ano passado na EPI foi “muito puxado, porque a componente física esteve sempre muito presente”.
A segundo-sargento vai agora entrar no quadro permanente do Exército, ficando como instrutora do módulo de morteiros da EPI.
Maximino Magina, pai da militar, disse sentir-se muito orgulhoso e reconheceu que a sua vontade era que a filha estudasse na área civil, já que na família não há outros militares de carreira. “Mas ela está lá porque gosta” e agora “vai meter o pessoal a alinhar pela tropa”, afirma.
A mãe da aluna, Emília Magina, disse que “valeu a pena o sacrifício”, fazendo notar que a filha tem “levado para casa as ‘medalhas’ das dificuldades da vida militar, como as nódoas negras que vão aparecendo”.
Francisco Gomes (Caldas da Rainha)
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Sgt. Guerra, qual é a sua opnião sobre esse assunto?
E é realmente um absurdo que aqui no Brasil o sgt, não pode ser instrutor. Não entendo essa logica de que um sargento, por mais tempo de serviço e experiencia que tenha, nunca vai ser qualificado apto para ensinar coisa alguma. Mas ouvi dizer que na Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos, todos os cursos são ministrados por sargentos e subtenentes, é verdade?
E é realmente um absurdo que aqui no Brasil o sgt, não pode ser instrutor. Não entendo essa logica de que um sargento, por mais tempo de serviço e experiencia que tenha, nunca vai ser qualificado apto para ensinar coisa alguma. Mas ouvi dizer que na Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos, todos os cursos são ministrados por sargentos e subtenentes, é verdade?
- cabeça de martelo
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Instrução
O quê? Agora é que me deixas-te aparvalhado! No Brasil os Sargentos não dão instrução? Vem a Portugal e vais ver que os instrutores do curso de Pára-quedismo são todos sargentos (por norma 1º sargentos). A recruta é dada por norma por um oficial e um sargento. A especialidade/sub-especialidade é tb feita usando este binómio. Fiquei surpreso agora!
- Guerra
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Don Pascual escreveu:Sgt. Guerra, qual é a sua opnião sobre esse assunto?
E é realmente um absurdo que aqui no Brasil o sgt, não pode ser instrutor. Não entendo essa logica de que um sargento, por mais tempo de serviço e experiencia que tenha, nunca vai ser qualificado apto para ensinar coisa alguma. Mas ouvi dizer que na Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos, todos os cursos são ministrados por sargentos e subtenentes, é verdade?
Don Pascual, eu acho uma grande bobagem, porque mesmo nas escolas o sargento da instrução, só que aparece o nome do Oficial no QTS.
Na EASA alguns instrutores são sargentos, mas a parte tática é toda com Oficiais. Os comandantes de pelotão e de companhia, esses sim, são todos sargentos.
Eu acho a EASA um grande desperdicio. A escola poderia dar uma contribuição bem maior para o desenvolvimento da doutrina até nivel pelotão.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
- Guerra
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Re: Instrução
cabeça de martelo escreveu:O quê? Agora é que me deixas-te aparvalhado! No Brasil os Sargentos não dão instrução? Vem a Portugal e vais ver que os instrutores do curso de Pára-quedismo são todos sargentos (por norma 1º sargentos). A recruta é dada por norma por um oficial e um sargento. A especialidade/sub-especialidade é tb feita usando este binómio. Fiquei surpreso agora!
Nas escolas os sargentos não podem ser instrutores, mas na tropa já pode (não podia, da para acreditar?). Mas como eu disse é uma grande bobagem o sargento da instrução, mesmo em escolas.
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Don Pascual, eu acho uma grande bobagem, porque mesmo nas escolas o sargento da instrução, só que aparece o nome do Oficial no QTS.
Ou seja, o sargento é quem trabalha, mas é o oficial quem fica com as glorias...
Uma vez conheci um ex-piloto da FAB, que idsse que esse tipo de coisa é a norma, até oficiais superiores usurpam a gloria dos oficiais subalternos, não é so o praça que se ferra não. No EB isso acontece também, digo, acontecer acontece, mas é um problema grave ou não?
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Don Pascual escreveu:Don Pascual, eu acho uma grande bobagem, porque mesmo nas escolas o sargento da instrução, só que aparece o nome do Oficial no QTS.
Ou seja, o sargento é quem trabalha, mas é o oficial quem fica com as glorias...
Uma vez conheci um ex-piloto da FAB, que idsse que esse tipo de coisa é a norma, até oficiais superiores usurpam a gloria dos oficiais subalternos, não é so o praça que se ferra não. No EB isso acontece também, digo, acontecer acontece, mas é um problema grave ou não?
Don Pascual, digamos que eu faça qualquer trabalho dentro do EB. Um dispositivo que aumente a eficiencia no tiro ou simplesmente um novo metodo de filtrar agua. Eu não posso assinar meu trabalho, eu tenho que dar meu trabalho para um oficial assinar.
Eu não acho isso moral, nem etico, e uma grande falat de respeito como trabalho do profissional, mas como eu nunca inventei nada, tá tudo certo. Seria bom se dessem mais valor ao trabalho do praça.
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Don Pascual escreveu:Eu não posso assinar meu trabalho, eu tenho que dar meu trabalho para um oficial assinar.
Então não apenas esse tipo de coisa é normal, mas também é institucionalizada???
O oficial assina, mas seu nome consta como o criador do projeto, ou nem isso, seria como se o oficial tivesse feito o projeto?
O projeto passa a ser dele.
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- cabeça de martelo
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Sargentos
Isso é ridiculo, os sargentos são uma das pedras basilares em qq exército! Sem os sargentos não há ponto de contacto entre os Oficiais e os Praças. Essa situação faz-me lembrar o exército russo, onde o sargento pouco ou nenhum poder tem por causa da recusa dos oficiais em passar algumas competências para os sargentos.
- Rui Elias Maltez
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Nos EUA, os sargentos dão instruções até nos ROTC (reserve officers training corps, equivalente aos nossos CPORs), e me atrevo a dizer que devem dar instruções até em West Point, principalmente nos cursos operativos, ja que são eles quem aprendem a fazer as coisas na pratica (atirar com determinado armamento, por exemplo). Acredito que o Patton pode nos informar melhor sobre esse assunto.
- Guerra
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Don Pascual escreveu:Nos EUA, os sargentos dão instruções até nos ROTC (reserve officers training corps, equivalente aos nossos CPORs), e me atrevo a dizer que devem dar instruções até em West Point, principalmente nos cursos operativos, ja que são eles quem aprendem a fazer as coisas na pratica (atirar com determinado armamento, por exemplo). Acredito que o Patton pode nos informar melhor sobre esse assunto.
Aqui no Brasil o Sargento também dá instrução em CPOR, mas não pode.
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- Guerra
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Rui Elias Maltez escreveu:Julgo que nos EUA (Exército e Força Aérea) normalmente um sargento que dá a instrução nos diversos cursos e na própria recruta.
Acho que o exército americano é o que mais valoriza o sargento. O EB esta tentando copiar (ou adaptar) o modelo americano. Eu andei lendo um pouco sobre o sargento no exército portugues, e u prefiro o modelo portugues que o americano. Acho que que esta mais dentro da nossa realidade.
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