AMX / Acol - Italianos irão voar até 2018

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Koslova
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#31 Mensagem por Koslova » Sáb Mai 19, 2007 1:54 pm

Dieneces escreveu: Com sua devida permissão , Srta. Koslova..."com o fim da guerra fria , e a consequente redução dos gastos militares (leia-se meios aeronáuticos) entre as nações européias , a força aérea italiana só modernizará 38% dos seus caças AMX... ". Agora sim , uma manchete neutra. :wink:





Ola Dieneces.

Acho que você levantou um ponto fundamental, que é a redução das forças na Europa com o fim da guerra fria, mas me parece que neste caso da aposentadoria dos AMX da AMI existe um outro componente que é mais decisivo ainda.

Que componente seria este?

A AMI tem que perseguir uma visão moderna de força aérea, equilibrada em cima de vetores multifuncionais que se distingue em especificidades em sistemas, armamentos e treinamentos.

A AMI é guardando as devidas proporções a FAB européia.

Sua situação ao final dos anos de 1990 era de uma força desbalanceada. Ao mesmo tempo que exibia uma grande quantidade de bons vetores de ataque, com o Tornado como vetor de interdição de longo alcance e o AMX, na sua real função, ou seja, vetor de apoio aéreo aproximado, a AMI tinha como elementos de superioridade aérea, ridículos F-104 armados com mísseis Aspide.

Isto para o cenário europeu era aceitável dentro do contexto da OTAN, afinal de contas a AMI só poderia operar “ancorada” em outra força aérea que realiza-se missões de superioridade aérea, e ela de interdição tática e estratégica em proveito de uma coalizão.

Apesar de que a idéia de uma força aérea européia sempre opere em coalizão, o equilíbrio das forças áreas nunca deixou de existir.

A Espanha, tinha, e ainda tem uma força aérea muito equilibrada se comparada a Itália.

Grécia, Turquia, (inimigos históricos) também as tem, e vamos parar a comparação com a Espanha mesmo, porque se compararmos com França, Alemanha e Inglaterra, ai as coisas seriam mais vergonhosas para os italianos.

O EF-2000 era o aglutinador desta nova visão italiana, e tal qual todos vocês sabem, o seu atraso, obrigou a AMI a buscar uma solução tampão na forma dos F-16.

Com o EF-2000 agora já uma realidade, a AMI começa a buscar suas ações em nome da sua visão moderna de força aérea.

Dificilmente haverá espaço para operar caças caros como o EF-2000 e Tornado e ainda um caça barato em teoria como o AMX. A;guem teria que "sobrar".

O que representa esta decisão da AMI de aposentar quase na proporção de 2 para 1 os seus AMX?

Representa uma aceleração da sua visão de força que esta sendo perseguida a mais de uma década.

Também representa que os custos residuais de operação do AMX por mais 11 anos, vão ser muito reduzidos, porque com um elevado numero de peças de reposição na prateleira a AMI vai precisar muito pouco investimento para manutenção poucos AMX residuais.

Esta troca de valores entre a frota aposentada e a frota em serviço é o que explica porque todos não foram aposentados.

Com esta decisão de compromisso o AMX vai ficar muito mais barato de ser operado por mais uma década, formando uma defesa de segunda linha até que os números de EF-2000 estejam adequados e a AMI finalmente tenha sua visão e força completamente construída.

E no caso brasileiro?

No caso brasileiro, primeiro não existe uma visão de força mais ou menos definida.

Depois existem atrasos brutais nos programas de aquisição e modernização.

O FX esta uns 5 anos atrasado
O F-5BR esta 10 anos atrasado
O A1-M também esta cerca de 10 anos atrasado.

Quando 2/3 dos AMX da AMI estiverem aposentados, nenhum A-1M estará em serviço ainda.

A modernização do A-1, a compra de 12 caças para substituir os F-103, bem como a modernização do F-5 era uma visão de força de 10 anos atrás, ao qual somente a modernização de menos de 50% da frota de F-5 foi, 10 anos depois implementada.

Como lidar com o atraso?

Corrigindo os fatores causadores do atraso, como a assimetria dos gastos da FA’s entre custeio, pessoal e investimento.
Se envolvendo na batalha política por mais recursos e pelo cumprimento do orçamento, o que é natural em qualquer democracia.

Mas existe uma coisa que depende só da FAB, e não do executivo e legislativo e não esta sendo feita.

Que coisa seria esta?

Criar uma nova visão de força, para nortear o planejamento dentro de um horizonte factível, digamos 2020.

Se a visão de força para 2020 for ter algo próximo a 60 ou 70 aeronaves de quarta geração, padronizando a frota, e efetivamente a FAB tenha real interesse em perseguir esta visão, o que a AMI esta fazendo é bastante inspirador para a FAB.

Se a partida para esta nova visão de força, for a aquisição de 12 caças multifuncionais como a FAB tem trabalhado novamente neste caminho de 2 anos para cá, podemos se inspirar na AMI e paralelo a este processo de aquisição de novos caças, aposentar o primeiro lote de A-1, isto reduziria o custo de vida operativa dos lotes 2 e 3 até 2020.

Também poderíamos cancelar a modernização destes caças, com os cerca de US$400mi alocados a aquisição de mais células do FX.

Também poderia-se considerar que programas como o C-212 ou Mi-171 não sejam prioritários, o que daria junto com o cancelamento da modernização dos A-1 volume de dinheiro para saltar de 12 para quase 30 células a primeira encomenda do FX.

E a meta deveria ser muito clara.

Ancorar a FAB em cima dos 43 F5BR e de cerca de 37AMX de 2010 até 2020 até que os FX saiam de uma encomenda inicial de 24 a 30 unidades para algo próximo a 60 em 2020.

Isto obviamente é uma visão de força. Que não necessariamente é absoluta ou a melhor, é apenas a que eu pessoalmente considero adequada.

O que é muito perigoso e não ter visão alguma sobre qual força aérea vamos ter no futuro, porque a cada ano de atraso o buraco futuro na substituição dos caças vai estar aumentando, hoje ele já é maior do que era a 10 anos atrás e na virada da década vai ter crescido mais, e com um detalhe, o crescimento não é linear, é quase exponencial.

Modernizar o A-1 era um paradigma de 10 anos atrás, hoje a situação esta tão pior, que se não começarmos a tomar medidas mais ousadas e consistentes o buraco em 2015 vai engolir a FAB.




juarez castro
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#32 Mensagem por juarez castro » Sáb Mai 19, 2007 2:10 pm

Boa tarde a todos! Penso que seja o caminho e a proporcionalidade a ser seguida pela FAB do lado de cá.
do jeiro que está indo, volto a insistir no meu pensamento, nao haverá retrofit o no máximo umas 22 células, se houver....

Grande abraço




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Kratos
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#33 Mensagem por Kratos » Sáb Mai 19, 2007 2:15 pm

A FAB também está investindo dinheiro demais em áreas erradas, escolheu por exemplo adquirir novas aeronaves de transporte enquanto podia ter usado esse valor em áreas mais importantes como aquisição de armamentos para os F-5M. Aliás, alguem sabe porque só 12 F-5M estão (foram entregues) operação na FAB até hoje?




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#34 Mensagem por Marechal-do-ar » Sáb Mai 19, 2007 2:28 pm

A FAB enfrenta um outro problema, o peso político de cada aquisição, esse peso não esta na especificação de cada aeronave, mas deveria estar para facilitar a comparação, um tucano ou um C-212 tem um peso pequeno, ninguem vai querer sabotar a compra, o lobby sera menor, etc. Um caça como o Eurofigther tem um peso monstruoso, é congressistas votando contra, reporter falando m****, e até briga dentro da própria força. Se a quantidade for grande, mesmo que não seja cara se torna tão pesada que a FAB não consegue carregar.
É problema de país "pacífico" e dificil de mudar, agora podemos pensar no problema mais interessante, como fica a visão de força para ter um peso político aceitável?




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Koslova
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#35 Mensagem por Koslova » Sáb Mai 19, 2007 3:07 pm

Marechal-do-ar escreveu:A FAB enfrenta um outro problema, o peso político de cada aquisição, esse peso não esta na especificação de cada aeronave, mas deveria estar para facilitar a comparação, um tucano ou um C-212 tem um peso pequeno, ninguem vai querer sabotar a compra, o lobby sera menor, etc. Um caça como o Eurofigther tem um peso monstruoso, é congressistas votando contra, reporter falando m****, e até briga dentro da própria força. Se a quantidade for grande, mesmo que não seja cara se torna tão pesada que a FAB não consegue carregar.
É problema de país "pacífico" e dificil de mudar, agora podemos pensar no problema mais interessante, como fica a visão de força para ter um peso político aceitável?





Realmente existe este componente. O finado FX não saiu exatamente por este motivo.

Agora, o U-214 e o contrato de modernização dos submarinos saiu. E ele custa O DODRO DO FX.

Pode ser que o executivo em uma decisão totalmente política mude as regras e coloque os franceses ou russos no jogo, mas a MB esta fechada em cima da escolha, em outras palavras. Fez a parte dela.

A FAB fez a parte dela no FX?

Fez nada, colocou todo mundo no mesmo balaio de gato e a competição virou uma luta livre sem critérios técnicos, minimamente racionais.

Quando da aliança da EMBRAER com os franceses, o que acabou disvirtuando o processo, haveria em ultima analise a possibilidade da FAB montar os aviões em seus proprios PAMA, esta seria a "reserva técnica" que poderia devolver o interesse nacional a concorrencia, faltou gente com coragem no comando, para por as coisas no seu devido lugar.

Sobrou gente querendo levar vantagem, propondo soluções como o Kfir, motivado por vantagens pessoais, ai francamente, não tem como sair uma boa decisão deste tipo de concorrência.

A questão politica explica parte do problema, mas a cultura institucional da força explica o resto.




orestespf
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#36 Mensagem por orestespf » Sáb Mai 19, 2007 3:10 pm

Koslova escreveu:
Dieneces escreveu: Com sua devida permissão , Srta. Koslova..."com o fim da guerra fria , e a consequente redução dos gastos militares (leia-se meios aeronáuticos) entre as nações européias , a força aérea italiana só modernizará 38% dos seus caças AMX... ". Agora sim , uma manchete neutra. :wink:





Ola Dieneces.

Acho que você levantou um ponto fundamental, que é a redução das forças na Europa com o fim da guerra fria, mas me parece que neste caso da aposentadoria dos AMX da AMI existe um outro componente que é mais decisivo ainda.

Que componente seria este?

A AMI tem que perseguir uma visão moderna de força aérea, equilibrada em cima de vetores multifuncionais que se distingue em especificidades em sistemas, armamentos e treinamentos.

A AMI é guardando as devidas proporções a FAB européia.

Sua situação ao final dos anos de 1990 era de uma força desbalanceada. Ao mesmo tempo que exibia uma grande quantidade de bons vetores de ataque, com o Tornado como vetor de interdição de longo alcance e o AMX, na sua real função, ou seja, vetor de apoio aéreo aproximado, a AMI tinha como elementos de superioridade aérea, ridículos F-104 armados com mísseis Aspide.

Isto para o cenário europeu era aceitável dentro do contexto da OTAN, afinal de contas a AMI só poderia operar “ancorada” em outra força aérea que realiza-se missões de superioridade aérea, e ela de interdição tática e estratégica em proveito de uma coalizão.

Apesar de que a idéia de uma força aérea européia sempre opere em coalizão, o equilíbrio das forças áreas nunca deixou de existir.

A Espanha, tinha, e ainda tem uma força aérea muito equilibrada se comparada a Itália.

Grécia, Turquia, (inimigos históricos) também as tem, e vamos parar a comparação com a Espanha mesmo, porque se compararmos com França, Alemanha e Inglaterra, ai as coisas seriam mais vergonhosas para os italianos.

O EF-2000 era o aglutinador desta nova visão italiana, e tal qual todos vocês sabem, o seu atraso, obrigou a AMI a buscar uma solução tampão na forma dos F-16.

Com o EF-2000 agora já uma realidade, a AMI começa a buscar suas ações em nome da sua visão moderna de força aérea.

Dificilmente haverá espaço para operar caças caros como o EF-2000 e Tornado e ainda um caça barato em teoria como o AMX. A;guem teria que "sobrar".

O que representa esta decisão da AMI de aposentar quase na proporção de 2 para 1 os seus AMX?

Representa uma aceleração da sua visão de força que esta sendo perseguida a mais de uma década.

Também representa que os custos residuais de operação do AMX por mais 11 anos, vão ser muito reduzidos, porque com um elevado numero de peças de reposição na prateleira a AMI vai precisar muito pouco investimento para manutenção poucos AMX residuais.

Esta troca de valores entre a frota aposentada e a frota em serviço é o que explica porque todos não foram aposentados.

Com esta decisão de compromisso o AMX vai ficar muito mais barato de ser operado por mais uma década, formando uma defesa de segunda linha até que os números de EF-2000 estejam adequados e a AMI finalmente tenha sua visão e força completamente construída.

E no caso brasileiro?

No caso brasileiro, primeiro não existe uma visão de força mais ou menos definida.

Depois existem atrasos brutais nos programas de aquisição e modernização.

O FX esta uns 5 anos atrasado
O F-5BR esta 10 anos atrasado
O A1-M também esta cerca de 10 anos atrasado.

Quando 2/3 dos AMX da AMI estiverem aposentados, nenhum A-1M estará em serviço ainda.

A modernização do A-1, a compra de 12 caças para substituir os F-103, bem como a modernização do F-5 era uma visão de força de 10 anos atrás, ao qual somente a modernização de menos de 50% da frota de F-5 foi, 10 anos depois implementada.

Como lidar com o atraso?

Corrigindo os fatores causadores do atraso, como a assimetria dos gastos da FA’s entre custeio, pessoal e investimento.
Se envolvendo na batalha política por mais recursos e pelo cumprimento do orçamento, o que é natural em qualquer democracia.

Mas existe uma coisa que depende só da FAB, e não do executivo e legislativo e não esta sendo feita.

Que coisa seria esta?


Criar uma nova visão de força, para nortear o planejamento dentro de um horizonte factível, digamos 2020.

Se a visão de força para 2020 for ter algo próximo a 60 ou 70 aeronaves de quarta geração, padronizando a frota, e efetivamente a FAB tenha real interesse em perseguir esta visão, o que a AMI esta fazendo é bastante inspirador para a FAB.

Se a partida para esta nova visão de força, for a aquisição de 12 caças multifuncionais como a FAB tem trabalhado novamente neste caminho de 2 anos para cá, podemos se inspirar na AMI e paralelo a este processo de aquisição de novos caças, aposentar o primeiro lote de A-1, isto reduziria o custo de vida operativa dos lotes 2 e 3 até 2020.

Também poderíamos cancelar a modernização destes caças, com os cerca de US$400mi alocados a aquisição de mais células do FX.

Também poderia-se considerar que programas como o C-212 ou Mi-171 não sejam prioritários, o que daria junto com o cancelamento da modernização dos A-1 volume de dinheiro para saltar de 12 para quase 30 células a primeira encomenda do FX.

E a meta deveria ser muito clara.

Ancorar a FAB em cima dos 43 F5BR e de cerca de 37AMX de 2010 até 2020 até que os FX saiam de uma encomenda inicial de 24 a 30 unidades para algo próximo a 60 em 2020.

Isto obviamente é uma visão de força. Que não necessariamente é absoluta ou a melhor, é apenas a que eu pessoalmente considero adequada.

O que é muito perigoso e não ter visão alguma sobre qual força aérea vamos ter no futuro, porque a cada ano de atraso o buraco futuro na substituição dos caças vai estar aumentando, hoje ele já é maior do que era a 10 anos atrás e na virada da década vai ter crescido mais, e com um detalhe, o crescimento não é linear, é quase exponencial.

Modernizar o A-1 era um paradigma de 10 anos atrás, hoje a situação esta tão pior, que se não começarmos a tomar medidas mais ousadas e consistentes o buraco em 2015 vai engolir a FAB.


Olá Koslova,

mais um belo post. Gostei muito da parte que negritei. Colocou o dedo na ferida. Esse discurso de culpar governos, congressistas, etc., é muito tendencioso. Talvez porque seja mais fácil colocar a culpa nos outros.

É interessante analisar o fato de que os últimos governos não vêm dando apoio financeiro aos programas e projetos da FAB. Será que os governos não dão bola pra FAB ou será que os governos acham tais programas e projetos questionáveis?

Talvez os mesmos não invistam por desconfiarem de programas surreais e que exigem grandes orçamentos. Toda compra militar é feita com financiamentos de longo prazo (20-30 anos), assim o problema não é só gastar muito, mas gastar bem. Se na própria FAB não existe consenso, por que algum governo iria investir pesadamente?

Abraços,

Orestes




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#37 Mensagem por A.K. for T-7 » Sáb Mai 19, 2007 3:15 pm

juarez castro escreveu:Boa tarde a todos! Penso que seja o caminho e a proporcionalidade a ser seguida pela FAB do lado de cá.
do jeiro que está indo, volto a insistir no meu pensamento, nao haverá retrofit o no máximo umas 22 células, se houver....

Grande abraço


Sei não: a Mectron já entregou à FAB 24 radares Scipio para integrar nos A-1M , que já acusou o recebimento "parcial" - falta a italianada entregar umas LRU que eram de sua responsabilidade... Além disso, tem na prateleira da Mectron de 6 a 8 outros Scipio prontos para serem entregues...




orestespf
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#38 Mensagem por orestespf » Sáb Mai 19, 2007 3:26 pm

Alexandre Beraldi escreveu:
juarez castro escreveu:Boa tarde a todos! Penso que seja o caminho e a proporcionalidade a ser seguida pela FAB do lado de cá.
do jeiro que está indo, volto a insistir no meu pensamento, nao haverá retrofit o no máximo umas 22 células, se houver....

Grande abraço


Sei não: a Mectron já entregou à FAB 24 radares Scipio para integrar nos A-1M , que já acusou o recebimento "parcial" - falta a italianada entregar umas LRU que eram de sua responsabilidade... Além disso, tem na prateleira da Mectron de 6 a 8 outros Scipio prontos para serem entregues...


Essa abordagem é mais uma interrogação na história da modernização dos A-1.

Houve investimento no desenvolvimento dos radares, bem como assinatura de contrato para compra. Por outro lado, isso não significa que seja necessário integrá-los (???).

O que se discute não é mais a modernização (atrazada) em si, mas o que será menos burro daqui pra frente: modernização parcial, total ou não modernizar.

Alternativas existem, mas as vaídades superam as opções.

Sds,

Orestes




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#39 Mensagem por Marechal-do-ar » Sáb Mai 19, 2007 3:28 pm

Koslova escreveu:Agora, o U-214 e o contrato de modernização dos submarinos saiu. E ele custa O DODRO DO FX.


Esse é o ponto, ele custo o dobro mas é mais "leve", ha menos "especialistas" de submarinos do que de caças para dar palpite.
Não acho que faltou coragem, faltou é cerebro, um comandante durão seria posto de lado, ele teria que negociar com os chatos de plantão uma solução que agradasse a todos (Rafale?), e de preferência sem fazer barulho, para não ter que ouvir palpite de "especialista" da Exame, o Botelho falhou feio nisso e terminou com uma licitação com varios caças pesados demais.




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Koslova
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#40 Mensagem por Koslova » Sáb Mai 19, 2007 3:52 pm

Marechal-do-ar escreveu:
Koslova escreveu:Agora, o U-214 e o contrato de modernização dos submarinos saiu. E ele custa O DODRO DO FX.


Esse é o ponto, ele custo o dobro mas é mais "leve", ha menos "especialistas" de submarinos do que de caças para dar palpite.
Não acho que faltou coragem, faltou é cerebro, um comandante durão seria posto de lado, ele teria que negociar com os chatos de plantão uma solução que agradasse a todos (Rafale?), e de preferência sem fazer barulho, para não ter que ouvir palpite de "especialista" da Exame, o Botelho falhou feio nisso e terminou com uma licitação com varios caças pesados demais.




Obviamente quando disse que faltou coragem, não estou defendendo a imagem de um comandante autoritário que toma-se a decisão e enfrentasse seus oponentes, isto é utópico, e tão ou mais perigoso do que um regime de colegiado.

Faltou coragem, no sentido de tomar uma decisão e sustentá-la até o final tecnicamente, como a MB fez.

A questão dos “especialistas” de plantão, só passa a ser relevante quando existe um vácuo de critérios e idéias que passa a ser preenchido por toda sorte de palpites e interesses.

Não existem muitos “especialistas” dando palpite sobre o programa U-214 porque a MB não criou um programa onde existissem 5 modelos de submarinos de classes completamente diferentes e durante anos fica-se alheia a tudo que acontecia na imprensa. A decisão foi técnica e low-profile, parece que a FAB esta querendo fazer a mesma coisa nesta segunda edição do FX.

Eu considero que o caminho é este mesmo, uma short list com 2 caças e uma escolha técnica da força que depois passa pela ratificação política.

Embora acredite no meu intimo que nem Rafale, nem Su-35 venham a ser escolhidos, acho que a cultura da força não mudou o suficiente para operar um avião desta classe, espero estar errada, mas o que vai acontece no futuro, é o que sempre aconteceu nas ultimas décadas, daqui a alguns anos Mirrage-2000-5 ou F-16C/D irão ser comprados de segunda mão para irem substituindo as pressas os caças já com 40 anos de operação.

Francamente espero estar errada.




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#41 Mensagem por orestespf » Sáb Mai 19, 2007 4:22 pm

Koslova escreveu:
Marechal-do-ar escreveu:
Koslova escreveu:Agora, o U-214 e o contrato de modernização dos submarinos saiu. E ele custa O DODRO DO FX.


Esse é o ponto, ele custo o dobro mas é mais "leve", ha menos "especialistas" de submarinos do que de caças para dar palpite.
Não acho que faltou coragem, faltou é cerebro, um comandante durão seria posto de lado, ele teria que negociar com os chatos de plantão uma solução que agradasse a todos (Rafale?), e de preferência sem fazer barulho, para não ter que ouvir palpite de "especialista" da Exame, o Botelho falhou feio nisso e terminou com uma licitação com varios caças pesados demais.




Obviamente quando disse que faltou coragem, não estou defendendo a imagem de um comandante autoritário que toma-se a decisão e enfrentasse seus oponentes, isto é utópico, e tão ou mais perigoso do que um regime de colegiado.

Faltou coragem, no sentido de tomar uma decisão e sustentá-la até o final tecnicamente, como a MB fez.

A questão dos “especialistas” de plantão, só passa a ser relevante quando existe um vácuo de critérios e idéias que passa a ser preenchido por toda sorte de palpites e interesses.

Não existem muitos “especialistas” dando palpite sobre o programa U-214 porque a MB não criou um programa onde existissem 5 modelos de submarinos de classes completamente diferentes e durante anos fica-se alheia a tudo que acontecia na imprensa. A decisão foi técnica e low-profile, parece que a FAB esta querendo fazer a mesma coisa nesta segunda edição do FX.

Eu considero que o caminho é este mesmo, uma short list com 2 caças e uma escolha técnica da força que depois passa pela ratificação política.

Embora acredite no meu intimo que nem Rafale, nem Su-35 venham a ser escolhidos, acho que a cultura da força não mudou o suficiente para operar um avião desta classe, espero estar errada, mas o que vai acontece no futuro, é o que sempre aconteceu nas ultimas décadas, daqui a alguns anos Mirrage-2000-5 ou F-16C/D irão ser comprados de segunda mão para irem substituindo as pressas os caças já com 40 anos de operação.

Francamente espero estar errada.


Tenho a mesma sensação, para o desespero do Nacional Kid. rsrs




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#42 Mensagem por Plinio Jr » Sáb Mai 19, 2007 5:23 pm

Koslova escreveu:
Embora acredite no meu intimo que nem Rafale, nem Su-35 venham a ser escolhidos, acho que a cultura da força não mudou o suficiente para operar um avião desta classe, espero estar errada, mas o que vai acontece no futuro, é o que sempre aconteceu nas ultimas décadas, daqui a alguns anos Mirrage-2000-5 ou F-16C/D irão ser comprados de segunda mão para irem substituindo as pressas os caças já com 40 anos de operação.

Francamente espero estar errada.


Todos nós esperamos que vc esteja errada Koslova, mas infelizmente as evidências e o histórico, dão uma clara noção, que esta sua analise (e temor..) podem acontecer perfeitamente...o que é algo lamentável...




¨Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão ¨- Eça de Queiroz
juarez castro
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#43 Mensagem por juarez castro » Sáb Mai 19, 2007 6:40 pm

Koslova escreveu:
Marechal-do-ar escreveu:
Koslova escreveu:Agora, o U-214 e o contrato de modernização dos submarinos saiu. E ele custa O DODRO DO FX.


Esse é o ponto, ele custo o dobro mas é mais "leve", ha menos "especialistas" de submarinos do que de caças para dar palpite.
Não acho que faltou coragem, faltou é cerebro, um comandante durão seria posto de lado, ele teria que negociar com os chatos de plantão uma solução que agradasse a todos (Rafale?), e de preferência sem fazer barulho, para não ter que ouvir palpite de "especialista" da Exame, o Botelho falhou feio nisso e terminou com uma licitação com varios caças pesados demais.




Obviamente quando disse que faltou coragem, não estou defendendo a imagem de um comandante autoritário que toma-se a decisão e enfrentasse seus oponentes, isto é utópico, e tão ou mais perigoso do que um regime de colegiado.

Faltou coragem, no sentido de tomar uma decisão e sustentá-la até o final tecnicamente, como a MB fez.

A questão dos “especialistas” de plantão, só passa a ser relevante quando existe um vácuo de critérios e idéias que passa a ser preenchido por toda sorte de palpites e interesses.

Não existem muitos “especialistas” dando palpite sobre o programa U-214 porque a MB não criou um programa onde existissem 5 modelos de submarinos de classes completamente diferentes e durante anos fica-se alheia a tudo que acontecia na imprensa. A decisão foi técnica e low-profile, parece que a FAB esta querendo fazer a mesma coisa nesta segunda edição do FX.

Eu considero que o caminho é este mesmo, uma short list com 2 caças e uma escolha técnica da força que depois passa pela ratificação política.

Embora acredite no meu intimo que nem Rafale, nem Su-35 venham a ser escolhidos, acho que a cultura da força não mudou o suficiente para operar um avião desta classe, espero estar errada, mas o que vai acontece no futuro, é o que sempre aconteceu nas ultimas décadas, daqui a alguns anos Mirrage-2000-5 ou F-16C/D irão ser comprados de segunda mão para irem substituindo as pressas os caças já com 40 anos de operação.

Francamente espero estar errada.


Você está absolutamente correta.
É o que eu venho dizendo, com a atual estrutura, a FAB não opera nenhum dos dois citados, e como as coisas não vão mudar tão cedo, pelo menos para melhor, sua impressão é verdadeira.

Grande abraço




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#44 Mensagem por alex » Dom Mai 20, 2007 12:38 am

A FAB cria seus próprios problemas e não consegue resolve-los.
Patético.




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Vinicius Pimenta
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#45 Mensagem por Vinicius Pimenta » Dom Mai 20, 2007 8:54 pm

Só queria fazer um esclarecimento. Em momento algum quis fazer qualquer juízo sobre os títulos dos tópicos, nem chamar atenção para o politicamente correto, nem nada.

Apenas fiz um comentário off-topic, citando minha área que é o jornalismo. Lamento que tenha causado qualquer problema.




Vinicius Pimenta

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