Força Aérea Portuguesa (FAP)

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

#2986 Mensagem por FCarvalho » Qui Jul 18, 2024 1:57 pm

LM escreveu: Qua Jul 17, 2024 6:13 am O "problema" da aquisição do KC-390 apenas foi, do aparelho em si, no risco de o projecto "correr mal" (ie estávamos a colocar os ovos todos em um projecto ainda recente e sem provas dadas - e nós não tínhamos plano B); a principal critica era da escolha "daquele segmento" (ie muitos consideram que se devia ter optado por A400M + C295M) e esta critica era a mesma que caso o escolhido fosse um C-130J; aliás, outra "critica", muitos consideram desnecessário investir já em aviões de transporte, considerando que os nossos C130H modernizados ainda serviam uns bons anos... há sempre receio que só se invista em transporte e SAR, a parte "armas" fica sempre em 3º plano.

A questão da escolha do ST é, para mim, muito simples: acordo entre Estados, forte "incorporação nacional" na versão N através da OGMA... temos de comprar; se vamos gastar mais 1 cêntimo do que o necessário para ter um avião de treino a hélice capaz de CAS? O que interessa é as OGMA; no entanto escusam de tentar convencer que é boa opção para CAS nas nossas condições (ie que vale a pena pagar por essa capacidade)... pior se formos perceber que até no treino não cumpre as necessidades todas (o Brasil não está a estudar adquirir outro modelo para formar pilotos do F39? E nem vamos pensar em quantos pilotos se formam em Portugal para F16 por ano).
A FAB por aqui, leia-se governo brasileiro, correu o mesmíssimo risco de comprar um avião até então sem parâmetro na historiografia militar, e pior, com tendência a substituir uma lenda, o que deixava o projeto muito mais "perigoso" ainda. Mas fato é que a Embraer, não deixou a desejar e ainda colocou nas mãos da FAB um produto muito superior ao que se havia previsto inicialmente. Claro, com todos os percalços que algo do nível traz junto consigo.

A pergunta hoje é: valeu a pena o investimento, e todos os (altos) riscos? Em 2019 nós não saberíamos dizer nem que sim, nem que não. Mas em 2024, a resposta é categoricamente sim. Com nuances de o avião ser não somente um grande sucesso, mas a referencia fulcral de toda a aviação tática militar do século XXI. E a indústria portuguesa e a FAP irão lucrar com isso.

P&D em um país como o Brasil, que não tem, nunca teve, e pior, acredita que não precisa de visão de longo prazo em absolutamente nada, é basicamente como apostar na loteria e ver o que acontece. Mas em Portugal, a coisa já é um pouco diferente quero crer, com toda a experiência e a cultura que se tem pela Europa a influenciar o país.

Se o KC-390 não desse certo no Brasil, o máximo que aconteceria seriam os jornais ficarem umas semanas enchendo o saco com chamadas do tipo "mais um fracasso brasileiro", ou "outro elefante branco do governo", ou ainda "governo joga fora milhões de reais em projeto de avião que ninguém quis, nem a FAB..." :roll: E não passaria disso. Vida que segue.

Bom, para avançar em termos de ciência, tecnologia, pesquisa e inovação, é preciso não raras vezes correr-se riscos, ainda que muito bem medidos, sempre controlados e baseados em critérios objetivos. Foi isso que a Embraer fez, e a FAP apostou certeiramente. Em todo caso, ainda que houvessem mais atrasos do que houveram por causa da iniquidade do governo brasileiro com as contas públicas, e em especial do setor de Defesa Nacional, vocês e a FAB ainda teriam os Hércules, ou mesmo no caso da PAP, A-400M\C-295 alugados e\ou comprados. De toda forma, havia soluções de pronta resposta dentro do projeto pelo planejamento elaborado. Ninguém é bobo ou neófito nesta história. Muito menos a Embraer.

O negócio hoje está muito bem, obrigado, e estamos em vias de, salvo alguma coisa muito fora da curva acontecer, tornar o KC-390 um dos, senão, o principal vetor tático militar da OTAN\UE, sem contar as vendas para outros players de peso mundo afora. Está quase na hora de contabilizar o lucros e dividendos. OGMA e demais indústrias portuguesas junto.

Quanto ao ST, me permito pensar que a coisa tem de ser vista no longo prazo. As muitas décadas passadas em sôfregos anos de crescimento e estabilidade econômica e social levaram os militares, e os políticos, europeus a uma condição de quase estazia quase neurótica com "a falta do que fazer" ou "de quem se proteger", uma vez que todos os conflitos das últimas 4 décadas foram a reboque dos USA, e externos ao velho continente, dentro da sua eterna necessidade de inimigos para combater, a fim de manter o stabishiment da pesada indústria de armas que financia Washington.

Enfim, creio que as coisas irão se encaixar com o tempo, e o advento do KC-390 já está elevando a FAP a outros patamares, e chamando a atenção de forças aéreas bem maiores que a portuguesa, tornando Portugal um novo centro de referência militar dentro do contexto europeu. Melhor que isso, além de possuir um esquadrão inteiro dos aviões da Embraer, só comprando mais KC-390... :mrgreen:

Aliás, no futuro a longo prazo, eu não descartaria a compra de mais KC-390 pela FAP a título de venda indireta a terceiros países, sejam europeus ou não. A OGMA está aí para isso.




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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

#2987 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Jul 18, 2024 5:00 pm

KC-390 Millennium da Força Aérea Portuguesa embarca M142 HIMARS em treinamento da OTAN

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A Esquadra 506 da Força Aérea Portuguesa realizou um treinamento na Base Aérea de Ramstein, Alemanha, em 15 de julho de 2024.

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A Esquadra 506 da Força Aérea Portuguesa realizou um treinamento na Base Aérea de Ramstein, Alemanha, em 15 de julho de 2024.

Imagem

FOTOS: USAF

https://www.aereo.jor.br/2024/07/18/kc- ... o-da-otan/




Editado pela última vez por cabeça de martelo em Sex Jul 19, 2024 6:45 am, em um total de 1 vez.
"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

#2988 Mensagem por FCarvalho » Qui Jul 18, 2024 6:26 pm

Agora pensa na inveja que os pilotos chucrutes vendo vosmecês com uma máquina dessas e eles operando Transall. :mrgreen:




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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

#2989 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Jul 19, 2024 6:45 am

FCarvalho escreveu: Qui Jul 18, 2024 6:26 pm Agora pensa na inveja que os pilotos chucrutes vendo vosmecês com uma máquina dessas e eles operando A400M. :mrgreen:




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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

#2990 Mensagem por FCarvalho » Sex Jul 19, 2024 11:57 am

cabeça de martelo escreveu: Sex Jul 19, 2024 6:45 am
FCarvalho escreveu: Qui Jul 18, 2024 6:26 pm Agora pensa na inveja que os pilotos chucrutes vendo vosmecês com uma máquina dessas e eles operando A400M. :mrgreen:
Categorias diferentes e não intervenientes no mercado um do outro. Apesar do desespero da Airbus de vender o seu avião para qualquer um querendo comprar C-130J ou KC-390.
Porque ele não vende.
Por que será... [010]




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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

#2991 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Jul 19, 2024 12:01 pm

O Cazaquistão está a começar a receber os seus e o próximo cliente externo será a Indonésia. É um avião de outra categoria e bastante mais capaz e caro.

O KC390 fica naquele ponto entre custo capacidade que faz com que tenha muito mais hipóteses de venda. Foi exatamente por isso que a Embraer avançou com o projeto e ainda bem que o fez.




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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

#2992 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Jul 20, 2024 10:00 am





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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

#2993 Mensagem por FCarvalho » Sáb Jul 20, 2024 12:47 pm

cabeça de martelo escreveu: Sex Jul 19, 2024 12:01 pm O Cazaquistão está a começar a receber os seus e o próximo cliente externo será a Indonésia. É um avião de outra categoria e bastante mais capaz e caro.
O KC390 fica naquele ponto entre custo capacidade que faz com que tenha muito mais hipóteses de venda. Foi exatamente por isso que a Embraer avançou com o projeto e ainda bem que o fez.
Para veres como foi acertada a aposta do governo português no avião da Embraer.
Antes do A400M chegar na 100a unidade, se é que chega, é bem capaz de o KC-390 ter mais de duas centenas de aviões encomendados e\ou voando mundo afora. E com índices de fazer inveja a qualquer um.
De qualquer forma, são modelos que se complementam, não sendo concorrentes diretos, e com propostas muito diferentes de mercado e objetivos.
Enfim, daqui um tempo iremos estar aqui debatendo novas variantes do KC-390 que devem aparecer mais dia, menos dia. É só questão de tempo.
Quem sabe até um concorrente direto para o avião da Airbus em havendo mercado e interesse.




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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

#2994 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Jul 23, 2024 12:23 pm





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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

#2995 Mensagem por P44 » Qui Jul 25, 2024 9:06 am

Força Aérea escolta bombardeiros norte-americanos até à Roménia

Além dos caças portugueses, aeronaves alemãs também participaram no acompanhamento dos bombardeiros.

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https://www.noticiasaominuto.com/pais/2 ... -a-romenia




Triste sina ter nascido português 👎
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

#2996 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Jul 26, 2024 8:51 am

Super Tucano pode chegar em 2025 e reforçar aposta da Embraer em Portugal

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Empresa brasileira defende que se o A29 Super Tucano for adotado pela Força Aérea trará um forte valor acrescentado para a economia e para o cluster da aviaçãoEmpresa brasileira defende que se o A29 Super Tucano for adotado pela Força Aérea trará um forte valor acrescentado para a economia e para o cluster da aviação
Nuno Fox

Se Portugal adotar o A29 Super Tucano para a Força Aérea portuguesa pode ter um efeito multiplicador para economia, como aconteceu com KC-390N, defende Frederico Lemos, administrador do grupo brasileiro para a área internacional. Faz sentido a Embraer Defesa ter presença firme na Europa através de Portugal, considera o gestor

25 julho 2024

Anabela Campos
Jornalista

Vinte anos após ter entrado em Portugal, através da privatização da OGMA, a Embraer ganha balanço para um novo projeto com dimensão: a venda do A29 Super Tucano à Força Aérea portuguesa, negócio que pode abrir as portas da NATO à aeronave brasileira e reforçar a área da manutenção do grupo em Alverca. No início do mês foi dado mais um passo para que isso aconteça, com a resolução de Conselho de Ministros de 4 de julho, onde foi dada luz verde para que as negociações da Defesa com a Embraer começassem, dando seguimento a um memorando de entendimento assinado em abril de 2023 entre o então primeiro-ministro, António Costa, e o presidente do Brasil, Lula da Silva.

O entusiasmo é grande. “Estamos muito satisfeitos com a possibilidade da seleção do A29 Super Tucano para endereçar as necessidades da Força Aérea portuguesa, nomeadamente na formação e treino de pilotos. O A29 é uma aeronave com provas dadas, está em operações em 16 Forças Aéreas, com 216 aeronaves”, sublinha Frederico Lemos, administrador para o negócio internacional da Embraer Defesa & Segurança, em entrevista ao Expresso. Vivemos um momento na defesa mundial onde há uma grande necessidade de pilotos nas forças aéreas, salienta. “O A29 é uma ótima plataforma para o fazer, e com baixo custo de operação”, defende.

“A compra do Super Tucano permitiria aprofundar as competências da OGMA na manutenção”

“Se o Estado português optar pelo A29 será o primeiro país da NATO a fazê-lo”, avança o gestor, defendendo que Portugal poderá percorrer um caminho semelhante ao que fez com o KC390, uma aeronave com mais de 600 mil horas de engenharia portuguesa, e que ajuda a alimentar um ecossistema aeronáutico que tem crescido no país. “A escolha do A29 traria um grande valor e potencial para a economia e engenharia portuguesas já que permitirá criar camadas de capacidade de interoperabilidade entre os sistemas NATO, que passariam a ser aqui desenvolvidas”, explica. “Portugal poderá ajudar o A29 a posicionar-se junto de outros países NATO. Queremos multiplicar o que foi feito com o KC390", assegura o gestor, engenheiro aeronáutico, e antigo quadro da OGMA.

O A29 é uma aeronave que já foi contratada pelos Estados Unidos (onde há uma linha de produção do Super Tucano, estando a outra no Brasil), mas apenas para operações em países terceiros, fora do espaço da NATO. A sua adoção dentro do espaço da aliança transatlântica desencadearia, segundo Frederico Lemos, um processo virtuoso, já que obrigaria ao desenvolvimento de novos sistemas e à adaptação da plataforma, com a colaboração de fornecedores portugueses.

A primeira aeronave poderia chegar a Portugal em 2025, estima Frederico Lemos. Quantos A29 poderá o país comprar é uma questão em aberto, cuja resposta dependerá das negociações da Embraer com o Ministério da Defesa português.

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Dar força à manutenção

A compra do Super Tucano permitiria aprofundar as competências da OGMA na área da manutenção, avança o gestor. A Embraer, afirma, tem estado a investir nessa área no campus de Alverca, onde é já feita a manutenção de aeronaves militares e civis de vários países e várias companhias, sendo a manutenção uma parte relevante do negócio da OGMA, sublinha. E tem imenso potencial já que a Embraer estima que possa haver mais 500 aeronaves A29 a voar nos próximos 20 anos.

“A parte da manutenção é muito importante. No ciclo de vida das aeronaves há o momento da aquisição, o da operação e o do suporte. E as aeronaves militares têm vidas bem mais longas do que as comerciais. É normal ficarem em operação mais de 30 anos”, esclarece. “Já capacitamos a OGMA para fazer a manutenção do A29”, revela. Mais: o único centro de manutenção do A29 da Embraer fora do Brasil, se o projeto avançar, será na OGMA.

Portugal poderá ser o “centro de gravidade” para esta aeronave na Europa, África e Médio Oriente, considera. E a aliança entre Portugal e a Embraer pode dar mais um passo em frente, avança Frederico Lemos. “Faz sentido a Embraer Defesa ter uma presença mais firme aqui na região e por que não Portugal servir de plataforma para essa presença mais robusta, com engenharia e com pessoas? Esse é um caminho que nós queremos traçar o mais brevemente possível, e estabelecer essa entidade aqui em Portugal”, reforça.

NÚMEROS

500 milhões de euros foi quanto a Embraer investiu em Portugal desde a privatização da OGMA, em 2004

10 milhões de euros é o que representa para Portugal em exportações cada KC390 vendido pela Embraer

600 mil horas de engenharia portuguesa foram aplicadas no KC390. Uma adaptação do A29 para servir forças da NATO teria um impacto semelhante

https://expresso.pt/economia/empresas/2 ... l-0097e0f8




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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

#2997 Mensagem por Túlio » Sex Jul 26, 2024 5:48 pm

cabeça de martelo escreveu: Sex Jul 26, 2024 8:51 am Super Tucano pode chegar em 2025 e reforçar aposta da Embraer em Portugal

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Empresa brasileira defende que se o A29 Super Tucano for adotado pela Força Aérea trará um forte valor acrescentado para a economia e para o cluster da aviaçãoEmpresa brasileira defende que se o A29 Super Tucano for adotado pela Força Aérea trará um forte valor acrescentado para a economia e para o cluster da aviação
Nuno Fox

Se Portugal adotar o A29 Super Tucano para a Força Aérea portuguesa pode ter um efeito multiplicador para economia, como aconteceu com KC-390N, defende Frederico Lemos, administrador do grupo brasileiro para a área internacional. Faz sentido a Embraer Defesa ter presença firme na Europa através de Portugal, considera o gestor

25 julho 2024

Anabela Campos
Jornalista

Vinte anos após ter entrado em Portugal, através da privatização da OGMA, a Embraer ganha balanço para um novo projeto com dimensão: a venda do A29 Super Tucano à Força Aérea portuguesa, negócio que pode abrir as portas da NATO à aeronave brasileira e reforçar a área da manutenção do grupo em Alverca. No início do mês foi dado mais um passo para que isso aconteça, com a resolução de Conselho de Ministros de 4 de julho, onde foi dada luz verde para que as negociações da Defesa com a Embraer começassem, dando seguimento a um memorando de entendimento assinado em abril de 2023 entre o então primeiro-ministro, António Costa, e o presidente do Brasil, Lula da Silva.

O entusiasmo é grande. “Estamos muito satisfeitos com a possibilidade da seleção do A29 Super Tucano para endereçar as necessidades da Força Aérea portuguesa, nomeadamente na formação e treino de pilotos. O A29 é uma aeronave com provas dadas, está em operações em 16 Forças Aéreas, com 216 aeronaves”, sublinha Frederico Lemos, administrador para o negócio internacional da Embraer Defesa & Segurança, em entrevista ao Expresso. Vivemos um momento na defesa mundial onde há uma grande necessidade de pilotos nas forças aéreas, salienta. “O A29 é uma ótima plataforma para o fazer, e com baixo custo de operação”, defende.

“A compra do Super Tucano permitiria aprofundar as competências da OGMA na manutenção”

“Se o Estado português optar pelo A29 será o primeiro país da NATO a fazê-lo”, avança o gestor, defendendo que Portugal poderá percorrer um caminho semelhante ao que fez com o KC390, uma aeronave com mais de 600 mil horas de engenharia portuguesa, e que ajuda a alimentar um ecossistema aeronáutico que tem crescido no país. “A escolha do A29 traria um grande valor e potencial para a economia e engenharia portuguesas já que permitirá criar camadas de capacidade de interoperabilidade entre os sistemas NATO, que passariam a ser aqui desenvolvidas”, explica. “Portugal poderá ajudar o A29 a posicionar-se junto de outros países NATO. Queremos multiplicar o que foi feito com o KC390", assegura o gestor, engenheiro aeronáutico, e antigo quadro da OGMA.

O A29 é uma aeronave que já foi contratada pelos Estados Unidos (onde há uma linha de produção do Super Tucano, estando a outra no Brasil), mas apenas para operações em países terceiros, fora do espaço da NATO. A sua adoção dentro do espaço da aliança transatlântica desencadearia, segundo Frederico Lemos, um processo virtuoso, já que obrigaria ao desenvolvimento de novos sistemas e à adaptação da plataforma, com a colaboração de fornecedores portugueses.

A primeira aeronave poderia chegar a Portugal em 2025, estima Frederico Lemos. Quantos A29 poderá o país comprar é uma questão em aberto, cuja resposta dependerá das negociações da Embraer com o Ministério da Defesa português.

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Dar força à manutenção

A compra do Super Tucano permitiria aprofundar as competências da OGMA na área da manutenção, avança o gestor. A Embraer, afirma, tem estado a investir nessa área no campus de Alverca, onde é já feita a manutenção de aeronaves militares e civis de vários países e várias companhias, sendo a manutenção uma parte relevante do negócio da OGMA, sublinha. E tem imenso potencial já que a Embraer estima que possa haver mais 500 aeronaves A29 a voar nos próximos 20 anos.

“A parte da manutenção é muito importante. No ciclo de vida das aeronaves há o momento da aquisição, o da operação e o do suporte. E as aeronaves militares têm vidas bem mais longas do que as comerciais. É normal ficarem em operação mais de 30 anos”, esclarece. “Já capacitamos a OGMA para fazer a manutenção do A29”, revela. Mais: o único centro de manutenção do A29 da Embraer fora do Brasil, se o projeto avançar, será na OGMA.

Portugal poderá ser o “centro de gravidade” para esta aeronave na Europa, África e Médio Oriente, considera. E a aliança entre Portugal e a Embraer pode dar mais um passo em frente, avança Frederico Lemos. “Faz sentido a Embraer Defesa ter uma presença mais firme aqui na região e por que não Portugal servir de plataforma para essa presença mais robusta, com engenharia e com pessoas? Esse é um caminho que nós queremos traçar o mais brevemente possível, e estabelecer essa entidade aqui em Portugal”, reforça.

NÚMEROS

500 milhões de euros foi quanto a Embraer investiu em Portugal desde a privatização da OGMA, em 2004

10 milhões de euros é o que representa para Portugal em exportações cada KC390 vendido pela Embraer

600 mil horas de engenharia portuguesa foram aplicadas no KC390. Uma adaptação do A29 para servir forças da NATO teria um impacto semelhante

https://expresso.pt/economia/empresas/2 ... l-0097e0f8
E seguem ignorando outro grande potencial do ST: interceptar e abater drones maiores como o Geran/Shahed com suas metralhadoras e mesmo misseis de cruzeiro, estes potencialmente com AAM WVR de modelos menos sofisticados, como Sidewinder Lima/Mike e Magic 2.




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

#2998 Mensagem por FCarvalho » Sex Jul 26, 2024 6:12 pm

Para que colocar mísseis dos outros se nós temos aqui os MAA-1A e MAA-1B Piranha. :mrgreen:
Venda casada para formação de caçadores e interceptador galático estratosférico. :twisted:




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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

#2999 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jul 31, 2024 8:46 am

ESPECIAL: Visitamos a Esquadra 506 que opera o Embraer KC-390 na Força Aérea Portuguesa

Imagem

As mídias brasileiras ‘Poder Aéreo’ e ‘Base Militar Vídeo Magazine’ conheceram a Esquadra 506 ‘Rinocerontes’ na Base Aérea Nº 11
No dia 26 de julho, sexta-feira pela manhã, os editores Alexandre Galante e Felipe Salles, visitaram a Esquadra 506 “Rinocerontes” da Força Aérea Portuguesa (FAP), na Base Aérea Nº11, em Beja.


Durante a visita, pudemos conhecer as instalações da nova unidade e conversar com o seu comandante, o Major Piloto-Aviador Miguel Pousa.


O Major Miguel Pousa, que voou durante 11 anos o Lockheed C-130 Hercules na FAP, não escondeu seu entusiasmo pelo Embraer KC-390, destacando as excelentes qualidades de voo da nova aeronave, seus modernos sistemas embarcados e o simulador (assistir ao vídeo no final da matéria).

Para o comandante, o C-130 Hercules era o melhor avião do mundo, mas acabou redendo-se rapidamente ao KC-390 depois de voá-lo.

...

Muitas fotografias - https://www.aereo.jor.br/2024/07/30/esp ... ortuguesa/




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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)

#3000 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Ago 02, 2024 1:04 pm

Aí, ai, portaram-se mal, voaram mais do que deviam. :lol:

(...) 1 - Autorizar o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas a empregar e sustentar, como contributo de Portugal no âmbito da missão NATO Baltic Air Policing - Lituânia, durante o ano de 2024, 4 (quatro) aeronaves F-16M, com um efetivo de até 95 (noventa e cinco) militares, num total de até 480 (quatrocentas e oitenta) horas de voo, por um período de até 4 (quatro) meses. (...)

https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe ... -857789153
(...) O contingente português operou quatro aeronaves F-16M, a partir da Base Aérea de Siauliai, na Lituânia. Foram intercetadas mais de 15 aeronaves, num total de 570 horas de voo, nos céus dos países bálticos. (...)

https://www.portugal.gov.pt/pt/gc24/com ... a-lituania
PS: não se preocupem, não vai acontecer nada.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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