Thor escreveu:Ainda sobre o Derby, pesquisando no SIPRI, Brasil, Índia, Chile, Colômbia, Vietnam e Singapura negociaram o Derby, seja para o spyder ou seus aviões. Se o míssil é ruim, depende do referencial, comprado ao S-530, Sparrow e algumas versões do R-27, é bom; mas não se compara ao AIM-120-7, Meteor, etc. E é o que temos nos nossos limitados F-5M.
Quanto à necessidade de disparos reais de mísseis BVR, normalmente são feitos na campanha de ensaios do fabricante. São poucas as Forças Aéreas que possuem a disponibilidade de se treinar tiros reais com armamento de longo alcance, e normalmente é feito por meio do próprio sistema da aeronave que simula com bastante precisão o comportamento do míssil. Assim é feito em muitas Forças Aéreas e na FAB não é diferente. Gostaria que tivéssemos a disposição aeronaves-alvo, controladas remotamente, com uma grande área de segurança, para realmente checarmos a eficácia do Derby no F-5M, mas isso dificilmente ocorrerá em nosso país.
Abraços
Prezado Thor,
Em tese, o R99 poderia passar informação do alvo ao Derby via F-5BR, estando este em silêncio radar?
[]s
Re: Mssilhouse do Brasil
Enviado: Dom Nov 27, 2016 7:15 pm
por Marechal-do-ar
Penguin, não sou o Thor mas posso responder essa, sim, seria possível lançar o Derby em silêncio do radar, mas não seria possível se manter em silêncio por muito tempo, o míssil precisaria ligar o próprio radar pouco após o lançamento.
De qualquer jeito, pelo pouco alcance do míssil, seriam poucas situações onde o F-5 já não teria sido detectado pelo alvo.
Re: Mssilhouse do Brasil
Enviado: Dom Nov 27, 2016 7:25 pm
por Carlos Lima
Tudo em teoria ... afinal nunca atiramos o míssil
[]s
CB
Re: Mssilhouse do Brasil
Enviado: Dom Nov 27, 2016 8:15 pm
por Thor
Carlos Lima escreveu:Complicado ... ter um míssil ar ar bvr que não pode ser realmente avaliado.
Atiramos o Astros... o Penguin... o Exocet... torpedos e P3 e P4 e o problema é que não temos área e alvo para o Derby? Ou mesmo espaço aéreo para tal??
Existe um seríssimo problema de planejamento se for esse o problema na minha opinião.
Ou não vamos atirar o harpoon também?
[]s
CB
O Astros é algo como nossas bombas burras ou com kit Lizard...é lançar e ele vai lá na posição programada. Mísseis anti-navio necessita de um barco de dimensões apropriadas, que a Marinha já iria afundar mesmo ou rebocado, e ele vai lá. Mísseis IR basta um flare lançado de um helicóptero e ele vai lá, checando a eficácia contra esta fonte, assim como fizemos com todos os tipos de mísseis de nosso arsenal, inclusive os Igla. Mas um míssil BVR é necessário ter um alvo em voo, próximo do alcance nominal e com a manobrabilidade de um caça para checarmos sua eficácia. Até compramos recentemente um alvo manobrável, mas não acredito que faremos uso desse para um teste assim, e nem fazemos como os EUA que automatizam aeronaves F-4 ou outras do deserto para virarem alvos BVR. E na minha opinião, e da maioria das Forças Aéreas, a simulação do sistema embarcado é uma maneira eficiente de se checar e treinar um lançamento BVR.
Abraços
Re: Mssilhouse do Brasil
Enviado: Dom Nov 27, 2016 8:41 pm
por Carlos Lima
Mas será que ninguém poderia pedir para o ita fazer algo? Será que ninguém pensou em comprar um míssil e uma maneira de avalia-lo? De verdade ... tipo assim ... até depois das Malvinas fica aí a lição .
[]s
CB
Re: Mssilhouse do Brasil
Enviado: Seg Nov 28, 2016 8:02 am
por knigh7
Para o Derby ter sido homologado no F5M teria de haver uma campanha real.
Pela materia de 2006 no Sistemas de Armas a campanha real seria em 2007 na Barreira do Inferno. http://sistemasdearmas.com.br/ca/bvr11fab.html
Re: Mssilhouse do Brasil
Enviado: Seg Nov 28, 2016 11:41 am
por Penguin
knigh7 escreveu:Para o Derby ter sido homologado no F5M teria de haver uma campanha real.
Pela materia de 2006 no Sistemas de Armas a campanha real seria em 2007 na Barreira do Inferno. http://sistemasdearmas.com.br/ca/bvr11fab.html
Em 2005 a Rafael completou a integração do Derby ao F-5 e supostamente em abril daquele ano ocorreu uma demostração para a FAB, segundo o artigo abaixo da Flight Global /Flight International:
Rafael’s Derby demo boosts offer to arm Brazilian air force F-5BRs
Israel's Rafael has completed the first integration of its Derby beyond visual range air-to-air missile on a Northrop F-5, staging in April a demonstration for the Brazilian air force.
(...)
Rafael initiated the Derby integration with the help of Israel's Elbit Systems, a key subcontractor to Embraer on the F-5 modernisation programme, according to a Rafael source. Elbit is installing and managing the integration of new mission computers, three multifunction displays, a head-up display and helmet-mounted display for the F-5BR, part of an effort to extend the life of the 46-aircraft fleet by 15 years.
(...)
Re: Mssilhouse do Brasil
Enviado: Seg Nov 28, 2016 11:48 am
por Penguin
Marechal-do-ar escreveu:Penguin, não sou o Thor mas posso responder essa, sim, seria possível lançar o Derby em silêncio do radar, mas não seria possível se manter em silêncio por muito tempo, o míssil precisaria ligar o próprio radar pouco após o lançamento.
De qualquer jeito, pelo pouco alcance do míssil, seriam poucas situações onde o F-5 já não teria sido detectado pelo alvo.
Sim o alcance do Derby é equivalente ao alcance do Mica, mais curto que o alcance do AIM-120 e do R-77, maiores.
O Derby é um míssil com radar ativo, como o AIM-120, Mica-EM e R-77 e terá que emitir em algum momento.
O NEZ do Derby é divulgado com sendo de 15km.
Se o radar for ligado quando o alvo estiver dentro da NEZ...já que ele pode receber informações do alvo via datalink...
Re: Mssilhouse do Brasil
Enviado: Seg Nov 28, 2016 12:12 pm
por Marechal-do-ar
A "NEZ" é contada a partir do lançamento.
Re: Mssilhouse do Brasil
Enviado: Seg Nov 28, 2016 12:20 pm
por Penguin
Marechal-do-ar escreveu:A "NEZ" é contada a partir do lançamento.
Creio que o esse NEZ deve ser o máximo, assim como os alcances "nominais" divulgados de todos os mísseis ar-ar.
Re: Mssilhouse do Brasil
Enviado: Seg Nov 28, 2016 1:54 pm
por Carlos Lima
knigh7 escreveu:Para o Derby ter sido homologado no F5M teria de haver uma campanha real.
Pela materia de 2006 no Sistemas de Armas a campanha real seria em 2007 na Barreira do Inferno. http://sistemasdearmas.com.br/ca/bvr11fab.html
Nunca aconteceu...
"Confiamos" no que os israelenses disseram e o que os PowerPoints e manuais dizem.
E como disse o Thor acima não temos o tal do radar alvo e espaço para isso. O que honestamente eu considero um absurdo considerando o nosso tamanho e tendo um ITA da vida.
[]s
CB
Re: Mssilhouse do Brasil
Enviado: Seg Nov 28, 2016 8:17 pm
por Thor
Carlos Lima escreveu:
knigh7 escreveu:Para o Derby ter sido homologado no F5M teria de haver uma campanha real.
Pela materia de 2006 no Sistemas de Armas a campanha real seria em 2007 na Barreira do Inferno. http://sistemasdearmas.com.br/ca/bvr11fab.html
Nunca aconteceu...
"Confiamos" no que os israelenses disseram e o que os PowerPoints e manuais dizem.
E como disse o Thor acima não temos o tal do radar alvo e espaço para isso. O que honestamente eu considero um absurdo considerando o nosso tamanho e tendo um ITA da vida.
[]s
CB
Quando postei sobre o assunto, minha intenção era passar a diferença entre treinar o lançamento de uma bomba, míssil IR e BVR. Quanto à área, foi no intuito que deve ser requerida uma área livre muito maior. Isso não seria um grande problema para nós, pois em Natal já há um Espaço Condicionado excelente para isso. O que falta, talvez, seria a disponibilidade de termos um sistema de lançamento e controle de alvos aéreos com RCS e velocidade compatíveis com os sistemas embarcados e de armas, bem como a disposição de se gastar essa grana, além do custo do próprio míssil. E será que vale o investimento, para treinar um ou dois pilotos? E a resposta após esse treino mudaria os parâmetros de confiabilidade e desempenho já comprovados pelo fabricante?
Veja bem, não estou dizendo que seja ruim esse treino, pois no mínimo traria uma "história" para contar, mas em termos de treino, acredito que teria que ser vários por piloto...e isso, dificilmente ocorrerá no Brazil. Isso sem falar que quando se faz uma campanha dessas, o lançamento é todo controlado, totalmente diferente do que ocorrerá em uma missão real.
Para o caso de bombas, o lançamento normalmente simula uma condição normal de emprego, aproximando-se do que ocorrerá em ataque real.
Abaixo segue um vídeo exemplificando esses exercícios.
Abraços
Re: Mssilhouse do Brasil
Enviado: Seg Nov 28, 2016 8:38 pm
por Marechal-do-ar
Thor, você mencionou a questão de treino, que, realmente, seria bom mas com custos proibitivos.
Mas existe outra questão, a homologação, ter a certeza de que um disparo real dessa plataforma vai se comportar como as simulações, enfim, algum F-5 já disparou o Derby?
Re: Mssilhouse do Brasil
Enviado: Seg Nov 28, 2016 11:39 pm
por Carlos Lima
Marechal-do-ar escreveu:Thor, você mencionou a questão de treino, que, realmente, seria bom mas com custos proibitivos.
Mas existe outra questão, a homologação, ter a certeza de que um disparo real dessa plataforma vai se comportar como as simulações, enfim, algum F-5 já disparou o Derby?
Exato.
O ponto não é treinar com a arma e sim comprovar se ela realmente funciona.
[]s
CB
Re: Mssilhouse do Brasil
Enviado: Ter Nov 29, 2016 11:33 am
por Luís Henrique
Thor escreveu:
Carlos Lima escreveu:
Nunca aconteceu...
"Confiamos" no que os israelenses disseram e o que os PowerPoints e manuais dizem.
E como disse o Thor acima não temos o tal do radar alvo e espaço para isso. O que honestamente eu considero um absurdo considerando o nosso tamanho e tendo um ITA da vida.
[]s
CB
Quando postei sobre o assunto, minha intenção era passar a diferença entre treinar o lançamento de uma bomba, míssil IR e BVR. Quanto à área, foi no intuito que deve ser requerida uma área livre muito maior. Isso não seria um grande problema para nós, pois em Natal já há um Espaço Condicionado excelente para isso. O que falta, talvez, seria a disponibilidade de termos um sistema de lançamento e controle de alvos aéreos com RCS e velocidade compatíveis com os sistemas embarcados e de armas, bem como a disposição de se gastar essa grana, além do custo do próprio míssil. E será que vale o investimento, para treinar um ou dois pilotos? E a resposta após esse treino mudaria os parâmetros de confiabilidade e desempenho já comprovados pelo fabricante?
Veja bem, não estou dizendo que seja ruim esse treino, pois no mínimo traria uma "história" para contar, mas em termos de treino, acredito que teria que ser vários por piloto...e isso, dificilmente ocorrerá no Brazil. Isso sem falar que quando se faz uma campanha dessas, o lançamento é todo controlado, totalmente diferente do que ocorrerá em uma missão real.
Para o caso de bombas, o lançamento normalmente simula uma condição normal de emprego, aproximando-se do que ocorrerá em ataque real.
Abaixo segue um vídeo exemplificando esses exercícios.
Abraços
Thor, eles não estão falando em treinar pilotos em disparos reais.
Isso pode ser feito da forma simulada que você explicou.
Seria um teste para ver se os israelenses cumpriram o que prometeram.
Poderíamos pegar 1 míssil de cada lote e realizar o teste. Se todos cumprirem o prometido, o fornecedor é confiável e a arma também.
Caso contrário...