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Re: EUA
Donald Trump praises Kim Jong-un for his firm hand with executed uncle
http://www.telegraph.co.uk/news/worldne ... uncle.html
http://www.telegraph.co.uk/news/worldne ... uncle.html
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Re: EUA
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Re: EUA
P44 escreveu:Donald Trump praises Kim Jong-un for his firm hand with executed uncle
http://www.telegraph.co.uk/news/worldne ... uncle.html
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Re: EUA
Não duvido. Talvez o Trump (empresário tentando virar político) esteja se inspirando no NIXON, cuja grande realização foi restabelecer relações diplomáticas com a China, "bicho-papão" da época. Um forma de emular isso (ainda que em menor escala) seria fazer algo parecido com o NK, Cuba, etc.
E hoje em dia imitar o Nixon não dá nada; ele se ferrou mesmo foi com Watergate, que foi um ato de espionagem e posterior tentativa de acobertamento. Hoje em dia até o OBRAHMA já espionou a Frau Hitler e nem tentou acobertar, todo mundo espiona todo mundo e azar do goleiro.
E hoje em dia imitar o Nixon não dá nada; ele se ferrou mesmo foi com Watergate, que foi um ato de espionagem e posterior tentativa de acobertamento. Hoje em dia até o OBRAHMA já espionou a Frau Hitler e nem tentou acobertar, todo mundo espiona todo mundo e azar do goleiro.
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Re: EUA
Amazon launched a fake radio station to promote ‘The Man in the High Castle.’ Angry Trump supporters thought it was real.
https://www.washingtonpost.com/news/mor ... 0b28c6df19
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Re: EUA
Vergonha de partilhar a mesma internet com esse povo.P44 escreveu:
Amazon launched a fake radio station to promote ‘The Man in the High Castle.’ Angry Trump supporters thought it was real.
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Re: EUA
24 milhões de americanos podem perder seguro de saúde com nova lei republicana
José Alberto Lemos
Divisão ideológica clara quanto ao sistema de saúde. Proposta republicana fará subir custos dos seguros e excluirá muita gente do sistema por não poder pagar.
Vistas da Europa, nem sempre as diferenças ideológicas entre republicanos e democratas nos Estados Unidos são notórias. Mas a situação começou a alterar-se desde que há mais de dez anos o Partido Republicano começou uma deriva à direita, liderada pelos adeptos do Tea Party, que o tornaram refém de uma agenda ideológica muito conservadora.
A entrada de Donald Trump na política americana, com toda a atenção mediática que despertou, e sobretudo a sua chegada à Casa Branca, vieram tornar mais claras as clivagens ideológicas na América. Hoje, para os europeus mais atentos é relativamente fácil distinguir entre as posições de republicanos e democratas, entre a direita e a esquerda americana, afinal.
Um assunto em que a tradicional divisão direita-esquerda é patente é o sistema de saúde. Não há na América um Sistema Nacional de Saúde e a prestação de cuidados médicos é uma área de negócios próspera, baseada em seguros de saúde e/ou carteiras bem recheadas. Uma lógica que não divide a direita e a esquerda tradicionais, porque ambas aceitam este tipo de funcionamento de mercado no âmbito da saúde.
A excepção é Bernie Sanders, que defende a criação de um Serviço Nacional de Saúde à semelhança do europeu. Mas Sanders perdeu as primárias para Hillary Clinton e a generalidade dos membros do Partido Democrático bate-se pela melhoria do actual sistema e não pela sua alteração radical, como seria a adopção de um Serviço Nacional de Saúde. Uma utopia no actual contexto americano.
Uma questão de vida ou morte
Mas os democratas têm hoje um património a que se agarram com orgulho — o sistema de saúde criado pelo Presidente Obama, o Affordable Care Act (ACA), mais conhecido por Obamacare. Ele constituiu a primeira fórmula eficaz de alargar os cuidados de saúde a milhões de americanos que a eles não tinham acesso por incapacidade financeira.
Obama foi o 7º Presidente americano a tentar criar um sistema de saúde tendencialmente universal. Antes dele, desde Roosevelt a Hillary Clinton quando foi primeira-dama, todos os esforços acabaram frustrados. Só Obama teve sucesso e mesmo assim parcial.
Graças ao Obamacare mais 23 milhões de americanos passaram a ter direito a seguro de saúde — em 2010 havia 50 milhões sem ele e em 2016 eram 27 milhões. Um número muito significativo num país em que ter ou não ter seguro de saúde pode significar a diferença entre a vida e a morte. Há milhares de casos de americanos que morreram sem assistência médica — ou porque não fizeram diagnósticos atempados ou porque não tiveram tratamento adequado.
O sistema é muito complexo, mas o ACA de Obama baseou-se em três princípios essenciais: criar concorrência entre as seguradoras para fazer baixar os preços dos seguros; subsidiar aqueles que não têm dinheiro suficiente para comprar seguro; multar quem não adquirir seguro.
Os custos de saúde nos EUA são exorbitantes e daí a necessidade de subsidiar aqueles que ganham menos. Obama apostou por isso em subsídios a quem tem menores rendimentos e em fazer baixar os prémios dos seguros através de leilões a nível estadual. E aqui surgiu logo um primeiro problema.
A cada leilão só podem concorrer as seguradoras que operem no respectivo estado. Ora, nos estados menos populosos por vezes só operam duas seguradoras, o que anula a concorrência na prática. Um terço dos municípios do país só tem uma seguradora. O Alasca, por exemplo, é o estado com os seguros mais caros justamente porque não há concorrência entre seguradoras.
E estes são também, em regra, os estados onde o nível de rendimentos é menor, o que resulta num paradoxo — onde há menos dinheiro é onde os seguros são mais caros. Um exemplo eloquente: no Nebrasca, quem ganhe 20 mil dólares por ano (um rendimento bastante baixo na América) é subsidiado em 18.470 dólares para poder ter seguro de saúde. Ou seja, o preço do seguro é quase o rendimento anual do beneficiário.
Este factor dá uma ideia do preço do sistema, que Obama tentou minimizar de duas formas: multando quem não adquira seguro para fazer entrar mais gente no mercado (nomeadamente os jovens) e baixar os preços; obrigando os empregadores a pagar o seguro dos seus empregados a troco de deduções fiscais.
Eis, em termos simples, a filosofia do Obamacare. Respeitando o mercado segurador da saúde, assenta na intervenção governamental através de subsídios e penaliza quem não adere ao sistema, multando.
Uma filosofia a que os republicanos se opõem desde o início. Para eles, há demasiado estatismo no Obamacare e mesmo coacção na obrigatoriedade em adquirir seguro de saúde. Por isso, a sua proposta de lei quer substituir os actuais subsídios para comprar seguros de saúde por créditos fiscais e acabar com as multas a quem o não compre individualmente, bem como aos empregadores que não forneçam seguro aos empregados.
Trumpcare para quem quer. E para quem pode
Os subsídios directos para comprar seguros são algo que sempre esteve na linha de mira dos conservadores. Contraria a sua ideologia anti-estatista e daí a substituição pelos benefícios fiscais. Só que os créditos fiscais previstos estão a milhas dos montantes dos subsídios de hoje. Além de que têm muito pouco significado para quem tem baixos rendimentos. Retomemos o exemplo do Nebrasca: quem ganha 20 mil dólares/ano hoje recebe 18.470 para o seguro de saúde, mas com a nova lei receberá apenas quatro mil dólares de benefícios fiscais. O que significa deixar de poder pagar seguro de saúde pura e simplesmente.
O mesmo se prevê que suceda com o fim das multas individuais e aos empregadores que não adquirirem seguro. Hoje a maioria dos americanos tem seguro através do emprego, mas desaparecendo a penalização esse benefício acabará para muitos. A previsível saída de muitos milhares de pessoas deste mercado levará ao aumento do preço dos seguros entre 20 a 25%, segundo a Kaiser Foundation, especializada em questões de saúde.
Os custos do sistema eram uma das críticas mais severas dos republicanos ao Obamacare. Agora, os estudos sobre a sua proposta de lei apontam para custos ainda mais altos. Mas o maior impacto prende-se com a cobertura do sistema que irá diminuir drasticamente, voltando aos números anteriores ao ACA.
Segundo a análise do Congressional Budget Office (CBO), uma entidade independente que tem como missão analisar o impacto orçamental de todas as propostas de lei para a aprovação no Congresso, o novo diploma republicano deverá atirar para fora do sistema 14 milhões de pessoas já no próximo ano e mais dez milhões até 2026. Ou seja, 24 milhões em dez anos, um número praticamente igual ao dos que entraram no sistema graças ao Obamacare. Será o regresso aos tempos em que cerca de 50 milhões de americanos não tinham seguro de saúde.
Uma questão ideológica e eleitoral
Como estão a reagir os republicanos a este impacto? Varia de acordo com o seu grau de conservadorismo ideológico ou em função do círculo político por onde foram eleitos. Se os seus eleitores forem penalizados pela nova lei, o congressista ou senador tende a opor-se-lhe porque quer garantir a reeleição. E a ironia do caso é que a nova lei penalizará sobretudo eleitores de área rurais e de baixos rendimentos, justamente aqueles que deram a vitória a Trump.
Mas se a reeleição não estiver em jogo, é o grau de conservadorismo do legislador que conta. E nesse aspecto, muitos republicanos já se manifestaram a favor do diploma, argumentando que ele garante a liberdade individual e evita que seja imposto ao cidadão um seguro de saúde que ele pode não querer comprar.
Paul Ryan, o “speaker” da Câmara de Representantes, foi claro: “o nosso papel não é obrigar as pessoas a fazer uma coisa que não querem. O nosso papel é criar um sistema em que toda a gente possa dispor de uma cobertura acessível se a quiser ter ou não”.
A tónica está, portanto, na liberdade individual de optar por ter ou não ter seguro de saúde, ignorando os que poderão deixar de o ter por falta de dinheiro.
Mas a tónica está ainda na outra parte do estudo do CBO, que diz também que a nova proposta poupará 337 mil milhões de dólares ao orçamento federal. Um número que Paul Ryan classificou como “encorajador”, reflectindo a maior preocupação dos republicanos com as finanças públicas do que com a cobertura de saúde dos cidadãos.
Se, de facto, como aponta o estudo do CBO, houver mais 24 milhões de americanos sem seguro, os cofres federais vão certamente poupar muito dinheiro porque o sistema de saúde é caro.
Uma preocupação financeira que já não se aplica quando se aborda a questão das reduções fiscais prometidas por Trump. Segundo alguns estudos, as reduções fiscais previstas para quem ganhe mais de 250 mil dólares por ano (alguém que pode considerar-se rico) podem ter um impacto orçamental de 600 mil milhões de dólares, isto é, quase o dobro do que a nova lei de saúde poupará.
Talvez fiquem assim mais claras, aos olhos europeus, as diferenças ideológicas entre republicanos e democratas.
http://rr.sapo.pt/noticia/78386/24_milh ... epublicana
José Alberto Lemos
Divisão ideológica clara quanto ao sistema de saúde. Proposta republicana fará subir custos dos seguros e excluirá muita gente do sistema por não poder pagar.
Vistas da Europa, nem sempre as diferenças ideológicas entre republicanos e democratas nos Estados Unidos são notórias. Mas a situação começou a alterar-se desde que há mais de dez anos o Partido Republicano começou uma deriva à direita, liderada pelos adeptos do Tea Party, que o tornaram refém de uma agenda ideológica muito conservadora.
A entrada de Donald Trump na política americana, com toda a atenção mediática que despertou, e sobretudo a sua chegada à Casa Branca, vieram tornar mais claras as clivagens ideológicas na América. Hoje, para os europeus mais atentos é relativamente fácil distinguir entre as posições de republicanos e democratas, entre a direita e a esquerda americana, afinal.
Um assunto em que a tradicional divisão direita-esquerda é patente é o sistema de saúde. Não há na América um Sistema Nacional de Saúde e a prestação de cuidados médicos é uma área de negócios próspera, baseada em seguros de saúde e/ou carteiras bem recheadas. Uma lógica que não divide a direita e a esquerda tradicionais, porque ambas aceitam este tipo de funcionamento de mercado no âmbito da saúde.
A excepção é Bernie Sanders, que defende a criação de um Serviço Nacional de Saúde à semelhança do europeu. Mas Sanders perdeu as primárias para Hillary Clinton e a generalidade dos membros do Partido Democrático bate-se pela melhoria do actual sistema e não pela sua alteração radical, como seria a adopção de um Serviço Nacional de Saúde. Uma utopia no actual contexto americano.
Uma questão de vida ou morte
Mas os democratas têm hoje um património a que se agarram com orgulho — o sistema de saúde criado pelo Presidente Obama, o Affordable Care Act (ACA), mais conhecido por Obamacare. Ele constituiu a primeira fórmula eficaz de alargar os cuidados de saúde a milhões de americanos que a eles não tinham acesso por incapacidade financeira.
Obama foi o 7º Presidente americano a tentar criar um sistema de saúde tendencialmente universal. Antes dele, desde Roosevelt a Hillary Clinton quando foi primeira-dama, todos os esforços acabaram frustrados. Só Obama teve sucesso e mesmo assim parcial.
Graças ao Obamacare mais 23 milhões de americanos passaram a ter direito a seguro de saúde — em 2010 havia 50 milhões sem ele e em 2016 eram 27 milhões. Um número muito significativo num país em que ter ou não ter seguro de saúde pode significar a diferença entre a vida e a morte. Há milhares de casos de americanos que morreram sem assistência médica — ou porque não fizeram diagnósticos atempados ou porque não tiveram tratamento adequado.
O sistema é muito complexo, mas o ACA de Obama baseou-se em três princípios essenciais: criar concorrência entre as seguradoras para fazer baixar os preços dos seguros; subsidiar aqueles que não têm dinheiro suficiente para comprar seguro; multar quem não adquirir seguro.
Os custos de saúde nos EUA são exorbitantes e daí a necessidade de subsidiar aqueles que ganham menos. Obama apostou por isso em subsídios a quem tem menores rendimentos e em fazer baixar os prémios dos seguros através de leilões a nível estadual. E aqui surgiu logo um primeiro problema.
A cada leilão só podem concorrer as seguradoras que operem no respectivo estado. Ora, nos estados menos populosos por vezes só operam duas seguradoras, o que anula a concorrência na prática. Um terço dos municípios do país só tem uma seguradora. O Alasca, por exemplo, é o estado com os seguros mais caros justamente porque não há concorrência entre seguradoras.
E estes são também, em regra, os estados onde o nível de rendimentos é menor, o que resulta num paradoxo — onde há menos dinheiro é onde os seguros são mais caros. Um exemplo eloquente: no Nebrasca, quem ganhe 20 mil dólares por ano (um rendimento bastante baixo na América) é subsidiado em 18.470 dólares para poder ter seguro de saúde. Ou seja, o preço do seguro é quase o rendimento anual do beneficiário.
Este factor dá uma ideia do preço do sistema, que Obama tentou minimizar de duas formas: multando quem não adquira seguro para fazer entrar mais gente no mercado (nomeadamente os jovens) e baixar os preços; obrigando os empregadores a pagar o seguro dos seus empregados a troco de deduções fiscais.
Eis, em termos simples, a filosofia do Obamacare. Respeitando o mercado segurador da saúde, assenta na intervenção governamental através de subsídios e penaliza quem não adere ao sistema, multando.
Uma filosofia a que os republicanos se opõem desde o início. Para eles, há demasiado estatismo no Obamacare e mesmo coacção na obrigatoriedade em adquirir seguro de saúde. Por isso, a sua proposta de lei quer substituir os actuais subsídios para comprar seguros de saúde por créditos fiscais e acabar com as multas a quem o não compre individualmente, bem como aos empregadores que não forneçam seguro aos empregados.
Trumpcare para quem quer. E para quem pode
Os subsídios directos para comprar seguros são algo que sempre esteve na linha de mira dos conservadores. Contraria a sua ideologia anti-estatista e daí a substituição pelos benefícios fiscais. Só que os créditos fiscais previstos estão a milhas dos montantes dos subsídios de hoje. Além de que têm muito pouco significado para quem tem baixos rendimentos. Retomemos o exemplo do Nebrasca: quem ganha 20 mil dólares/ano hoje recebe 18.470 para o seguro de saúde, mas com a nova lei receberá apenas quatro mil dólares de benefícios fiscais. O que significa deixar de poder pagar seguro de saúde pura e simplesmente.
O mesmo se prevê que suceda com o fim das multas individuais e aos empregadores que não adquirirem seguro. Hoje a maioria dos americanos tem seguro através do emprego, mas desaparecendo a penalização esse benefício acabará para muitos. A previsível saída de muitos milhares de pessoas deste mercado levará ao aumento do preço dos seguros entre 20 a 25%, segundo a Kaiser Foundation, especializada em questões de saúde.
Os custos do sistema eram uma das críticas mais severas dos republicanos ao Obamacare. Agora, os estudos sobre a sua proposta de lei apontam para custos ainda mais altos. Mas o maior impacto prende-se com a cobertura do sistema que irá diminuir drasticamente, voltando aos números anteriores ao ACA.
Segundo a análise do Congressional Budget Office (CBO), uma entidade independente que tem como missão analisar o impacto orçamental de todas as propostas de lei para a aprovação no Congresso, o novo diploma republicano deverá atirar para fora do sistema 14 milhões de pessoas já no próximo ano e mais dez milhões até 2026. Ou seja, 24 milhões em dez anos, um número praticamente igual ao dos que entraram no sistema graças ao Obamacare. Será o regresso aos tempos em que cerca de 50 milhões de americanos não tinham seguro de saúde.
Uma questão ideológica e eleitoral
Como estão a reagir os republicanos a este impacto? Varia de acordo com o seu grau de conservadorismo ideológico ou em função do círculo político por onde foram eleitos. Se os seus eleitores forem penalizados pela nova lei, o congressista ou senador tende a opor-se-lhe porque quer garantir a reeleição. E a ironia do caso é que a nova lei penalizará sobretudo eleitores de área rurais e de baixos rendimentos, justamente aqueles que deram a vitória a Trump.
Mas se a reeleição não estiver em jogo, é o grau de conservadorismo do legislador que conta. E nesse aspecto, muitos republicanos já se manifestaram a favor do diploma, argumentando que ele garante a liberdade individual e evita que seja imposto ao cidadão um seguro de saúde que ele pode não querer comprar.
Paul Ryan, o “speaker” da Câmara de Representantes, foi claro: “o nosso papel não é obrigar as pessoas a fazer uma coisa que não querem. O nosso papel é criar um sistema em que toda a gente possa dispor de uma cobertura acessível se a quiser ter ou não”.
A tónica está, portanto, na liberdade individual de optar por ter ou não ter seguro de saúde, ignorando os que poderão deixar de o ter por falta de dinheiro.
Mas a tónica está ainda na outra parte do estudo do CBO, que diz também que a nova proposta poupará 337 mil milhões de dólares ao orçamento federal. Um número que Paul Ryan classificou como “encorajador”, reflectindo a maior preocupação dos republicanos com as finanças públicas do que com a cobertura de saúde dos cidadãos.
Se, de facto, como aponta o estudo do CBO, houver mais 24 milhões de americanos sem seguro, os cofres federais vão certamente poupar muito dinheiro porque o sistema de saúde é caro.
Uma preocupação financeira que já não se aplica quando se aborda a questão das reduções fiscais prometidas por Trump. Segundo alguns estudos, as reduções fiscais previstas para quem ganhe mais de 250 mil dólares por ano (alguém que pode considerar-se rico) podem ter um impacto orçamental de 600 mil milhões de dólares, isto é, quase o dobro do que a nova lei de saúde poupará.
Talvez fiquem assim mais claras, aos olhos europeus, as diferenças ideológicas entre republicanos e democratas.
http://rr.sapo.pt/noticia/78386/24_milh ... epublicana
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Re: EUA
O autor fica dizendo e repetindo que o sistema de saúde dos EUA é caro, é caro e é caro. Mas não diz os porquês, sendo um dos mais importantes o chamado "mercado de processos". Lá qualquer instituição e mesmo indivíduo profissional de saúde paga um pesado "seguro-processo", já que por qualquer merreca sai um processo milionário (no qual o esperado acordo o é igualmente) e os maiores autores são precisamente os mais pobres. Há simpósios e seminários de Advogados - devidamente assessorados por profissionais de saúde - especialmente para difundir novas razões para processar. Até elegem políticos para abrir brechas mais suculentas na legislação.
Brasileiros e Europeus podem concordar com este texto tendencioso, simplesmente porque a maneira como percebemos a saúde aqui e lá é muito mas MUITO diferente do que é nos EUA. Um único processo pode falir um Médico ou Odontólogo (e até mandá-lo para trás das grades) com "seguro-processo" e tudo.
Brasileiros e Europeus podem concordar com este texto tendencioso, simplesmente porque a maneira como percebemos a saúde aqui e lá é muito mas MUITO diferente do que é nos EUA. Um único processo pode falir um Médico ou Odontólogo (e até mandá-lo para trás das grades) com "seguro-processo" e tudo.
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Re: EUA
vai além disso túlio.
Preço dos remédios tb é altissimo comparado a UE/Brasil.
Eles tb querem inventar regras que "criem concorrência" num mercado que é claramente de tendencia cartel/monopolista pelo simples fato que o número de hospitais e postos de saúde em uma cidade´e limitado e fora casos simples ninguém fica a caça de médicos baratos.
È uma confusão que vai longe.
Preço dos remédios tb é altissimo comparado a UE/Brasil.
Eles tb querem inventar regras que "criem concorrência" num mercado que é claramente de tendencia cartel/monopolista pelo simples fato que o número de hospitais e postos de saúde em uma cidade´e limitado e fora casos simples ninguém fica a caça de médicos baratos.
È uma confusão que vai longe.
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Re: EUA
Há uma clínica dentária cá em Portugal que recebe imensos Norte-Americanos porque a qualidade do serviço aliado ao preço final (deslocação dos EUa para cá, estadia, etc) fica muito mais em conta.
http://dental.maloclinics.com/pt-pt/cl%C3%ADnicas.aspx
http://dental.maloclinics.com/pt-pt/cl%C3%ADnicas.aspx
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Re: EUA
Esqueci da Indústria Farmacêutica e as próprias drugstores. É a mesma embrulhada, até o fabricante de um medicamento aprovado pela FDA não está livre de algum mané se queixar de algum efeito colateral e tomar milhões de indenização ou uma farmácia negociar errado e se ferrar.Sterrius escreveu:vai além disso túlio.
Preço dos remédios tb é altissimo comparado a UE/Brasil.
Eles tb querem inventar regras que "criem concorrência" num mercado que é claramente de tendencia cartel/monopolista pelo simples fato que o número de hospitais e postos de saúde em uma cidade´e limitado e fora casos simples ninguém fica a caça de médicos baratos.
È uma confusão que vai longe.
O sistema de saúde dos EUA sofre de um único grande mal: a Indústria dos Processos! Sem solução, está no DNA deles.
Mas acho o desiderato do Trump a respeito mais honesto: como os maiores "processadores profissionais" (até no Dr House tem um episódio sobre um cara desses) são oriundos exatamente da camada que será prejudicada, o custo dos "seguros-processo" poderá cair e, com isso, os dos próprios serviços de saúde e medicamentos.
A ver.
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Re: EUA
Túlio, os processos são o que mantém um mínimo de qualidade no sistema deles (que não existe no nosso), o sistema todo lá é falido e gastam mais com burocracia do que com a medicina em si, e a dificuldade da solução é em parte pela incapacidade dos americanos de reconhecerem os problemas e em parte pelo grande número de pessoas que ganha com essa bagunça toda.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)