Fórum Defesa Brasil

jp escreveu:

soultrain escreveu:Foi mesmo ingenuidade do pessoal da SAAB no Brasil, não foi?

Grande Soultrain, eu sei que você sabe que eles, os suecos, até podem ter sido ingênuos (coisa que em absolutamente não creio), mas SABEMOS quem não é ingênuo e está por trás disto tudo.
Os cocares no forte apache sapateiam danças da vingança.
Mas há pouco que se possa fazer.... por enquanto.

Chute no saco,dedo nos zóio e voadora no peito seria anunciar o Rafale e junto a entrada no PAKFA,e encerrar o discurso com TOMA,TOMA,TOMA!

sDS.

Carlos Mathias escreveu:Dieneces, pode ser que ali na frente o vazador venha à público dizer que nunca se vazou nada e que o suposto relatório é uma mentira inventada por um jornal ...

Seria uma saída razoável para o que se avizinha, considerando essa matéria da Istoé.

Dieneces escreveu: Orestes , bem escrito teu post , como é do teu costume . Não acho que tenha ainda motivo para essa tristeza e desconsolo . O Rafale está vindo ainda , segundo apuro nas fontes . No entanto , não me sinto menos brasileiro por ser contra o que considero um escândalo que são essas negociações com os franceses , mormente esse conjunto de aquisições militares caríssimas travestidas de discutíveis parcerias estratégicas . Compre-se o que for , DA ONDE FOR , desde que o interesse maior da defesa nacional , da indústria nacional e do melhor custo-benefício se faça presente . Sou radicalmente contra o governo Lula e tenho minhas razões ideológicas . Não vou dizer , todavia , que os que o apóiam são menos brasileiros . Espero que episódios como esses da tal Comissão da Verdade sejam didáticos e cada um tire suas conclusões . Desde o início do século XIX gerações de meus ascendentes pegaram em armas para defender uma das poucas fronteiras bélicas do que hoje chamamos Brasil e mesmo na manutenão da ordem nacional . Meu pai , inclusive . Na casa onde eu moro hoje ´, estiveram refugiadas pessoas prometidas de morte , poucas décadas atrás . Meu avô reuniu uma milícia que ficou albergada nessa mesma casa de onde escrevo , nos anos 60. Seu pai , Raul Teixeira , foi major da famosa coluna de Juca Tigre , integrante da Brigada de Gumercindo Saraiva ,em 1893 , conflito em que tive parentes dos dois lados da refrega. Os Fernandez Barboza deixaram ao menos três militares na história militar , da guerra do Paraguai até agora . Fernando Abbott dispensa comentários . Assim como o Marechal Hermes da Fonseca , presidente brasileiro . Vou cometer o pecado de esquecer algum ascendente meu , especialmente algum Minuano da Serra do Caverá , em períodos já imemoriais .Minha cidade é conhecida como a Terra dos Marechais e aqui não existe essa alcunha depreciativa que muitos brasileiros assumem para si de Complexo de vira-Latas - AQUI SE TEM ORGULHO DE SER O QUE SE É-leia a assinatura que subscreve-se ao meu espaço aqui no fórum e verá o que pensamos de nós próprios aqui do rincão , por vezes até com certa dose de alegoria. Teço essas longas linhas , não para censurá-lo , jamais faria isso e sabes o apreço que tenho por ti , mas para lembrar-te que NÃO existe essa divisão que apregoas entre os do bem e os do mal . Não tenho como verdade que aquisições bilionárias de um único fabricante que vende tudo caríssimo seja motivo de patriotismo-e ser contra tudo isso seja anti-patriótico.....são negócios e já se disse que o patriotismo pode ser o último refúgio dos canalhas . O Brasil precisa armar-se porque há perigo na vizinhança , mais de forma indireta do que direta e está a fazê-lo . Se houver alguns meses a mais de atraso num programa ou outro nada vai mudar É inexorável essa realidade . Um grande e patriótico abraço .

Dieneces escreveu:

Carlos Mathias escreveu: Errou , passou beeem longe do alvo.

Sim , eu sei que está longe ainda , mas 9 meses passam rápido...

soultrain escreveu:Olhem o que eu acabei de dizer, parece que adivinho:

Knigh7

Caça Ao Vazamento
Governo investiga divulgação de relatório secreto sobre compra de aviões de combate e reafirma favoritismo francês na disputa
Claudio Dantas Siqueira


Um compromisso delicado aguarda o presidente Lula na volta de suas férias, nos próximos dias. Da praia do Guarujá, no litoral paulista, onde passou a semana passada, ele convocou para uma reunião o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, e o brigadeiro Dirceu Tondolo Nolo, responsável pela Copac, comissão que coordena o programa FX-2, que resultará na bilionária compra de 36 jatos de combate para a Força Aérea Brasileira (FAB). Lula e Jobim querem saber como um relatório indicando o caça Gripen NG, da empresa sueca Saab, como o favorito dos militares para vencer a concorrência – disputada também pelo francês Rafale, da Dassault, e o americano F-18 Super Hornet, da Boeing – vazou para a imprensa no início da semana passada, constrangendo o presidente e o ministro e acirrando uma crise entre eles e os comandos das Forças Armadas. A julgar pelo relatório divulgado pelo jornal “Folha de S. Paulo”, a Copac fez ouvidos moucos à recomendação de Jobim para que a análise técnica não hierarquizasse os três aviões finalistas e apresentou uma classificação em que prioriza o preço em detrimento de requisitos técnicos, logísticos, de transferência tecnológica e contrapartidas industriais (off-set). O episódio pode terminar com a punição dos membros da Copac e ainda precipitar a decisão pela escolha do avião francês, favorito do governo. Na Defesa, o descumprimento da ordem de Jobim está sendo tratada como insubordinação. E o vazamento de informações, consideradas segredo de Estado, pode até ser enquadrado como crime de segurança nacional. De uma forma ou de outra, Lula já mandou avisar que não vai se submeter às pressões. O recado foi dado pelo chanceler Celso Amorim. “A decisão será política. É o presidente, com a ajuda de seu Conselho de Defesa, que tomará a decisão final”, disse. Segundo Amorim, “às vezes os técnicos dão uma impressão que vai num sentido e muitas vezes o barato sai caro”. Jobim, por sua vez, disse que encaminhará a Lula um relatório próprio. “Vou analisar tudo, tirar dúvidas, avaliar o sistema de cálculo e levar as minhas conclusões para o presidente”, afirmou. Como ISTOÉ revelou em dezembro, o relatório completo do programa FX- 2, com 30 mil páginas, traz diversas tabelas mostrando os pontos positivos e negativos de cada avião, usando um código de cores (azul, amarelo e vermelho), em vez de notas. Dos três, por exemplo, o jato francês apresenta o pacote tecnológico mais abrangente, enquanto o sueco é o mais barato. De posse dessa papelada, a Copac resolveu fazer um sumário executivo e tentou emplacar a classificação: o Gripen NG apareceu em 1º lugar, seguido do F-18 e do Rafale, em terceiro.

O documento passou nas mãos de Saito e Jobim, que mandou os militares elaborarem uma nova versão, sem o ranking. Isso foi feito, mas o documento anterior, em vez de ser destruído, acabou vazando. Para o consultor de segurança nacional Salvador Ghelfi Raza, da Universidade de Defesa dos EUA, braço acadêmico do Pentágono, vazamentos como esse devem ser apurados. “É preciso investigar para saber se há uma manipulação do resultado da concorrência por interesses escusos”, afirma. O fato é que está em curso uma poderosa guerra de lobbies, envolvendo os maiores fabricantes mundiais, para abocanhar um contrato de até R$ 10 bilhões. Até que se prove o contrário, não há nada de ilegal na atuação desses grupos de pressão. No entanto, algumas vezes os interesses parecem difusos. Para tentar emplacar o Gripen NG, a Saab contratou o brigadeiro reformado Fernando Cima, ex-coordenador da Copac na primeira edição do FX. Com ascendência sobre muitos oficiais, Cima é sempre recebido na FAB com a reverência que sua patente impõe, com direito até a continência dos próprios membros da comissão. Outro contratado pelo fabricante sueco é o engenheiro Anastácio Katsanos, que foi vice-presidente militar da Embraer. A Embraer chegou a analisar a compra de parte da Saab por meio de um swap de ações, considerando a eventual escolha do Gripen NG. Dentro da companhia, há o entendimento de que o caça sueco dá a oportunidade de um desenvolvimento conjunto do projeto. Mas é exatamente o fato de ser apenas um projeto que traz insegurança para o governo. Não há como saber quando o avião estará operacional. Da mesma forma, é impossível definir qual será seu preço final. O valor de US$ 50 milhões, anunciado pela Saab, é uma estimativa. Bem diferente do que ocorre com o Super Hornet (US$ 55 milhões) e o Rafale (64 milhões de euros, US$ 91,6 milhões), aviões totalmente operacionais e com preço estabilizado. “Não dá para comparar o Rafale, que já é operacional, com o Gripen, um avião que não existe”, reagiu o ministro da Defesa francês, Hervé Morin. Essa lógica também embala as discussões sobre o custo da hora-voo. A hora-voo do F-18 está em US$ 11 mil, enquanto a do Rafale é de 9,8 mil euros (US$ 14 mil). Já a do Gripen, segundo a Saab, seria de US$ 4 mil. O problema é que a própria comissão técnica da FAB, a partir de cálculos baseados em dados de manutenção extrapolados do Gripen C/D (versão anterior ao NG), encontrou um valor diferente do informado: US$ 8 mil. Na Noruega, os técnicos estimaram esse custo em US$ 10 mil. A divergência de informações pesa contra a opção sueca. Um outro dado importante parece ter sido esquecido no sumário que foi vazado à imprensa: o teste de pilotagem. Em outubro, Jobim convocou os pilotos que testaram os caças para que emitissem um parecer. Os militares destacaram o desempenho do Rafale e também elogiaram o F-18, mas não tiveram o que dizer do Gripen NG, pelo simples fato de que não puderam voar nele. O que está disponível para testes é um “demonstrador”, uma espécie de protótipo feito com base num modelo de treinamento que tem muito pouco a ver com a versão final. Como alertou Amorim, o barato pode sair caro.

http://www.istoe.com.br/reportagens/387 ... +VAZAMENTO

Mapinguari escreveu: Parabéns pelo Post, Orestes.

soultrain escreveu:

jp escreveu: Grande Soultrain, eu sei que você sabe que eles, os suecos, até podem ter sido ingênuos (coisa que em absolutamente não creio), mas SABEMOS quem não é ingênuo e está por trás disto tudo.
Os cocares no forte apache sapateiam danças da vingança.
Mas há pouco que se possa fazer.... por enquanto.

Não sei, há uma grande pressão, a coisa estava perdida e o velho e bom orgulho de Brigadeiro, deve ter feito o resto.

Mas quem vai contratar o antigo responsável da COPAC? É muito óbvio e pouco discreto, já tinha dado a vitória antes não é mesmo?

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jp escreveu:Cabôclo véio, sinto dizer-te.
Mas errastes, amarga e profundamente, com o teu post.

Carlos Mathias escreveu:Cara, calma para um pouco com essa neura.
Olha lá que eu escrevi tudo dentro de possibilidades, suposições, é só uma tentativa de ver agora os desdobramentos disso tudo.
Não passou, não funcionou e sabe-se quem fez tudo.

Agora, eu achei interessante especular se haveria ainda uma saída menos dolorosa, porque acredito que vem trolha aí.

Resumo da minha Ópera(by Franz)

Orestes,é aquilo,cada um aqui tem uma istória sobre os caças da FAB,umas são "emocionais" outras "racionais",eu tenho uma visão não "estática" das coisas e fatos,observo,ouço,reflito e mudo de posição sem o menor pudor,se estiver convicto de que o novo caminho é o mai correto,no primeiro FX torcia pelo Gripen pois via uma FAB sem recursos a mingua,era o unico que eu conseguia distinguir como possível de ser operado por ela naquelas circunstâncias.

Com o FX2,acreditei no SU pois já via a possibilidade da existência de mais recursos para força,e por ser a aquisição de menor preço com maior custo beneficio,houve a desclassificação.

Dos que sobraram,antes do governo assinar o SOUFA, e de demonstrar claramente que tomaria a decisão em suas mãos,minha convicção é que daria F18,o que eu menos apreciava dos treis por diversos motivos.

Dos outros dois pelo preço achava o Rafale inviável,mesmo achando que apesar de já existir a possibilidade de mais recursos para a FAB,seria um custo exorbitante tanto na aquisição quanto na operação pelos numeros que tinhamos conhecimento na época.

A alternativa mais interessante sem dúvida seria o Gripen,inclusive na época daquela noticia(plantada na midia?) sobre a aquisição da Saab se apresentava uma possibilidade atraente.

Mas o que se passou de lá pra cá?O reprojeto do Gripen CD um excelente caça,começou a se mostrar mais como um delirio de tempo e incertezas,fora da realidade,quiça a Saab tivesse apresentado o Cd na disputa,com melhorias e só,seria mais crível.

Mas isso enquanto faláva-mos de hardware,mas o tempo veio mostrar a quem tem juizo,ouvidos pra ouvir e olhos para vêr, que as questões já estavam muito acima de que avião era melhor,por: a,b ou c dispositivos e características,era agora uma questão de Estado.

Portanto não é mais uma questão de custos ou hardware,é uma questão de governo,e uma decisão já está tomada,inclusive hoje acredito que a muito tempo atráz já estava tomada.

Caberia (em tese) a nós,termos mudado os critérios do debate,para o nível do "uso" que se fará do equipamento e do que ele representa politica e estratégicamente.

Mas retrocedemos a época do Ghost,do ceguinho e do tijolo.

Somos uma leva de carangueijos.

Abração ao amigo!