Re: EUA
Enviado: Qua Fev 22, 2017 4:01 pm
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/de ... ista.shtmlTrump compartilha a visão de mundo da Rússia putinista
Demétrio Magnoli
"Bromance", romance de irmãos, diagnosticou Obama na campanha eleitoral, referindo-se ao intercâmbio de elogios entre Trump e Putin. De fato, o magnata americano admira (ou inveja?) o autoritarismo do líder russo, que se libertou do escrutínio público atemorizando a imprensa e calando os críticos.
Nos seus ataques verbais ao "fracassado" "The New York Times", na emissão de um decreto ilegal anti-imigração e na nomeação de um capataz para "supervisionar" as agências de inteligência distingue-se a utopia reacionária de fazer os EUA mimetizarem a Rússia. Contudo, a crise da demissão do conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, sugere que a conexão russa tem raízes mais fundas.
Previsivelmente, diante de um fenômeno tão surpreendente, os analistas enveredam pelo caminho fácil das teorias conspiratórias. Trump temeria a revelação de segredos pessoais ou financeiros descobertos pelas agências de inteligência russas –eis a explicação dominante. Uma charge publicada pelo "Washington Post" coloca Putin no armário do presidente americano, sobre uma pasta de arquivos intitulada "declarações fiscais de Trump".
Anne Applebaum, colunista do mesmo jornal, aponta as relações financeiras, de amplitude desconhecida, entre o império imobiliário de Trump e o dinheiro arisco de origem russa. Isso tudo faz parte do campo de possibilidades –mas não explica a extensão dos laços entre o novo governo americano e o Kremlin.
A conexão russa repousa sobre uma base menos misteriosa, porém mais sólida. Para decifrá-la, é preciso escapar dos atalhos sedutores oferecidos pelo universo da espionagem e encarar de frente o desvio histórico inaugurado com a eleição de Trump.
No Salão Oval da Casa Branca, senta-se uma figura que compartilha a visão de mundo da Rússia putinista. Trump e Putin são "antiglobalistas", isto é, adversários explícitos da ordem mundial aberta erguida pelos EUA no pós-guerra e reforçada com a implosão do bloco soviético da Guerra Fria. O "bromance" pulsa no ritmo de uma velha canção nacionalista que invoca a miragem do retorno a um glorioso passado ideal.
"America first", o lema de Trump, é um plágio direto do estandarte do Comitê America First, a organização isolacionista criada em 1940 para evitar a entrada dos EUA na guerra mundial, que reuniu uma fauna de nacionalistas conservadores, simpatizantes do fascismo, socialistas e antissemitas como Charles Lindbergh.
O lema ressurgiu em 2000, empregado pelo candidato independente à presidência Pat Buchanan, que classificou a campanha contra o Eixo como uma "guerra desnecessária" e, como o Trump de hoje, atribuiu a "decadência americana" ao "vício" do livre comércio. (Ironicamente, à época, Trump definiu Buchanan como um "adorador de Hitler").
No fim, por razões distintas, tanto Trump quanto Putin enxergam a atual ordem mundial como uma armadilha que prende suas nações aos interesses de uma maléfica "elite globalista". Dessa convergência ideológica fundamental, âncora da conexão russa, emerge um programa estratégico comum que vai muito além da retirada das sanções à Rússia ou de um acomodamento geopolítico na guerra síria.
O Kremlin e a Casa Branca simpatizam com as correntes políticas ultranacionalistas que buscam destruir o edifício da União Europeia (UE). Nigel Farage, o líder do Ukip, que comandou a ala radical na campanha pela saída britânica da UE, é o ponto de referência de ambos no Reino Unido. Marine Le Pen, a candidata presidencial da Frente Nacional, ocupa o mesmo lugar na França.
"Só há um homem capaz de quebrar esse cadeado –e esse homem é Donald Trump", proclamou Farage dias atrás. Ele se referia, literalmente, ao congelamento das relações entre a Europa e a Rússia. Mas, no fundo, o "cadeado" é sua metáfora para a ordem global aberta estabelecida pelas democracias ocidentais.
Esse foi verdadeiramente um dia glorioso...P44 escreveu:UM MURO EM CADA ESQUINA!
TRUMP GOD EMPEROR OF EARTH WE SALUTE!
O Colégio Eleitoral existe para que Califórnia, Nova York, Flórida e Texas não decidam sozinhos quem será o presidente...Wilton kvalheiro escreveu:Esse troço do sistema eleitoral creio que os americanos deveriam realmente mudar, ocorre que a choradeira no caso só acontece pq Hilary perde.
A diferença é ridícula, e as regras eleitorais são claras e não foram mudadas no meio do jogo, como bem disse o P44 os democratas perderam estados como Wisconsim que venciam desde 1998, e perderam por displicência, prepotência e arrogância de simplesmente não ir la pelo menos 1 vez...
Não adianta botar a culpa da derrota nisso, a maior razão para os democratas terem perdido é a própria cúpula do partido democrata que destruiu sua militância e enfiou goela a baixo uma mulher que os EUA já demonstraram outras vezes que não querem na presidência, nem ela, nem o Marido se pudesse disputar a eleição seria eleito.
A Linha Auxiliar do PT, digo, dos Democratas, kkk...P44 escreveu:A Comissão Eleitoral do Wisconsin recebeu, esta sexta-feira, um pedido de recontagem de votos naquele estado, onde Donald Trump venceu por uma pequena margem.
O requerimento foi apresentado por Jill Stein, do Partido Verde, que já afirmou pretender apresentar o mesmo pedido no Michigan e na Pensilvânia. Ainda que a recontagem possa dar a vitória a Hillary Clinton, uma vitória no Wisconsin dar-lhe-ia apenas 10 votos no Colégio Eleitoral, um número insuficiente para ser eleita para a Casa Branca
Leia mais: Candidata pediu recontagem de votos em estado ganho por Trump http://www.jn.pt/mundo/interior/candida ... z4R490o7HR
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A Rússia permanece numa posição bem frágil. Só que a parceria deles com a China está basicamente desfeita porque os Chinas não querem colocar objetivos estratégicos deles em causa por conta da Rússia.mmatuso escreveu:Rússia sendo o grande inimigo vermelho sempre foi grande negócio para a China.
Trump tem uma visão bem mais atual do mundo do que os políticos dos EUA.
"Trump não assusta mercado" é o novo "Economia britânica vai bem após Brexit".Túlio escreveu:Trump não assusta mercado e dólar fecha abaixo dos R$3,20
Bolsa ganhou força após a fala do presidente eleito dos Estados Unidos.
http://exame.abril.com.br/mundo/serei-o ... diz-trump/
Quem acompanhou de perto as eleições sabe que o Trump - muito embora eu acredite que ele não compreende totalmente o esquema globalista - agiu com enorme esperteza e soube manobrar a seu favor inclusive seus inimigos.P44 escreveu:O Trump vai acabar sendo limpo , a tiro ou de outra maneira qualquer, pela CIA ou outros semelhantes...diz muitas verdades inconvenientes e se cumprir a promessa dos EUA deixarem de interferir em tudo o que é conflito no mundo, o lobby da indústria de armamento vai contratar um sniper enquanto o diabo esfrega um olho...
Sabem porque eu gosto do Clermont? É por isso que eu gosto dele.Clermont escreveu:Talvez porque nunca, desde os tempos de Daniel Boone, algum americano tenha sequer imaginado que os documentos oficiais do país pudessem ser escritos em outra língua que não fosse o inglês.Sterrius escreveu:EUA não tem língua oficial.
De qualquer modo, agora Trump vai deixar claro isso. Assim como Getúlio Vargas deixou claro que aos imigrantes alemães no Sul que no Brasi se fala português, não alemão.
E 100 % dos EUA é ex-território moicano, shawnee, cherokee, tuscarora, cheyenne, sioux, navajo, apache, comanche, etc, etc.E 30% do EUA é ex-território mexicano.
Então que soubessem lutar melhor para defender seu território. Já que perderam a guerra, conformem-se.Preciso dizer quem vivia la? Dou 3 chances e ja digo que não são os franceses.
E 250 milhões falam inglês. Quanto a parcela dentro dos tais 52 milhões, que ainda não falam inglês, façam um curso da língua de George Washington.52milhões de americanos falam espanhol. 1/6 da população.
AHAHAHAHA!!! Putin tá frequentando a escola de trollagem do Donald Turmp.
Para melhor, inclusive.Bourne escreveu:O Trump e o cara mais importante desse seculo. Ele vai mudar os EUA e Mundo. Não estou brincando.