Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Nov 21, 2016 1:18 pm
Foram fazer no país dos outros o que por aqui não passa de um mero modismo natural com as coisas publicas...
abs.
abs.
Sim é humilhante, mas é uma regra que vale para empresas que operam nas bolsas de valores dos EUA e que são envolvidas em casos de corrupção. As empresas sabiam dos riscos.Bolovo escreveu:Humilhante. Só posso dizer isso.EDSON escreveu:Fique de quatro!!!
REVISTA ÉPOCA NEGÓCIOS
Embraer terá monitor imposto por autoridades americanas
Petrobras, Eletrobrás e Braskem também estão na mira por terem ações negociadas nos Estados Unidos e poderão ganhar espécie de "‘tornozeleira eletrônica"’ corporativa
A partir do próximo ano, a Embraer, uma das maiores fabricantes de aviões do mundo, vai entregar uma "chave geral" da companhia para um monitor externo. O tal monitor terá, por três anos, plenos poderes, outorgados pelas autoridades americanas, para acessar todo o sistema da empresa, todas as salas, todas as gavetas, todos os computadores. Terá acesso a dados de funcionários, ex-funcionários, fornecedores. Essa vigilância foi imposta à empresa, investigada por atos de corrupção na América Central, pelo Departamento de Justiça americano (DoJ).
A Embraer, que tem ações na Bolsa de Nova York, foi a primeira empresa totalmente brasileira a fazer um acordo com as autoridades americanas por infringir a lei anticorrupção do país. Mas, desde que a Operação Lava Jato começou, diversas outras companhias brasileiras com ações nas bolsas americanas entraram na mira do temido DoJ. Petrobras, Eletrobrás e Braskem são alguns nomes já conhecidos nessa lista. E todas poderão ter de, futuramente, também viver sob vigilância.
Na prática, a função do monitor é fiscalizar, em nome da autoridade, se a empresa está cumprindo o acordo, implementando regras para que seus funcionários não violem mais a lei e evitando novos casos de corrupção. "Quando a empresa está sob a supervisão de um monitor, é como se estivesse usando uma tornozeleira eletrônica com câmera e gravador. É total Big Brother", diz a advogada Sylvia Urquiza, do escritório Urquiza, Pimental e Fonti.
Além de ser uma espécie de fiscalizador, o monitor informa qualquer irregularidade que encontre. "As empresas pagam para serem aterrorizadas", diz a advogada Isabel Franco, do escritório KLA, que já teve experiência, no Brasil, com monitoramento de subsidiárias de multinacionais que fecharam acordos com as autoridades americanas.
O professor da empresa Legal, Ethics, Compliance (especializada em curso preparatório de compliance), Alexandre Pereira Barbosa, cita ABB, Siemens, Avon e Monsanto, que já tiveram monitoramento no país."Apesar do ônus que isso representa, ter um monitor é uma forma de a empresa indicar a seus investidores e credores de que está disposta a recuperar sua credibilidade", diz Sylvia.
Vigia
No Brasil não há exigência legal de monitores, mas mesmo assim a empreiteira OAS está hoje sendo vigiada pela empresa FTI Consulting. A exigência foi feita pelos credores da companhia dentro do processo de recuperação judicial. A vigilância deverá durar 25 anos, que é o prazo da dívida.
Para Wagner Giovanini, ex-diretor de compliance da Siemens do Brasil e dono da consultoria Compliance Total, o uso de monitores é uma tendência no Brasil. "Assim como a Lava Jato se inspirou em outros países, essa é um regra que tende a ser adotada."
Os acordos recentes fechados com as autoridades brasileiras não trazem previsão sobre o assunto. "O acordo de leniência pode sim impor um monitor, mas isso não é uma exigência legal", diz o advogado criminalista Luís Carlos Dias Torres, do escritório Torres, Falavigna.
O Ministério Público Federal informou que nos acordos que tem firmado estipula como condição compromissos de implementação de programas de compliance por parte da empresa, cronograma de execução de ações e monitoramento de seu cumprimento. Mas, segundo alguns advogados a par do assunto, esse monitoramento será feito pelo próprio MPF.
Traficar drogas para a China, Cingapura, Indonésia e outros, mesmo coisas leves, resulta em pena de morte. Mesmo sabendo disso, tem traficante que se arrisca. Se pego, o traficante perde a soberania sobre a sua vida.Bolovo escreveu:A partir do próximo ano, a Embraer, uma das maiores fabricantes de aviões do mundo, vai entregar uma "chave geral" da companhia para um monitor externo. O tal monitor terá, por três anos, plenos poderes, outorgados pelas autoridades americanas, para acessar todo o sistema da empresa, todas as salas, todas as gavetas, todos os computadores. Terá acesso a dados de funcionários, ex-funcionários, fornecedores. Essa vigilância foi imposta à empresa, investigada por atos de corrupção na América Central, pelo Departamento de Justiça americano (DoJ).
Bem. Se vocês acham lindo isto daqui, tudo bem, vai de cada um. Eu não acho. Para mim é perda de soberania. Coisa de neocolônia.
E olha que eu vejo a sede da Embraer daqui da janela de casa.
Nao gosto dessa historia de controle mesmo.Penguin escreveu:Traficar drogas para a China, Cingapura, Indonésia e outros, mesmo coisas leves, resulta em pena de morte. Mesmo sabendo disso, tem traficante que se arrisca. Se pego, o traficante perde a soberania sobre a sua vida.Bolovo escreveu:A partir do próximo ano, a Embraer, uma das maiores fabricantes de aviões do mundo, vai entregar uma "chave geral" da companhia para um monitor externo. O tal monitor terá, por três anos, plenos poderes, outorgados pelas autoridades americanas, para acessar todo o sistema da empresa, todas as salas, todas as gavetas, todos os computadores. Terá acesso a dados de funcionários, ex-funcionários, fornecedores. Essa vigilância foi imposta à empresa, investigada por atos de corrupção na América Central, pelo Departamento de Justiça americano (DoJ).
Bem. Se vocês acham lindo isto daqui, tudo bem, vai de cada um. Eu não acho. Para mim é perda de soberania. Coisa de neocolônia.
E olha que eu vejo a sede da Embraer daqui da janela de casa.
É uma merda, mas as consequências de ser pego nessa situação não era segredo para as empresas que se beneficiam em operar em bolsa de valores nos EUA. Elas possuem setores jurídicos robustos, ganhando muito bem, e bancas de advogados caríssimos a disposição. E mesmo assim entraram na piscina de merda. Os lesa pátrias nessa caso são os que colocaram empresas como Embraer, Petrobrás, Eletrobrás etc nessa situação delicada* que pode se complicar ainda mais com o avanço das investigações do FBI no caso da Lava Jato.
* Quem foram esses traidores, que não se preocuparam com as consequências??
Vc viu a lista de empresas que vão pelo mesmo caminho? "Petrobras, Eletrobrás e Braskem são alguns nomes já conhecidos nessa lista. E todas poderão ter de, futuramente, também viver sob vigilância."
Se é empresa estratégica, se quer obter vantagens em operar em bolsas dos EUA, se sabe que fica submetido às leis de lá, tem que agir certo. Caso contrário, melhor não operar por lá.
Bem, a Embraer obviamente como uma empresa inovadora que é, não vai ficar esperando a boa vontade ou o interesse de quem for em terras tupiniquins para apresentar e desenvolver soluções lógicas para emprego militar de seus vetores. Ela vai aonde a necessidade, e as oportunidades, se lhe apresentam.Valdemort escreveu:Embraer anuncia desenvolvimento de versão Patrulha Marítima do E-190 E2 e KC-390
http://www.gbnnews.com.br/2016/11/embra ... to-de.html
Lá nos EUA a corrupção é tratada de modo devido.Bolovo escreveu:A partir do próximo ano, a Embraer, uma das maiores fabricantes de aviões do mundo, vai entregar uma "chave geral" da companhia para um monitor externo. O tal monitor terá, por três anos, plenos poderes, outorgados pelas autoridades americanas, para acessar todo o sistema da empresa, todas as salas, todas as gavetas, todos os computadores. Terá acesso a dados de funcionários, ex-funcionários, fornecedores. Essa vigilância foi imposta à empresa, investigada por atos de corrupção na América Central, pelo Departamento de Justiça americano (DoJ).
Bem. Se vocês acham lindo isto daqui, tudo bem, vai de cada um. Eu não acho. Para mim é perda de soberania. Coisa de neocolônia.
E olha que eu vejo a sede da Embraer daqui da janela de casa.
Mas até onde eu sei, a Embraer não fez nada nos EUA. Fez na Republica Dominicana e talvez em Moçambique, Índia e Arabia Saudita.knigh7 escreveu:Lá nos EUA a corrupção é tratada de modo devido.Bolovo escreveu:A partir do próximo ano, a Embraer, uma das maiores fabricantes de aviões do mundo, vai entregar uma "chave geral" da companhia para um monitor externo. O tal monitor terá, por três anos, plenos poderes, outorgados pelas autoridades americanas, para acessar todo o sistema da empresa, todas as salas, todas as gavetas, todos os computadores. Terá acesso a dados de funcionários, ex-funcionários, fornecedores. Essa vigilância foi imposta à empresa, investigada por atos de corrupção na América Central, pelo Departamento de Justiça americano (DoJ).
Bem. Se vocês acham lindo isto daqui, tudo bem, vai de cada um. Eu não acho. Para mim é perda de soberania. Coisa de neocolônia.
E olha que eu vejo a sede da Embraer daqui da janela de casa.
A Embraer foi bancar a malandra lá, se ferrou. Bem feito. Tinha de se ferrar muito mais. Tinha de botar stars and stripes 100% anglo-saxão gostosão na Embraer.
E as malandragens que as empresas americanas fazem mundo afora, como que fica, quem "poe um freio nisso"? Ou vc acha que é tudo imaculado?knigh7 escreveu:Independentemente de ter ocorrido lá, está sendo comum denúncias de corrupção envolvendo a Embraer e alguém tinha de por um freio nisso.
Detesto malandragem e mais ainda quando é feita por pessoas do meu país. Bem feito.
Não sei em outros países, mas as empresas norte-americanas aqui no Brasil tem medo de serem punidas lá pelo o que aprontam aqui.Bolovo escreveu:E as malandragens que as empresas americanas fazem mundo afora, como que fica, quem "poe um freio nisso"? Ou vc acha que é tudo imaculado?knigh7 escreveu:Independentemente de ter ocorrido lá, está sendo comum denúncias de corrupção envolvendo a Embraer e alguém tinha de por um freio nisso.
Detesto malandragem e mais ainda quando é feita por pessoas do meu país. Bem feito.
http://leisenegocios.ig.com.br/index.ph ... no-brasil/Multinacionais buscam ajuda para evitar punição por lei americana no Brasil
FCPA (Foreign Corrupt Practices Act) é uma lei americana que pune empresas e pessoas físicas que se envolveram em casos de corrupção fora dos Estados Unidos. As punições são severas e se dão no âmbito civil e criminal. Cientes desse problema, multinacionais que atuam em território nacional, em especial as norte-americanas, têm buscado ajuda de advogados brasileiros para evitar problemas na Justiça.
“As empresas estão bastante preocupadas com esse assunto e buscam constante ajuda na área. Essa ajuda consiste, no mais das vezes, na criação e implementação de políticas anticorrupção, procurando evitar o envolvimento de funcionários e terceiros prestadores de serviços em casos de corrupção”, explica o especialista e sócio da área penal do Demarest e Almeida Advogados, Luís Carlos Dias Torres.
Segundo ele, empresas que negociam na bolsa de Nova Iorque estão mais sujeitas ao FCPA.
“Não existe um perfil de empresas que buscam essa ajuda, mas as atuantes na bolsa podem ser as mais afetadas”, disse.
Encontro
O escritório Demarest e Almeida realiza na próxima quarta, dia 7, um seminário sobre FCPA. O encontro vai explicar os detalhes o FCPA e a legislação penal brasileira de combate à corrupção. Dicas sobre prevenção, com destaque às políticas de compliance também integram o encontro.
Participam do seminário, além de Dias Torres, o Procurador da República Rodrigo De Grandis e o juiz titular da 17º Vara Criminal de São Paulo, Fábio Munhoz.
O evento acontece na Câmara Britânica, que fica na Rua Ferreira de Araújo, 741, na capital paulista.
http://www.conjur.com.br/2013-nov-06/cy ... inacionaisLei norte-americana anticorrupção é temida por multinacionais
Por Cynthia Catlett
Não é à toa que a lei anticorrupção americana é tão temida por empresas e executivos de empresas multinacionais.
Em vigor desde 1977, o Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) aplica-se tanto à pessoas físicas quanto jurídicas. A lei visa coibir o pagamento, oferta ou promessa de pagamento, ou qualquer bem de valor para agentes do governo com o objetivo de obter uma vantagem indevida.
Os Estados Unidos têm feito um notável empenho ao aplicar a lei nos últimos anos. Convém destacar que apesar da lei está em vigor há mais de 35 anos, ela só foi efetivamente aplicada no Século XXI, quando o governo americano passou a tomar medidas investigativas e punir empresas por descumprimento à lei.
Dentre as obrigações instituídas da lei, o FCPA exige que as companhias listadas na bolsa de valores mobiliários americana atendam às provisões contábeis da lei. Estas provisões contábeis, projetadas para operar em conjunto com as disposições antissuborno do FCPA, exigem que as empresas listadas na bolsa americana preparem e mantenham livros e registros contábeis de tal forma que reflitam precisamente e adequadamente as transações da empresa e que tais empresas elaborem e mantenham sistemas adequados de controles contábeis internos.
Nos últimos cinco anos, o Departamento de Justiça Americano (DOJ) e a Comissão de Valores Mobilários (SEC) formalmente citaram mais de 63 empresas em ações de execução relacionadas ao descumprimento da lei. As multas geradas por essas execuções nos últimos cinco anos ultapassaram US$ 3.7 bilhões.
Cresce também o número de pessoas físicas condenadas à prisão. Nos últimos quatro anos, pelo menos 21 pessoas foram sentenciadas à prisão por descumprimento à lei.
Em 2010, o governo americano aprovou o Dodd-Frank Act, uma lei federal que visa proteger investidores de valores mobiliários. A lei estabelece um programa de incentivo e recompensa informantes que relatam violações legais, resultando em considerável aumento de denuncias relativas ao descumprimento à lei. O incentivo a denuncia varia entre 10% a 30% do valor das multas acima de US$ 1 milhão.
Os Estados Unidos têm dedicado grandes esforços para manter a lei ativa. Por meio de investigações e condenaçôes épicas, multas multimilionárias, restituição de ganhos ilicitos, atos de infração de natureza penal e até condenações à prisão nos últimos anos, o governo americano conseguiu enfatizar a importancia da tão aclamada lei.