A ideia por trás de ambos RTLI da VBC CC e VBC Fuz é possibilitar a maior participação possível da BIDS e indústria nacional na manutenção, suporte operacional e logística destes bldos. E para isso, lançar mão do uso de insumos nacionais já consagrados no Guarani, LMV e agora no Centauro 2 ou em desenvolvimento é uma exigência líquida e certa. Mas a coisa fica fácil só até aí.Fábio Machado escreveu: ↑Sex Mai 12, 2023 5:31 pm Mas eu me referi ao peso dos CCs, há tempos é conhecido que o EB tem preferência por veículos mais leves. Tanto a GEDELS quanto a BAE system tem MMBTS prontos para a venda, inclusive, se eu não estiver enganado, já ofereceram ao EB. A China ofereceu o VT 4 porque é seu único MBT decente para exportação e está próximo dos requisitos do EB.
No mais, o EB certamente vai querer adaptar armas que já estão em uso (UT 30 BR, remax, Hitfact II) nas plataformas que eventualmente serão adquiridas. Isso está muito claro para mim, não tem nada que sinalize que o EB vai comprar CCs pesados, infelizmente.
Quando falamos de introduzir material e logística nacional em um produto pronto e acabado, estamos falando, também, de impor modificações no projeto original a fim de adaptar o mesmo, e isso nem sempre é fácil ou simples, e pior, tem um custo maior do que nós pagaríamos por uma compra de prateleira. E o problema está justamente aí. Quanto o EB está disposto a gastar a mais para obter um CC e IFV SL só para botar um BR neles?
Normal que se pense em colocar as torres e outros insumos nacionais na VBC Fuz - e torço por isso, diga-se de passagem - mas há que se levar em conta os custos extras dessa opção, já que os fornecedores querem empurrar as torres e sistemas deles, e não colocar as nossas. Estamos dispostos a pagar por isso? Tenho minhas dúvidas.
Alias, a torre do Centauro II é leve demais e não comporta o tipo de proteção que está descrito nos requisitos da VBC CC. E mesmo que os italianos digam que podem fazer isso, seria na prática fazer outra torre só para satisfazer um requisito para um bldo que não chega a uma centena de unidades em 10 anos. A conta vai sair salgada demais. E isto se eles se derem o trabalho de permitir que a torre seja adotada para qualquer outro CC que o exército escolher. Quem disse que eles liberam a HITFAC se querem eles mesmos oferecer a mesma em uma oferta própria via IDV\Leonardo? E se liberarem, quem garante que o preço nos seja acessível para colocar em outro CC que não o que eles mesmo ofereçam?
Como achas que eles colocaram o 8x8 finlandês fora da VBC Cav com aquela torre italiana...
E novamente, o peso do CC está sendo estudado agora à luz do que se vê na Ucrânia. E naquele conflito, o emprego de MMBT não está sendo referendado, ao contrário, os velhos MBT estão provando, de novo, a sua valia no campo de batalha moderno.
Claro, a questão recursos podem sempre falar mais alto na decisão do exército pela VBC CC. Mas até isso há de ise desconfiar, já que adotar, por exemplo, a HITFACT em qualquer um que for escolhido, irá demandar mais algumas centenas de horas de engenharia e reprojeto para dispor a mesma de forma adequada, e sem necessariamente garantir o atendimento dos RO atuais em matéria de proteção, poder de fogo, e outros que a torre italiana não atende.
Mas isso eu creio que poderá ser mudado também. A realidade está muito longe do que os planejadores de verde oliva se pretendem em seus estudos e pesquisas.